The Other Winchester escrita por Flávia Winchester, Ana


Capítulo 11
Another Time - Part One


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meus anjos lindoooooooooooos!
Ói eu de novo... rsrs!
Enfim, deixou a primeira parte desse capítulo para vocês, espero que gostem!!!
Como eu disse, a partir de agora, a história será contada através de P.O.V... então, eis a vez da Melissa e apenas um complemento com o do Dean... a vez dele virá, para valer, no próximo capítulo...

Título do Capítulo: "Outra Vez - Parte Um"
No Gif: A nossa Melissa, definitiva - Lyndsy Fonseca



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Agora:

P.O.V. – Melissa Winchester

Depois do dia em que deixamos a vida de caçador, as coisas realmente mudaram para mim e para o Sammy.

Não digo que foi uma mudança ruim, mas também não foi algo bom. Nunca é bom quando se abandona a sua família, mas o fato era que nunca conseguimos nos encaixar naquela situação, nunca quisemos ser caçadores, mesmo que os nossos esqueletos no armário, também fizesse parte presente em nossas vidas.

Não nos entendam mal, queriamos sim descobrir a coisa que matou a nossa mãe e queriamos tanto quanto o papai e o Dean, dar cabo do desgraçado que fez isso, mas a forma com que o papai nos criou e o que ele nos impôs, foi um fardo pesado para três crianças, principalmente para o Dean... Deus, como eu sentia falta dele.

O jeito como ele me olhou no dia em que fomos embora, me partiu o coração e a viagem com o Sam foi silenciosa e triste, ao mesmo tempo. Ele me abraçava quando eu começava a chorar e colocava suas mãos em meu rosto, segurando firme e me dizendo que tudo ia ficar bem, mas eu sabia que não ia, não naquele momento. Não enquanto eu soubesse, e sentisse, que o Dean não havia me perdoado.

Antes de saber o que sei agora, eu me perguntava porque eramos daquele jeito? Porque eu sentia os sentimentos de Dean, tão forte como se fossem meus próprios sentimentos? Porque eu conseguia falar com ele em pensamentos, como fiz no dia em que sai de casa? Era complicado na época, mas depois tudo acabou se explicando.

Quando chegamos a Baltimore, eu e o Sammy tivemos que nos separar e ele teve que seguir sozinho para Stanford. Foi outra dor enorme ver meu irmão caçula seguir só naquele ônibus. Eu queria estar com ele, era a minha obrigação protegê-lo, mas foi naquele dia que eu percebi que o Sammy não precisava de proteção, porque havia se tornado um homem e consegueria se virar sozinho.

E assim foi os dois anos seguintes...

Nás férias, eu fazia questão de viajar para Palo Alto, California, para passar o tempo com meu irmãozinho e com a namorada dele, uma linda menina loira chamada Jessica e em todos aqueles anos, por mais que eu dissesse que não, eu sentia falta do papai e do Dean, em especial desse último.

Ele me ligou várias vezes nesse periodo, mas não disse uma palavra sequer. Eu sabia que era ele, eu sentia que era ele e também sentia que ele ainda estava bastante magoado comigo e com o Sam, mesmo que ele lutasse para que esse sentimento fosse embora. Acho que era por isso que ele ligava, mas por mais que eu insistisse para que ele falasse comigo ou por mais que eu mandasse SMS, ele nunca respondeu. Com o tempo, eu cansei de tentar me redimir e por fim, troquei o numero do meu telefone.

Eu já estava há quatro anos na faculdade e consegui adiantar bastante matéria, me formei dois dias antes de tudo acontecer. Os meus professores tinham orgulho de mim, diziam que eu era um prodigio e que merecia mesmo me formar com dois anos de antecendência.

No periodo em que estive estagiando, conheci um magnata americano e me tornei a sua médica particular. Ele era um politico muito influente e em dois meses, desenvolveu uma doença degenerativa seríssima.

Eu não conseguia mais andar na rua, sem ser abordada por fotografos de jornais e revistas, e acredito que tenha sido isso que entregou meu paradeiro ao Dean. Jurei, não só uma vez ver o impala 67 que o papai dirigia, andando pela cidade e acreditem, aquilo me apavorava. De repente, o mundo que eu escolhi deixar para trás me seguia e as pessoas que eu deixei, magoadas comigo naquele passado, estava me rondando, sondando como eu estava. Me perguntava se era preocupação ou apenas uma coincidencia infeliz, mas acabei descobrindo a resposta naquele mesmo dia.

Saí do predio do governador as pressas, meu bip havia tocado me informando que eu havia uma emergencia medica no hospital. Um avião comercial havia sofrido um acidente ao tentar pousar, chocou-se contra um prédio e acabou ferindo cerca de cinquenta passageiros, alguns muito mais que outros, e todos eles haviam sido levados para o hospital onde eu trabalhava, sendo assim, a equipe médica toda, tinha que estar lá. Isso me incluia.

