Penny bateu na porta e entrou sem esperar um resposta.

–... e é por isso que, dado o estado atual de um conjunto de relações e vínculos emocionais entre seu pequeno trio, um ménage vem a ser a opção mais conveniente e gratificante. –Beverly estava a falar sobre a amizade estranha entre Raj, Howard e agora Bernadette. Todos estavam em volta da mesa da sala, cada um em seu lugar designado, menos Sheldon e Amy que estavam na cozinha preparando chá para todos.

Raj, Howard e Bernadette estavam olhando horrorizados de boca aberta para Beverly.

Penny começou a recuar, mas Beverly chamou sua atenção e ela congelou na hora.

–Penny, que bom vê-la outra vez.

–É... muito bom. –Ela se arrastou para dentro quase tropeçando em Raj que estava sentado no chão perto da cadeira de Howard. Penny caminhou até o braço do sofá ao lado de Bernadette e se sentou lá mesmo.

–Oh, isso parece desconfortável. Por que não senta aqui? –Beverly apontou para o lugar ao lado do lugar de Sheldon no sofá.

Penny olhou para Leonard que assentiu as pressas e ela então aceitou a sugestão.

Sheldon veio da cozinha segurando sua caneca de chá. –Espere um minuto, onde Amy vai sentar?

Amy terminou de colocar a bandeja com chás e sanduíches na mesa e ficou em pé até alguém falar.

–Em seu colo. –Penny sorriu.

Ele estreitou os olhos para ela. –As pernas não é um local ideal para se sentar, elas não tem o apoio necessário, além disso a pessoa em questão...

Beverly cortou Sheldon -Amy, você poderia sentar na poltrona de Leonard. Seja um cavalheiro filho. –puxando ambas as pernas de Leonard para dar mais espaço do outro lado.

–Claro mãe. –Leonard bufou enquanto tentava se levantar e Amy sentava na poltrona.

–Não Leonard. –Beverly o empurra de volta. –Eu quis dizer para você se espremer ai com ela, dada a sua estatura compacta.

Ele balançou a cabeça caindo no espaço restante na poltrona ficando ombro com ombro em Amy.

Sheldon estava na frente de seu lugar, mas não conseguia sentar-se. Ele olhava alternadamente para sua namorada e seu colega de quarto aumentando a força com que ele segurava a caneca em suas mãos.

–Amy no seu colo parece uma boa ideia agora, né? –Penny sussurrou perto de Sheldon.

–Sheldon não fique ai em pé, estamos tomando um delicioso chá.

Ele sentou-se inquieto ainda segurando a caneca com intenção de esmaga-la com suas próprias mãos.

–Amy Farrah Fowler, -Beverly começou. –Se é que posso lhe fazer uma pergunta... você já considerou ter um relacionamento monogâmico com meu filho?

Howard e Bernadette deram um impulso para frente cuspindo pulverizadamente o gole de chá que tinham acabado de tomar.

Penny estava com os olhos esbugalhados e Leonard colocou uma das mãos na testa com uma tentativa falha de sumir magicamente daquele apartamento.

Amy simplesmente respondeu. –Não.

–Eu entendo que Leonard não é um companheiro atraente. –Disse Beverly. –No entanto ele vem de uma longa linhagem de gênios e seu DNA é muito provável que produza descendentes excepcionalmente inteligentes. Além disso, se casar com Leonard isso incluiria ter eu como sogra, e eu não preciso listar minhas qualidades, certo?

–Heyyy, espere um pouco. –Sheldon interrompeu. –Dra. Hofstadter, é verdade que a senhora é uma mulher brilhante com quem Amy iria desfrutar um bom tempo. Mas se vamos falar sobre a relação entre nora e sogra, minha mãe viria a ser uma candidata melhor. Ela se destaca nas habilidades domésticas, tem uma personalidade carinhosa e também criou com sucesso um prodígio.

–Embora ela não me aprovasse no começo. –Amy resmunga.

–Que pena. –Beverly comentou. –Você nunca teria esse problema comigo.

Sheldon levantou a voz olhando diretamente para Amy. –Minha mãe já esta começando a gostar de você, por mim. –Ele muda seu olhar. –Ao contrario de Leonard, eu nunca tive que construir uma maquina de abraços.

–Mas com a minha educação veio uma certa vantagem. –Beverly retrucou. –Como um indivíduo carente de afeto, ele entende o valor de oferecer carinho. Ao contrario de você que é uma pessoa que reprime o desejo de afeto e várias outras necessidades de um parceiro romântico.

Sheldon engoliu em seco a provocação da mãe do Leonard e não encontrou mais palavras para continuar a discussão

–Oooooh –Penny e Bernadette tocaram seus dedos indicadores e fizeram o mesmo som em uníssono. –Tssss

Leonard estava com um olhar confuso. –Eu entendi errado ou a minha mãe acabou de me elogiar.. as custas do Sheldon?

Raj riu silenciosamente enquanto Howard exclamou. –Seja lá o que estiver acontecendo, o negocio esta bom pro lado Leonard e Amy.

–Eu só acho que a senhorita Amy Farrah Fowler é uma jovem excepcional e desde que meu filho não é qualificado para adquirir uma mulher do seu calibre, eu tenho que ajuda-lo.

Bernadette estava achando alguma coisa errada naquela conversa por isso decidiu falar. –Com licença, mas Sheldon e Amy estão namorando ou seja lá o que for o relacionamento deles, e Leonard e Penny eu não tenho certeza, mas estão em algum tipo de relacionamento também, certo? Considerando os relacionamentos atuais, não seria errado propor que Amy e Leonard namorassem?

–Não seria totalmente errado. –Beverly explicou. –Antes de seus atuais parceiros, o meu filho e a senhorita Fowler tinham um relacionamento.

–Hãn? –Bernadette olhou assustada para Penny que concordou com um movimento de cabeça lamentosamente.

–Acontece que o primeiro encontro de Leonard foi com Amy. –Disse ela.

–O que??? –Raj e Howard falaram em uníssono. –Então antes de Shamy houve Lamy? –Raj zombou.

–Isso é ridículo. –Sheldon gritou. –Um primeiro encontro na adolescência não é motivo para a junção dos dois nomes.

–É motivo se tiver envolvido beijos, abraços ou coito. –Howard murmurou baixinho.

–O que eu te disse sobre Amy antes, Leonard? –Sheldon disse com um tom soberano levantando-se de seu lugar.

–Umm... “Ela não é pra você”?

–Lembre-se disso sempre.