Unconditionally escrita por Everlak


Capítulo 6
Enchanted To Meet You especial Ano Novo


Notas iniciais do capítulo

Hey, Hey, Hey!
bem, vocês não cumpriram a meta, mas não faz mal, dessa vez eu deixo passar. Mas só dessa vez, me ouviram bem?
Achei que mesmo assim mereciam o especial de ano novo porque amei vossos comentários. Vocês são uns fofos. Então cá está, ainda que um pouco atrasado e peço desculpa por isso. Bem. Espero que gostem boa leitura!



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Andava pela sala às voltas incapaz de me sentar e respirar fundo. Effie encontrava-se na mesma situação. Estávamos assim à pelo menos uma hora enquanto Haymitch se sentara no cadeirão pensativamente. Eu não aguentava aquele desespero. E se Peeta fizesse algo com que viesse a arrepender-se depois? Do jeito que ele saiu daqui com certeza que era isso que iria acontecer. Ouvi um toque de telemóvel. Peeta deixou o telemóvel em casa. Era oportunidade que precisava. Ignorei a chamada de quem quer que fosse e fui directa para os contactos esperando encontrar o que eu queria. Bingo! Agradeci mentalmente. Peguei nas chaves do carro do meu sogrinho ou ex sogrinho, neste momento não sei dizer mas também não interessava nada.

– Katniss, onde vais? – Haymitch se levantou quando viu – me pegar nas chaves e esgueirar-me pela porta principal.

– O que acha senhor Mellark? Eu vou atrás do seu filho, tenho aqui a morada de Cato – Ergui a o telemóvel – Tenho a certeza que é para lá que ele vai.

– Tu não estás em condições de conduzir docinho. Me dá as chaves, eu vou contigo – lhe atirei as chaves e entramos rapidamente arrancando de seguida deixando uma Effie à porta confusa.

Coloquei a morada no GPS e me recostei no banco tentando controlar minha respiração. Haymitch conduzia velozmente provavelmente tentando chegar a tempo de impedir o que quer que Peeta esteja tentando fazer. “ Ahhh Peeta, meu amor…” Olhei pela janela me perdendo em memórias. Comecei a recordar a primeira vez que realmente nos falamos. Não foi na faculdade. Não foi na empresa. Foi na véspera de Ano Novo. Um realmente mágico em que seus pais basicamente insistiram em nos apresentar. Afinal, o esforço deles resultou…

FLASHBACK ON

POV Peeta

– Sério? A porcaria do carro tinha de avariar logo agora? – Falei para comigo mesmo. Estava a sair da faculdade após uma desgastante aula de Direito Constitucional para me dirigir para o estágio. Sempre adorei passar meu tempo na empresa dos meus pais mas poder trabalhar lá como sempre quis era fantástico. Mas não pensei que por ser filho do dono que tive a vida facilitada. Meu pai falou para mim que teria que estudar e me esforçar tanto ou mais que os demais para um posto na empresa. E agora cá estou eu feliz e com os pais babados de tanto orgulho de mim. Tranquei um carro e chamei um mecânico para vir buscar o carro. Depois, sem outra alternativa, apanhei um táxi. Cheguei mesmo em cima da hora mas não estava atrasado. Entrei no hall principal apinhado de gente para cá e para lá. Fui directo para o gabinete do meu pai para ir buscar mais uns casos que meu pai queria que eu revesse. Ia já a entrar quando uma garota sai de lá de dentro com uns papéis na mão. Ao entrar, inevitavelmente bato meu corpo no dela sem querer. Murmuro um “me desculpe” e ela acena olhando para o chão e saindo dali.

– Meu filho! Como correram as aulas? – Meu pai me pergunta vindo me dar um abraço.

– Vagarosamente… É incrível como as horas passam tão devagar quando menos queremos! – Meu pai dá uma gargalhada – E acredita que meu carro lembrou de avariar logo agora? Hoje nada corre bem.

– Infelizmente existem dias assim. Predestinados para nos deitar abaixo. – Ele abana a cabeça negativamente e solta um sorriso. – Ah, quase que me esquecia de dizer, sua mãe resolveu fazer uma “festinha” – e fez aspas com as mãos ironicamente – para todos os funcionários, inclusive estagiários na véspera de Ano Novo.

– Festinha? Sei… Para mamãe nunca é uma festinha, é o acontecimento do ano. Mas me parece bem – concordei

– Venha a festa então! – Papai coloca as mãos no ar dramaticamente.

* * *

– Peeta! Anda logo meu filho!

– Ah mãe já vai! Estou quase pronto – bufo. Que impacientes esses dois, meu Deus.

– Vê Effie? Tanto tempo a apaparicar o menino e agora ele parece uma garota a se arranjar! – Ouvi meu pai dizer enquanto eu descia as escadas.

