A lenda de Spyro: A nova era (Livro 1) escrita por SpyroForever


Capítulo 7
Boas vindas.


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o capítulo que eu estava esperando.



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No dia seguinte, Spyro é o primeiro a acordar. Ele olha para o rosto de Cynder em suas patas e sorri, então ele retira elas com cuidado para não acorda-la, pois não queria a incomodar. Logo desce da cama e se espreguiça, esticando suas patas dianteiras e depois as traseiras. Suas feridas já não doíam tanto, mas sua barriga rugia por comida, o que o faz decidir ir ao refeitório pegar algo para ele e Cynder comerem.

Lá, ele logo sente o cheiro de carne sendo cozida e sua boca começa a produzir saliva. Spyro encontra um pedaço grande o suficiente para que os dois pudessem comer então o pega e tenta erguê-lo, mas não consegue. Ele olha para os lados e vê um dragão comendo peixes.

—Err... Olá! -Chama ele.

O dragão olha em direção de Spyro e fica espantado por ser chamado pelo dragão roxo. Ele então se apressa em levantar e ir até ele. -Em que posso lhe ajudar, Coração leal?

—Por favor... Errr... Você pode me ajudar a levar esse pedaço de carne para meu quarto?

—Bem grande para um dragão jovem como você, uh? -O dragão se inclina e pega a carne.

—É para mim e Cynder, hehe.

O dragão embrulha a carne em um papel disponível para isso mesmo e então a coloca em suas costas e envolve com as asas. -Você gosta mesmo da terror d...

Spyro fica sério, o encarando.

O dragão percebe que havia falado coisa que não devia. -Por favor, me perd...

—Não tente arrumar o que falou! Se falou é porque pensa desse modo!

—Não, coração leal! Eu juro! Me perdoe! Foi... Força do hábito. Eu...

Spyro suspira. -Por que eu deveria te perdoar de insultar de tal modo a minha rainha dos céus?

O dragão olha para Spyro. -Ela matou minha mãe quando eu era...

—Não foi ela! Ela estava sendo controlada! -Retruca Spyro.

O dragão suspira e se sente extremamente arrependido. -Me desculpe! No fundo eu sei que ela é uma dragonesa boa.

—Melhor do que muitos! Ela me salvou diversas vezes. Eu estaria morto se não por ela.

Os dois entram na ala dos quartos. -Eu sei disso, coração leal. Me perdoe mesmo! Estou arrependido de chamar ela daquela maneira.

—Certo...

—Eu nunca vi ela de perto.

—Então verá agora. Ela é tão... Ahh... Eu a amo muito!

—Percebe-se!

—Venha! É aqui! Entre! -Spyro abre a porta de seu quarto e entra.

—Onde ela está?

—Dormindo. Está com medo dela né?

—Não! Eu...

—Venha logo! Eu sei que está!

O dragão entra no quarto e logo olha para Cynder, dormindo enrolada em torno de si, sorrindo. -Ela... É realmente linda!

—Sei que é! heh!

Ele deixa a carne na mesinha que havia no quarto. -Você é bem vindo para ficar aqui e comer conosco!

—Será uma honra! -O dragão é pego de surpresa.

—Vou acordá-la. -Spyro sobe na cama e começa a cutucá-la com o focinho. -Cynder! Acorde fofa! Trouxe uma coisinha para você.

—Spyro? -Ela olha para ele. -Bom dia meu amor! O que é?

—Café da manhã!

Ela levanta e olha para o dragão. -Quem é esse?

—Meu nome é Drissir, T..... Rainha dos céus!

Cynder sorri ao ser chamada daquele jeito. -É bom finalmente não ser chamada de terror dos céus... Pode me chamar de Cynder, querido! É um prazer te conhecer, Drissir.

O dragão percebe que ela era muito gentil e se sente muito arrependido por pensar tudo aquilo de Cynder. -O prazer é todo meu, pequenina!

Cynder e Spyro descem da cama e se aproximam da carne. -Você vai comer conosco, certo?

—Se você permitir...

