A Rosa e O Escorpião escrita por Lari


Capítulo 7
Uma Situação Suspeita


Notas iniciais do capítulo

Hey hey heeeeeey pessoal, feliz ano novo meio atrasado, muita paz, saúde, amor, alegria e tudo de bom pra vocês o/
Me desculpem a demora pra postar o capítulo, é que na verdade era pra ele ter sido postado no dia 29/12/2013, maaaaas como eu sou muito esperta, fechei a página aqui no Nyah enquanto eu estava revisando, e eu já havia mudado muitas coisas, e estava com um pouco de pressa e tal... Mas bem, ta ai pra vocês, o primeiro capítulo do ano :3



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Na noite do Dia das Bruxas eu, Molly e Lily estávamos nos arrumando no dormitório das meninas, a sala comunal estava completamente vazia, pois todos estavam na festa da escola. Alvo e Hugo também se arrumavam no dormitório dos garotos, ou mais provavelmente já estavam nos esperando.

–Que tal, garotas? – Molly disse mostrando seu vestido vermelho estilo tubinho e seu sapato de salto alto preto. – E não me venham com “pra que tudo isso pra uma festa em hogwarts?”, porque já é ruim não termos ocasiões para nos vestir assim, e quando temos pelo menos o que eu considero ser perto de uma ocasião dessas vocês me repreendem.

Lily e eu erguemos as mãos em sinal de rendição, nós nem havíamos dito nada sobre o vestido dela, e ainda assim Molly já nos ataca.

–Acho bom – diz e começa a fazer uma trança lateral no cabelo.

Lily vestia um vestido solto azul clarinho com flores pequenas e amarelas o enfeitando, e um cinto de cor bege um pouco acima da cintura, o cabelo liso e solto, nos pés tinha uma sapatilha amarela e lisa.

–Ual, está linda Rose! – disse Lily quando terminou de aplicar seu gloss rosa bebê, minha prima era tão delicada!

–Não exagera, Lily – disse me olhando no espelho.

Eu estava usando um vestido de alças amarelo vivo e um sapato de salto alto preto de camurça – bem, pelo menos eu não era a única usando salto. Meu cabelo caia em compridos cachos ruivos, como sempre, e eu havia colocado uma presilha de rosa amarela do lado esquerdo.

–Ela não está exagerando – disse Molly enquanto eu passava um batom cor de rosa. – Você é que quer se produzir para o Scorpius.

–E vai me dizer que toda a sua produção não é para o Alvo? – pergunto arqueando as sobrancelhas e Molly enrubesce claramente envergonhada.

Tenho que dizer que é uma surpresa para mim, ver Molly deste jeito, eu nunca a vi ficar com vergonha, o que pode ser um bom sinal.

–Por favor, Rose! Nós somos primos.

Penso em dizer que isto não impediu Alvo de se apaixonar por ela, mas acho melhor que ele mesmo lhe diga na hora certa.

–Melhor nós irmos – digo e saio do dormitório das meninas, Alvo e Hugo já nos esperam na sala comunal, ambos de bermuda jeans e camisetas, a de Alvo vermelha e a de Hugo azul.

–Meninas, acho que os garotos não se vestiram tão bem quanto nós – digo enquanto elas descem as escadas.

Presto atenção em Alvo no momento em que Molly aparece na escada, os olhos dele brilham e ele retém um sorriso que insiste em aparecer.

–Vamos pessoal, eu tenho que voltar antes das dez, eu e Scorpius ficamos com o turno final – digo apressando-os.

–Rose, sinceramente, eu nunca vi uma monitora chefe que quebrasse tantas regras assim – disse Hugo.

–Ah é? Diga mais uma só palavra Hugo, e eu conto a professora Minerva quem foi que infectou o banheiro...

–Eu não disse nada – disse Hugo. – Vamos.

Eles chegaram ao corredor da sala precisa logo depois de Sophie, que é da Lufa-Lufa e Cole, que é da Corvinal.

–Onde diabos está Scorpius, Rose? – Alvo perguntou, mas logo depois Scorpius apareceu vindo por um corredor e vestindo calça jeans ao invés de bermuda, camiseta branca e o cabelo cuidadosamente penteado com gel.

–Você é um sonho, sabia? – falei sorrindo quando ele se aproximou de mim e me beijou.

–Desculpe, estou atrasado, por isso não fui lhe buscar e...

–Entrem logo casalzinho melação – disse Alvo indicando uma porta que aparecera de repente na parede à nossa frente.

Nós entramos depois de todos e nos deparamos com uma sala ampla, com uma mesa comprida e encostada na parede mais afastada, cheia das mesmas coisas que provavelmente teriam neste momento no salão principal: doces, muitos doces.

–Desse jeito vou ficar diabético – disse Cole e todos nós concordamos.

Havia também grandes sofás e algumas poltronas encostadas ao longo das paredes e no fundo uma lareira. Tocava alguma musica lenta vinda de um rádio ao lado da mesa de doces.

