O Natal estava perto e com ele vinha o frio e a neve espessa que rondava o castelo. As decorações já eram visíveis, mas eu não ia ficar para a festa, pois todos os anos nós íamos para a casa da nossa avó Molly para passar o Natal, e aquilo já virara tradição. E também tinha Scorpius, que também ia pra casa, então eu não tinha porque ficar na escola.

Duas semanas antes do Expresso de Hogwarts partir, os pátios de Hogwarts estavam cheios de neve e de gente andando de um lado para o outro apesar do frio, depois que as aulas terminaram aquele dia, parecia que todos queriam sair um pouco do castelo. Alvo e eu estávamos sentados em um banco no pátio, conversando sobre qualquer coisa sem importância. Eu havia procurado Scorpius por todos os cantos do castelo, mas não o havia achado, não sabia onde ele poderia estar e me parecia que ele estava fugindo de mim.

—Você viu o Scorpius hoje, Alvo? – perguntei.

—Não o vi o dia todo, nem mesmo no almoço – Alvo respondeu, seus olhos estavam mais verdes aquele dia, como se o frio os tivesse clareado ainda mais.

—Acho que ele deve estar fugindo de mim – disse um pouco triste.

—Acho que não.

—Como pode ter tanta certeza?

—Olha pra trás.

Eu olhei e vi que Scorpius estava vindo até o banco em que estávamos, me levantei e fui até ele.

—Fugindo de mim? – pergunto arqueando as sobrancelhas.

—Absolutamente – Scorpius responde e depois ri com a cara de decepção que eu faço. – Venha, eu tenho que lhe mostrar algo.

—Mas o Alvo...

—Acho que ele vai ficar bem – diz e então eu vejo que Molly se sentou ao seu lado e agora os dois estavam conversando.

Scorpius me leva até o corredor da sala precisa que se encontra vazio, quando a porta aparece ele segura minha mão e me conduz até a entrada. Mas ele não me deixa ver de imediato o que tem lá dentro, coloca suas mãos sobre meus olhos enquanto entramos, quando a porta atrás de nós se fecha Scorpius pergunta:

—Pronta?

—Sim – respondo e ele descobre meus olhos.

O que vejo a seguir tira completamente meu folego. Um sofá grande suficiente para duas pessoas se deitarem está encostado à parede, com uma mesa à frente e velas flutuando no teto, que presumo estar encantado, a sala está iluminada fracamente com as poucas velas que flutuam.

—Desculpe, não consegui um jardim aqui – Scorpius diz quando eu me viro para ele e o abraço. – E também achei que uma mesa com velas seria muito clichê, então...

—Scorpius – digo olhando em seus olhos. – Você é um príncipe, é o garoto mais lindo e romântico que eu já conheci!

—Rose – ele olha em meus olhos, diz meu nome e depois mexe em meu cabelo. – Eu amo você.

Meu coração parece que da não menos que vinte cambalhotas assim que ele diz isso, e meu estomago parece estar cheio de borboletas voando descontroladamente, sinto meu batimento acelerar e a minha respiração se tornar árdua.

Eu amo Scorpius. Realmente o amo, é como se ele fosse a pessoa que eu quero a meu lado pro resto da vida, não quero que ele saia de perto de mim nem por um segundo mais. Quero que ele me abrace, me beije, me toque e me segure para sempre.

—Eu amo você, Scorpius Malfoy – respondo sorrindo e ele segura meu pulso, depois deslizando sua mão para minha.

—Seu coração está acelerado – ele nota sorrindo, mas se aproxima mais ainda de mim e deposita um beijo em meus lábios. – Amo você, amo você, amo você.

Parece que ele quando ele percebeu que meu coração estava acelerado continuou dizendo só para fazê-lo acelerar ainda mais. Depois ele começou a me beijar, primeiro meu rosto, depois minha boca, depois meu pescoço com selinhos rápidos.

—Amo você, minha princesa – ele disse uma ultima vez olhando em meus olhos novamente. – E quero que você seja minha.

—Eu já sou sua. E sempre vou ser – digo a ele, o que é a verdade que cobre todo o meu coração, eu sei que já sou dele, e que ele é meu.

Scorpius deslizou as mãos para a minha cintura e me puxou para mais perto, nossos lábios a centímetros um do outro. Eu estava começando a me sentir diferente, meu corpo e o dele, eu estava com calor mesmo que estivesse frio demais e fosse inverno. E desta vez eu queria mais do que apenas um beijo, queria que fossemos completamente como um só, queríamos que fossemos um do outro por completo.

—Scorpius, fica comigo? De verdade? – perguntei esperando que ele soubesse o que eu queria dizer.

Scorpius me olhou um pouco surpreso, mas um sorriso começara a se formar em seu rosto e ele deslizou sua mão pelo meu rosto, me admirando.

—Tem certeza? – ele murmurou e eu fiz que sim com a cabeça.