—Permitir?! Haha! Não se preocupe! Pode comer o quanto quiser! Isso é muito para nós dois! -Ela então corta, servindo para os três e dá uma mordida. -Mhhh... delicioso!

O dragão sorri para ela e então para Spyro, que fala sem emitir som: "Eu te disse!". O dragão ri para si mesmo e come junto a eles. -Então, coração leal e rainha dos céus, como foi lutar contra Malefor?

—Pode nos chamar pelos nossos nomes, querido! -Permite Cynder.

—Aterrorizador, com certeza! Ele tentava invadir nossas mentes sem interrupções. -Começa Spyro.

—Ele conseguiu invadir a minha...

—Conseguiu? E o que aconteceu?

—Ela começou a me atacar, pois estava sendo controlada novamente.

—Mas você me salvou dele.

—Sim... Mas se não fosse por você, eu teria te matado também quando... Ignitus morreu.

—Vocês viram ele morrer, né? Lamento...

Uns instantes de silêncio depois, Spyro continua. -Malefor era muito forte. Tivemos que usar éter para conseguir derrotá-lo... Espera um minuto. Ele não morreu! Foi aprisionado! Isso significa que poderá voltar!

—Se acalme Spyro! Mesmo que tenha como ele voltar, alguém terá que libertá-lo, e acho que ninguém o queira novamente sobre a terra!

—Ela tem razão, Spyro.

—Sim... Devo estar muito nervoso... Hehe.

—Não se preocupe com isso, meu lindo!

—Ei! Eu fiquei sabendo que os candidatos para novos guardiões estão a caminho!

—Sim! Poderão chegar em uma ou duas horas. -Diz Spyro. -Estou particularmente ansioso em conhecê-los...

—Eu também estou. Como será que são? -Pergunta Cynder.

—Só o tempo dirá! -Responde Spyro.

Meia hora depois eles acabam de comer, conversando com Drissir e rindo. Ao sair, o pensamento de Drissir sobre Cynder havia mudado drasticamente.

Os dois ficam juntos por um tempo, se acariciando, lambendo e beijando. Eles adoravam estar um com o outro.

—Cynder... O que acha de... Tentarmos?

—Spyro! Os candidatos chegaram em pouco tempo!

—Ah! Verdade! Tinha me esquecido completamente deles! Me desculpe, meu amor!

—Não se preocupe! Dá pra ver que tá ansioso.

Ele a lambe no lado do focinho.

Nesse momento, Cyril passa na frente da porta. -Olá jovens amantes!

Os dois olham para ele e riem, sem jeito. -Olá. -Dizendo os dois.

—Vocês estavam... Err...

—Não! Pelos ancestrais! Não!

Cyril ri. -Calma! É normal isso! Não precisa ficar tão envergonhado com isso! Terrador disse para mim que deixará vocês cuidarem de seu filho.

—Sim. Eu o agradeço muito por isso!

—Más lembre-se! Só se vocês tiverem o ovo quando nós ainda formos guardiões. Então aconselho você não demorarem muito para... Vocês sabem.

Cynder olha para Spyro e cora. -Acho que eu estou pronta.

—Haha! E eu fiquei sabendo que os candidatos irão se atrasar... Então... -Cyril coloca a cauda na maçaneta da porta. -Divirtam-se!

Spyro ri um pouco quando Cyril fecha a porta. -Tem certeza Cynder?

—Mais que tudo na minha vida!

Spyro vai até a porta e a tranca, sentindo borboletas em seu estômago com o que iria fazer em seguida, pela primeira vez em sua vida pensando sobre algo assim. Pensamentos mais... Adultos agora que toda sua infância havia passado como um raio no céu tempestuoso. Ambos já eram jovens adultos à flor da idade, mas ao mesmo tempo nenhum deles sentia que suas infâncias haviam sido bem aproveitadas, então aproveitariam muito o tempo que teriam juntos a partir de agora.

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Uma hora depois, os dragões sentinelas avistam os candidatos e avisam os guardiões.

