Blood Slaves escrita por Jéssica Aurich


Capítulo 7
Segredos


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey lindinhas! Como estão?

Capítulo curtinho para mostrar como Bella ficou depois de descobrir aquele pequeno segredinho e, claro, para introduzir o capítulo 8 (está chegando o/).

Não esqueçam de comentar! (e puxar minha orelha quando eu faço besteira, como nos "buquês de amêndoas" xD)

Então, boa leitura ♥



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Capítulo 7: Segredos

Minha vontade era de permanecer em La Push, voltar para Phoenix, qualquer lugar que não fosse Forks. Eu não conseguia acreditar que tinha passado os últimos meses convivendo com vampiros. Sete vampiros em uma cidadezinha daquele tamanho. Só de pensar me arrepiava.

Queria tirar meu pai dali, mas o que diria para ele? “Pai, sabe o médico que tanto admira? Então, ele e a família são monstros sanguinários”. Ele me internaria, não sem antes ir pessoalmente até eles pedir desculpas. O pior é que nem eu mesma acreditava naquilo.

Sim, acredito que são sangue sugas e sim, estava com medo até o último fio de cabelo, porém havia a história de Jacob. Segundo ele, os Cullen não bebiam sangue humano, só caçavam animais. Não que eu soubesse da dieta deles, só que ninguém parece ter morrido de maneira incomum em Forks (eu saberia, Charlie teria me contado). Além disso, moravam entre humanos há mais de um ano, Carlisle até cuidava de humanos!

Então me lembrei de algo que Edward havia dito. Onde ele e o irmão foram acampar mesmo?

Desci correndo as escadas para perguntar para Charlie, então parei. Como fazer aquele tipo de pergunta sem parecer estranho?

Preparei o jantar agoniada — macarronada, para ser mais rápido. Charlie não reparou nada de errado, ele ficava satisfeito só por ter algo comestível. Comecei a conversar sobre a escola, só para não jogar o assunto do nada.

— Pai, onde fica Great Rocks?

— Great Rocks? Por que a pergunta?

— É que alguns garotos lá da escola estavam falando em acampar lá.

— Quem teve essa ideia? Lá é péssimo para acampar, é cheio de ursos. — Urso? Sério mesmo, Edward?

Pelo menos meu pai confirmou a história de Jacob.

Quando fui dormir, lembrei-me de outra coisa: Edward já salvou a minha vida. Por que alguém que se alimenta da vida alheia iria salvar alguém?

Com todas essas dúvidas e contradições na cabeça, não consegui dormir direito e acabei acordando muito cedo no dia seguinte. Fui uma das primeiras a chegar, encontrando a escola deserta.

Sentei em um dos bancos que ficavam em frente às salas no intuito de terminar um dever de aritmética, mas quando dei por mim, havia desenhado um par de olhos familiares, que agora me encaravam com um ar faminto.

— Chegou cedo, parceira. — Dei um pulo do banco ao ouvir aquela voz aveludada, derrubando meu caderno. Como se o destino quisesse brincar comigo, o caderno caiu aberto bem no desenho que eu havia feito dele, de algumas noites atrás. Aquele desenho no qual ele assumia um ar assassino.

— Uau. Eu não sei com o que estou mais surpreso Bella, se é com sua habilidade para desenho — Edward encarou o fundo dos meus olhos. — ou a maneira como me vê.

— E-eu tenho que ir. — Recolhi todas as minhas coisas depressa e saí correndo para a primeira aula do dia. Meu coração estava a mil. Eu podia estar em dúvida sobre ele, mas meu corpo já tinha opinião formada.

Parei em frente à porta e olhei para trás. Edward olhava fixamente para Alice (que eu não faço ideia de onde surgiu), como se conversassem silenciosamente. Talvez fosse outra coisa de vampiro. Edward estava com a testa franzida e ela parecia preocupada. De repente ele olhou em minha direção e foi o que bastou para eu entrar na sala.

No intervalo, Jess me acompanhava como sempre, e como sempre minha cabeça estava em outro lugar. Quando entramos no refeitório, Edward estava sentado na mesma mesa do outro dia e me chamou com o dedo. De maneira alguma eu iria sentar sozinha com ele. O nosso joguinho tinha tomado outra proporção.

Virei o rosto para ele e segui para nossa mesa de sempre. Nem peguei o meu almoço, não senti fome. A mesa, que tagarelava como sempre, de repente se silenciou.

— Posso sentar aqui? — Aquela voz que vinha de trás de mim fez os pelos da minha nunca arrepiarem. Ele não era do tipo que desistia fácil.

A menina que estava ao meu lado afastou um pouco a cadeira para que o Edward colocasse uma no lugar. Ele se aproximou e sussurrou em meu ouvido.

— Posso saber por que está me ignorando? Logo você, que me humilhou por fazer o mesmo com você?

Poderia dizer várias coisas. Vingança, cansei dele, queria sentar com meus amigos, minha vez de jogar. Meu lado indeciso resolveu se arriscar com a verdade. Depois e respirar fundo, sussurrei em seu ouvido.

— Sei o que você é.

Edward não disse mais nada. Também não comeu nada. O pessoal só nos encarava. A conversa voltou lentamente, porém não com a mesma intensidade de antes. A tensão entre nós dois era quase palpável.

Ao final do almoço, todos estavam saindo. Tentei levantar para sair também, porém Edward segurou meu pulso.

— Preciso falar com você. — Tentei me soltar. Foi em vão. Não queria ficar sozinha com ele ali, estava com medo. Por outro lado, também estava curiosa. Chamei Ângela antes que saísse.

— Ei, será que pode me esperar para a aula de biologia? Na porta do refeitório?

— Ãhn... Claro, se não for demorar.

— Juro que já te alcanço.

O refeitório estava finalmente vazio, então me sentei em frente a ele. Saber que tinha alguém esperando me acalmava.

— Fale rápido, não tenho muito tempo. — Sua feição parecia um misto de raiva e preocupação.

— Vamos para outro lugar, a sós. — Percebi que ele tinha aquela mania terrível de comandar ao invés de convidar, e tinha uma ótima lábia.

— Nem pensar. — Baixei a voz a um sussurro. — Não vou a lugar algum com um vampiro.

— E, no entanto, estuda com cinco deles. — Ele tinha um ponto — Como descobriu?

— Tenho minhas fontes. Então foi só comparar com o que eu mesma já tinha visto. Já acabou?

— Isabella, não pretendo te machucar. Nem você, nem ninguém.

— Infelizmente não temos como garantir o futuro com pretensões. Agora se me der licença, tenho uma aula para assistir.

Levantei e corri em direção à saída. Dessa vez ele não me segurou.

— Finalmente, acho que vamos nos atrasar — disse Ângela quando a alcancei.

— Acho que não vai ter tanto problema, o professor sempre se atrasa — nenhuma pergunta sobre Edward. Era por isso que eu gostava da Ângela. Se fosse Jessica, iria querer saber até os pingos dos “is”.

— Ah, quase me esqueço de te avisar, Alice disse agora a pouco que não vai poder ir até Port Angeles — disse Ângela.

— E ela disse o porquê?

— Alguma coisa com os pais dela. Não entendi direito.

— Tudo bem, vamos só nós três então.

Fiquei mal e aliviada ao mesmo tempo. Mal porque realmente gosto da Alice, ela é de longe a amiga mais legal que fiz ali. Aliviada porque essa amiga tinha uma dieta que em nada me agradava.


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