Crescidos !! escrita por Bianca Saantos


Capítulo 60
Jantar


Notas iniciais do capítulo

Oi, não demorei desta vez né? rsrs'
Bom gente, obrigada aos comentários passados. Vcs são maravilhosos.
Boa Leitura!!



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***

Escutei batidas na porta do quarto. Lentamente abri meus olhos. Passei a mão pela cama, e percebi que estava sozinha. León não estava pelo quarto. Sentei-me ainda um pouco zonza. As batidas na porta continuavam.

_Pode entrar... – disse sonolenta. Era a Ângela.

_Senhora Vargas, está tarde, e você precisa se arrumar, León falou para mim te acordar, espero não estar incomodando. – disse sem graça.

_Não me incomoda. – sorri levemente. – Onde está o León? – perguntei.

_Está no quarto das menininhas – falou sorrindo. – Ele é um excelente pai, devo lhe falar. E elas parecem adorar todo aquele cuidado demonstrado por ele. – continuou.

_É... Ele é um fofo... – suspirei. – Vou tomar um banho, preciso me arrumar, tenho um jantar hoje. – falei levantando-me da cama. – Que horas são, Ângela?

_São sete horas. – disse e eu corri para o banheiro, apenas pude escutar umas risadinhas de Ângela, e logo a porta sendo fechada, ela havia saído.

Tomei um longo banho, apesar de estar atrasada, eu não podia deixar de tomar meu belo e relaxante banho de todos os dias. Saí do banheiro, e fui ao meu guarda-roupa. Peguei um vestido simples e rodado, da cor branca. Meus cabelos estavam molhados, então peguei o secador e os arrumei, deixando-os soltos ao vento. Calcei meu salto, e passei uma leve maquiagem no rosto, apenas para não sair puríssima de casa.

Estranhei... León estava demorando muito... Será que estava em casa mesmo? Será que ele se esqueceu do jantar com meu pai? Resolvi ir até o quarto das minhas filhas, afinal, era tarde, e eu precisava arrumá-las.

No caminho escutei uma voz, vindo no quarto das meninas. Apressei meus passos, e assim que abri a porta, dei de cara com León, todo atrapalhado, vestindo a Isabella. Ri baixinho, pois o mesmo não havia me visto.

_Belinha... – ele disse enquanto a deitava na cama, e tentava pôr o vestidinho rosa na mesma. – Isso é difícil sabia? – falava como se ela entendesse alguma coisa. – Mas fazer o que né? Se sua mãe consegue... – falou fechando os botõezinhos do vestido da mesma. – Pronto! – falou sorridente.

Ele a pôs no carrinho, e tirou Dani do berço, que já estava bem acordada, colocando-a no carrinho também. Entrei no quarto, e León se assustou, mas sorriu. As meninas estavam prontas, e lindas. León também estava pronto

_Você está linda. – falou pegando em minha mão.

_Você também, amor. – disse lhe dando um beijo na bochecha. – Você que as arrumou? – perguntei e ele assentiu todo sorridente. – Bom trabalho... – rimos. – Estão lindas!

Ficamos conversando um pouco até que meu celular tocou. Era o meu pai, furioso pelo meu grande atraso. Logo eu e minha família saímos. León pegou o carro e fomos em direção á casa do meu pai.

***

_Até que enfim! – Meu pai exclamou assim que eu e o León pisamos os pés lá dentro. Fazia muito tempo que eu não ia naquela casa... E foi lá que minha realidade começou, era emocionante estar ali de novo.

Vi uma criatura correndo desesperadamente pela sala e logo agarrando-me. Julieta. Estava linda. Sete aninhos de pura travessura. Seus cabelos estavam curtinhos agora, no pescoço, castanhos claros, e ondulados, quase lisos. Ela estava fortinha, uma graça, estava com um vestido azul.

_Oi Juh! – falei abraçando-a. – Quanto tempo que eu não te vejo. – falei assim que nos afastamos.