Spyro e Cynder estavam no refeitório quando Cyril chega. -Ei! Eles chegaram!

—Excelente! Estávamos os esperando mesmo! -Spyro diz, abraçado em Cynder.

—Vocês tiveram tempo para...

—Sim! Tivemos! E, por favor, que ela esteja sido fertilizada...

—Saberemos isso amanhã! Se ela não botar um ovo até amanhã, lamento, mas ela não foi e você terão que tentar novamente.

—Amanhã?! -Cynder indaga, realmente muito surpresa. -Mas... Eu vi que demora semanas para botar o ovo...

—Quando é um ovo comum, sim. Mas dragões roxos tem uma formação no ovo bem mais... Rápida. Eu imagino que tenha algo a ver com o Éter em seu corpo, ou a vontade de Tarlax talvez.

—Oh... Mhhh... Eu não esperava por isso, mas... Tudo bem. Acho que é o melhor mesmo. -Diz ela. -Mas não estou muito confiante. Não estou sentindo nada.

—Ela me disse a mesma coisa.

—Isso é mal, pois uma dragonesa sente mesmo quando está fertilizada... Mas bem... Vamos! Iremos apresentá-los a vocês!

O casal o segue então até o templo. Entrando na arena, os oito jovens candidatos já estavam lá, conversando uns com os outro, mas quando Spyro e Cynder entram ficam em completo silêncio, mostrando que tem muito respeito pelos dois.

Spyro e Cynder se aproximam de todos então. -Olá para todos vocês, e sejam bem-vindos à Warfang. Vocês já nos conhecem, eu presumo. Eu não gosto de alguém apresentando outro ser para mim, então vocês mesmos dirão quem são, certo? -Pergunta Spyro.

Todos acenam com a cabeça, afirmando.

Spyro vai para o começo da fila que eles haviam feito. Lá, estava uma dragonesa. -Apresente-se.

—Meu nome é Helen... -Ela tinha uma coloração de azul bem claro com o torso inferior branco. Se ela deitasse na neve ficaria invisível. Em sua pata havia uma pulseira de prata com um floco de neve gravado nele.

—Lindo nome! -Observa Cynder.

—Obrigada! É uma honra! -Ela estava bem acanhada. -Eu sou uma das candidatas de guardiã de gelo.

—Você está nervosa demais! Relaxe! Somos todos uma família aqui! -Spyro tenta ajudá-la. -Qual é seu forte? Me mostre seu estilo de combate. Aqui, já que estamos na arena, irei ver como cada um combate. Assim será menos tediosa as apresentações uh? Afinal, Quem não odeia apresentações formais?

Ninguém consegue conter um riso ou outro.

—Certo... O meu estilo de combate? Ok...

—Por favor... Poderiam dar alguns passos para trás? -Pede Cynder.

Todos, exceto ela, Helen e Spyro dão alguns passos para trás.

—Cyril... Por favor!

Cyril entende a mensagem e faz surgir bonecos de treinamento.

—Mostre-me o que sabe, Helen!

Helen fica em posição de combate, com a cauda chicoteando o ar. O primeiro boneco vem em direção dela, mas ela se esquiva do ataque pulando para o lado e o acerta, na cara, com a lâmina da cauda, cortando-o no meio.

—Gostei dela! -Diz Cynder.

Spyro ri um pouco.

Outros dois se aproximam correndo. Ela solta uma rajada de gelo no chão e eles escorregam e caem de cabeça, quebrando os pescoços. Então todos os bonecos correm de uma só vez. Ela olha para todos, que fazia um círculo em torno dela. Ela sorri e, quando eles estavam bem perto, ela gira com sua cauda congelada, batendo em todos os bonecos, quebrando suas costelas.

—Boa estratégia, Helen! Isso me fez lembrar do ataque que eu usei umas vezes...

—É uma honra ouvir isso, Spyro! -Agradece ela.

Helen volta para a fila. Spyro vai até o segundo da fila. -Pode se apresentar.