Segui para lá imediatamente e novamente percebi o impala atrás de mim. A imagem aparecia sempre em meu retrovisor e por mais que eu tentasse identificar o motorista, eu não conseguia. Embora eu sentisse que o Dean estava bastante tenso naquele momento, por isso, pensei logo que fosse ele.

Estacionei meu carro na garagem do prédio e subi correndo pelo elevador.

– Bom dia, Marie. – falei na recepção.

– Bom dia, Dra. Winchester. – me respondeu ela sorrindo. Entreguei a chave de meu carro e segui correndo para a sala de cirurgia. Ainda no caminho, senti um embrulhar em meu estomago, parecendo que inumeras borboletas voavam ao mesmo tempo, e minha respiração ficou ofegante. Parei imediatamente onde estava e me virei, dando de cara com o Dean.

O seu rosto estava sério e com o cenho franzido, as mãos dentro dos bolsos da calça e os lábios em uma linha reta. Parecia mesmo que ele não estava nem um pouco satisfeito em estar ali, embora eu sentisse que a saudade era intensa. Os olhos verdes me olhavam seriamente e de repente, ficaram tristes e eu senti a tristeza. Minhas vistas se encheram de lágrimas, mas não chorei.

Não o fiz porque lembrei de como ele me tratou no dia em que fui embora. Ele virou o rosto e nem sequer se despediu de mim. Aceitou de bom grado o que o papai impôs, aceitou perder dois irmãos de uma única vez.

Mas se ele não fizesse isso, não seria o Dean, o soldado perfeito que não questionava nem uma ordem do papai, por mais que aquela ordem fosse estupidamente absurda.

Respirei fundo e meu rosto ficou sério. Ele notou a mudança de humor, porque também respirou fundo e sua expressão relaxou. Era incrivel que com apenas olhares e expressões, conseguiamos mesmo entender o que se passava na cabeça um do outro. Ele tirou as mãos dos bolsos e começou a caminhar em minha direção, mas parou de repente, quando ouviu meu nome sendo chamado no microfone.

– Dra. Melissa Winchester, compareça a sala de cirurgia numero três. – falou a primeira vez e depois repetiu. - Dra. Melissa Winchester, compareça a sala de cirurgia numero três.

Ele sorriu. Sentiu-se orgulhoso, mesmo que aquele diploma tivesse nos custado a paz da família, ele sentiu-se extremamente orgulhoso, mas eu não mudei minha expressão em momento algum.

– Dra, temos que ir agora. O paciente já está na mesa de cirurgia. – falou a enfermeira atrás de mim.

– Vamos sim. – respondi ainda sem tirar os olhos de Dean. Respirei fundo e me virei. Tirei o casaco vermelho, entreguei para a enfermeira e entrei na sala de cirurgia. Tinha uma vida para salvar.

P.O.V. Dean Winchester:

Foi apavorante. Essa era a melhor definição para o que estava acontecendo naquele hospital. Melissa estava de frente para mim, me encarando com o rosto sério e triste, ao mesmo tempo, e eu sabia porque. Eu sentia com todas as minhas forças o porque.

Eu confesso que fiquei muito magoado com ela nesses últimos dois anos, mas vê-la ali, fez com que toda a dor, a raiva, o desapontamento, fosse embora em um piscar de olhos.

Ela se virou e correu para uma sala, onde havia uma equipe medica inteira, um homem deitado em uma maca e vários aparelhos ali. Todos esperavam a Mel. Ela lavou as mãos em uma sala do lado, colocou as roupas de médico, aquele tradicional verde, e o guarda pó. Duas enfermeiras ajudaram-na a colocar as luvas e ela seguiu para onde estava o homem e eu observava tudo do lado de fora. Aflitamente.

Na primeira hora de cirurgia, tudo corria absolutamente bem, mas de repente começou o corre-corre. Um medico alto levou os aparelhos para longe e trouxe outro pequeno. Melissa se apoiou em um banco que trouxeram pra ela e ficou a mais alta de todos. Ela colocou o aparelho no peito do homem e alguns segundos depois, ele reagiu violentamente, sacudindo todo o corpo.

A equipe toda olhou para o lado, para uma pequena tela e eu, curiosamente olhei também. Era o medidor de frequencia cardiaca e passava uma linha reta. A Mel estava tentando reanimá-lo.

– Vamos, Mel. – falei baixinho, torcendo para que a minha irmã conseguisse. Ela liberou o aparelho e começou a forçar a massagem cardíaca, com as mãos mesmo. Apertou e apertou, até que o homem voltou.

Ela terminou de fazer a cirurgia, que durou cerca de duas horas e meia, e saiu da sala. Me olhou seriamente e seguiu pelo corredor. Em minha mente ouvi a voz autoritária dela.

– “Em minha sala, agora”.


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Notas finais do capítulo

é isso amores!
um mega beijo para vocês!!
Inté a próxima!!

Flávia e Karol!!