Blood Slaves escrita por Jéssica Aurich


Capítulo 25
Uma surpresa só nossa


Notas iniciais do capítulo

Minhas queridas, peço que quando eles se sentarem ao piano, vocês sigam o link e coloquem essa música para tocar: https://www.youtube.com/watch?v=rhN7SG-H-3k

Boa leitura!



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— Filha, a foto que você postou não faz jus ao Edward! — Senti meu rosto ficar escarlate.

— Mãe! — Arregalei os olhos.

— Desculpa, querida, sabe que sou sempre sincera.

— Que tal verificar se o frango já está no ponto? — Dona Renée foi até a cozinha rindo. Ela realmente era sincera, sincera até demais!

— Então anda postando fotos nossas em redes sociais, Isabella? — sussurrou Edward no meu ouvido. — Acho que vou criar uma página para mim também, para me manter informado desses detalhes.

— Nem sonhe com isso. — Berrei para ele.

— Que violência é essa? — Riu para mim.

— Se eu postando fotos no meu Facebook já apareceu um monte de oferecidas, imagina você criando uma página sua! — Ele deu uma alta gargalhada. — Não tem graça!

— Tudo bem, então não tem.

— Que gritaria é essa? Pude ouvir lá de cima! — Charlie perguntou enquanto descia para o jantar. — Boa noite, Edward.

— Boa noite, Charlie. Ei, você viu o jogo dessa sexta?

Bela maneira disfarçar, senhor Cullen. Deixei os dois na sala, discutindo sobre basquete, futebol ou qualquer outro jogo que tenha passado na segunda e fui para a cozinha ajudar Renée a terminar o jantar. Ela realmente tinha feito a macarronada, então assei um frango para o jantar não ficar tão desastroso.

— Belinha, coloque a mesa que já está tudo pronto.

Coloquei os pratos e talheres na mesa enquanto minha mãe tirava o frango do forno, colocando no meio da mesa. Serviu um pouco do macarrão em cada prato e colocou na mesa, chamando os “meninos” para comer.

— Bom apetite — disse minha mãe quando sentamos.

Charlie, Edward e eu fizemos certo suspense antes de dar a primeira garfada e trocamos um olhar cumplice. Ela não tinha deixado eu experimentar a macarronada antes, então seria o que Deus quisesse. Colocamos o garfo na boca e... não é que a danada da macarronada não estava tão ruim?

Todos respiramos mais aliviados depois disso.

— A macarronada está boa, Renée. E o frango está maravilhoso. — Edward elogiou, querendo puxar o saco da sogra.

— Obrigada, Edward, mas o frango foi obra da Bella. Já pode casar, em filha?

Charlie e Edward se engasgaram no momento, tossindo, o que me fez imaginar que minha mãe não tinha pensado antes de falar. Foi engraçado ver um vampiro saindo de sua pose.

— Minha filha não casa antes dos trinta — falou Charlie bravo, o rosto ficando vermelho. — Nem ouse, Cullen! Tenho uma arma e cadeia não me assusta!

— Vai por mim, Charlie, casamento nem passou pela minha cabeça! — Edward respondeu olhando assustado e tive certeza de que não era por conta da ameaça.

— Calma vocês dois! Só estava brincando! Meu Deus, que falta de humor. — Minha mãe balançou a cabeça reprovando. — E Charlie, olhe os modos. O pobre menino não fez nada.

— Desculpa — murmurou Charlie, envergonhado.

— Tudo bem — Edward respondeu. Depois se instaurou um silêncio constrangedor.

— Edward, fiquei sabendo que tem uma família grande. — Minha mãe tentou quebrar o silêncio.

— Tenho sim, tenho quatro irmãos — ele contou sobre todos eles e o clima ficou mais leve. Eu ajudei um pouco contando histórias sobre Alice e Emmett, principalmente, mas me mantive quieta a maior parte do tempo.

O almoço tinha perdido a graça para mim. Vai por mim, Charlie, casamento nem passou pela minha cabeça! As palavras de Edward ficavam se repetindo em minha mente. Que dizer, eu também não queria casar agora, eu só tinha 18 anos, mas saber que o Edward reagia daquela maneira com a ideia de passarmos o resto de nossas vidas juntos... Ele foi pego de surpresa e tudo, mas sua reação me incomodou muito.

— Bella, o filme! Vamos assistir? — Todos me encararam, imagino que minha mãe tenha repetido aquela pergunta algumas vezes.