—Meu nome é Cassandra, coração leal. -Sua cor era azul escuro com o torso inferior roxo claro. Possuía um anel na pata traseira. -Sou candidata para guardiã de gelo. E, meu estilo de luta é suave.

—Suave? Como assim?

—Se me permite.

—Claro! Vá em frente!

Cassandra se adianta para o centro da arena. Os bonecos aparecem novamente. Desta vez, ela corre para eles. Os bonecos a atacam, mas ela desvia mexendo a cabeça, mordendo os baços dos bonecos e tacando-os nos outros. Ela congela outros dois que se aproximavam e ataca outros quatro com a cauda ao mesmo tempo. Cada passo que dava era inaudível, como se estivesse pisando em nuvens. Ao fim ela arranca a cabeça dos dois que havia congelado pulando por cima deles dando um mortal para frente, segura as cabeças com ambas as patas dianteiras, e se impulsiona para frente com as asas, aterrissando de pé. Então ela joga as cabeças longe.

—Haha! Pela velocidade de seus movimentos, parece que é candidata de eletricidade! Estou impressionado! -Sorri Spyro.

—Igualmente. -Pronuncia Cynder.

—Muito obrigada! -Cassandra abre um imenso sorriso e começa a voltar para a fila.

—...Apesar de ter cometido um pequeno erro...

Ela olha para Spyro e retorna para a arena. -Erro?

—Se posicione no centro da arena! -Comanda Spyro.

Ela faz isso e os bonecos reaparecem, faltando dois.

—O que é isso?

—Iremos mostrar qual foi seu erro. Mas não se preocupe, não iremos te açoitar por isso, afinal, todos erramos! -Spyro e Cynder vão para onde havia o espaço dos bonecos faltando, um do lado do outro. -Agora refaça o que fez antes.

Cassandra começa a correr em direção de Spyro. Spyro a ataca com a pata do mesmo modo que o boneco havia feito. Porém, quando ela se esquiva para a direita para dar o bote no baço de Spyro, Cynder pula em cima dela e a prende no chão.

—Uff... Mas o que foi... -Cassandra estava surpresa pelo ataque de Cynder.

—Quando você se esquivou do meu ataque, ficou a poucos centímetros de Cynder. O boneco não o atacou porque não é racional, mas se fosse real, seria seu fim neste momento!

Cynder a solta. -Mas não se preocupe com isso, querida! É para isso que vocês estão aqui! Para treinar.

Cassandra se levanta e sorri para Cynder. -Obrigada do mesmo jeito. -E começa a voltar para a fila.

—E lembrem-se. Se eu ver alguma falha, eu irei reproduzir e falar no que erraram, pois isso é para seu bem! Então... -Spyro caminha até o terceiro. -Prosseguiremos.

—Eu me chamo Brutus! Sou o dragão mais forte de minha cidade. Pelo menos é o que dizem lá. -Brutus possuía uma cor forte, que contrastava com seus maciços músculos. Verde musgo, com seu torso inferior marrom madeira. Era incrível. Possuía também uma argola em seu chifre. -E sou candidato para guardião de terra.

—Terra uh? Muito bem... Sua apresentação será diferente então. Cada elemento terá uma apresentação diferente. Não! Cada um de vocês terá uma apresentação diferente. A sua será se livrar de inimigos que estejam o prendendo no chão. Lembre-se: Tudo é válido! Pode se posicionar e dizer quando estiver preparado! -Spyro se sentia um pigmeu perto de Brutus.

Brutus, então, vai até o centro e flexiona suas patas algumas vezes. -Está bem, estou pronto!

Spyro começa a correr em direção dele. Quando Brutus se preparou para o impacto de Spyro, ele é derrubado por Cynder que se aproximava por trás, e o segura por trás. Spyro então pula nele e segura-o no chão pelas costas e pescoço.