Lily e Cole estavam sentados no sofá conversando, Hugo tinha levado Sophie para a mesa dos doces e Molly e Alvo conversavam em pé a um canto.

Scorpius se posta a minha frente e sorri divertidamente, vejo o que ele está prestes a fazer, mas já é tarde demais para impedir – aliás, porque eu iria querer impedi-lo mesmo?

Ele faz uma reverencia desajeitada para mim e eu sorrio quase rindo da cena, se não fosse tão fofo eu teria mesmo. Por fim ele estende sua mão para mim e eu lhe entrego a minha, que ele beija e depois pega minha cintura com sua outra mão e eu coloco a minha livre em seu ombro.

Ele começa a me conduzir desajeitadamente e eu começo a rir com a cena, até que paro de dançar e o abraço.

–Agora é engraçado querer ser romântico? – ele pergunta quando nos desvencilhamos do abraço.

–Não, meu príncipe – digo, mas não consigo conter o riso. – Você é lindo, mas não sabe dançar.

Scorpius me olha e faz biquinho – típico dele.

This feels like we’re falling in love* – ele canta a ultima frase da musica quando ela acaba e me beija, depois me abraça. – Queria estar sozinho com você agora.

Quando ele sussurrou aquilo em meu ouvido meu corpo todo estremeceu, e eu sussurrei de volta:

–Eu também. Mas é melhor permanecermos aqui por mais algum tempo.

Nós vamos para um sofá nos sentar, mas Scorpius vai até a mesa de doces depois que eu me sento e depois volta e se senta ao meu lado.

Ele me estende um doce embrulhado a mim e eu o pego, depois desembrulho e como.

–Caramelo e chocolate – digo apreciando o sabor. – Como você sabia? É o meu preferido.

Scorpius da de ombros sorrindo e coloca sua mão em cima da minha.

–Tudo bem, estamos indo pessoal – digo, contrariando completamente o que eu disse há pouco, enquanto eu e Scorpius nos levantamos simultaneamente.

–Casalzinho melação quer namorar – diz Hugo. – Mas eu estou de olho em você, Rose Weasley.

–Tchau pra você, bebê – falo me virando para o meu irmão, que cora e volta a conversar com Sophie.

Quando saímos da sala precisa e nos afastamos um pouco de lá, até que Scorpius me encosta na parede e começa a me beijar ardentemente, eu correspondo ao beijo, mas meio preocupada que alguém possa passar no corredor.

Ele tem suas duas mãos em minha cintura e eu as minhas em suas costas, afasto-o por um momento, respiro e digo:

–Scorpius, temos que tirar nossas roupas.

–O que? – ele me olha assustado.

Balanço a cabeça negativamente, eu sei o que ele pensou, mas não é nada conveniente dizer agora.

–Se alguém nos pegar com essas roupas, estaremos encrencados, temos que ir nos trocar – explico.

–Ah – ele diz e me beija mais uma vez.

Nós nos separamos para ir para nossas salas comunais, por sorte eu não encontrei ninguém no caminho que pudesse questionar o porquê de minhas roupas, a sala comunal também estava vazia.

Eu me troquei rapidamente e fui esperar Scorpius na entrada para as masmorras, que era onde ficava a sala comunal da Sonserina.

Vi ele subindo as escadas com o uniforme de Hogwarts e o distintivo de monitor chefe reluzindo assim como o meu.

Scorpius vem correndo até mim e me pega pela cintura, me girando e depois me colocando no chão novamente.

Subitamente meu olhar se volta para a janela, vejo um vulto encapuzado entrar na floresta proibida e me viro para Scorpius.

–Scorpius, é aquela pessoa, daquela noite, vem – puxo-o por sua mão até a entrada e nós descemos as escadas rapidamente, um segundo depois estamos correndo em direção à floresta proibida.

–Não acha que deveríamos ter chamado à diretora? – Scorpius pergunta quando chegamos à entrada da floresta.

–Não da tempo, vem.

Eu já estava a ponto de adentrar na floresta quando Scorpius me puxou de volta.

–Não vai se perder de novo e nem ser picada por cobra alguma – ele diz. – Vamos, não solta a minha mão.

–Scorpius, eu não sou nenhuma criança, sabia? – sussurro enquanto procuramos pelo sinal de algo.

Mesmo assim ele não solta minha mão de jeito nenhum. Paramos atrás de um arbusto quando ouvimos um farfalhar e nos abaixamos sem fazer barulho, Scorpius me olha e indica com a cabeça a nossa frente, eu coloco os olhos para fora do arbusto e então vejo: três pessoas usando capas pretas conversando a poucos metros dali, por isso consigo escutar o que eles dizem.

–Não posso mais fazer isso, senhor – sussurra uma voz de garoto, tenho a impressão de já tê-la ouvido antes.

–O que? – escuto a voz grave e masculina de outro alguém desconhecido. –O que quer dizer com isso Benson? Você se juntou a nós, não pode mais voltar atrás.

