– Katniss, eu quero te pedir imensas desculpas, eu…

– Fui eu que errei, Peeta, eu que deixei que aquele canalha me manipulasse. Me perdoa. – Implorei para ele.

– Fazemos assim, eu te perdoo se tu me perdoares – então sorriu largamente.

– Combinado. – Sorri e ele acariciou minha bochecha com o polegar. Meu sorriso esvaneceu quando senti um pontapé na minha barriga. Minha menina parecia estar dizendo: “Ei, lembra que estou aqui? Sou seu segredinho..”

– Katniss, o que foi? Está tudo bem? – Eu estava num dilema interior, contaria ou não. Se contasse como ele reagiria? Eu tinha medo mas alguma hora eu teria de contar.

– Peeta, eu tenho uma coisa para contar. – Ele ficou sério e agarrou minhas mãos.

– O que quer que seja, podes falar comigo. – ele assegurou

– Eu não sei… Tenho a sensação que irás ter raiva de mim.. Outra vez. – As lágrimas queriam cair e não contive algumas.

– Katniss, eu te prometo, eu não irei- te abandonar novamente. – Eu respirei fundo e peguei na mão dele que repousava na minha. Coloquei-a sobre a minha barriga. Vi seu olhar confuso que passou para um olhar estupefacto quando minha filha pontapeou minha barriga mais uma vez.

– Eu estou grávida Peeta, de três meses… - seus olhos estavam grudados na minha barriga.

– Isso quer dizer… Isso quer dizer que vou ser pai? – Seus olhos por fim se encontraram com os meus. Eu acenei afirmativamente. Seus olhos brilharam. – Eu vou ser pai!

Ele se levantou com os braços atrás da nuca e um sorriso enorme nos lábios. Ele me puxou para si e me abraçou forte. Eu estava aliviada por ele ter aceitado tão bem a notícia.

– Katniss, isso é… É a melhor notícia que me podias dar. Eu sempre sonhei ser pai. Saber que serás tu a realizares o meu sonho é indescritível. Kat, eu te amo, eu te amo tanto!

– Eu também te amo Peeta, incondicionalmente. – suspirei contra seu pescoço.

– Incondicionalmente. – concordou – Me diz uma coisa. Menino ou menina?

– Menina. Uma linda menina – respondi. Seus olhos brilharam ainda mais.

–Ahh Katniss. Porque não me contaste antes – questionou ainda me abraçando.

– Tu estavas com ódio de mim e eu tinha receio de como irias reagir – ele puxou –me mais para si colocando a mão na minha nuca e me beijou. Como eu tinha saudades daqueles lábios. Prendi-me mais a ele desejando que aquele momento não acabasse nunca. Desgrudamos nossas bocas e ele colou a sua testa à minha.

– Tudo será diferente agora. Eu sei que pode parecer loucura mas eu quero voltar a pedir-te em casamento. – Eu juro que meu coração perdeu uma batida.

– Loucura? Sim ou com certeza? – brinquei – Mas Peeta, tu tens a Glimmer…

– Glimmer? Ela não significa nada para mim. Ela foi apenas uma namorada que tive no liceu e apareceu a minha casa ontem. – esclareceu.

– Não foi o que pareceu ontem no seu quarto – acusei.

– Pareceu o que eu quis que parecesse. – ele deu um pequeno sorriso – Eu estava irritado por teres aparecido em minha casa e ela concordou em simular um pequeno teatro para te aborrecer.

– Então nada aconteceu? – perguntei incerta

– Katniss, tu não confias em mim? Não, não aconteceu nada – ele tranquilizou-me.

– Nesse caso, se hipoteticamente me voltasses a pedir em casamento eu hipoteticamente aceitaria. – declarei.

– Sendo assim – Peeta se ajoelhou no chão à minha frente e pegou na minha mão – Katniss, Pelo amor que sinto por ti e pela nossa filha, aceitas casar comigo?

– Peeta… - eu estava sem palavras. Ele realmente queria-me de volta? – Eu aceito, e prometo amar-te incondicionalmente, assim como à nossa menina.

Peeta abriu um sorriso enorme eu eu puxei-o para cima e o beijei enquanto ele me pegava no colo e nos rodava. Nesse momento todos os tormentos, todas as dúvidas, toda a dor, saiu dos meus ombros. Me sentia nas nuvens! Seríamos uma família, eu Peeta e nossa menina.

– Você já pensou num nome para ela – perguntou curioso acariciando minha barriga.

– Após pensar bastante consegui diminuir a minha lista para Íris ou Violeta – falei receosa. – Mas se tiver outra opção, eu quero ouvir.

– Eu acho esses dois lindos. O problema mesmo vai ser escolher um deles. – me deu um selinho. – Meus pais sabiam não é? Por isso te trouxeram para casa e minha mãe falou que não podias ter emoções fortes, não é verdade?

– Peeta, eu lamento… Sim, eles souberam ontem. – baixei a cabeça envergonhada.

– Hey, está tudo bem Kat. Eu não estou com raiva de você – Ele me abraçou apaixonadamente. – Agora seremos uma família e dessa vez nada nos impedirá.