Life Isnt a Word, Is a Felling escrita por JulietCraig


Capítulo 28
Capítulo 24. I Miss You ? - P1


Notas iniciais do capítulo

Vou fazer um capitulo grande, sobre a ausencia do Zacky (com alguns POV dele pelo meio) e vou dividir em partes. Espero que gostem



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Capitulo 24. I Miss You ?

 

Parte 1

 

Zacky POV

 

O meu ritmo cardíaco aumentava a cada passo meu. Enfiei a roupa na mala, e fechei-a rapidamente.

Puxei da garrafa de água que estava ao meu lado, dando um grande gole. Eles iam me matar, eu sabia disso.

Mas eu precisava de o fazer, afinal eu tinha a deixado assim sozinha, sem mais ninguém. A minha criança desprotegida.

Peguei na mala, colocando os meus óculos de sol no rosto, esperando que Johnny não acordasse com os meus movimentos. Matt estava no quarto ao lado, acordado à muito tempo.

Não levaria muito a ir de Paris até Londres. Umas duas horas e eu estaria junto de Juliet, finalmente.

O meu corpo suava, mesmo sem uma ponta de calor. Eu tremia só de pensar no seu rosto.

Sabia algo errado nela. Ela não dava notícias, não perguntava por mim. Eu sabia que ela estava bem, mas eu não. Ela não estava comigo, só ai é que eu estaria bem.

Fechei a porta do quarto, caminhando no corredor sob um aperto no peito. Eu estava a traí-los, tinha noção disso. Mas com que cara eu diria a Syn que precisava de ver a sua filha? Precisava de beijá-la, e ter a certeza que ela era minha?

Além do mais, eu apenas estaria lá um ou dois dias e o próximo concerto seria dali a três dias na Holanda.

- Zacky, o que estás a fazer?

Apanhado. Suspirei frustrado, e voltei-me para ele.

- Eu tenho de me ausentar por um dia.

Matt revirou-me os olhos.

- Tu não vais ter com ela.

- Porquê? – Respondi num tom mais grave.

- Porra, Zacky estás louco? Ela nem te quer ver pintado.

Os meus olhos baixaram, tremules pelas lágrimas que deles escorriam breves.

Eu sabia que ela não me queria ver. Se o quisesse, ela teria descido naquela noite, teria ao menos falado com o seu pai.

Ela evitara tudo o que me envolvia, até o seu maior amor, Brian.

Matt encarou-me com um sorriso morto, num jeito que só ele sabia.

- Desculpa, não devia.

- Não tem importância.

Voltei para o meu quarto, atirando com a mala contra a parede. Matt tinha razão, ela nem me queria ver.

 

Juliet POV

 

Os dias passavam e Thomas continuou sempre lá, era como uma rotina. Punha-me na escola, e vinha-me buscar.

Estava também todos os dias com Anne e Catarina, e por vezes com Raquel. Anne falava praticamente com Matt todos os dias, e parecia tudo estar mais do que a correr bem.

Mas naquele dia, duas semanas depois de eles terem ido embora, Anne não tinha o sorriso habitual. O meu estômago deu uma volta de 360º ao olhar para ela, e pensar que Syn pudesse estar mal. Zacky tivesse tido algum problema grave.

Agarrou-me com força, quando cheguei junto dela, e encravou as unhas das minhas costas. Suportei a dor, afagando-lhe o cabelo, e afastando-me de seguida para por saber a razão daquilo. O medo que fosse Synyster ou Zacky, aumentou substancialmente.

Suspirei longamente, quando os seus olhos brilhantes se mostraram prontos a falar.

- Tens tido notícias deles? – Gemeu em voz baixa, repleta de dor.

- Falei com Syn há uns dois dias, ontem foi o dia da minha mãe ligar. Por isso, não sei grande coisa.

- O Matt não me diz nada desde terça, e já é sexta! – A sua voz saia fina e tremida, ao mesmo tempo que os seus olhos queriam derramar todas as lágrimas possíveis. – Eu ontem liguei, e depois ouvi primeiro uns sons estranhos. Pareciam… gemidos. Depois estava desligado.

