A prefeita virou a rua em sua Mercedes. Já podia ver a placa de “Leaving StoryBrooke”

Ela deu um ultimo suspiro. Em segundos estaria acabado, estaria no mundo real. Como qualquer outro, não seria ninguém.

Ela atravessou a barreira que protegia a cidade, deveria ser tão fácil?

Mas não era. Ela ouviu um carro buzinar no instante em que passara pela barreira, um fusca amarelo.

Com um suspiro, Regina saiu do carro. Pronta para enfrentar a salvadora.

Mas não era apenas Emma que a Rainha teria que enfrentar.

Henry pulou para fora do carro, o olhar confuso.

– Onde você esta indo? – ele olhava para ela como um adulto olha para um criança pequena fazendo algo perigoso. – Ariel disse que viu você saindo de casa com uma mala. – Ele olhou para o carro. – Você esta indo embora?

Regina soltou um longo e tremulo suspiro. Se não tivesse ido ao mausoléu... Mas ela não podia ir embora sem dizer adeus ao pai.

– Henry – ela deu alguns passos na direção do menino. – Você sabe o que acontece com as pessoa ao meu redor. – Ela tinha a voz urgente, por um instante nem a reconheceu. Parecia a garotinha ferida implorando pela compreensão da mãe, que uma vez fora. – é o melhor honey...

Regina sentiu um nó se formando em sua garganta

– PARA QUEM? – ele gritou.

– Hey kid... – Emma começou atrás do menino. – Deixe-a. – Ela caminhou na direção deles. – Deixe-a agir como uma covarde. – Ela colocou a mão sobre o ombro de Henry e olhou para Regina. – Porque é isso que você é.

Regina estava de boca aberta, não esperava uma intervenção da xerife.

– Eu faço o que acho melhor para o meu filho! Você deveria estar fe...

– Você tem tanto medo de perdê-lo que não vê que isso nunca iria acontecer! – Emma tinha uma expressão decidida, dura. – Henry a ama, você é mãe dele! Você o criou – a voz dela vacilou, mostrando o quanto aquilo era difícil para ela. – É provavelmente a pessoa mais importante na vida dele. Agora esta desistindo? Onde esta a irritante coragem da Rainha? – Emma não falou o Má, isso não passou despercebido por Regina.

– Você prometeu! – Henry disse quase em um sussurro.

Regina apenas franziu o cenho, desentendida.

– Toda noite, quando eu era pequeno e tinha pesadelos de que você também me abandonaria e eu ficaria sozinho...

– Você não esta sozinho! – Ela se inclinou para ficar da altura do garoto e indicou Emma. – Eu nunca...

– Você dizia – Ele a ignorou. – Que nunca me deixaria. Que seria a mãe que nunca me abandonaria. – Regina ficou surpresa por ele ainda lembrar-se disso e viu Emma franzir a testa tristemente. – Você não pode ir. – Disse em um sussurro. – Vai quebrar sua promessa?

– Henry... – Regina sentiu os olhos arderem com as lagrimas que ameaçavam vir a tona.

– Eu preciso de você, mom. Eu sei – A voz dele tremeu. – que tenho sido um filho terrível...

– Henry, você não...

– Sim eu fui. E eu sinto muito. – Uma lagrima escorreu pelos olhos do menino. – Eu sinto muito por fazê-la sofrer, por fazê-la achar que não te amava...

Naquele momento, com o filho chorando e lhe pedindo perdão, Regina teve raiva de si mesma. Nunca quisera fazer com que ele se sentisse culpado, nunca quisera vê-lo sofrer.

Regina limpou as lagrimas dos olhos do filho.

– Tudo o que eu fiz no passado, - ela falava baixo, sua voz estava rouca e tremula. - Quem eu fui... NADA disso pode ser desfeito. Eu sou quem eu sou, por mais que eu tente mudar. – Ela rapidamente limpou uma lagrima que teimou em cair. – Você é uma criança. Não deveria se preocupar se vai me ferir a casa escolha que faz. E enquanto eu estiver aqui, é o que você vai fazer. – A rainha engoliu em seco. – Você merece alguém melhor do que eu!

– O que eu mereço é ficar com minha mãe! – Ela notou a voz dele falhar. Não era para ser assim. – Você passou por tudo aquilo para me encontrar e agora vai me deixar? Eu não quero perder você!

Henry a abraçou e Regina sentiu as lagrimas quentes do filho contra seu ombro. Agora, as próprias lagrimas, que não conseguia mais conter, caiam incessantemente.

– I love you! – Ela sussurrou beijando o topo da cabeça do menino.

– Eu também te amo, mãe! Please...

– Eu não vou te deixar – ela o afastou para poder olha-lo. – nunca!

Talvez Emma estivesse certa e ela estivesse sendo covarde e fugindo da dor.

Talvez ela estivesse sendo egoísta se convencendo disso para ficar com o garoto.

Talvez ela continuasse sofrendo...

Mas ela não fora capaz de abandona-lo 11 anos antes e não era capaz disso agora.

Seu coração negro estava quebrado e o único capaz de juntar os pedaços era Henry e, talvez quem sabe, transformar as trevas em luz.