You Belong With Me - Jakeness escrita por Lynna


Capítulo 15
Complicações


Notas iniciais do capítulo

Jacob's point of view (POV)



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XIV - Complicações

 

 

 Ela não telefonou.

 

 

 Não que eu esteja ao lado do telefone esperando sua ligação todo o tempo, não, bem longe disso. Mas não posso deixar de sentir curiosidade pelo o que ela tem para me falar.

 

 

 Nessie parecia tão insegura ao telefone, como se o que tivesse pra falar pudesse mudar todo o nosso destino. Certo, mudar o destino foi um pouco exagerado, mas talvez mudar a situação.

 

 

 E então resolvi telefonar para ela e tudo que consegui foi falar com aquele maldito do 'marido' dela, que me disse com todas as letras: Ela não quer te ver.

 

 

 Claro que eu não deveria acreditar em um mestiço idiota que não tem medo da morte.. Mas já se passou um mês, e nada.

 

 

 E então, eu estava aqui novamente: Em Forks, à 20 metros da casa de minha pequena, escondido em cima de uma árvore, embaixo de uma tempestade e com a cabeça cheia de besteiras.

 

 

 O que pode ter acontecido em um mês?

 

 

 Provavelmente muitas alegrias com aquele Nahuel maldito. Só de pensar nele tocando minha pequena.. Céus, eu já começo a tremer involuntariamente.

 

 

 Esta árvore estava começando a ser minha casa, não pelo fato de eu viver lá, e sim pela simples razão que eu não saía de lá para nada - o que estava fazendo Billy se zangar comigo. Todos os dias, o máximo possível de tempo que observava Nessie pela janela do quarto era o que me fez viver por esse mês inteiro.

 

 

 Nessie sempre se sentava na mesma poltrona branca naquele quarto, - que parecia ser o quarto das crianças - sempre sozinha, sempre acariciando a barriga e sorrindo em silêncio.

 

 

 Não preciso nem dizer o quanto ela estava maravilhosa. Seu ventre elevado estava enorme, o que a deixava tão doce. Não era parecido com a gravidez de Bella, ela não estava sofrendo, pelo contrário, a gravidez estava lhe fazendo muito bem.

 

 

 Preciso agradecer Nahuel por isso. Aquele miserável que tocou minha pequena..

 

 

 "Se acha tudo isso, por que ainda não foi até lá Jacob?" Sua voz apareceu como sinos em meu ouvido. Precisei olhar para baixo para vê-lo encostado à árvore, com os braços cruzados. Ele observava para o que eu estava olhando.

 

 

 "Não tem pacientes para tratar, não?" Voltei meu olhar para a casa entortando o nariz, ele realmente fedia.

 

 

 "Obrigado, mas devo te lembrar que seu cheiro também não é um dos melhores." Ele riu sem humor. Revirei os olhos.

 

 

 "Déja vú?" Suspirei.

 

 

 "Desculpe, não entendi."

 

 

 "Já tivemos um momento parecido." Disse jogando meu cabelo para trás. "Eu chorando por sua filha, você querendo vir me consolar."

 

 

 Ele riu novamente, antes de mudar de assunto.

 

 

 "Você não respondeu minha pergunta, Jacob." Ele soou. "Por que não vai até ela?"

 

 

 "Ela não quer me ver." Suspirei ao lembrar da ligação. Pulei da árvore caindo ao seu lado. Ele já estava completamente molhado da chuva, assim como eu.

 

 

 "Não acredito nisso." Disse ele. "Ela sente muito sua falta, posso ver em sua mente."

 

 

 Fiquei em silêncio e voltei meu olhar para ela em sua janela, que no momento murmurava algo olhando para seu ventre. Deixei escapar um sorriso.

 

 

 "Eu.. tenho ouvido coisas em sua mente." Ele continuou. "Por isso vim até aqui. Parece que a gravidez está fazendo com que ela deixe escapar fatos que ela antes escondia de mim."

 

 

 Senti meu sangue congelar por um instante. Será que..?

 

 

 "Jacob quero lhe fazer uma pergunta. Seja sincero por favor." Edward segurou meu pulso, fazendo-me virar para encarar seu rosto sem expressões.

 

 

 "Tudo bem."