–Ele está se apaixonando pela garota, meu senhor, é um idiota – escuto uma voz de garota vinda da outra capa.

Uma risada fria e sarcástica ecoa na floresta do homem da segunda voz.

–Apaixonado, é Benson? Ótimo, assim é mais fácil, pelo menos posso ter certeza de que você não vai precisar saber atuar pra conseguir a confiança dela – diz a mesma voz que riu.

Viro-me para Scorpius.

–Cole? – sussurro, ele me olha com a mesma cara confusa que eu devo estar. Nunca ouvi a voz dele muitas vezes, mas as poucas delas já me davam uma certeza absurda de que era ele.

–Não pode ser, ele está no castelo, estava há minutos atrás – murmura Scorpius.

Quando nos voltamos para as pessoas novamente, não há mais ninguém lá. Scorpius toma minha mão novamente.

–Corre – ele diz e quando vejo já estamos de volta à orla da floresta, sem folego e confusos.

–Pra começar, o que era aquilo? Quem eram eles e sobre o que estavam conversando? – pergunto sabendo que não obterei respostas. Estamos correndo de volta ao castelo. – Temos que contar à Profa. McGonagall.

Mas não é necessário ir até a sala da Professora, pois quando entramos no castelo ela está parada à porta de entrada.

–Muito bem, Senhorita Weasley, Senhor Malfoy, vocês vão ter que se explicar agora mesmo na minha sala.

–Vocês sabem que os rumores correm, e eu não pude deixar de ouvir que os senhores estão juntos. Então presumo tenham saído do castelo para namorar? – a professora Minerva perguntou meio sem jeito quando estávamos na sala dela.

Sinto-me ruborizar e não ouso olhar para Scorpius para ver se ele também está corando.

–Não senhora, professora. Nós vimos a pessoa com a capa novamente, e não teríamos tempo de chamar a senhora, então a seguimos – Scorpius respondeu.

Minerva começou a andar de um lado para o outro, pensativa.

–Desculpe, mas vocês terão que ser punidos, eu disse para me procurarem da próxima vez que isso acontecesse, e vocês não fizeram, o que me leva a pensar que isso não passa de uma mentira.

–Professora, não é, eu juro! Nós vimos mesmo três pessoas conversando na floresta...

–Na floresta? Srta. Weasley, a Srta. Acaba de me confessar vocês infringiram não só uma, mas duas regras da escola.

Olho para baixo, eu estraguei tudo e mais um pouco, se eu não tivesse olhado pra janela... Agora não estaríamos nessa enrascada.

A professora Minerva respira fundo antes de dizer:

–Eu sinto muito, mas Srta. Weasley e Sr. Malfoy, o que fizeram não foi certo, e eu terei que puni-los como a qualquer outro. Vocês perderão seus postos de monitores chefes.

Eu não posso acreditar quando ouço ela dizer aquilo, isso é muito vergonhoso, e além do mais, mamãe vai querer me matar.

–E de monitores – a diretora termina e então é como se meu mundo inteiro desabasse, eu ralei tanto para conseguir ser monitora, e monitora chefe, sempre tirei as melhores notas e nunca desonrei minha mãe. E agora isso? Não da pra acreditar. – Vinte pontos serão descontados da Grifinória e vinte da Sonserina. Espero que isto lhes sirva de aviso, e se quebrarem mais alguma regra, não queiram nem imaginar o que vai lhes acontecer.

Sinto Scorpius passar o braço discretamente por minha cintura e me apertar contra ele. Sei que aquele gesto significa “fique forte” e um “tudo vai ficar bem” ao mesmo tempo, mas eu sei que não vai. Eu não posso acreditar que perdi meu cargo de monitora, que perdi vinte pontos para a Grifinória, e tudo em vão, porque a professora Minerva nem mesmo acredita mais em nós.

–Vocês podem ir agora.

Scorpius me solta só até que fechemos a porta da sala e desçamos pela escada. Mas quando chegamos ao corredor ele me abraça forte e eu me aconchego em seus braços.

–Eu sinto muito, Rose – ele diz e beija minha testa de forma carinhosa. – Sinto muito.

Eu não consigo dizer nada em resposta, só fico calada e deixo que ele me abrace, esperando que ele saiba que estou mais do que agradecida por tê-lo ao meu lado.

–Também sinto muito – digo depois de algum tempo.

–Não sinta, sei que o tanto que este posto importava pra mim não chega nem perto do quão importante era pra você.

Scorpius me acompanhou até a sala comunal da Grifinória e depois foi para a sua sala comunal, me deixando com um beijo e um “durma bem, minha flor”.

Quando me deitei na cama demorei a pegar no sono, mas quando dormi não acordei mais até o dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

*O trecho que Scorpius canta pra Rose na festa de Halloween é da música "Kiss me" do Ed Sheeran, amo essa música, e achei que ficou tão perfeita pra eles dois