As Aventuras dos Marotos escrita por Aki Nara


Capítulo 42
Capítulo 42 - O Caos dos Mundos




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Cena 1 – Mundo dos Trouxas


 


A Televisão anunciava as catástrofes ocorridas por toda a Inglaterra, o inverno deste ano chegava mais cedo, a fúria da natureza se traduzia em tempestades de chuva e granizo sitiando alguns lugares onde foram decretadas as calamidades.


 


O noticiário da rádio anunciava as notícias mais recentes: “O inverno chega mais cedo e rigoroso em várias regiões, havendo baixa de mendigos e idosos solitários, todos encontrados sem vida, nas ruas, becos e casas. Suspeita-se que essas mortes ocorreram por causa do frio intenso, você que ainda não está preparado apresse-se para se proteger. Após os comerciais...”


 


Walter Dursley estava no meio de um engarrafamento louco para voltar pra casa, havia acabado de deixar a sua namorada em casa, a sua Petúnia era perfeita, pensava em casar com ela um dia, mas por enquanto apenas procurava consolá-la da perda de seus pais.


 


O trânsito estava um caos, passar à noite congelando dentro de um carro não era uma idéia agradável, ainda estava próximo da casa de Petúnia e respeitosamente pediria para dormir no sofá da sala, milagrosamente manobrou o carro de forma a dar volta pelo acostamento e por sorte nenhum guarda de trânsito surgiria nesse frio.


 


Enfim, ele estacionou a frente da casa, na Rua Alfeneiros, número 14 e bateu na porta. Enquanto esperava aquecia as mãos soprando o ar quente de sua boca. Petúnia e seu pescoço cumprido surgiram pelo vão da porta entreaberta e ela demonstrou surpresa ao vê-lo.


 


- Petúnia, querida... Não sei como posso fazer esse pedido sem ofendê-la...


 


- Aceito! – ela disse ruborizada.


 


- Perdão? Como? – por sua vez surpreendeu-se - Poderei entrar para discutirmos esta questão melhor? Está frio aqui fora.


 


Eles entraram e ambos se sentaram nas extremidades opostas do sofá.


- Espero que não me considere uma devassa por aceitá-lo tão rapidamente.


 


- Não, é claro que não. Petúnia querida, você é a mulher de minha vida, é com você que casarei e terei meu filho.


 


- Oh, Walter! Eu também quero e quando será?


 


- O... O quê, querida? Ca-casar ou ter fi-filhos? – ele gaguejava porque estava se desviando de seu objetivo para aquela noite.


 


Um estrondo na lareira os assustou quebrando o clima romântico e embora continuasse uma quentura aconchegante, as labaredas aumentaram de repente e então, Walter se assombrou ao ver uma moça ruiva sair dela.


 


- O que está fazendo aqui? – Petúnia disse pálida – Não há mais lugar pra você nesta casa.


 


- Túnia... – a moça disse com tristeza no olhar – por que não me contou sobre nossos pais?


 


- Como soube?


- Não importa... Só sei que não soube pela pessoa que mais amo.


 


Dursley estava estupefato demais para interferir e por isso ficou quieto, o que não era comum.


 


- Eu quero casar, ter filhos e viver uma vida normal. E você... Com essa doença não está incluída em meus planos.


 


- Não estou doente! Apenas me diga onde eles estão sepultados e partirei para não mais voltar – olhou de relance para o homem e este finalmente arregalava os olhos ao perceber um outro rapaz de óculos ainda dentro da lareira.


 


- Cemitério Saint Elmos! – Petúnia disse com os lábios cerrados enquanto evitava as lágrimas.


 


- Obrigada, Túnia. – ainda tentou uma aproximação em vão para abraçá-la – Então... Adeus querida irmã!


 


Ela sumiu nas labaredas da mesma forma tempestiva, levando as chamas a voltar ao seu estado normal.


Cena 2 – Mundo dos Bruxos


 


No Ministério uma reunião emergencial estava sendo realizada neste exato momento, o Ministro dos trouxas havia pedido auxílio para os problemas sobrenaturais de seu mundo e o Ministro do Mundo Bruxo não poderia desconsiderar a questão por uma questão de diplomacia.


 


- Senhores! Com a palavra nosso Ministro – o porta-voz anunciava.


 


- Boa Noite, meu caros! Esta é uma reunião que não gostaria de ter convocado, mas precisamos atender a solicitação de nossos vizinhos. O Mundo Trouxa está sofrendo uma série de homicídios, que ele dizem ser de cunho sobrenatural e o que eles não podem explicar... Bem, eles ainda nos atribuem os louros.


 


O Ministro conseguiu desanuviar o clima de tensão com o alcance de algumas risadas.


