Mystic Falls escrita por Larissa Armstrong


Capítulo 5
O leão e o Antílope


Notas iniciais do capítulo

hello guys, como ces tão? :3



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V

–Ei! Acorda!

Eu levantei assustada. Ainda nem tinha amanhecido.

– Que foi?- Eu disse, esfregando os olhos.

– Já são 5:45. Hoje é quarta-feira, você tem que se arrumar, 6:30 você tem que estar pronta. Atrasos são intolerantes aqui!

Ah, ninguém merece.

– Só mais cinco minut...

–Não! Nem pensar!

–Por que...?

–É minha responsabilidade não deixar você se ferrar na primeira semana. Portanto, Get Up!

–O que é Get Up?

Ela revira os olhos e suspira.

–É levanta – ela puxa meu edredom sem permissão – em inglês. Agora anda logo.

Me levanto cambaleando e me estico. Cada músculo do meu corpo protesta, e eu me seguro para não me jogar na cama. Fui pro banheiro, escovei meus dentes, tomei banho. O mais rápido possível. Penteei meu cabelo em um coque alto e me visto. Coloquei os livros na mochila e saí junto a Hayley.

Sorte minha que ela conseguiu fazer com que todas as aulas fossem junto comigo. Ela conseguia tudo aqui!

A primeira aula foi de história, a minha matéria preferida. De cara me dei bem com o professor Billie. Talvez seja por que além de gato ele era muito engraçado.
Saí da aula com a Hayley, e de repente fiquei claustrofóbica. Todo se empurravam e eu não conseguia ver a cor do chão. Ficava a maior confusão no corredor quando o sinal tocava. Por sorte segurei na mão da Hayley e fomos até a sala de matemática. URGH. Primeiro por que eu odiava matéria, e segundo por que o Stefan estava lá.

Ontem, quando eu terminei de sair de perto dele a Hayley me contou o como eu fora ‘’fora do normal’’ afinal, era completamente inédito alguma garota não ceder a ladainha dele. Na verdade, por mais que ele seja bonito, eu não me senti atraída por ele. Ainda bem.

No momento em que entro na sala, ele pôs os cotovelos no apoio da cadeira, com as mãos no rosto e sorriu, fingindo inocência. Seguro-me pra não mostrar o dedo do meio pra ele.

Depois de vinte minutos de fórmulas, números, letras e tédio, e eu tomo um susto ao ver um aviãozinho de papel pousar na minha mesa.

‘’Você fica linda irritada sabia?’’

Stefan

Rasguei o papel e levantei pra jogar no lixo, ele me acompanhou com um olhar e um sorriso. Revirei os olhos. Patético.

Depois de cinco minutos recebi outro avião.

‘’Se me tratando desse jeito você acha que eu vou desistir tá muito enganada. Eu sou um caçador. Quanto mais minhas presas fogem mais fica excitante caçá-las. Boa sorte loirinha, você vai precisar. ’’

Stefan

Eu ri, em sinal de deboche. Escrevi do outro lado do papel:

‘’Vamos imaginar que aqui é uma selva africana. Eu sou uma leoa e você um antílope. Você até que tenta, mas não consegue fugir de mim. E quando eu te pego, eu não te dou chance. Quando eu te pego eu estraçalho sua cabeça, arranco seus olhos e deixo o seu resto para os outros animas desfrutarem. Que tal? Boa sorte idiota, você vai precisar. ’’

V

O sinal tocou e eu fui direto para porta, no caminho deixei o bilhete na mesa dele. Tudo bem, o lance da caçada foi ridículo, mas já que ele queria assim...

–Ei, não vai dar pra a gente ficar junta nessa aula de agora. Eu tenho natação – Hayley disse se virando pra mim - Mas se quiser, eu te levo até a sala.

Tá. Eu estava errada. Ela não conseguia tudo o que queria ou simplesmente não queria dividir aula comigo.

–Não, não precisa, eu vou sozinha mesmo... Até mais.

