Máscaras — Peeta e Katniss escrita por Tereza Magda


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

CAPAS, CAPAS, CAPAS!!!
Eu preciso de capas pra essa história pessoal, quem souber fazer, POR FAVOR ENTRE EM CONTATO!!

Enjoy!



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Peeta e eu já havíamos dançado incontáveis vezes quando ele mencionou algo sobre horário.

— Nem vi o tempo passar — comentou.

— Do que está falando? Ainda são duas horas, certo?

— Parece-me que o tempo voou para você também, senhorita — ele riu.

Olhei para o relógio entalhado em madeira sobre a da lareira e fui pega de surpresa. “04h07min”, indicava.

— Estou atrasada — falei e voltei à mesa do bar tender onde havia deixado o celular. — Tenho que ir.

— Como? — Peeta me olhou confuso, enquanto eu digitava uma mensagem para Johanna. Nós havíamos combinado de nos encontrar do lado de fora do chalé às quatro horas, para que eu pudesse chamar o motorista e irmos para casa. “Estou atrasada, me desculpe. Encontro-te no estacionamento em cinco minutos x”, e enviei. — Como assim “tem que ir”?

— Tenho que ir. Eu adorei a noite.

— Posso te deixar em casa?

Não, Peeta, os brasões Everdeen nos portões da mansão me entregariam na hora — Acho melhor não.

— Pode me dar seu telefone, pelo menos?

— Eu te encontro, prometo. Amanhã.

— Você estuda comigo?

— Procure no seu armário do vestiário após o terceiro horário — falei. — A gente se vê — e antes que eu pudesse pensar, Peeta se aproximou e colou nossos lábios. Foi apenas um momento, mas eu senti... tudo.

Toquei os lábios com os dedos e Peeta explicou: — Apenas para o caso de eu não ter outra chance.

E sorriu diabolicamente. O Peeta cafajeste ataca novamente!

Estreitei os olhos. Ele não sairia dessa por cima.

Acariciei Peeta sobre sua calça, ignorando todos os meus princípios e o vi arregalar levemente os olhos azuis.

— Apenas para você ter algo para pensar esta noite — sussurrei próximo a sua orelha.

Quem é você?

Ignorei a pergunta e virei caminhando direto para o estacionamento, onde uma Johanna impaciente já devia estar me esperando.

Sou seu pior pesadelo, Peeta Mellark”.

— Oi, desculpa o atraso — falei para Johanna que bufou em resposta.

— Quando você combina algo com alguém, deve estar certa de que pode cumprir, sua desmiolada — Johanna resmungou.

Eu ri e telefonei para o motorista.

— E aí, vai dizer ou não o motivo de ter me deixado quinze minutos esperando pela sua pessoa? — ela perguntou quando desliguei a chamada.

— Eu perdi a noção do tempo — falei sem entrar em detalhes. Obviamente que aquilo não convenceria Johanna.

— Ah, sério? — um sorriso irônico cruzou seus lábios. — Pode me dizer com o quê? Ou melhor, com quem?

— Ninguém.

— Conta tudo! Loiro ou moreno? É musculoso? Alto ou baixo? Rico..?

— Por que, para você, cada pessoa do mundo tem um rótulo?

— Ah, minha cara Katniss, a vida é preto no branco. Não adianta definir nuances de cinza e inventar “quases”. Cada um é o que é.

— Johanna, isso foi profundo — debochei.

— Não seja tão chata e conta logo.

Nós vimos os faróis do carro que nos levaria para casa.

— Eu conto. Vamos apenas chegar primeiro.

Sentamos no banco de trás e acabamos indo toda a viagem de volta em silêncio, o que me deu tempo para pensar nas palavras de Johanna.

“Preto no branco”.

Peeta sempre demonstrara ser a prova viva dessa expressão. Não havia outro caminho nem nenhuma característica escondida. Era o típico valentão. Capitão do time. Namorador. Ele tinha todas, mas nenhuma o tinha. Líderes de torcida eram sempre preferência. Passe livre para qualquer festa — incluindo festas de fraternidades. Cafajeste. E extremamente gostoso.

“Não adianta definir nuances de cinza”.

Claro. Isso significaria um Peeta diferente. E diferente talvez nos levasse a algo completamente impensável. Um romântico, por que não? Talvez alguém que mantivesse uma paixão escondida. Talvez alguém que não gosta do jeito como age, mas o faz para manter a reputação e a popularidade. Um alguém que lesse romances de décadas atrás, e em seguida passasse horas refletindo sobre as complexidades da história...

O que nos leva a parte mais intrigante: “cada um é o que é”.

Será? Será mesmo? Essa demonstração de sentimento pode significar um poço de mentiras encobrindo a real personalidade de alguém? “Vazio”. Essa foi a palavra que ele usou para se definir.

Em que eu poderia acreditar?

Ao chegarmos, contei tudo que se passava em minha mente para Johanna e quando ela respondeu, eu mal pude reconhecer a garota sarcástica que eu conhecia desde a infância.

— Acho que só há uma maneira de descobrir. Você tem que fazer Peeta se apaixonar.

— Fazer aquele garoto se apaixonar por quem? Pirou, Johanna?

— Katniss. Se você quer realmente descobrir quem é Peeta Mellark, tem que fazê-lo se apaixonar por você.


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Notas finais do capítulo

Como foi dito no capítulo anterior: eu quero saber o que vocês estão achando da história, ok? Quero contato com meus leitores! Vamos, mostrem a cara!
E só pra reforçar o que foi dito nas notas iniciais: EU PRECISO DE UMA CAPA PRA ESSA HISTÓRIA!

xoxo