Um Amor Inesperado escrita por Nanda Everllark Sanders


Capítulo 16
A Morte de Rue


Notas iniciais do capítulo

Olá lindos!
Mais um capítulo pra vcs...
Boa Leitura!



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Peguei meu arco e minhas flechas.

Tinha dividido a comida entre nós duas,se acontecer algo,nós teremos um pouco de comida cada uma.

Começo a andar em direção à Cornucópia,atenta a qualquer tipo de barulho.

No caminho,paro no lago para beber água,pois minha garrafa ficou com Rue,e depois recomeço a caminhada.

Chego a Cornucópia e me escondo entre uns arbustos que tem em volta.

Só então vejo a pilha de suprimentos que eles fizeram...é enorme.

Mas a questão é: como é que eu vou conseguir destruir isso tudo?

Afinal,vim aqui pra isso...Olho ao longe e vejo uma fumaça branca.

Rue já acendeu a primeira fogueira.

Todos os Carreiristas vão para lá,mas Cato decide deixar o garoto do 3 (que se juntou a eles) para vigiar tudo.

O garoto é uma criança...eu posso passar por ele fácil,ele deve ter uns 13,14 anos.

Mas não deve ser só ele o obstáculo que protege a pilha.

Rue acendeu a segunda fogueira...é agora Katniss,vamos logo.

Enquanto penso no que fazer,vejo uma garota ruiva saindo dos arbustos em direção à pilha.

O que ela está fazendo? O garoto do 3 nem percebe que ela está lá,mas ela é esperta mesmo.

Percebo que,quanto mais ela chega perto da pilha,mais cuidadosa ela fica.Ela pisa em zigue-zague e quando ela quase cai,tapa a boca para não soltar nenhum grito.

Que estranho!

Então ela chega na pilha,pega uma bolsa e sai correndo,só então o garoto do 3 percebe e vai atrás dela.E os dois somem na mata.

Mas porque ela pisou com tanto cuidado?

A área só pode estar...estar...minada!

Isso mesmo,só pode ter bombas enterradas.

Certamente o garoto do Distrito 3 é que providenciou tudo.O Distrito 3 é quem fornece armas e bombas para a Capital.

Com essa lógica,preparo meu arco e miro em algo que...achei!

Um saco de maçãs,se eu acertar nele,as maçãs irão cair no chão e explodir tudo.

Ainda no meio dos arbustos,miro no saco e atiro.

Eu acerto,mas não o suficiente para fazer as maçãs caírem.

Miro o saco novamente,atiro e dessa vez acerto e as maçãs caem no chão.O impacto da explosão me joga pra longe.Fico muito zonza,mas ainda consigo ver que não sobrou nada daquela pilha.

Toco no meu ouvido esquerdo e vejo que ele está sangrando,mas não ligo muito.

Vejo que os Carreiristas estão voltando,mas Peeta não está com eles.

O garoto do 3 também está voltando.Ao perceber o que aconteceu,Cato fica péssimo,ele olha para o garoto do 3 e pega ele numa chave de braço,torcendo o seu pescoço e matando o adolescente.

Tenho que sair daqui,ainda meio zonza saio correndo e tropeço,mas levanto.

Tenho que achar Rue.Vou até o lugar onde a terceira fogueira está armada,mas me espanto.

Ela não foi acesa,Rue não chegou até aqui...

Então ouço o grito de Rue,meio longe,porque não consigo escutar com o meu ouvido esquerdo,mas escuto.

–Katniss! Katniss!-diz ela

–Rue! Onde você está?-pergunto

Mas não tenho respostas...então saio correndo na direção do grito.

Corro até achar Rue no chão,gritando,com uma espécie de rede prendendo ela ao chão.

Me ajoelho e pego minha faca pra cortar a rede,corto e ela pulo nos meus braços.

Me separo dela e percebo que ela está olhando fixamente pra trás de mim.

Eu me viro e vejo o Carreirista do Distrito 1 com uma lança na mão,pronto para lança-la em minha direção.

eu me abaixo para pegar meu arco e uma flecha e atiro nele.

Tarde demais,quando olho pra trás,Rue está com uma lança fincada no estômago.

Rue está pálida,eu seguro ela para ela não cair no chão enquanto tiro a lança.Olho para ela e ela está com lágrimas nos olhos.

Não sei o que fazer,quero chorar...mas não posso,tenho que passar tranquilidade para Rue,mas como?

Encosto a cabeça dela no meu colo.A garota que eu quis tanto proteger,está morrendo na minha frente.

O garoto do 1 já morreu...que ódio dele.

Rue olha pra mim.

–Você explodiu a comida?

–Tudo,não sobrou nada-eu falo

–Muito bem...Você tem que vencer-ela

–Eu vou tentar-eu falo-Vai ficar tudo bem,Rue

Eu já tô chorando....não sei o que fazer

–Canta pra mim?-ela pede

Cantar? eu não sou muito de cantar...só canto ás vezes,para Prim dormir.

–Tudo bem-eu falo

Bem no fundo da campina,embaixo do salgueiro

Um leito de grama,um macio e verde travesseiro

Deite a cabeça e feche seus olhos cansados

E quando se abrirem,o sol já estará alto nos prados.

Aqui é seguro,aqui é um abrigo

Aqui as margaridas te protegem de todo perigo

Aqui seus sonhos são doces e amanhã eles serão lei

Aqui é o local onde sempre te amarei...

Quase não consigo terminar a canção...Rue já está com o olhar fixo no nada.

Ela se foi...

–Me desculpa-eu sussurro

Como uma pequena homenagem,vou em uns arbustos colher flores para ela,para enfeitar seu corpo.

Depois de pedir desculpa novamente e encher o corpo de Rue de flores,olho para o oco de uma árvore e percebo que é uma câmera,e faço o nosso sinal de despedida.

Posiciono os meus 3 dedos no lábio e levanto a mão...

Olho para Rue e vou embora.

Ando,meio perdida,não sei o que fazer agora.Paro para comer o que tem na mochila e beber água.

Percebo que meus ferimentos estão melhores,mas o meu ouvido esquerdo se foi,porque não ouço nada desse lado.

O plano era meu,eu sou a culpada pela morte dela.

O Distrito 11 deve estar me odiando nesse exato momento.

Vou cantar uma música que meu pai me ensinou...


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Notas finais do capítulo

Prontinho...
Até o próximo!!
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