Dente de leão - Após A ESPERANÇA escrita por Tanise Bach


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

– Você sabe que não sou boa com esse tipo de coisa._ digo e o ajudo a cortar o frango. Ele me olha e finge chorar enquanto aponta para o pedaço que eu acabei de fatiar mostrando que eu também não sabia fazer aquilo direito. Terminamos o jantar e enquanto lavo alguns pratos ele leva o ensopado para Haymitch, visto o casaco e me despeço dos dois.



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Acordo assustada depois de mais um pesadelo, sinto o terror cortar minha face e passo a mão onde no sonho os macacos da capital rasgaram minha pele. É difícil me lembrar de uma noite tranquila depois dos jogos e da revolução, os pesadelos se tornaram parte de mim como as cicatrizes fazem parte do meu corpo. Vou até a sala e ligo a televisão, Ceasar Flickerman está em uma poltrona vermelha de veludo entrevistando alguém do governo atual, ele está usando um paletó cinza com uma gravata amarela brilhante e seus cabelos pretos e naturais estão penteados pra trás. Ele sempre tentou ajudar os tributos nas entrevistas, lembro-me de como suas perguntas e reações me salvaram muitas vezes. Plutarch resolveu mantê-lo em sua função e apenas mudou o cenário e os temas de seus programas, as pessoas precisavam de humor e entretenimento segundo ele.
Greasy trás dois pratos com panquecas e senta ao meu lado, aumento o volume e o rapaz começam a explicar como o dinheiro está sendo distribuído entre os distritos e o que cada um tem feito com ele. Pessoas da capital tem vindo ao distrito doze o tempo todo, eles fazem projetos de prédios e ensinam os moradores a operar máquinas ou como construí-las. Agora temos praças, hospitais, fábricas e lojas, a mineração ainda é a base econômica do distrito, mas a profissão é bem mais remunerada e humanizada. Vejo imagens do centro do doze e penso em como Peeta ficaria feliz em ter a padaria de seu pai reconstruída, ele era tão bom nisso. Depois do almoço vou até o telefone e passo algum tempo esperando até finalmente ser atendida.
– Boa tarde Katniss! Não esperava uma ligação sua._ sua voz é de surpresa.
– Boa tarde Plutarch, tem um assunto para tratar com você._
– No que posso ajudar?
Respiro fundo e continuo_
– Eu gostaria de reconstruir a padaria dos Mellark e não sabia com quem conversar sobre isso.
–Ooh, isso seria maravilhoso! Acredito que muitas pessoas gostariam de ajudar, posso tratar disso para você! Peeta tem algum projeto em mente?_
sua voz mostra empolgação
– Na verdade ele não sabe, seria um tipo de surpresa._ ele deve me achar uma louca.
– Isso torna o projeto ainda mais interessante, ele ri, vou providenciar isso para você! É o mínimo que nós podemos fazer depois de tudo o que vocês fizeram por nós._
– Obrigada..._
– Katniss, você se importaria de televisionarmos a construção e entrega da padaria? Isso seria muito importante para a população._
– Eu não esperava por isso _
sinto o ar fugir dos pulmões_ bem eu não gostaria de dar entrevista ou ficar forçando um sorriso para uma câmera... Isso é torturante._
– Poderiam ser apenas imagens, os amantes desafortunados tendo uma vida normal e feliz, vocês não precisariam falar nada._
ele está quase implorando.
– Não somos amantes!._ a raiva toma conta de mim e decido desligar antes de falar alguma besteira
– Vou pensar sobre isso, até logo._
Desligo o telefone e vou até o quarto, não vou pensar ou aceitar o pedido de Plutarch e o sentimento de liberdade me arranca um sorriso. Tomo um banho e procuro algo para vestir, o closet está cheio de vestidos e roupas escolhidos por Effie e Cinna, olho a parte totalmente rosa e não consigo evitar a cara de nojo. Onde estaria Effie agora? Ela não deu mais noticias depois que voltei. Escolho um vestido lilás e um casaco simples então decido ir até a casa de Peeta, tem dias como hoje que a fome de sua presença, aquela fome que senti na arena do quell tomam conta de mim e não consigo fugir ou me trancar no quarto... As árvores começam a florescer e o frio que antes era congelante agora é apenas uma brisa suave, bato na porta e entro após sua permissão.
Ele estava todo sujo de farinha, sua calça azul escura parecia à pele de um dálmata e seu cabelo loiro deveria ter dois pães de ingredientes.
– Por um momento pensei que você fosse um fantasma._ faço cara de assustada tentando fazer uma piada.
– Tentei uma receita nova, mas acho que não deu muito certo._ ele ri e mostra um tipo de pão queimado e massa para todo o lado. Lembro-me do dia em que ele me salvou jogando um pão queimado e sinto minhas bochechas corarem. Ele me observa.
– Está com fome? Devo ter alguns pães doces ainda._ Peeta sempre tenta deixar as coisas confortáveis para mim.
– Não sei se é seguro._ mordo a boca e começo a gargalhar.
– O que? Você está dizendo que eu não sei mais cozinhar?_ ele começa a correr atrás de mim com farinha nas mãos.
– Peeta para! Peeta eu estava brincando, você é ótimo!_ corro envolta da mesa enquanto ele atira farinha em mim.
– Peeta! Eu acabei de sair do banho!_ grito, sem sucesso, pois ele continua a me transformar em um bolo.
– Quem é o melhor cozinheiro que você conhece?_ele tenta ficar sério_Quem?_ ele está segurando um vidro com leite e quase caindo no chão de tanto rir.
– Haymitch é o melhor cozinheiro!_ Tento escapar pela porta da cozinha e me arrependo de tê-lo provocado, a porta está trancada.
Peeta me olha como uma criança malvada e tomo um banho de leite, começo a sacudir a roupa e jogar a meleca nele, ele ri e começamos a lutar com as mão sujas então de repente ele se aproxima do meu rosto e observa minha boca. Paro de respirar, minhas mãos começam a formigar, minha boca fica seca e fico ali sem reação, vejo seus lábios e tenho vontade de beijá-lo.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada a todos que comentaram e favoritaram a Fic!



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