A love of porcelain escrita por Cherry Bomb


Capítulo 26
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Quando acordamos a roupa de cama estava toda suja por causa que esquecemos de tirar nossas máscaras de beleza.

Depois de arrumarmos as coisas e de nos arrumarmos decidimos e dar uma volta no shopping. Eu nunca tinha ido em um antes, mas segundo meus amigos lá era um lugar onde muitas pessoas diferentes costumam ir.

–Juntem ai. –Alex tinha colocado o celular em cima da cômoda para que ficássemos em frente a ele pra uma foto.

Brenda estava com um vestido roxo, florido e com laços brancos. Meias que cobriam toda a pele, também brancas e sapatos de boneca roxo escuro. O cabelo sempre com muitos cachos grossos e no rosto, cílios enormes.

Alex estava com uma calça preta, botas, uma blusa de manga comprida branca com listras pretas, uma jaqueta de couro preta e um cachecol preto e branco.

Já eu, coloquei um vestido vinho de magas curtas, com uma gola de babados brancos. Uma meia preta e um sapato de salto preto com vinho. Coloquei um par de luvas pretas, rendadas e com babados na parte do pulso.

Alex pegou o celular e olhou para a foto e depois para nós duas.

–Seu fosse homem pegava vocês! –Em só alguns segundos Alex estava no meio de nós duas e nos puxando pela cintura para perto dele. –Vamos as compras gatinhas.

Tenho gostado de aprender mais sobre as pessoas. Aprender que tem gente como eu no mundo, não por completo claro, mas em boa parte. E ainda entender que tem mais pessoas ainda diferente.

Brenda é toda meiga e fofa, apaixonada pela cultura japonesa, já Alex é um gay completamente doido e que tem um coração enorme. E mesmo tão diferentes são amigos. E até mesmo aceitaram uma completa estranha no meio deles.

Entramos em algumas lojas mas não achamos nada de que gostássemos. Eu via as pessoas nos encarando mas eu não liguei nem um pouco pra isso. Meus amigos são mais importantes.

–Temos que entrar nessa loja. –Brenda pegou minha mão e entramos na loja.

Todos os manequins estavam de calcinha e sutiã.

–Não precisamos comprar isso. Eu tenho em casa. –Falei.

–Margot, você precisa de algo mais sexy meu amor. –Alex pegou um conjunto preto praticamente transparente.

–Não vou usar isso! –Peguei a lingerie da mão dele e guardei.

–E esse? –Brenda me mostrou um rosa que vinha junto um par de meias.

–Nada de meias!-Alex gritou. –Margot querida, entra no provador e vai vestindo o que a gente te entregar.

Não tive nem tempo de questionar, quando vi, eu já estava usando uma fantasia de enfermeira.

–Você ta brincando comigo. –Falei dando uma volta para mostrar a minha fantasia.

–Adorei! –Alex falou.

–Obvio que não! Coloca esse. –Brenda me entregou um outro conjunto.

Vesti e fui mostrar para eles. Desta vez era um conjunto branco que vinha com um par de luvas e uma mascara dourados.

–Ai que coisa de virgem! –Alex disse.

–Eu achei fofo. –Brenda falou.

–E eu não gostei. –Falei entrando no provador de novo.

Experimentei mais quatro fantasias, bombeira, policial, mulher gato e estudante. Não gostei de nenhuma. E mais três conjuntos, azul, rosa e preto.

–Desisto! –Falei me jogando no sofá. –Até mesmo porque eu não vou usar nada dessas coisas já que não pretendo fazer nada.

–Pois eu duvido! A hora que ele chegar todo sexy e te seduzindo você vai esquecer de tudo meu bem.-Alex levantou e começou a procurar mais algumas lingeries.

–Achei! –Brenda gritou, mas não conseguimos ver onde ela estava.

–Cadê você criatura? –Alex perguntou.

–Aqui! –Ela levantou do nada no meio de um monte de lingeries. –Experimenta essa. –Peguei e fui para o provador.

Quando me olhei no espelho gostei do que vi. Era uma camisola vermelha com um tipo de tecido muito fino e praticamente transparente. Ela fechava até metade da barriga e o resto era todo aberto mostrando a calcinha de renda. A parte do sutiã tinha pedrinhas brilhantes. A manga era longa e na parte do pulso tinha flores em renda.

–Me beija! –Alex falou quando me viu.

–Eu sou ótima pra essas coisas. –Brenda disse.

–Vou levar. –Voltei para dentro da cabine e me vesti de novo.

Enquanto colocava a minha roupa de volta fiquei pensando no que o Henry iria dizer quando me visse usando isso. Se ele tivesse a mesma reação que o Alex eu ficaria feliz.

Depois de pagarmos as coisas combinamos que Brenda e eu iriamos para a praça de alimentação esperar o Alex que precisava ir ao toalete. Enquanto íamos para a praça uma menininha nos parou e pediu para tirar uma foto. Nos abaixamos para ficar da altura da menina e um homem tirou a foto.

Assim que sentamos eu decidi fazer uma pergunta que eu nunca tinha feito antes.

–Brenda, como você e o Alex se conheceram?

–Foi no primeiro ano do ensino médio. Eu era aluna nova e ele já estudava na escola, acontece que eu conhecia um menino do terceiro ano, o Mike, e o Alex um dia viu eu e ele conversando no intervalo, quando eu entrei na sala e perguntou se eu podia apresentar o Mike pra ele e depois disso viramos amigos.

–E quem era esse Mike?

–O Mike era um menino que o Alex gostava, eles saíram algumas vezes mas nunca teve nada realmente serio. –Alex nunca tinha me contado isso antes.

–E você, nunca namorou?

–Namorei no segundo ano. Ele não era bem mais velho que eu então não deu muito certo. Depois dele eu só fiquei algumas vezes com outros caras, mas nada que valeu realmente a pena. –Ela apoiou o rosto angelical nas mãos e sorriu. – Henry é o seu primeiro namorado?

–Sim. Quer dizer, eu nem sei se somos namorados mesmo. Ainda mais com aquela garota.

–Angelina?

–Ela mesma.

–Ah não se preocupe. Nós estudamos com ela ano passado e um dia em uma festa ela pegou o namorado aos beijos com o Alex. Imagina a cara que ela ficou. Nossa eu ri muito aquele dia. –Começamos a dar risada da história.

Quando Alex chegou nos comemos e continuamos a conversar. Pelo o que eu entendi Alex realmente gostava desse tal de Mike mas o garoto não retribuía isso. E Brenda só tinha namorado com caras bem mais velhos que ela.

Eles me deixaram em casa e eu fiquei acenando para eles e sorrindo enquanto via o carro ir embora.

Entrei em casa e tudo estava apagado. Já tinha anoitecido. Subi as escadas e consegui ver um fecho de luz saindo do quarto do Henry.

–Henry, cheguei. –Abri a porta do quarto e me deparei com Henry deitado no chão como se estivesse desmaiado.


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