 


- Não creio que deva ser nada sério, por isso esta questão será mantida em segredo, nossos melhores homens e colaboradores foram escolhidos a dedo para investigar as mortes em colaboração mútua entre os chamados agentes e nossos aurores. Então, colaborem, investiguem e solucionem o mais rapidamente. Quanto mais rápido descobrirem que não há nada tanto melhor para nós. Alguma pergunta?


 


- Com todo respeito, senhor? Então, nós não encontraremos nenhuma hipótese em contrário?


 


- Não na minha gestão, senhor Potter!


 


- É óbvio que nada encontrará! Não gastarei meu dinheiro para que me diga que nós bruxos estamos inseguros. O que espera encontrar? Um novo Lorde das Trevas? – Lúcius Malfoy desdenhou – É seu trabalho nos proteger, não?


 


- Agradecido por me lembrar, senhor Malfoy. Creio que esteja envelhecendo mais rápido pra levar sermão de um garoto que mal saiu das calças curtas, nós aurores estamos agradecidos por suas generosas contribuições, realmente devemos todos cumprir nossas atribuições, não?


 


- Hum! – o Ministro pigarreou – esta reunião está encerrada por hora. Potter, reúna seus homens e parta imediatamente! Procure o Agente Rescue Dublin da Scotland Yard, mande-me um relatório assim que tiver uma posição.


 


- Sim , senhor!


 


Os aurores presentes saíram da sala e caminharam logo atrás de Potter. Eles todos pareciam estar em polvorosa e assim ele necessitou intervir.


 


- Contenham-se homens! Este não é mais um local seguro. Estejam atentos ao sinal - foi tudo que disse antes de usar a lareira para sua casa.


 


Cena 3 – Mundo Paralelo


 


Os alunos dormiam em Hogwarts, mas dois alunos acabavam de chegar na lareira do diretor.


 


- E então?


 


- Sim... Eles estão mortos. No cemitério encontrei os registros do médico que assinou os óbitos de meus pais – os olhos de Lílian brilharam de lágrimas contidas – causa desconhecida...


 


- Minhas condolências! – ele deu tapinhas em suas costas enquanto ela era envolvida pelo jovem Potter – porém preciso judiar de sua força de espírito neste momento. Sei que estão cansados, mas necessito que me acompanhem a um lugar.


 


Ele pegou uma caneta do tinteiro e eles foram transportados pela chave até a sede da ODF, a escuridão tomava conta do ambiente, só um pequeno ponto amarelo brilhava a distância e eles caminharam para lá.


 


- Açúcar Mascavo! – Dumbledore evocou fazendo a porta se abrir.


 


- James? Lílian? O que eles estão fazendo aqui? Senhor, concordamos em deixar nossas crianças de fora.


 


- Não fique zangado, Lílian acabou de saber que perdeu os pais por causas desconhecidas... – ele disse olhando-o através dos óculos de meia-lua – talvez possamos convencê-la a nos autorizar a exumação...


 


- Como é que é? – era o jovem Potter que se alterava – a Lílian está sofrendo pela morte dos pais e vocês querem... – não conseguiu terminar porque Lílian chorava convulsivamente.


 


- Eu perdi toda minha família, nem minha irmã me quer... Estou totalmente órfã...


 


- Não Lily! Você só vai mudar de família. Você ficará conosco. – o Sr. Potter disse seguro. – Serei  responsável por ela. O senhor tem certeza? Acha necessário...


 


- Sentem-se e se acalmem todos. Temos indícios que um novo Lorde das Trevas emergiu, no mundo dos homens está ocorrendo uma série de mortes que os humanos não conseguem explicar. Hoje, seu pai foi convocado pelo Ministério para investigar essas mortes inexplicáveis. Na verdade foi sua irmã quem me avisou sobre o falecimento deles, ela não quis dizer o motivo e a minha intuição dizia que precisávamos descobrir sobre sua família, por isso pedi que fossem até lá. “Causa desconhecida” é um fato que não podemos ignorar. Assim... Teremos sua permissão Lílian? A exumação que os bruxos fazem não é como a do seu mundo, não fazemos cortes...


 


- Confiarei no senhor! Mas em troca... Se for comprovado que meus pais morreram por causa desse lorde, eu quero fazer parte do grupo que o combate – seus olhos límpidos demonstravam apenas determinação – quero fazer parte da ODF, seja lá o que isso signifique.


 


- Se meu pai luta contra esse lorde, então estarei ao lado dele.


 


- A Ordem de Fênix luta para combater o mal e assegurar que os bruxos tenham paz e possam conviver harmoniosamente com todos os seres deste mundo. Teremos a honra de contar com jovens tão valorosos, mas é regra que nenhuma criança deva entrar para a ODF, estudem com afinco e se formem em Hogwarts, seus dons poderão ajudar na ordem futuramente.


 


Dumbledore estendeu as mãos para os dois jovens e estes o seguraram com força.


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