As Aventuras dos Marotos escrita por Aki Nara


Capítulo 41
Capítulo 41 - A Ascensão das Trevas


Notas iniciais do capítulo

Afe! Finalmente pessoal.Consegui reeditar todos os capítulos que faltavam. Obrigada por aguardarem. Beijos



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Cena 1 – O Senhor das Trevas

 

Malfoy adentrou naquela caverna sinistra que servia de esconderijo ao novo Senhor das Trevas, seus passos ecoando enquanto caminhava em direção ao que seria um aposento bem nos fundos daquele lugar.

 

Ele o encontrou sentado em sua poltrona de pedra, o homem ainda mantinha um certo fascínio, mesmo após sua transformação em Lorde Voldemort, o novo Senhor das Trevas.

 

- Lucius Malfoy – ele disse com sua voz profunda – Então você veio para me servir.

 

- Sempre, meu senhor – ajoelhou-se diante dele, enquanto o lorde entendia sua mão. – Juro lealdade incondicional, meu lorde – disse beijando-lhe o anel com marca de Slytherin.

 

O Lorde sorriu lentamente como se estivesse saboreando a bajulação, mas os olhos dele brilharam perigosamente.

 

- Vejamos! O quanto me serás fiel – ele falou suavemente – Mate este trouxa, eu já me cansei dele. – ele apontou para algo caído no chão. – Nem agüentou um crucio descente. – bocejou como se estivesse entediado e ordenou – Pegue sua varinha!

 

Lucius retirou sua varinha do bolso e aproximou-se do trouxa quase moribundo, ele virou o homem com os pés como se tivesse nojo e o trouxa apenas balbuciou...

 

- Por favor... – foi sua última palavra.

 

- AVADA KEDRAVA! – uma luz verde atingiu o homem, silenciando-o para sempre enquanto as luzes dos olhos apagavam até se tornarem opacos.

 

O som da gargalhada de Voldemort reverberou por todo o ambiente.

 

- Lucius, meu caro – ele foi bem compassivo – Seja bem vindo! Tenho planos grandiosos para você.

 

- Sim, meu senhor. O que milorde desejar. – fez-se submisso.

 

- Mas antes, um procedimento de praxe se faz necessário – ele disse de modo frio que fez seu sangue gelar – arregace as mangas e você terá a honra de ser batizado por mim.

 

Ele fez o que lhe foi ordenado e o Lorde das Trevas encostou a varinha em seu braço, iniciando uma tatuagem imaginária, ele sentiu dormência e ardor por onde a varinha passava. Ele estava sendo marcado, á medida que o desenho surgia em seu braço, desenhado com o sangue de suas veias, Lucius não conseguiu mais controlar a dor e gritou, enquanto Voldemort proferia o contrato de sua escravidão:

 

Sangue de meu servo,

Tua alma a meu serviço,

Tua vida a mim pertence,

Em tuas veias insiro minha marca,

Para te lembrares eternamente a quem serves.

- Quem é teu senhor? – ele sibilou em seu ouvido.

 

- O senhor, meu lorde. – ofegava de dor.

 

- E quem sou eu? – ele pareceu querer prolongar sua dor, pois seu olhar demonstrava um prazer sádico ao lhe infringir dor. – Diga a quem serve, escravo. Diga meu nome.

 

- Voldemort, o senhor é meu lorde. – a marca brilhou antes de escurecer e sumir de seu braço, mas a sensação da dor continuava viva, a marca estava lá.

 

- Agora que você teve a honra de se tornar um Comensal da Morte... – ele disse maquiavélico – depois do prazer vem o trabalho.

 

- Sim, meu senhor. – ainda estava ajoelhado, segurando o braço dolorido, conteve sua fúria para olhar seu amo plácido.

 

- Primeira missão, infiltre-se no Ministério, seja magnânimo e gaste seu dinheiro com doações – os olhos dele brilharam qual uma lâmina cortante – e alicie os jovens de Hogwarts, os mais promissores, não preciso lhe dizer. Agora vá! – seu lorde o dispensava.