_É! – concordou. – Estava com saudades.

_Eu também. – disse. – Por que cortou aqueles cabelos tão grandes? – perguntei, porque realmente estavam enormes da ultima vez que a vi.

_Mamãe achou que era melhor, disse que estavam grandes demais, e eu achei bem melhor assim, é mais bonito. – falou sorrindo largamente.

Logo ela se sentou no sofá, ao lado do meu pai, que, agora tinha um largo sorriso no rosto. Todos meus amigos estavam lá. Angie apareceu com uma bandeja de docinhos, apenas aperitivos. Sorriu alegremente em me ver, e logo me deu um abraço de urso, me fazendo quase perder o ar.

_León! – Julieta gritou. – Onde estão suas filhas? – perguntou á ele.

_Estão aqui. – disse León saindo da frente do carrinho e deixando á mostra meus bebês.

Julieta foi para perto do carrinho, toda ansiosa. Meu pai e Angie também foram ver, pois eles não foram me visitar no hospital, então obviamente não haviam visto minhas filhas.

_São perfeitas. – Angie disse pegando a Isabella no colo com tanto cuidado, como se fosse porcelana.

_Realmente... – papai concordou. – São muito parecidas com vocês. – disse olhando para mim e para o León.

Escutei um chorinho, mais parecidos com resmungos. Olhei para trás, e vi a Ludmila com o Yuri nos braços, e ele estava bem agitado. Ludmila parecia calma, mas Federico tinha a face desesperada. Fui até ela, todos conversavam animadamente, León estava conversando com Maxi e André. Acho que esqueci de mencionar, André está casado com Emma. Eles tem três filhos. Não se espantem, é que eu nunca falei sobre a vida de André, já que não sou tão amiga, quanto o León. O mais velho se chama Adrian, tem cinco anos, o do meio se chama Caíque tem quatro, e a terceira se chama Érica, e tem um aninho, uma gordinha extremamente fofa. Adrian estava brincando com Julieta. Apesar dele ser mais novo, ele e a Juh, se davam muito bem, e era a única criança mais próxima da idade dela.

_Que coisa mais fofa! – falei vendo o Yuri nos braços da Ludmila.

_Isso! Vai com a Tia Vilu. – disse Ludmila “jogando” o neném em meus braços. – Ele está muito agitado. Como pode? O menino só tem quatro dias de nascido!

_Acho que puxou toda essa agitação de você. – falei rindo, enquanto tentava acalmá-lo em meus braços.

Depois de uns minutos conversando com ela, Yuri dormiu, serenamente. Federico ficou um pouco mais calmo. Aqueles dois eram comédia, não tanto como a Naty e o Maxi, mas eram engraçados.

_Meu amor... – senti alguém me abraçando pelas costas. León.

_O que? – perguntei me virando para ele.

_Seus pais estão grudados nas meninas. – falou rindo. Olhei rapidamente para eles, e encontrei papai e Angie com a Isa e a Dani no colo. Eles pareciam duas crianças. Rimos pela cena. – Amor... Eu não quero te preocupar, mas...

_Mas...?

_Seus pais não perceberam, mas a Dani, está meio febril. – falou coçando a nuca. – Não sei se é normal, mas eu acho que sim, pois ela ainda é um bebê, e não tem imunidade. – explicou me fazendo ficar com um pouco de medo.

_O que fazemos? A levamos ao médico? – perguntei.

_Esperamos um pouco... – disse ele calmo.

_León, eu tenho medo.

_Ah... Eu também, mas ás vezes nos preocupamos a toa. – falou me abraçando.

_É pode ser... – murmurei.

***

_Julie! – gritou Francesca irritada, pois Julie estava arrancando todas as florzinhas da plantinha de meu pai. – Vem aqui agora! – falou tentando se acalmar para não berrar mais do que já tinha berrado com Julie.