Brutus não esperava aquilo e começa a se debater, acreditando na sua força. Mas Cynder estava pisando em seu baço, o que diminuía sua força. Ele então arranha o chão com sua garra, causando um pequeno tremor que fez Cynder tirar a pata de seu baço e colocá-la no chão para poder se equilibrar, ou cairia no chão. Nesse momento ele levanta as duas patas traseiras, erguendo Cynder, para o espanto dela. Ele então enrola sua cauda em torno das costelas de Cynder e a ergue no ar, como se fosse uma mera criança. Spyro olha para Cynder no ar, o que foi um erro, pois nisso ele alivia a pressão no pescoço de Brutus, que o morde nas costelas e o ergue no ar também.

—Pronto! Já chega! -Anuncia Spyro.

Brutus os coloca no chão novamente e examina as costelas de Spyro, para saber se não havia o machucado. Seus dentes haviam feito apenas arranhões, pois ele não fez força o suficiente para furá-lo.

—Estou realmente muito impressionado, Brutus! Você é realmente muito forte para a sua idade! Não encontrei nenhum erro da sua parte, mas da minha...

Todos soltam uma risada conjunta.

—Estou muito honrado Spyro. -Brutus sorri para eles. -Eu não os machuquem, certo?

—Não se preocupe com isso, seu bobo! -Diz Cynder, se aproximando do flanco de Spyro, olhando para Brutus. Dava, de fato, para ver que a cauda de Brutus deixara marcas nas costelas de Cynder, mas ela parecia não se importar com isso. -Você me surpreendeu com o tremor! Além de forte, é esperto! Gostei disso!

—Obrigado, Cynder! Muito obrigado mesmo! -Ele então volta para seu lugar na fila e Spyro vai até o quarto candidato.

—Como você se chama?

—Arbo é meu nome! -Ele tinha uma coloração marrom com o torso inferior verde claro. Ele possuía uma pulseira de cauda de ouro com pedras de ametista, o que atraiu o olhar de Helen. -Sou o candidato de guardião de terra.

—Então venha! Vamos ver quão boa é a sua mira...

Arbo vai até o centro da arena.

—Alvos irão aparecer em volta de você intercaladamente. Você deverá acertá-los o mais rápido possível!

—Certo! Isso será muito fácil!

—...Mas se você errar ou demorar muito será atacado por uma bola de fogo!

Arbo fica um pouco mais tenso. -Está bem! Pode começar!

O primeiro alvo aparece atrás de Arbo, mas ele percebe e o acerta com um míssil terrestre virando apenas seu pescoço. O segundo alvo aparece no flanco esquerdo de Arbo, porém ele não percebe o alvo a tempo e é atingido pela bola de fogo. Dez outros alvos depois Arbo estava arfando e chamuscado, pois só havia acertado sete de doze alvos.

—Uma pontuação não muito boa, tenho que admitir. Mas isso poderá ser melhorado com o tempo. Venha aqui... -Arbo se aproxima de Spyro, dolorido pelas queimaduras. Spyro então lança uma brisa gelada nele, amenizando as dores das queimaduras. -Melhor?

—Muito! Obrigado!

—Pode voltar para o seu lugar agora...

Arbo anda calmo para seu lugar na fila e Cynder vai até a quinta candidata.

—Quem é você, querida?

—Meu nome é Rya, Cynder. -Ela era caramelo com o torso inferior azul marinho. Possuía um pano violeta amarrado em seu pescoço. -Sou conhecida como raio azul na minha cidade.

—Raio azul?

Rya dispara um filete fino de raio para cima. Os raios, diferente de todos os outros, eram azul escuro.

—Agora eu entendi... Pode ir para o centro da arena. Vou testar sua inteligência.

Quando Rya estava no centro, as bordas da arena abaixam e são enchidas de água. Dentro haviam bonecos aquáticos.

—Quero que você pense em um jeito de matar todos eles o mais rápido possível...

—Posso?

—Quando quiser!

Rya, então, simplesmente dispara um grande filete contendo milhares de volts na água, eletrocutando todos de uma vez.

—Excelente! Você pensou rápido e certeira. Pode voltar para seu lugar agora, querida!

—Obrigado Cynder! -Ela pula por cima do vão que estava sendo esvaziado. Spyro então vai até o sexto candidato.

—Você é o irmão de Rya, certo? Ray.