 

 

 "Lembre-se que posso ler sua mente."

 

 

 "Como se você me deixasse esquecer.." Suspirei cansado.

 

 

 "Tenho ouvido muitos pensamentos envolvendo você, e até mesmo.. algumas coisas erradas como insultar Nahuel, na mente dela."

 

 

 "Direto ao ponto Edward." Implorei. Ele voltou seu olhar para o meu, sua feição era intimidadora.

 

 

 "Você dormiu com minha filha?"

 

 

 Arregalei os olhos no mesmo instante. Droga Nessie, era para esconder.

 

 

 Eu esperava uma bronca, ou uma ameaça, mas isso não aconteceu. Para minha surpresa ele estava calmo, esperando por minha resposta.

 

 

 Que diferença faz? Não posso tê-la para mim. Pensei desviando meu olhar do seu e soltando meu braço.

 

 

 "Faz muita diferença, acredite em mim." Edward continuou. "Porque, se você não dormiu com ela, Renesmee anda tendo sonhos bem detalhados com você."

 

 

 Essa frase me fez querer rir. Ela realmente se lembrava de tudo? Se sim, eu realmente fiz bem o trabalho de tornar inesquecível.

 

 

 Suspirei.

 

 

 "Jacob?" Ele começava a ficar nervoso.

 

 

 Desculpe não ter seguido o trato, Edward.. Pensei sem graça. Nesse momento, ele se virou de costas para mim e passou a mão pelos cabelos incrivelmente sedosos e molhados.

 

 

 Ela ia se casar.. Pensei tentando me defender.

 

 

 "E por isso você achou que seria legal ela ter uma 'despedida de solteira'?" Ele perguntou o óbvio ainda virado de costas para mim.

 

 

 "Eu a amo Edward!" Gritei para que ficasse bem claro. Ele suspirou enquanto sua feição mudava totalmente. Seu olhar era confortador.

 

 

 "Eu sei."

 

 

 "Eu faria tudo para que ela não estivesse casada com esse.."

 

 

 "Eu sei, eu também." Ele completou.

 

 

 "Sei, por causa da mente sombria dele não é?" Revirei os olhos.

 

 

 "Não mais por isso." Ele suspirou.

 

 

 "Pelo que então?"

 

 

 Ele se virou para mim, seu rosto era tranquilo novamente.

 

 

 "Ela não o ama." Edward disse calmamente. E essa agora? "Tudo que ela pensa hoje envolve os filhos e você."

 

 

 "Mas os monstrinhos são metade imprestáveis, por serem filhos de Nahuel." Franzi a testa e encarei sua face confusa.

 

 

 "Ela está sofrendo por isso." Sofrendo? Eu não posso nem imaginar minha pequena sofrer. "Ela pode não demonstrar, mas ela sente sua falta."

 

 

 Me calei. O que mais podia dizer? Também sentia muita falta de Nessie.

 

 

 "Jacob," Edward quebrou o silêncio. "Quando dormiu com minha filha?"

 

 

 Essa seria uma pergunta considerada estranha por pessoas normais. Mas não éramos pessoas normais, então..

 

 

 Na véspera de seu casamento. Pensei encarando ele, sem me sentir constrangido. Sei que não tinha nada para esconder, muito menos pelo que se envergonhar.

 

 

 Pude ver um sorriso se formar nos lábios de Edward. O que foi que eu perdi? Edward Cullen sorrindo por eu ter dormido com sua filha? Eu jurava que ele arrancaria minha cabeça com os dentes. Era agora que eu não entendia mais nada.

 

 

 "Era tudo que eu precisava saber. Jacob, obrigado." Ele se preparou para sair correndo.

 

 

 "HEY!" Gritei enquanto ele ainda era visível. "O que está acontecendo Edward?"

 

 

 "Não sou eu quem deve te contar. Por que não aparece em casa hoje a noite? Tenho certeza que Nessie poderá te explicar." Foi a última coisa que ele disse antes de sumir.

 

 

 Mas o que estava acontecendo? O que Nessie teria para me contar? Seria o que ela não quis dizer ao telefone? Suspirei novamente, jogando meu corpo no chão, encostando à árvore.