Péssima ideia. Era muito mais difícil do que eu pensava atravessar o corredor sem ela. As pessoas pareciam cegas, esbarrando e pisando no meu pé sem pedir desculpas e muito menos olhar para trás. Esgueiro-me na parede, mas acho que algumas pessoas já possuíam a mesma tática. Por fim, espero em pé encostada na parede todo mundo ir para sala. Sim, talvez eu chegue atrasada, mas é melhor do que ser pisoteada.

Após tudo ficar mais tranqüilo, vou até a sala que Hayley tinha me mostrado.

Entrei no laboratório de química e todos olhos se voltaram para mim.
Lembrete mental: nunca mais esperar todo mundo ir para sala. Pois ser pisoteada era bem melhor do que aqueles olhares em cima de você.

Sentei no lugar em que o professor indicou para sentar. Do meu lado havia uma cadeira vazia. E eu torcia para que eu fosse a ultima a chegar, para não ter que sentar perto de ninguém. Mas aí o professor com cara de doido disse que tinha um aluno sem parceiro, e era ali que ele ficava. Xinguei o professor e o aluno mentalmente para suas próximas catorze gerações.

Depois de dois minutos a porta estava batendo. Meu coração bateu forte, por que eu sabia que quem entrasse ali seria meu parceiro durante o resto do ano. Mesmo ansiosa, me concentrei em desenhar símbolos no meu caderno. Ouço a porta se abrir e os suspiros apaixonados denunciam quem vai ficar do meu lado.

Uma pontinha de esperança fagulhou no meu coração e olho para os lados, afinal alguém podia estar sem par também. Merda. A esperança é uma grande porcaria. Ela só serve para fazer você se decepcionar.

Tento não olhar pra ele, mas com a visão periférica deu para perceber que o professor apontou para onde eu estava sentada, e Stefan vinha na minha direção sorrindo de malícia.

– Parece que eu tenho uma nova parceira de laboratório! – ele sussurra bem perto do meu ouvido. – Sabe, às vezes acho que o destino nos quer juntos. Só pra deixar claro, aquele bilhete pode ter me assustado, mas como eu disse, eu não desisti. – ele falou, pondo a mão no meu joelho e o acariciando.

Ao invés de dar um tapa em sua cara, tenho uma ideia muito melhor. Eu nunca ficava de castigo na infância por que eu tinha uma qualidade/defeito: eu sabia ser dissimulada.

Fiz cara de safada. Peguei na coxa dele enquanto o olhava com malícia, ele mordia o lábio inferior, e eu continuava subindo a mão, cada vez mais. Até o momento em que eu cheguei no lugar certo. Sem delongas, o aperto com toda força que pude reunir.

–Puta que pariu!- ele gritou, batendo na mesa de tanta dor, todos olham para nós dois. Eu podia ver uma lagrima escorrendo do seu rosto, o que me fez querer rir ainda mais.

–O que foi que o senhor disse? – o professor disse lentamente. Ele parecia realmente irritado.

Naquele momento eu e a metade da sala já tínhamos explodido de risadas.

– Não professor, eu posso me explicar, é que essa louca...

– NÃO QUERO SABER. SAIA AGORA DA MINHA AULA.

– Mas professor...

–A-GO-RA!

– Isso não vai ficar assim. – ele disse, baixinho, pra só eu ouvir, em seguida saiu da sala.

Demorou um pouco para todos se acalmarem, e o professor estava totalmente indignado com o comportamento da sala, e talvez por isso liberou todos mais cedo.

Corro para a porta para tentar não ser esmagada pela multidão. Consigo correr a metade do corredor, mas quando o sinal toca volto as pessoas voltam a me comprimir. Quando consigo chegar no refeitório (um ambiente claro e barulhento) Hayley já tava na mesa, vazia. Assim que me vê, ela aponta para o lugar onde a comida ficava. Pego espaguete e carne, e quando vou a direção da mesa, minha comida voa pelos ares.

– QUEM VOCÊ PENSA QUE É, PRA DERRUBAR A MINHA COMIDA?


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Notas finais do capítulo

oq ces acharam desse cap? :o