Fiquei deitada olhando para o teto. Daneil ai me buscar para roubar a chave.

Ouvi alguém bater de leve na porta e saltei da cama.

Abri a porta.

Daniel sorriu para mim.

– Todos dormindo

– Tem certeza que quer fazer isso? – perguntei

– Quando foi a ultima vez que eu disse não? – ele perguntou

– Ok, então. Vamos

Andamos pelo corredor escuro. Parecia um breu. Guiei Daniel. Sabia o caminho de olhos fechados.

Chegamos à sala da direta. A chave estava dentro da segunda gaveta da escrivaninha.

– Quem está ai? – ouvi uma voz no corredor

– Droga! – Daniel falou

Tentei abrir a porta

– Ela trancou – cochichei

– Ei! Já são 11 horas! Vocês deviam estar na cama! – gritou a voz que se aproximava

Finalmente a reconheci. Era do treinador Glen.

– Quando eu gritar já você corre – ele sussurrou no meu ouvido

Segurei a mão dele e fiz um sinal de não com a cabeça. Sabia o q ele ia fazer. Ia levar a culpa. Lembro quando me pegaram a noite uma vez. Me corpo arrepiou.

Ele soltou minha mão.

– Já – gritou e empurro o treinador

Sai correndo. Não sabia aonde ir. Apenas fiquei correndo. Onde eu estou? “se acalma” disse pra mim mesma. Olhei para os lados.

Alguém segurou meu braço. Gritei.

– Fica quieta!

Raissa!

Abracei-a e comecei a chorar.

– O treinador pegou Daniel! Agora ele vai atrás de mim! – disse desesperada

Ele me afastou.

– O que deu em você? – ela perguntou

– Daniel vai levar o castigo – ele continuou – o trinador viu você saindo correndo

– Ele viu alguém, mas acho que não sebe que era eu.

– Então vamos cancelar essa noite, vem

Segui ela. Lisa, Karie e Emanuel estavam estados na frente de uma porta.

– O que aconteceu? – perguntou Lisa

– Pegaram Daniel – respondeu Raissa

Emanuel bateu na parede

– Quem? – ele perguntou

– O treinador – eu respondi

– Ele está morto – disse Lisa

– Vamos até ele né? – perguntei

– Pra fazer o que? – ele perguntou – não tem o que fazer. Vamos voltar para os quartos

Ninguém mais falou nada. Cada um seguiu seu caminho e foi para o seu quarto.

Quando cheguei pulei na cama.

– Alex – cochichei esperando que ele ouvisse mesmo sabem que ele não ia – me tira daqui

Então dormi.

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– Acorda!

Acordei com um pulo.

A faxineira estava lá de novo. O mesmo quarto. Nada de Alex.

Me troquei e sai correndo para sala de aula.

Encontrei Daniel no canto com Lisa e Emanuel. No outro canto estava Raissa com Karie.

Corri até ele.

– Daniel – chamei

Ele olhou para cima. Seu olho estava roxo e a ponta do lábio vermelho.

– Oi – ele respondeu

Tampei a boca com a mão.

Lisa e Emanuel saíram me deixando sozinha com ele.

– O que ele fez com você!?

– Parece que vou ter que passar a noite limpando a escola durante um mês como castigo

Eu balancei a cabeça

– Deveria ter ficado! Não deveria ter corrido.

Ele sorriu

– Você fez certo.

– Eu vou te ajudar

– Do que você está falando?

– Eu vou te ajudar a limpar.

– Você não pode...

Levantei

– Você ver!

Fui para o fundo da sala e fiquei sozinha lá. Depois que acabou a aula de física era historia.

Fui até o professor. Ele me adora

– Emily! Tudo bem?

– Tudo ótimo professor Kess. Eu andei observando a escola e vi que ela anda bem suja.

– Bem, tenho certeza que os faxineiros estão limpando direito.

– Eu acho que não tão bem assim...

Ele olho para mim assustado. Nunca o retruquei.

– Acha que pode fazer melhor? – ele perguntou

– Eu acho que sim

Ele assentiu.

– Tudo bem. Hoje te libero a noite para limpar a escola. Nunca pensei que uma pessoa fosse pedir isso para mim.

Sorri. Fui para o meu lugar sem olhar para Daneil.

A aula passou mais rápido do que eu esperava.

Fui para o meu quarto, fiz a lição de casa e olhei para o horário. Dez e meia.

Sai do quarto e fui de sala em sala atrás de Daniel. Achei ele na sala do sexto ano. Ele estava com um pano limpando o chão.

Ele olhou para mim.

– O que está fazendo aqui?

Eu sentei ao seu lado e peguei outro pano ajudando ele.

Ele pegou o pano molhado e esfregou na minha cara.

Comecei a rir

– Para!

Peguei o meu e esfreguei na cara dele.

Até que eu cai pra trás e deixei o balde com agua cair.

– ai meu deus.

Ele me derrubou no chão fazendo eu cai na agua e ficar com as costas molhadas. Puxei ele junto e pulei em cima dele.

Meus lábios ficaram muito perto dos dele

– Desculpa

– Relaxa pequena

Meu coração parou por um segundo

– Do que você me chamou?

– Pequena.

Sacodi a cabeça

– Eu tive um sonho... mas não é nada

– Entã foi real! – ele disse

– Daniel...

– Pode me chamar de Alex