God Save The Queen! escrita por Mah_Black 007


Capítulo 1
Capítulo 1




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Capítulo 1 – “I’m not an animal!”

 

 

 

        Tínhamos acabado de sair de um show dos Sex Pistols. Podia ficar melhor? Quatro amigos fugindo da escola para ir ao show da banda mais punk no maior estilo Do It Yourself da Inglaterra... Não: Do mundo inteiro! A música ainda estava na minha cabeça, tão alta quanto dentro do show. Eu subi no palco! Eu! Claro, eu tive que brigar com alguns seguranças para isso, e tive que escapar de Johnny Rotten, que tentara me acertar com um soco, mas valeu a pena; principalmente para me jogar no público depois.

 

        – Quantas ficou hoje, Pontas? – perguntei, sorrindo. Ele não podia ter ganhado. Dez, dez em um só show! E ainda por cima, todas eram bonitas, ao menos as que eu lembrava. Isso devia ser um recorde, até para mim.

 

        – Nenhuma, sou inteirinho do meu lírio. – respondeu ele.

 

– Ele fala isso como desculpa. – falou Remus, rindo. Era impressionante como Remus se soltava depois de algumas poucas doses de bebida de teor alcoólico extraordinariamente alto. Ele era tão mais divertido. Devíamos deixá-lo beber sempre que quisesse.

 

– Cala a boca, Aluado. – exclamou James.

 

– E quantas você beijou? – perguntou indaguei para Remus.

 

– Aposto que nenhuma. – zombou Peter.

 

– É? E eu aposto que você beijou um cara. – retrucou Remus com uma careta, fazendo com que eu e James gargalhássemos.

 

– Sério, cara. Quantas? – perguntei novamente. Era impressão minha ou tudo estava inclinado ligeiramente para a direita? Depois de alguns segundos de silêncio, Remus revelou:

 

– Sete. – ficamos alguns segundos num silêncio de surpresa, mas então caímos na risada.

 

– A fera saiu do esconderijo, hoje. – riu-se James.

 

– E foi bem alimentada! – exclamei rindo. Ficamos algum tempo sem falar nada, até chegarmos perto da minha moto e do carro, que tínhamos estacionado bem longe, para que os punks não dessem perda total nos veículos. Só de pensar na minha moto destruída, estremeci. Já o carro, nem tanto. Eu pulei em cima do capô do mustang: – Bodies! – gritei, pulando para cima do teto do carro. – I’m not an animal! – continuei o refrão, pulando. O alarme disparou.

 

– Desça daí, antes que fure o teto. – falou James. Pulei do teto para o chão do carro, rindo.

 

– Esse carro já está estragado mesmo. – falei, olhando para o carro velho. Me encostei na minha moto.

 

– Você não disse quantas beijou, Almofadas. – lembrou James. Eu sorri, feliz por terem me perguntado.

 

– Aposto que não passou de Remus. – falou Peter. Só agora tinha percebido que ele estava com a fala tão enrolada. Tropeçando um monte. Estava totalmente bêbado.

 

– Você devia parar de apostar, Rabicho. – murmurei.

 

– Então? – perguntou Remus.

 

– Dez. – eu respondi.

 

– Você está brincando! – disse James, parte incrédulo, parte risonho.

 

– Só pode estar mentindo. – falou Remus, rindo e se apoiando na porta aberta do carro.

 

– Desculpe, rapazes. – falei, sorrindo. – Ninguém vence o cachorro aqui. – os outros riram. Passei a minha perna para o outro lado da moto e dei a partida nela.

 

– Acho que vou passar mal. – disse Rabicho, sério, apertando a barriga. James e Remus se afastaram dele, mas ele correu para detrás do carro. Pouco depois, ouvimos ele tossindo e cuspido, e o som nauseante de líquido sendo despejado no chão.

 

– Ah, isso é nojento. – falei, balançando a cabeça. Isso não ajudou em nada para minha tontura.

 

– É? Pelo menos você tem a sua moto. Não vai ter que ir até Hogsmeade com o Sr. Vômito ali. – falou James, indicando Peter, ainda detrás do carro, com a cabeça. Eu sorri.

 

– Ah, não se esqueça do capacete. – disse Remus, tirando o capacete preto do banco detrás do carro e o jogando para mim. Eu coloquei sem reclamar. Uma coisa única para mim.

 

 – Vamos, seu mamado, vamos para Hogsmeade. – disse James, abrindo a porta e jogando Peter descuidadamente no banco traseiro. Remus tomou o banco do passageiro. James entrou no lado do passageiro e eles foram acelerando rua abaixo. Ia ser uma longa viagem para eles, no chão, e com um ser “vomitante” dentro.


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