A love of porcelain escrita por Cherry Bomb


Capítulo 24
Roxo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/446083/chapter/24

–O king-kong resolver fazer um lanchinho na madrugada? –Alex falou quando viu a cozinha toda bagunçada.

–Senti um pouco de fome, então vim comer.

–Você e um exercito né querida. –Ele puxou uma das cadeiras e se sentou. –Mas eu não vim aqui pra falar da sua cozinha. Pode falar amor, to aqui pra te ouvir.

Fiz o café que ele tinha me pedido antes e me sentei ao seu lado.

–Passei duas horas só pensando no Henry e nas coisas que eu tenho sentido.

–Isso explica a guerra que aconteceu aqui. Geralmente quando a gente fica impaciente ou preocupado ou triste, descontamos na comida. Vocês brigaram?

–Não. É muito complicado Alex.

–Para a sua sorte tenho mestrado e doutorado em relacionamentos. Pode ir falando. –Eu contei toda a história pra ele, claro que substitui alguns detalhes por outras coisas mais normais. –Tá, deixa ver se eu entendi. Você foi adotada por um cientista que morreu e deixou pra você essa mansão, milhões de dólares e de brinde um cara muito gato que você está apaixonada. Duas perguntas: Onde eu assino pra isso acontecer comigo e qual o problema nisso tudo?

–O problema é que eu nunca senti essas coisas por ninguém, não sei o que fazer. Ai eu acabo ficando nervosa e faço coisas sem sentido. –Alex estava rindo. –Por que as pessoas riem quando eu falo?

–Porque você fica muito fofinha toda apaixonadinha por ele. –É por isso Henry também ri, então ele me acha fofa. –Margot, o amor não é pra ter sentido, faz parte a gente fazer papel de bobo, essa é a graça da coisa.

–Ai Alex eu to perdida!

–Já sei. O que você acha de termos dois dias e uma noite das garotas? Eu ligo pra Brenda e a gente passa o dia juntos, depois podemos dormir na casa dela.

–Parece uma boa. Eu topo.

–Ótimo.

–Bom dia. –Henry entrou na cozinha se espreguiçando.

–Jesus! Bom dia!. –Alex abriu um enorme sorriso quando notou que Henry estava sem camisa.

–Alex certo? –Henry esticou a mão e sorriu.

–Isso. Mas posso ser o que você quiser. –Eles apertaram a mão um do outro e Alex se levantou. –Licença que eu vou ali fazer uma ligação.

Enquanto saía ele foi atrás do Henry e o chamou de gostoso, mas foi de um modo que só eu vi e acabei dando risada daquilo.

–Você comeu toda a comida da casa? –Henry ficou chocado quando abriu a geladeira e viu que ela estava fazia.

–Sim. A fome foi maior do que eu imaginava. –Levantei e comecei a arrumar a cozinha.

–Percebi. Acho que vou tomar café na padaria. –Henry começou a me ajudar a limpar a cozinha. –Ah esqueci de te falar. Sabe aquele urso panda que você ganhou?

–Sei.

–Quero ele fora do quarto.

–Por que? É só um bichinho de pelúcia.

–Não tenho nada contra bichos de pelúcia ou pandas o problema... –Henry me puxou pela cintura e me encostou na geladeira. – É que aquele cara foi quem te deu, e eu não quero nada de nenhum homem no seu quarto ou com você.

–E se for um homem no meu quarto? –Dei risada da minha própria pergunta.

–Se esse homem for eu e eu estiver completamente nu, pode. –Eu senti meu rosto ficar vermelho, droga. –Adoro quando você fica assim. –Henry me beijou de uma forma delicada mas que ainda sim conseguia me tirar o ar.

–Tchuca, já falei com a Brenda e... Opa! Entrei em um momento quente! –Alex ficou parado na porta sorrindo enquanto via nós dois. –Foi mal.

–Tudo bem. –Me afastei do Henry e voltei a arrumar a cozinha, meu coração estava pulando e com certeza meu rosto estava vermelho. –Vou passar a noite fora. –Falei para quebrar o gelo.

–Vai pra onde?

–Alex e eu vamos pra casa da Brenda.

–Tudo bem. Divirta-se. –Alex e eu deixamos Henry na cozinha e subimos para o meu quarto.

Comecei a arrumar uma bolsa com as coisas que eu iria precisar. Alex estava deitado e rolando na minha cama.

–Menina vocês dois estavam tão bonitinhos! Fora que eu quase não vi você, as costas maravilhosas do Henry te cobriam inteira. Ai que tudo!

–Alex! –Dei um gritinho e ele caiu na risada. Alex andou pelo meu quarto inteiro e vasculhou todas as minhas coisas.

–Pegou tudo?

–Sim!- Quando descemos as escadas vi Henry encostado no sofá.

–Tchau! –Alex deu um largo sorriso e foi para o carro levando junto com ele a minha bolsa.

–Volto amanhã a noite. Se precisar de mais dinheiro tem no cofre. Fecha a casa antes de dormir e não esquece de ligar o alarme. –Henry me ouviu e riu a cada frase.

–Pode deixar mãe.

–Besta! –Dei um tapinha de leve em seu ombro e logo em seguida ele segurou meu pulso, e mais uma vez ele tinha o total controle da situação.

–Antes de você ir eu quero fazer uma coisa. –Henry aproximou o rosto do meu, fiquei feliz porque ele iria me beijar, mas ele não fez isso. Ele abaixou a gola da minha blusa e deu um beijo muito forte nos cantos do meu pescoço. – Pra qualquer um que chegar perto saber que você é minha. –E então ele me beijou.

Quando entrei no carro virei o espelho pra mim e abaixei a gola da blusa pra ver o que o Henry tinha feito. No lugar onde os seus lábios tinham tocado havia duas marcas roxas e amareladas.

–Menina, que isso! –Alex parou o carro e me virou para ver meu pescoço. –Dois chopões, ui. O que ele disse depois que fez eles?

–Ele disse que foi pra que qualquer um que chegar perto saiba que eu sou dele.

–Margot esse boy é tudo! Ain gente, que coisa bruta e possessiva. Você é minha! Ain se um homem me diz isso eu caso com ele. –Era impossível ficar perto do Alex e não dar risada.

Arrumei a blusa e fiz de tudo para que ninguém visse aquelas marcas mas eu meio que gostei de ter elas ali, mostrava que ele tem medo de me perder.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A love of porcelain" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.