Life Isnt a Word, Is a Felling escrita por JulietCraig


Capítulo 5
Capítulo 2. He




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Capitulo 2. He

 

Juliet POV

 

As lágrimas caíram uma por uma do meu rosto frio e cansado. Puxei por uma fotografia minha e deles, meus pais, e relembrei por mais uma vez como se tinham conhecido. Adorava ouvi-los contarem aquela história, que talvez nunca fosse muito bem para a minha idade, com um sorriso malicioso nos seus lábios.

Contaram-me que andam os dois em digressão pelo mundo fazendo o mesmo: tocar guitarra. A minha mãe, Johanna Craig ou simplesmente Jo e o meu pai Brian Elwin Haner, Jr. era ali Synsyter Gates, ou apenas Syn. Cada um com a sua banda, e com as mesmas ambições de qualquer artista.

Era os finais de Junho, e estavam na Alemanha, num festival. Já se tinham encontrado em vários, e em todos aconteciam o mesmo. Beber demais estava-lhes no sangue e a loucura em palco encontrava-se em ambos. Por detrás deste, a mistura de álcool e cigarros era permanente, e algo mais acontecia entre os dois. Um beijo aqui, outro ali, e ficavam sem roupa que levam suada do concerto. Fora de vida de músicos, durante passeios nas cidades em que iriam actuar, criaram uma amizade intensa, que continuava em quartos de hotéis. Juraram-me que enquanto conscientes tomaram devidas precauções, mas quando a suas cabeças tinham um ritmo mais forte do que se ouvia em palco, era tudo do momento. Assim a minha mãe engravidou, e o enorme barrigão não permitiu que ela tocasse durante uns tempos, criando-se uma serie de concertos conjuntos das duas bandas em que o meu pai tocava pela minha mãe, enquanto ela passeava pelos corredores da plateia distribuindo autógrafos.

 Nasci e as suas vidas continuaram, restando para mim, aprender a viver com elas. Ausências temporárias, fama e luxo.

 A esmeralda estreitou-me através da estreita porta da cozinha, fez uma careta e suspirou.

 - Artistas! Nunca os perceberemos…

 Ri-me. Ela era sempre a assim. Os seus olhos verdes transmitiam uma esperança enorme, e o seu cabelo castanho e ondulado completava o seu espírito exótico.

 - Esmeralda? – Chamei-a, levantando-me.

 - Ainda está no chão?  

 - Oh esmeralda, eu adoro-te. – E abracei-a. – Sabes com é que o meu pai saiu?

 - O costume. Pequeno-almoço?

 - Sim, por favor.

 Os olhos de esmeralda mantiveram-se no chão enquanto voltava de novo para dentro. Sabia o quando evitava falar dos amigos do meu pai.

 Entrar na sala, fazia-me lembrar os catálogos de casas de sonho. Tudo no seu sítio, por ordem de tamanho e cor, sem pó. Enfim quase perfeito. Os chinelos do meu pai, as suas palhetas, e suas revistas espalhadas tornavam aquele espaço habitado, estragando todo o conjunto de foto de revista.

 E ali estava ele. Naquele ecrã, como em todas a manhãs. Sorria maliciosamente, e gozava o ritmo entranhado no sangue que lhe corria nas veias. Era o meu Synyster Gates de sempre.

 Aquela música lembrava-me o que sentia por ele, e o que ele dizia sentir por mim. Mesmo cantada pelo Matt, tocava-me por dentro como se a voz que envolvia aquela melodia fosse a do meu pai.

 Dear God. Era sem dúvida o nome perfeito para uma música, principalmente quando esta falava de tanto sentimento de saudade e ausência. O que sentia naquele momento, pelas pessoas mais importantes. Os meus pais e ele.


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Notas finais do capítulo

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