– Pai, deixa de ser exagerado. Já estou prontinho. Estou um gato não é dona Effie? – Questiono dando uma voltinha para ela poder me ver bem dentro do elegante smoking preto que ela me deu.

– Irresistível! Não admira que todas as garotas fiquem cochichando quando você passa lá na empresa. Meu arrasa-corações – minha mãe começou a emocionar-se

– Chega de papo ou chegaremos atrasados à nossa própria festa! – Resmungou Haymitch, meu paizão nada sensível.

Chegámos ao local onde decorreria a festa e o espaço já estava bastante preenchido com pessoas da empresa com suas famílias ou acompanhantes. Minha mãe se esmerou na decoração, no catering, em tudo. Tudo estava perfeito em tons de branco e dourado. Bem a cara da minha mãe. Mal cheguei fui cumprimentando as pessoas e conversando um pouco com elas, afinal, sou o filho da anfitriã da festa, tenho de me comportar como tal. Enquanto fazia isso passava o olhar pelo espaço, vendo quem estava por ali. Passei quase meia hora a cumprimentar o pessoal da direcção e depois me sentei numa das mesas dispersas por ali com meus pais. Todo mundo começou a se sentar também, pois o jantar começaria a ser servido. De onde estávamos podia ver o amplo espaço e também a entrada. E foi quando olhei para a entrada que vi ela entrar. Uma garota que devia ter mais ou menos a minha idade, Ela era linda, mas eu nunca a vira na empresa. Minha mãe quando a viu, abriu um largo sorriso e foi ter com ela. As duas conversavam animadamente, bem, minha mãe conversava animadamente. A bela apenas sorria timidamente. Minha mãe enlaçou seu braço no dela e começou a vir em direcção à nossa mesa. Enquanto as duas se aproximavam, eu pude observar melhor. Vestia um longo vestido vermelho, que eu pudera ver que era aberto nas costas, que lhe caía que nem uma luva, ficando perfeito nela. Seus lábios carnudos num tom vermelho similar ao vestido. Seu cabelo castanho estava apanhado na frente e caindo em caracóis perfeitos pelas suas costas. Mas o que me atraiu realmente foram seus olhos. Aqueles olhos me desconcertaram completamente. Nunca vira uns olhos como aqueles, cinzentos de formato felino, como os de um gato, um tigre. A maquilhagem escura sobressaia ainda mais os olhos perfeitos.

– Peeta, esta é a minha estagiária no departamento administrativo, Katniss. – Nome tão exótico como seus olhos.

– Prazer – ela proferiu timidamente.

– O prazer é todo meu. – Falei galanteador. – Nunca te vi pela empresa.

– Katniss, senta-te querida, esse lugar é teu – Minha mãe a fez sentar-se ao meu lado e logo a bela morena corou. Coisa fofa.

– Quer dizer que é normal ir contra as pessoas à porta do seu pai a toda hora? – ela gargalhou baixinho e eu abri a boca em choque. Claro, eu não havia baixado a cabeça e eu não havia visto sua cara, seus olhos, senão teria a reconhecido com toda a certeza. Ela não é uma mulher de quem nos esquecemos facilmente.

– Me desculpe, eu não estava num bom dia, definitivamente. – Ela sorriu e eu retribui sem pensar duas vezes.

– Peeta, sabia que Katniss estuda na sua faculdade? – Haymitch perguntou.

– É serio? – Questionei-a ela acenou afirmativamente. É possível? Como eu nunca havia reparado nela?

– É uma das melhores alunas, é aluna de mérito – Effie falou orgulhosa. Espera aí, orgulhosa?

A conversa entre os quatro decorreu fluentemente, como se fossemos todos amigos de longa data. Minha mãe me envergonhando, é claro, com as histórias das besteiras que eu fazia na empresa em criança. Haymitch, após bastante bebida, começou a fazer um inquérito completo à coitada da Katniss, mas ela respondia a tudo cordial e tranquila. E eu a ouvia encantado, trocando olhares com ela uma vez por outra mas ela sempre desviava o olhar. Que adorável!

– Então, quais são os teus desejos para o Novo Ano? – Ela me perguntou após meus pais darem uma desculpa qualquer e se retirarem da mesa.

– Não tenho nenhum assim em mente. Quer dizer, eu tinha um mas ele já se concretizou então…

– E posso saber qual era? Ou é segredo? – ela indagou com uma expressão curiosa.

– Eu desejei conhecer a possível mulher dos meus sonhos – expliquei olhando bem em seus olhos e me perdendo neles.

– Hum, fico feliz por você então! – Esboçou um pequeno sorriso mas eu posso dizer quase de certeza que vi decepção no rosto dela.