 

 

 Foi então que ouvi novamente, aquelas vozes maravilhosas em meu ouvido, sussurrando, me tranquilizando totalmente. Elas apareciam quase todos os dias, tanto que me acostumei com o som.

 

 

 Era maravilhoso ouvir seu subconsciente te chamando de pai. Certo, era um pouco estranho, - eu nunca seria pai na minha vida - mas isso sempre me acalmava.

 

 

 Papai, hihi. Sorri fechando os olhos.

 

 

 Um barulho na floresta fez meus pensamentos desaparecerem. Observei os olhos pretos aparecerem atrás de uma moita grande. Caminhei hesitante até lá.

 

 

 "O que quer Embry?" Suspirei cruzando os braços.

 

 

 O grande lobo apenas moveu a cabeça como se tentasse me dizer algo. Ele estava brincando com a minha cara?

 

 

 "Volte a forma humana não é, rayman!" Disse impaciente. Esses lobos as vezes eram muito lentos.

 

 

 Embry remexeu o corpo tremendo da cabeça aos pés e voltou a forma humana minha frente. Sei que não era bom ficar no mesmo lugar que um homem nu, infelizmente estava acostumado com a falta de amor à vida desses lobos. Foquei meu olhar em seus olhos. Não seria bom olhar para outro lado nesse momento. Se é que me entende.

 

 

 "O que quer?"

 

 

 "Seu pai pediu para te chamar, Rachel está sentindo dores." Embry disse com um olhar distante. Senti meu ar faltar no momento. Era só isso que me faltava.

 

 

 "Onde eles estão?" Perguntei adentrando a floresta. Nessie iria ter que esperar.

 

 

 "Na sua casa." Ele se esforçava a me acompanhar.

 

 

 "E Paul?"

 

 

 "Não saí daquele quarto nem com guindaste." Foi a última coisa que escutei ele dizer, antes de me transformar.

 

 

 Corri o mais rápido que pude até chegar em minha casa. Precisei pular a janela de meu quarto - estava nu devido a transformação repentina. Assim, devidamente vestido, corri até o quarto ao lado.

 

 

 Rachel gemia deitada na cama, enquanto Paul a olhava preocupado e segurava sua mão. Do outro lado da cama, Billy assistia tudo preocupado e Sue se encontrava no local, passando um pano pelo ventre nu de Rach.

 

 

 "O que aconteceu por aqui?" Perguntei preocupado, todos me olharam.

 

 

 "Ela está sentindo dores muito fortes." Billy respondeu.

 

 

 Ele não sabia que a filha estava grávida, até esse dia. A feição em seu rosto era de preocupação e tristeza. Era como se estivesse chateado por ela não ter confiado nele antes.

 

 

 Rachel sua tonta. Billy não tem idade para emoções tão fortes.

 

 

 "E pretendem fazer o quê??" Caminhei até a cama cruzando os braços.

 

 

 "Temos que esperar pra ver se a dor passa." Foi a vez de Sue falar.

 

 

 Esperar?? Mas o que diabos ela estava falando? Esperar não aumenta a chance de perder o monstrinho?? O que esses adultos tinham na mente?

 

 

 Senti meu corpo começar a tremer.

 

 

 "E vocês vão esperar até que o menino saia andando??" Gritei desacreditado. "São tão idiotas que não vêm que minha irmã está sofrendo, caramba!"

 

 

 "Jacob!" Billy me repreendeu.

 

 

 "Desculpe velho, mas não posso acreditar nisso! E você Paul não vai fazer nada??"

 

 

 Paul parecia triste quando olhou para mim. "Já tentamos chamar o médico, mas ele tinha alguma porcaria pra fazer que não podia vir aqui."

 

 

 Eu não podia acreditar no que estava ouvindo. Passei as mãos por meu cabelo tentando pensar. A resposta que tive foi tão óbvia que soltei um sorriso desanimado sem perceber.

 

 

 "Rach." Caminhei até ela - que ainda se contorcia de dor na cama - e passei uma mão por sua testa suada. "Aguenta só mais um pouco, volto já."

 

 

 Beijei sua testa e saí correndo em direção ao telefone. Liguei então para a última esperança que tinha no momento.

 

 

 Jacob? Sua voz estranhou minha ligação. A quanto tempo não nos falamos, como está?

