Mystic Falls escrita por Larissa Armstrong


Capítulo 7
O meu pesadelo


Notas iniciais do capítulo

cap pequeno também, mas espero q gostem :3



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V

Depois da quarta e quinta aula eu e a Hayley fomos pro nosso quarto. Ela ainda estava comentando o quanto eu fora corajosa, e todos que passavam olhavam para mim. Pelo menos eu não sou mais a garota que caiu no chão.

Eu tomei banho, e deitei na cama. Pus meu ipod no volume máximo de Wonderwall do Oasis. Ainda era cinco da tarde e já que a festa começava as sete, resolvi dormir um pouco.

O sono não vinha, por que minha cabeça era um turbilhão de pensamentos. Depois de gritar mentalmente umas dez para que a minha mente se aquietasse, resolvo fazer a única coisa que aprendi nas aulas de meditação que eu era obrigada a frequentar por me achavam muito estressada: me concentrar na minha respiração. Logo após o que parecia ser uma eternidade, consigo pegar no sono.

*

Acordei, sem sono nenhum. Olhei para o lado, e Hayley não estava mais na cama. Aliás não tinha uma cama ao meu lado. Não tinha nada no quarto, a não ser eu e a minha cama. Olhei em volta. Olhei paro meu corpo. Estava vestindo um vestido que nunca tinha visto na vida. Toquei no meu cabelo e ele estava preso numa trança longa. Comecei a ouvir gritos abafados e desesperados. Gritos de dor e desespero. Levanto e corro para a porta, e parecia que meus pés não tocavam no chão, eu estava flutuando. A voz ecoava cada vez mais alto, quando percebo que Hayley que gritava por socorro. Abri a porta, e segui os gritos, que vinham do lado direito. Enquanto corria, percebi que não tinha ninguém no corredor. Não tinha armários, nem pessoas, e as paredes que são brancas eram de pedra. Então os gritos pioraram. Vinha do lado esquerdo dessa vez. Corri desesperada. O que é que está acontecendo? E a direção dos gritos alternava cada vez mais rápido. Até que em um momento os gritos estavam tão rápido, e se alternando de um jeito que não aguentei e pus as mãos no rosto, tentando parar de ouvir tudo isso. Agora os gritos vinham da minha frente, e já tinham voltado ao normal. Abri os olhos. Tinha uma porta alta e escura. Mesmo não sabendo o que era, a minha única opção era abri-la.

–SOCORRO!

Abri a maçaneta dourada, que estava tão quente a ponto de queimar minhas mãos. Grito de dor na hora. Olhei pra elas. Estavam cheias de bolhas, e pareciam que elas estavam derretendo. Eu não estava aguentando, mas algo dentro de mim me obrigava a insistir. Até que a porta caiu sobre mim, esmagando meus ossos e queimando a pele das minhas mãos e do meu rosto.

E então eu finalmente acordei.

Olhei para as minhas mãos, ainda estavam com as bolhas e dei um grito. Pisquei os olhos, não tinha mais bolha alguma. Esse foi um dos piores pesadelos que eu já tive em toda minha vida. Olhei para a minha roupa, e que alívio. Eu estava as minhas roupas normais. Olhei em volta, os moveis também estava lá. E a Hayley também, pondo uma argola na orelha. Essa foi a melhor sensação da minha vida. Perceber que tudo aquilo era um sonho.

–Eu acho melhor você se arrumar, dorminhoca - ela riu.

Eu levantei ainda um pouco tonta. Me espreguicei e fui tomar banho. Lavei meu cabelo, ainda pensando no sonho, e na realidade da dor.

Saí, pus uma roupa e sequei meu cabelo, enquanto a Hayley se maquiava.

–Cara, eu tive um sonho horrível. E você estava no meio!

–Eu? – ela riu – Nossa, conta aí – ela disse, enquanto passava lápis.

Falei o que tinha acontecido. Quanto mais eu falava mais a Hayley ficava branca. Assustada, boquiaberta. Como se eu tivesse descoberto um segredo dela. Cara, ela anda estranha.

–Horrível né? – perguntei quando termino.

–É. Nossa, horrível. Terrível. – ela falou pausadamente.

–É... – indago de sobrancelhas franzidas.

Um silêncio pairou entre nós.

–Quer minha maquiagem emprestada? – ela disse, tentando mudar de assunto.

–Só me empresta seu lápis de olho?

–Claro, pega aí.

Me maquiei enquanto ela ligava a TV para assistir alguns clipes.

–Vamos?

–Vamos.

A gente andou na direção do auditório.

–Lembra que você me perguntou outro dia pra que servia essa porta? - confirmei com a cabeça. - Pois é, ela que nos leva pra nossa festa! – ela disse empolgada. – Poucos tem a chave daqui. E olha só! – ela me mostrou o molho de chaves, sorrindo, sorri empolgada.

Ela abriu a porta. E cara, aquilo tudo era lindo demais.


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