—Exatamente, Spyro!

—Qual a sua especialidade?

—Velocidade.

—Então venha! Sua tarefa será... -Dez bestas com flechas com pontas de prata são erguidas apontando para o centro da arena, onde Ray estava. -...Desviar das flechas. E você viu que as flechas são de verdade, então acho melhor você estar certo sobre sua velocidade!

Ray engole em seco e se posiciona. -Pode começar!

A primeira flecha é disparada e ele desvia sem problema nenhum. Duas outras flechas são disparadas e Ray tem mais dificuldade em desviar das duas. Então quatro são disparadas simultaneamente. Ray desvia de três, mas a quarta atravessa sua coxa traseira direita. Ele ruge de dor quando seu músculo é perfurado pela flecha. Seis outras flechas são disparadas. A flecha enfiada em sua coxa deixou ele mais lento e ele consegue desviar apenas de duas flechas, com as outras acertando seu quadril, sua pata dianteira direita, sua pantorrilha dianteira esquerda e em seu baço. A visão de Ray falha e ele começa a balbuciar, rugindo de dor. Spyro percebe que ele iria morrer se fosse atingido novamente então, quando dez outras flechas são atiradas, Spyro corre e o protege, repelindo as flechas com a cauda e as patas. Quando a visão de Ray volta, vê Spyro na sua frente. -Me desculpe por isso...

—Não se preocupe Ray! Isso foi demais para você. Cynder você pode...

—Sem problemas Spyro! -Cynder corre até Ray e faz ele deitar. Então ela puxa uma flecha de cada vez, com Ray rugindo de dor a cada puxão. Cynder, então, solta um ácido cicatrizante em cada ferida, fazendo ele rugir muito alto. -Me desculpe! -Ela massageia as feridas e ele começa a se sentir melhor.

—Cynder, Leve ele para a borda e cuide dele.

—Sim, Spyro!

Cynder ajuda ele a ir até uma das bordas da arena e o deita lá, massageando os ferimentos com o ácido.

Spyro então vai até a sétima candidata. Apresente-se!

—Hihi! -Ela era rosa claro com o torso inferior amarelo. Tinha um colar em seu pescoço com um pingente de coração rosa. -Meu nome é Brasa... -Ela se aproxima de Spyro, encostando seu peito com o dele e deixando seu focinho bem perto do dele. -Sou a candidata para guardiã de fogo.

Spyro se distância dela dando passos de ré. -Oooook... A... Acho que você p... Pode ir para o centro da arena... Você deverá incinerar os bonecos. Rápido e fácil.

Brasa começa a andar em direção do centro da arena rebolando seu quadril, fazendo sua cauda balançar no ar. Quando passa por Spyro, encosta seu flanco esquerdo no direito dele. Ele se arrepia ao sentir a cauda dela levantando sua cabeça por baixo da boca.

Cynder, que estava distante, a olhava nervosa. —Mas que... Abusada oferecida! Olhe isso! Fica rebolando só para se mostrar para os outros machos! Como isso pode ser candidata para guardiã? Ridículo! E ainda fica se oferecendo para o MEU Spyro?! Eu vou matá-la! —Cynder pensava, enquanto rosnava baixinho, o que divertia Ray, pois sabia o porquê dela estar brava.

Quando Brasa chega no centro, vários bonecos aparecem. Ela não tem nenhuma dificuldade em incinerá-los, desviando de alguns ataques enquanto incinerava outros bonecos. Ao matar o último ela olha para Spyro e solta um círculo de fumaça, que envolve Spyro. Ela pisca três vezes seus olhos azuis para ele que tenta disfarçar, mas todos os outros macho ficam encantados com ela.

—Tudo bem... Pode voltar para seu lugar agora, Brasa.

Brasa começa a andar para seu lugar na fila, rebolando balançando seu quadril, como antes. Ao passar ao lado de Spyro, encosta nele novamente, mas, desta vez, segura sua cabeça com a cauda e a vira conforme se afastava, fazendo ele olhar para sua traseira. Então ela finalmente chega ao seu lugar.