 

 

 "Bem... Preciso de sua ajuda, é urgente."

 

 

 O que aconteceu?

 

 

 "Minha irmã, ela está grávida e parece que está perdendo o filho. Por favor, é urgente." Nunca pensei que me veria em desespero. Mas uma situação assim era preciso. Eu podia perder Rachel nesse processo.

 

 

 Tudo bem, já terminei com o paciente, estarei ai em dez minutos.

 

 

 "Muito obrigado, te devo uma!" Desliguei o telefone e voltei para o lado de minha irmã.

 

 

 Já estávamos todos preocupados, quando uma batida na porta nos volta a realidade. Corri para atender. Era ele, sempre elegante em seu terno preto. Em sua mão estava sua maleta.

 

 

 "Desculpe a demora, vim mais rápido que pude." Ele sorriu levantando um canto dos lábios.

 

 

 "Obrigado por vir." Indiquei o caminho para o quarto, que ele logo seguiu chegando a minha irmã.

 

 

 Ele caminhou até ela e ouviu seu coração. Nesse momento, Rachel já chorava de tanto forçar a respiração.

 

 

 "Sente contrações?" Carlisle perguntou elegantemente. Rachel assentiu positivamente com a cabeça.

 

 

 "Certo, se pudessem esperar na sala seria melhor." Ele nos olhou seriamente através dos olhos dourados.

 

 

 "Eu não saio." Paul cruzou os braços ao lado de minha irmã. Isso me lembrou de uma criança birrenta que não ganhou seu doce. Paul era uma eterna criança.

 

 

 "Tudo bem." Carlisle entendeu rapidamente. "Os outros por favor esperem lá fora."

 

 

 Billy nos levou até a sala. Sentei no sofá apreensivo.

 

 

 Nunca pensei que me sentiria assim por minha irmã. Justo Rachel, a irmã mais odiada do mundo. Aquela que sempre me provoca, e sempre recebe péssimas respostas.

 

 

 Eu tinha que admitir. Estava com medo do que poderia acontecer.

 

 

 Depois de eternos 40 minutos, Carlisle volta a sala levando consigo sua maleta. O olhar em seu rosto era inexpressível - apesar de continuar sendo estupidamente perfeito.

 

 

 "Como ela está?" Billy perguntou junto comigo. Carlisle suspirou antes de soltar um sorriso satisfeito.

 

 

 "Ela estava apenas com contrações, - o que é bem cedo por ela estar no segundo mês - também houve um pouco de sangramento, mas felizmente não era nada demais. Precisei medicá-la para que não perdesse o bebê." Ele sorriu tranquilamente. "Rachel ficará bem, só precisa de descanso e acompanhar o remédio."

 

 

 "Muito obrigado doutor, nem sei como agradecer." Billy rodou sua cadeira até Carlisle, chacoalhando sua mão satisfeito.

 

 

 "Agradeça ao Jacob, se não tivesse me chamado a tempo, bem teríamos complicações." Ele sorriu para mim.

 

 

 "Podemos vê-la?" Billy perguntou.

 

 

 "Claro, mas ela está dormindo, seria bom que descansasse mais." Antes que pudéssemos falar algo, seu celular toca. "Com licença."

 

 

 Ele atendeu o telefone e disse algo em velocidade vampiresca. Claro que eu entenderia se prestasse atenção, mas eu não queria. De repente ele desligou o celular e virou seu rosto surpreso.

 

 

 "Parece que teremos um parto hoje."

 

 

 "Sério doutor? Que maravilha! É no hospital?" Billy perguntou.

 

 

 "Não.." Carlisle se virou para mim, seu olhar era confortador. "É Nessie, ela está em trabalho de parto."

 

 

 

 XxXxX


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Notas finais do capítulo

N/A: E ai, alguém vivo após a super-estréia de New Moon?

Porque eu só consegui voltar a respirar hoje cedo (quando eu voltei pra realidade e encarei uma segunda feira de aula =x)

Maas tudo bem, desculpem a demora. É muita coisa acontecendo em um mês só, entendam.

Ta aí o capítulo, o próximo está meio óbvio né? ^^


Não esqueçam de comentar!

Kiss *_*