Sim, eu tinha certeza de que o queria. Queria seu corpo no meu, queria sentir o calor de sua pele, eu o queria mais do que nunca.

Scorpius me pega no colo e me senta no sofá, me beija gentilmente e olha profundamente em meus olhos.

—Então eu sou seu, Rose.

—Você sabe que já me tem, Scorpius – murmuro com a respiração acelerada.

Scorpius sorriu, mas deve ter notado a minha cara de medo e constrangimento, porque segurou minhas mãos e levou-as até seus lábios, beijando-as gentilmente.

—Tudo bem?

—Desculpe, só um pouco... Hã nervosa – digo e respiro fundo. – Não quero voltar atrás, só não sei... Eu não sei se sou boa o suficiente...

Não consigo terminar, Scorpius posiciona sua mão em meus lábios, me impedindo de falar.

—Nunca mais diga isso – ele diz e começa a mexer em meu cabelo carinhosamente. – Você é a garota mais linda, doce, gentil e inteligente que eu já conheci. Eu amo você, ouviu? E nunca, mais nunca faria nada que você não quisesse.

—Eu não mudei de ideia - sussurro. - Ainda te quero mais do que nunca.

Apesar do sentimento de nervosismo estar aflorando muito mais dentro de mim, eu confio em Scorpius, e o amo mais que tudo. O meu gesto seguinte é colocar minha mão em volta de sua cabeça e puxa-lo para mim.

O nosso beijo começou calmo, doce e delicado, mas depois se tornou tão voraz quanto pode ser um beijo – tenho minhas duvidas de que talvez tenha ultrapassado até isso. Nós nos beijávamos tão ardentemente que o frio intenso de dezembro já não era mais perceptível.

O calor dentro de mim passou para fora, e assim parecia que fora com Scorpius também, pois ele começou a tirar seus casacos e logo só sobrava sua camiseta e calça em seu corpo. Eu também já não tinha mais nada no corpo a não ser minha camiseta e minha calça.

Estávamos quase completamente sem ar, Scorpius já havia bagunçado todo o meu cabelo e eu o dele. Ele estava agora descendo seus beijos pelo meu pescoço suavemente, eu me assustei quando soltei um gemido, principalmente porque estava me sentindo envergonhada de estar sentindo prazer, como se aquilo fosse algo errado, mas não era.

Scorpius colocou as mãos em minha cintura, com dois dedos por baixo da blusa, depois me olhou como se pedisse permissão para tira-la. Como resposta eu segurei suas mãos e as puxei para cima, como se o incentivando, e ele terminou o que ia fazer.

Ao mesmo tempo eu tinha desabotoado minha calça e já a havia tirado. Era como se alguma coisa estivesse queimando dentro de mim, eu queria mais.

Scorpius me olhou de cima a baixo e depois sorriu olhando em meus olhos. Fui até ele e me apressei em tirar sua camiseta, ele não me repreendeu, mas sim me ajudou tirando sua calça ao mesmo tempo.

Ele me envolveu com os braços, que realmente eram definidos, e eu senti seus dedos no fecho do sutiã, nas minhas costas. Ele desabotoou lentamente o fecho e depois o tirou, jogando-o para o lado de qualquer jeito.

Eu me senti corar quando ele olhou novamente para o meu corpo.

—Você é linda por inteiro, Rose – sussurrou e então voltou a me beijar, desta vez me colocando deitada no sofá e descendo os beijos novamente, mas desta vez ele parou para beijar meus seios e me fez gemer novamente.

Enquanto ele continuava a me beijar, eu levei minhas mãos até sua cueca box e a tirei de uma vez, jogando-a junto às outras roupas.

Scorpius foi mais rápido tirando a única peça de roupa que me sobrava do que eu tirando a dele. Ele desceu os beijos até a minha intimidade, o que me fez retrair um gemido.

Eu estava fervendo, e eu sentia que ele também. Tanto por dentro como por fora. E eu o queria ali, naquele momento mais do que nunca, dentro de mim.

—Scorpius – sussurro arfando, mas não preciso dizer mais nada, porque logo em seguida ele toma minha mão e a aperta enquanto olha profundamente em meus olhos antes de fazermos amor.

Seus olhos têm um brilho fogoso e intenso, e ficaram mais escuros diante do prazer. Eu não consigo reter gemidos abafados enquanto ele beija meu pescoço.

É realmente como se fossemos um só, duas pessoas fundindo seu amor e transformando-o também no prazer. Tenho que admitir que é um pouco doloroso, mas mais prazeroso do que qualquer outra coisa.

—Eu te amo – ele sussurra em meu ouvido quando chegamos ao ápice juntos.

—Eu te amo – sussurro de volta quase sem ar. – E ual, Scorp!

—Rose – Scorpius me olha, os olhos brilhantes.

Ele deposita um beijo calmo em meus lábios e se deita ao meu lado, abraçando-me, nossos corpos quentes um no outro.