VOU MATÁ-LA! -Cynder pensa. Estava enlouquecendo.

Spyro balança a cabeça algumas vezes e vai até o último candidato que estava olhando para o quadril de Brasa pelo canto dos olhos.

—CAHAM! -Pigarreia Spyro.

O dragão olha para Spyro. -Perdoe-me.

—Pode se apresentar! E não precisa se perdoar...

—Meu nome é Chama. -Ele era vermelho sangue com o torso inferior amarelo ouro, assim como Spyro. -Sou muito seu fã Spyro! Meu sonho está sendo realizado agora! Sempre sonhei em falar com você!

—Ora Chama. Não fale isso! Se você está aqui é porque merece! E também... Bastava vim aqui que eu iria lhe receber de asas abertas!

—Obrigado Spyro!

—Você parece forte... Você lutará comigo!

Todos param de olhar para Brasa e olham para Spyro e Chama, indignados.

—S... Spyro! L... Lutar com você?!

—Claro! Vamos! Vai ser divertido para nós dois!

Os dois se posicionam um de frente para o outro, cinco metros distantes, no centro da arena. Spyro começa a andar para o lado, assim como Chama, rodeando, observando cada movimento de Chama. Então Spyro corre em direção de Chama e pula em cima dele, mas, quando as costas de Chama batem no chão, ele coloca as patas traseiras na pélvis de Spyro e o impulsiona para trás, dando uma cambalhota e ficando de pé novamente, olhando para Spyro que havia dado um mortal e caído de pé também. Spyro então lança um dardo de gelo em Chama que desvia e corre em direção de Spyro, mordendo sua pata, para o espanto de todos. Spyro ruge de dor, morde o pescoço de Chama e o lança para longe. Ao ser lançado, Chama bate as asas e lança uma chuva de dardos de fogo em Spyro. Spyro é atingido por todos e lançado para trás caindo de costas. Ao tentar se levantar, Chama morde seu pescoço e sobe em cima dele, prendendo suas patas e sua cauda. Spyro estava travado, com dor no pescoço devido a mordida de Chama. Chama mordia cada vez mais forte, até que começa a sangrar. Chama sente o gosto do sangue de Spyro e morde ainda mais forte. Spyro ruge alto. Mais sangue é jogado pela ferida e Chama decide soltá-lo, pois sabia que iria machucá-lo demais se continuasse. Ao sair de cima de Spyro ele vai até seu rosto.

—Você está bem, Spyro?

Spyro se levanta, pingando sangue no chão pela pata e pescoço. -Está tudo bem! Não se preocupe! Estou realmente impressionado, Chama! Você me derrotou! Gostei de você! Gostei muito mesmo de você! Vá até meu quarto depois disto! Muito bom mesmo!

Chama estava radiante. Muito feliz mesmo. Então ele volta para seu lugar na fila.

Spyro se aproxima deles, mancando. -Estou muito impressionado com o desempenho de vocês todos! Cada um tem sua especialidade, e eu gosto disso! Agora vocês todos moram aqui, então fiquem à vontade. Se quiserem falar comigo, estarei no meu quarto. O primeiro treino será amanhã de tarde. Meus treinos serão calmos, pois não gosto de esforçar muito. Mas serão perigosos! E, mais uma coisa! Me tratem como vocês tratam seus amigos, pois é isso que eu sou. Mas deveram me obedecer em o que eu falar! Novamente, sejam bem vindos! -Spyro vai até Cyril, ainda mancando. -Cyril, leve Ray até a enfermaria, por favor!

—E você?

—Eu ficarei bem!

Cyril vai até Ray e o pega com a boca.

—Vamos Cynder! Chama, venha também! -Chama corre até Spyro e Cynder e começa a ir para o quarto dos dois.

Assim que os três saem, todos os candidatos começam a conversar uns com os outros novamente e começam a sair do templo, mais animados que antes.


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Notas finais do capítulo

Emocionante em! UHU!
Parece que a Cynder achou uma concorrente, uh? :)



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