– MEUS QUERIDOS, VENHAM TODOS PARA A PISTA DE DANÇA! – Minha mãe chamou a atenção. Me levantei pegando na mão de Katniss e a puxei para a pista. – Está na hora!! Todos prontos para dar início ao novo ano?

Uma música começou a tocar, calmamente. As pessoas começaram a reunir-se em pares para dançar aquela música tão propícia ao momento que eu vivia naquele momento. Puxei Katniss ao meu encontro devagar para ela ter tempo de recusar se assim o desejasse. No entanto ela não recuou e eu enlacei uma mão na sua cintura enquanto a outra segurava a sua pequena e delicada mão. Dançamos calmamente e depois ouvimos as pessoas a gritar extasiadas: “10, 9, 8…”. Nós por outro lado continuávamos na nossa bolha olhando nos olhos um do outro. “3,2,1” Sem esperar nem mais um segundo a beijei, calmamente de início, mas logo aprofundávamos o beijo. Fogo-de-artifício começou a arder atrás de nós pela ampla varanda. É impossível descrever o momento de tão perfeito que ele foi. Terminámos o beijo e atrás de Katniss pude ver meus pais olhando para nós e sorrindo. Minha mãe batendo palmas e tenho a certeza que não era pelo novo ano nem pelo fogo-de-artifício que continuava majestoso. Tenho a certeza que o nosso encontro não foi por acaso, no entanto, tenho que agradecer a eles esta bela morena à minha frente.

– Eu não disse? Meu desejo acaba de se realizar. Acho que encontrei a mulher da minha vida – sussurrei para ela.

– Peeta, você nem me conhece direito! – Ela falou corando novamente. – Como pode ter a certeza?

– Posso não ter certeza disso, mas duma coisa eu tenho: foi encantador conhecer – te.- Então ela me beijou, com o fogo-de-artifício como pano de fundo

FLASHBACK OFF

POV Katniss

– Katniss! Katniss! – Olhei em volta, regressando à realidade. Haymitch balançava meu ombro – Chegámos.

Abri ainda mais os olhos inspeccionando o lugar. Reparei então no carro do Peeta estacionado na rua mais abaixo como que se não quisesse que Cato soubesse que estava ali. Saí para fora do carro com força demais. Minha coluna gelou para logo sentir uma dor incomoda. Decidi não transparecer nada para Haymitch pois com certeza ele me levaria de imediato de volta para sua casa. Fui o mais depressa possível para a porta principal, o que era difícil, porque apesar de pouco visível, a barriga já pesava. Comecei a bater descontroladamente na porta e a gritar por Peeta.

– Que isso garota! Ficou doida? – Cato abre a porta irritado.

– Onde está o Peeta? – Perguntei sem paciência.

– E eu que vou saber? Se liga! – Ele já ia a fechar a porta mas eu coloquei –me no meio – Que foi agora?

– Desculpa, é que esqueci me de uma coisa – então antes que ele pudesse reagir, golpeei seu rosto de canalha com um belo de um soco. Seu nariz ficou logo inchado e brotando sangue – Se acha que estamos quites agora, está muito enganado. Isso nem se compara ao que fez comigo seu idiota sem coração!

Então fui de volta onde um Haymitch chocado esperava, perto do carro. Ele estava completamente petrificado.

– Lembra-me de nunca me meter contigo! – Ele gargalhou. Eu ia a entrar no carro normalmente quando volto olhar para o carro de Peeta. Não está ninguém dentro do carro. Onde ele estará? Me dou conta, um pouco atrasada que o carro está estacionado em frente a um pequeno parque. Peço a Haymitch para esperar por mim junto ao carro e vou para o parque rezando encontra-lo ali e que estivesse são e salvo. Respirei fundo, aliviada, ao avistar sua silhueta balançando vagarosamente no baloiço olhando para o chão sob os seus pés. Me dirijo para lá e me sento no baloiço ao lado. Ele olha para mim surpreso.

– Katniss, você me encontrou… - não era uma pergunta. Ele sorriu de leve para mim.

– Sabe, Peeta? Foi encantador conhecer – te. – Seu sorriso se alargou mal eu proferi a frase que ele me havia dito naquela noite. E ficamos feitos bobos sorrindo um para o outro

– Pensei que nem se lembrasse disso – falou

– Eu me lembro de tudo o que diz respeito a você.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do especial? Espero que sim, néh? Eu quero vocês felizes. Vocês feizes = eu feliz! Agora eu realmente gostava assim de uma recomendaçãozinha... Acham que não mereço, é isso? Que minha fic não vale assim tanto? Podem falar. As criticas nos ajudam a crescer, como pessoas e como escritores!
Próximo capítulo:
"Loucura? Sim ou com certeza?"
" Nós estámos mesmo fazendo isso?"
" Você não confiou em mim!"
Huuhhuu, o que será que isso quer dizer? ahaha Beijos fofos! até à próxima!



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