 

Lucius se levantou com dificuldade, seus pés encontravam se amortecidos, mas antes de ficar fora da vista de seu senhor, ele arrepiou-se ao ouvir:

 

- E Lucius... – fez uma pausa antes de continuar com um sorriso de escárnio no rosto - sugiro que você não pense em voz alta ao me xingar. Eu posso me aborrecer, hoje vou fingir que foram as fortes emoções de seu batismo que o deixaram abalado.

 

Cena 2 – Um Jogo Perigoso

 

Severus estava cansado de ser rodeado por aquela louca, Narcisa o cercava por todos os lados e isso o irritava, a sonsa, ainda conseguia ser dissimulada a ponto de atuar como a noiva correta.

 

- Se-ve-rus! – ele ouviu a voz adocicada.

 

- Sim, Narcisa? – disse sentindo repulsa. – O que você dese... – pensou melhor antes de completar – quer?

 

- Lucius me pediu para dar informações importantes – ela abriu a porta e empurrou-o para dentro de uma sala vazia e o trancou. – mas como é segredo...

 

Severus antecipava o golpe da ardilosa e manteve-se frio.

 

- O que ele lhe contou? – disse irônico – ele permitiu que você se trancasse comigo numa sala vazia?

 

Narcisa se aproximou bem devagar com um sorriso diabólico.

 

- Melhor, meu caro – envolveu-o colando-se nele – permitiu isto.

 

Ela beijou-o de forma nada casto, nem pensou em corresponder, porém ao contrário não achou desagradável, teria até gostado se não estivesse com a corda em seu pescoço e pensou no quanto ela estava sendo insinuante, sem dúvida uma cobra a dar o bote.

 

- Pronto! – ele a afastou – Você já conseguiu o que queria. Agora me deixe em paz!

 

- Agora que me deixou começar... – ela abriu a porta e antes de sair disse cínica – só paro quando terminar o que começamos.

 

Ele ficou olhando para a porta aberta, como sempre nada demonstrou, apenas sorriu irônico, levantando o canto dos lábios. Definitivamente aquela garota não regulava bem e ele precisaria tomar muito cuidado ou ela acabaria estragando todos os seus planos.

Cena 3 – Treinamento Secreto

 

- O que um Grifinório está fazendo entre nós, Snape?

 

- Ele está comigo! Não o machuquem... Ele vale o peso em ouro, mais vale um inimigo próximo que um amigo distante.

 

- Ham? – Crabble e Goyle faziam caras de tapados.

 

- Venha, Rabicho! Aprenda a ser homem e não um rato... Apesar de achar que vai continuar sendo um rato, porém... Um rato perigoso.

 

E por duas horas Severus ensinava os garotos sonserinos escolhidos por Lucius, era sua herança treinar aqueles incapacitados a lançarem um feitiço descente, ele se sentia satisfeito com suas realizações, mas algo lá no fundo o incomodava...

 

O que poderia estar errado? Não fazia a mínima idéia do que sua alma pedia, fazia tempo que nada o tocava que não sentia sabor na vida, talvez trabalhar para a morte lhe desse algum outro objetivo. Ele se deu por satisfeito e dispensou os outros garotos, tratou de por o rato no caminho certo e voltava pra sua casa pelos caminhos secretos do Castelo quando percebeu uma porta entreaberta.

 

Ele nunca havia visto essa porta em questão e era curioso demais para não verificar, entrou com cuidado observando se não havia nenhum monitor por perto e assustou-se ao ver seu reflexo, mas não era um espelho comum e ele viu seus desejos mais secretos bem diante dos olhos.

 

Lágrimas de dor e frustração caíram do rosto sempre inexpressivo, alguns soltavam a dor compulsivamente, mas não Severus, ele não sabia dar vazão à dor e os anos em que treinou sua tristeza, ele só sabia chorar em silêncio, não havia alívio em ver o que não podia alcançar, ele limpou o rosto e saiu da sala intempestivamente.

 

- Sorte que o Espelho de Ojesed não tenha o aliciado. A dor é um aliciante mais forte para cegar um homem... Poderei ajudá-lo antes que cometa um engano? Antes que seja mais uma vítima de si mesmo? – Dumbledore velava pelo aluno enquanto corria pelos corredores até perdê-lo de vista.


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