_Lucas e Bruno... Amores de minha vida, parem de querer brincar de carrinho em cima do sofá, vocês vão acabar sujando o móvel. – Naty disse pegando os dois e os tirando do sofá branco de meu pai.

_Julieta! – foi a vez de Angie. – Quer parar com esta gracinha de escorregar no corrimão da escada?! Qualquer hora a senhorita irá cair daí, e quando se machucar não venha atrás de mim. – falou nervosa. Juh parou e olhou para ela com um sorriso travesso nos lábios.

Corri para perto de León que estava paralisado observando a cena. Meu pai sorria, parecia que estava gostando daquela confusão imensa. Minhas filhas estavam no quarto de hospedes, assim como o bebê de Ludmila, pois o barulho que estava ali era inacreditável.

_Tenho saudades do nosso tempo de adolescente. – falei me agarrando em seus braços. – Olha isso... Está tudo uma confusão. – falei observando as crianças que pintavam e bordavam ali.

_Nem me fale, tenho saudades do tempo em que seu pai me expulsava da sua casa, quando eu apenas queria ficar um tempo com você. – rimos. – Ou de quando você era extremamente louca e neurótica com o negocio de esconder a música de seu pai.

_Ei! Eu não era neurótica! – repreendi-o.

_Tudo bem, você só era um pouquinho doida em esconder um negocio de extrema importância. – rimos novamente.

...

_O jantar está servido! – Olga gritou causando espanto em todos.

Fomos para a mesa. Tinha uma mesinha menor, para as crianças, ali ficou: Julieta, Bruno, Lucas, Julie, Adrian e Caíque. Emma estava com a pequena Érica nos braços, e André todo dengoso ao lado da esposa, também muito bobona.

León estava com a Belinha nos braços, ela acordou de uma hora para outra, enquanto a Dani e o Yuri continuavam a dormir. Ela estava agitada no colo de León, que sorria largamente, transbordava felicidade.

_Amor, ponha ela no carrinho e vamos jantar, todos já estão na mesa – falei sorrindo. León apenas assentiu, e depositou o corpinho da minha filha no carrinho.

Fomos para a mesa. Olga serviu o jantar. Enquanto nos deliciávamos com a comida, eu e Francesca apenas riamos, pois as crianças estavam fazendo uma zona na mesinha. Era engraçado ver aquelas coisinhas tão pequenas fazendo “arte”.

_Que alegria tê-los aqui. – papai disse todo emocionado, roubando nossa atenção. – Fazia muito tempo que eu não os via.

_É verdade Germán. – Maxi disse sorrindo. – Sinto até saudades daquele tempo. Mas o que passou, simplesmente passou, e eu não poderia estar mais feliz... – disse olhando discretamente para a Naty, que tinha um sorriso nos lábios.

_É... Lembro-me até hoje das nossas encrencas ou diversões. – comentou Francesca.

_Sinto saudade também – murmurei.

Depois de muito papo, terminamos o nosso jantar. As crianças estavam sentadas no chão, cansadinhas, uma graça. Acho que hoje gastaram bastante energia...

***

_León a gente precisa voltar para dentro, papai vai achar estranho esse nosso sumiço. – falei baixo.

Estávamos no jardim, deitados na grama, a noite estava extremamente agradável, pelo menos eu estava gostando muito. Só estávamos eu e o León, sozinhos naquele paraíso. Sentei-me e ele fez o mesmo. Eu não queria entrar, se pudesse, ficaria a eternidade ali com ele, mas era necessário.

_Só mais um pouquinho. – disse manhoso, e eu dei risada.

Deitei-me com a cabeça apoiada em suas pernas, era ótimo olhar para o céu, e ver aquelas lindas estrelas brilhando, deixando a noite ainda mais perfeita.

_Ás vezes tenho vontade de voltar no tempo. – León comentou. – Onde era apenas eu e você, nossos amigos, e nossas bagunças...


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam???
Comentem !!