As minhas palavras desapareceram, e senti-me a gelar. Não queria que Anne sofresse e confiava em Matt, mas não sabia se ela tinha essa mesma confiança. Era difícil olhar para Matt como um rapaz normal, como todos os que tínhamos na turma. Nem Thomas, era como os outros.

Catarina abraçou Anne, quando as lágrimas derramaram pela sua face branca, tapada pelos seus longos cabelos escuros.

- Ele hoje liga-te, vais ver. Deves ter ligado num meio de um concerto, e ele tinha o telemóvel no bolso. – Tentei acalmá-la, mesmo sabendo que era mentira. Eles nunca levavam os telemóveis para palco.

Anne pareceu mais aliviada, sorrindo-me.

Era aula de Inglês, e minha vontade de ali estar era a mesma de todos os dias nenhuma. A professora Felisbela trazia de novo as suas calças roxas com motivos geométricos em tons de castanhos e dourados, e a sua blusa vermelha de pele, mais uma vez. O seu cabelo não favorecia de todo a conjunta de vestuário, pelo que desviei o olhar dela, antes de me encontrar novamente com o seu batom vermelho, semi-boratado nos dentes. Ao menos estes eram brancos. 

Trazia os testes no braço esquerdo, e agitava-se de uma forma pouco graciosa pela sala, para os distribuir. O burburinho era bastante, misturando com a ansiedade pelas notas. Eram já da segunda ronda de testes, e muitos precisavam de boas notas para passarem a grande noite fora de casa. A noite de passagem de ano.

Eu apenas queria sair dali.

Entrancei o meu cabelo, na sua lentidão, esperando ansiosa que ela acabasse com aquilo rapidamente. A professora Felisbela, tentava ser engraçada com os alunos, e a maioria gostava dela. O problema era que demorava sempre imenso tempo com as tentativas de piadas.

- Muito Bem, Haner. – Sorriu-me.

Tentei sorrir, mas era difícil olhar para ela, sem me assustar.

- E os pais? Tem tido muitos concertos? – Brincou.

- Hum, sim.

Percebeu que eu não queria falar, e deixou o teste em cima da minha mesa.

19,2 Valores. Esmeralda ia ficar feliz.

Pousei o teste ao meu lado, ignorando a correcção do teste, e toda a aula. Queria fugir dali mais que nunca.

O meu coração batia fortemente, dando provas que ainda estava vivo. A imagem de Zacky não me saia da cabeça e as lágrimas chegavam perto dos olhos.

Tentei respirar sem grandes resultados. Os minutos continuavam a passar lentamente, ouvindo o ranger dos meus dentes e sentido as pernas a tremer debaixo da mesa, cada vez que me recordava da semana na Alemanha.

Agarrei com força a minha barriga, e finalmente tocou. Levantei-me rapidamente.

Não tinha forças, e todo o meu corpo gelara. Quando finalmente vi a minha cara reflectida no espelho da casa de banho, o branco predominava em si.

Sentei-me assim ali mesmo, com a cabeça entre os joelhos, esperando que ninguém entrasse. Catarina e Anne não me tinham seguido e não ouvia os passos nem a respiração de ninguém. Estava, enfim, sozinha.

As lágrimas escorreram pela face sem força, e rapidamente as limpei. Não podia chorar por ele, não o queria fazer.

O sabor doce da sua boca percorria a minha mente, e os seus braços queriam voltar a envolver o meu corpo. A minha imaginação era demasiado real, demasiado dolorosa.

Continuei com os olhos fechados, ouvindo os gritos do pátio. Odiava estar ali naquele momento, estava demasiado presa. Com algum custo retirei o telemóvel da minha mala, e comecei a escrever. Ainda era de manhã, por isso podia evitar tudo o que não podia evitar a tarde. A presença de Thomas.

“ Thomas, eu preciso de estar sozinha. Hoje não me venhas buscar e não te preocupes que eu não faço asneiras. Adoro-te.”

Enviei sem reler, e esperei que tocasse. Não queria voltar para as aulas, mas não era a melhor solução voltar para casa. Aquela casa trazia-me demasiadas recordações.


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