As Aventuras dos Marotos escrita por Aki Nara


Capítulo 57
Capítulo 57 - Tensão Bruxa


Notas iniciais do capítulo

Puff! Capítulo novo acabou de sair do forno. Desculpa a demora gente. Aki tarda mas não falha



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Cena 1 - O Castigo

Os gritos ecoavam na masmorra de um jeito mais tenebroso do que a presença traiçoeira da própria morte.

_ Estou cercado de incompetentes! Voldemort agitava a varinha como se açoitasse sua vítima com um chicote. Cada movimento gracioso era uma tortura para quem recebia o castigo.

_ Misericórdia, milorde! o homem-lobo estava em sua forma humana e sangrava por todos os poros enquanto seu comparsa jazia inerte ao seu lado. _ Só porque ainda me será útil...

Com a raiva já controlada pelo prazer que obteve em infringir aquela tortura, aprumou-se alisando os cabelos macilentos.

_ Leve-o e saia antes que mude de idéia -  ele saiu pisando nos corpos caídos para sair do recinto.

Para Grayback o tempo correu lentamente, ele não soube precisar quanto lhe custou levantar, mas passou o braço de Malfoy em volta do pescoço e transformando-se em fera carregou-o até as grades da masmorra.

O corredor sombrio parecia um caminho para o inferno, o espaço usual de repente pareceu mais longo. O trapo em seus braços era um fardo doloroso, mas a ordem expressa o motivou a cumpri-lo.

_ Pare de fingir! Sei que já voltou a si Grayback grasnou soltando o braço.

_ Chega de violência, meu caro... Malfoy firmou-se nos próprios pés, com a mão no torso, cambaleou compelindo o corpo a seguir em frente. 

_ Cobrarei essa dívida... na próxima vez Grayback disse trincando os dentes.

_ Não de mim... Obviamente.

_ Não. O novato?!

_ Hah.. - tentou rir, mas a dor o impediu - Foi esperto transformando nosso fracasso em sucesso próprio.

_ É melhor nos cuidarmos.

Um cruzamento no labirinto de corredores separou-os, cada qual seguindo seu rumo.

Cena 2 A Promessa

Um encontro na estufa era ideal quando se pretendia segredo. O lugar ficava deserto quando não era utilizado pela professora Sprout.

_ O que está pretendendo provar? Lily bateu no peito de Severo com fúria contida. - Que é um completo idiota?

_ Por que se importa? Não somos mais... "amigos" -  a palavra doía em sua garganta. Não queria a amizade dela, mas por Merlim! Sentia muita falta de sua companhia. Seria sempre assim?

_ Sev... olhe para mim.

Ele se aprofundou naqueles olhos verdes que tanto apreciava porque a íris mudava de cor como um caleidoscópio quando as emoções de Lílian multavam como naquele momento, límpidos e suplicantes.

 _ Eu me preocupo... Lílian apertou-lhe as mãos Prometa que jamais deixará de fazer o que é certo e que sempre seguirá o coração.

_ E como pretende que eu faça isso? Com um voto perpétuo? - ele falou a coisa mais improvável para demovê-la de uma idéia fixa.

_ Se preciso for... - lágrimas de frustração caíram enquanto estendia a mão.

_ E o que eu ganho em contrapartida? - Severo franziu a sobrancelha entendendo a mão, porém para limpar o rosto dela com o polegar.

_ Severo, você é mais que um amigo.

_ Agora você mente também? É isso que aprendeu com o Potter? - por que só Lílian tinha o poder de tirá-lo do sério? Ele se tornava extremamente idiota quando estava com ela. - Vai dizer que me ama também?

_ Se pudesse escolher entre amar você ou James... Eu escolheria... - ela respirou tentando encontrar a placidez que não tinha -  Mas, droga...

Lílian tocou no lugar em que seu coração pulsava e depois encarou Severo.

_ Essa coisa aqui dentro não entende isso. Você sabe do que eu estou falando, não sabe? - Severo desviou os olhos e abaixou a cabeça.

_ O que sinto por James, não é o mesmo que sinto por você e vice-versa. Eu só sei que amo. Nunca do mesmo jeito. Então... 

Lílian segurou a mão de Severo.

_ Severo Prince Snape promete que jamais se desviará do caminho do bem por mais que isso lhe seja tentador?

_ Prometo.

_ Jura ser um homem de Dumbledore e jamais traí-lo por mais difícil que se torne essa decisão?

_ Juro.

_ E promete seguir sempre a voz do coração mesmo que a razão o impeça?

_ Com minha vida.

_ Eu, Lílian Evans declaro amar Severo Prince Snape e juro honrar este voto perpétuo pagando com minha vida caso o termo deste acordo seja quebrado.

Era necessária uma testemunha para selar o acordo. No entanto, o voto foi efetivado. A fumaça vermelha e verde saiu de Lílian e Severo respectivamente formando um nó entrelaçado. Na sombra de um viveiro James assistia a tudo.

Cena 3 - Amadurecimento

 _ James! Lílian se assustou com a presença dele na estufa.

_ Você está com cara de que foi pega fazendo o que não deve James riu sem graça. O que está fazendo aqui?

_ Você me seguiu ela disse aborrecida.

_ Achei suspeito Severo vir atrás de você.

_ Touchê! Lílian abraçou o corpo para parar de tremer.

_ O que foi tudo aquilo? - James sofria por se manter afastado dela.

_ Um voto perpétuo.

_ Pra quê? - ele encostou-se à ponta de uma mesa.

_ Era a única forma de mantê-lo longe de encrencas.

James respirou fundo e estendeu a mão para uma leve carícia na maçã do rosto.

_ Vem cá! - disse por fim abraçando-a pela cintura.

_ Nada de ciúme, zanga, barraco, pirraça?

_ Adiantaria? O que está feito, feito está - ele pôs o queixo na cabeça de Lílian.

_ Quando você ficou tão maduro?

_ Quando eu caí da árvore? - Lílian socou-lhe o peito de leve.

_ Mas foi duro ouvir você dizer que ama outro bruxo.

_ Eu sei. Quer que lhe diga também?

_ Não. Prefiro que me demonstre.

_ Bobo.

_ Não. Inteligente. - James ouviu Lílian rir antes de beijá-la.


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