— Vamos, claro — respondi ainda um pouco aérea.

Charlie estava apagado e roncando com 5 minutos de filme (os roncos dele eram capazes de derrubar a casa) e eu ainda pensava na reação de Edward. Somente ele e minha mãe realmente assistiram. E eu estava tão empolgada com ele! Iria assistir novamente depois.

— Renée, se importa se eu der um passeio com a Bella? — Edward perguntou, e só então percebi que o filme havia acabado. — Prometo não demorar muito.

— Claro que não me importo! E não se preocupe com o horário, ela é sua pelo resto do dia. Mas amanhã nem pense em pôr os pés para fora de casa mocinha. — E piscou para mim.

***

Edward estacionou o carro em frente à sua casa.

— Por que todo esse mistério para me trazer a sua casa? — perguntei. A viagem inteira ele não quis me contar onde estávamos indo.

— Porque eu tenho uma surpresa preparada para você. — Ele desceu do carro e em um piscar de olhos estava abrindo a porta para mim.

Uma surpresa? Edward nunca foi de fazer surpresas (ou de dar presentes, já estava descartando essa possibilidade), e olha que namorávamos há um tempo e já passamos por bons bocados. O que ele estaria armando então?

— Por acaso aprontou alguma coisa com Alice? — Eu tinha que pensar em todas as possibilidades.

— Não. Aliás — falou enquanto abria a porta da casa para entrarmos. — estamos completamente a sós. — Levantei uma sobrancelha para ele. Os Cullen não seriam tão bondosos a ponto de deixarem a casa para nós. Seriam? — Minha família precisava caçar e gentilmente escolheram esse dia para isso.

Eles eram bondosos a esse ponto. Eu estava disposta a acreditar naquela desculpa que ele deu.

— Desde que me contou aquela história sobre seu ex — Ian? O que Ian tinha haver com aquilo? — fiquei pensando no quanto a culpa que sentia a afastou do piano e como isso era injusto. Vi você tocando aquela vez, Bella. Você toca com amor, toca com a alma.

— Edward...

— Sei que vocês tinham uma música só sua e o quanto essa música traz lembranças dolorosas. Eu queria mudar isso, queria devolver esse amor que há muito abandonou. — Edward segurou minha mão e levou-me até seu piano. Sentamos no banco e ele olhou para mim em expectativa, antes de começar a tocar.

A melodia preenchia a sala conforme seus dedos corriam pelas teclas. A melodia era linda, suave e delicada. Perfeita. E pela segunda vez em toda a minha vida, senti uma música descrever quem eu era, tocar profundamente minha alma. Sequer percebi quando as lágrimas começaram a cair, assim como da outra vez que nos sentamos a este piano.

— Está chorando, Bella! — disse, após terminar de tocar. — Não gostou?

— Não, eu amei — respondi, passando as mãos no rosto para secar. — São lágrimas de alegria. Que música é essa? É tão perfeita!

— É a sua música. Compus para você.

Passei minha mão por seu rosto, sorrindo, antes de encostar meus lábios nos seus, entregando-me a um beijo demorado. Edward mordeu meu lábio suavemente, antes de descer os lábios pelo meu colo. Senti meu corpo queimar e então percebi que faltava algo.

— Mais. Eu quero mais. — Seus olhos de um verde intenso me encararam, em momento algum hesitando. Ele queria tanto quanto eu. Precisava tanto quanto eu.

Edward me pegou rapidamente, deitando-me por cima do piano. Tirou minha blusa rapidamente e deixou seus lábios descerem pelo meu corpo. Estendi minhas mãos para tirar sua camisa, atrapalhando-me um pouco com os botões. Ele terminou com o resto, jogando a camisa em um canto e voltando para mim.

Subiu os lábios novamente, trilhando um caminho do meu ventre até meu pescoço com a língua. Mordiscou a ponta de minha orelha, voltando depois a trabalhar em minha boca, nossas línguas se encontrando como em uma dança.

— Mais, Edward — sussurrei contra seus lábios. — Preciso de mais.

Senti suas presas crescendo contra os meus lábios antes de finalmente morde-los. Edward se livrou do resto da roupa e se entregou a mim, enquanto eu me entregava a ele. A junção dos dois prazeres foi mais, muito mais do que eu poderia esperar ou imaginar.

Então percebi que o futuro não importava. Nós nos tínhamos, entregues um ao outro de corpo e alma. Tínhamos o agora.


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