== Manhã seguinte ==

Douglas chegou cedo no Castelo como havia prometido ao príncipe e depois de escutar todas as instruções do Conselheiro de Carlos Daniel seguiu para a biblioteca onde se sentou no enorme sofá de couro e tirou de seu bolso o baralho onde começou a embaralhar muito calmamente...

Paulina ajudava Carlos Daniel a terminar de arrumar suas coisas...

– Você poderia adiar sua viagem! Insistiu Paulina.

Desde que tinha acordado essa manhã pediu inúmeras vezes que Carlos Daniel não fosse de viagem a deixando sozinha ali, não confiava em Douglas...

– Eu sinto meu amor... mas não posso adiar! Disse Carlos Daniel se aproximando a envolvendo em seus braços e lhe dando um rápido beijo nos lábios. – Vai ficar tudo bem! Disse a olhando nos olhos e tentando transmitir confiança em suas palavras.

– Não acho que seja uma boa idéia você sair de viagem agora! Insistiu o olhando enquanto seu coração martelava no peito.

Paulina não entendia porque insistia tanto que ele não fosse a essa viagem, já havia ficado sozinha antes naquele castelo enorme e com a quantidade de guardas tomando conta do castelo seria muito difícil que os rebeldes se atrevessem a atacar.

– Também não acho uma boa idéia eu sair de viagem e deixá-la sozinha aqui com esse Douglas... Não gosto da forma que ele te olha! Disse enciumado.

– Não se preocupe quanto a isso meu amor, sei me cuidar e já lidei com o Douglas antes! Disse sorrindo enquanto envolvia seus braços em volta do pescoço de Carlos Daniel se aproximando para dar-lhe um beijo calmo.

Carlos Daniel há apertou um pouco mais contra si deixando que seus corpos se encaixassem perfeitamente e devolveu o beijo de forma lenta, carinhosa... Saboreando aquele momento, suas bocas se moviam calmamente, suas línguas quentes se encontravam em uma dança lenta, prazerosa... Suas respirações se misturavam e Carlos Daniel deixou que suas mãos passeassem pela delicada cintura de Paulina enviando um arrepio por todo o corpo de sua amada.

– Vou sentir saudade! Disse Paulina ao encerrarem o beijo permanecendo em seus braços.

– também sentirei saudades minha vida! Disse sorrindo enquanto a olhava intensamente. – vamos, me acompanhe ate a porta! Pediu se afastando e a pegando pela mão desceram de mãos dadas pelas enormes escadas do Palácio.

– Alteza! Disse Douglas se aproximando com um sorriso que se desmanchou assim que notou as mãos de Paulina e Carlos Daniel unidas.

– Douglas! Disse Carlos Daniel sorrindo. – agradeço mais uma vez que tenha aceitado permanecer no castelo tomando conta de tudo enquanto estou fora! Disse o observando seriamente.

– Não tem que agradecer nada alteza! Disse Douglas mascarando sua raiva ao vê-los juntos. – Faço isso pela Grande amizade que tive a seu pai! Sorriu falsamente enquanto pedia licença e voltava para o escritório juntamente com suas cartas em mãos.

Paulina e Carlos Daniel seguiram ate as enormes portas onde uma escolta já esperava pelo príncipe para seguirem viagem...

– Ate a volta? Perguntou Carlos Daniel virando-se para Paulina e a olhando nos olhos.

– ate a volta! Confirmou Paulina com a voz embargada enquanto se afastava dele e seguia ate a porta

Antes que conseguisse alcançar a porta sentiu mãos firmes segurando seu braço a impedindo de continuar e virou-se para ver Carlos Daniel a olhando com preocupação...

– Eu te amo! Disse e antes que Paulina pudesse respondê-lo ele a Puxou para um beijo, pouco se importando com a quantidade de pessoas a sua volta.

– Também te amo! Disse Paulina com o rosto corado enquanto percebia os olhares e cochichos entre as pessoas que presenciaram aquela cena.

Paulina entrou no castelo e seguiu direto para seu quarto, não suportaria vê-lo partir... E mesmo que tentasse de todas as formas possíveis afastar a angustia que sentia não podia, sentia que Carlos Daniel não devia ter ido a essa viagem...

Paulina passou o dia trancada em seu quarto... Tentou ler alguma coisa, tentou dormir... Mas nada conseguia distrair seus pensamento, e Carlos Daniel dominava todos ele e por diversas vezes imaginava onde ele estaria naquele momento e o que estaria fazendo quando seus pensamentos foram interrompidos pela porta sendo aberta de forma brusca.

– Olá minha querida! Disse Douglas entrando no quarto de Paulina

– O que... Faz aqui? Perguntou Paulina surpresa enquanto seu coração batia acelerado pelo susto.

– Você é o Príncipe estão Juntos? Perguntou ignorando a pergunta de Paulina enquanto permanecia parado a olhando de forma gélida apesar de estar fervendo de Ódio.

– Não é da sua conta! Rebateu Paulina o olhando incrédula...

Como Douglas poderia se achar no direito de questioná-la de algo? Perguntava-se o olhando seriamente.

– Sabe há quanto tempo eu venho tentando ter uma chance com você? Perguntou rindo de forma sem graça enquanto caminhava pelo quarto como um leão enjaulado. – sei que andei meio afastado daqui, mas vinha ao castelo todos os dias apenas para te ver e tentar fazer com que gostasse de mim! Disse pensativo.

– Nunca te dei esperanças, sempre fui muito clara com você! Rebateu Paulina o observando alarmada enquanto tentava acalmar as batidas de seu coração.

– sim, você nunca me deu esperanças... E pelo que sei você e o Príncipe se odiavam! Disse Parando de andar e a olhando de forma questionadora.

– Não nos conhecíamos bem... Mas agora é diferente! Disse Paulina o olhando sem entender o que ele tinha a ver com toda essa conversar,

– SIM! Gritou dando um soco na mesinha e virando-se para olhá-la. – percebi o quão bem estão se dando agora!

– Peço que saia agora mesmo do meu quarto Douglas! Disse Paulina o olhando de forma assustada.

– veremos por quanto tempo vai durar essa sua valentia, minha querida! Disse Douglas a olhando seriamente e em seguida seguindo ate a porta e saindo.

Paulina caiu sentada na cama não suportando seu peso enquanto se coração batia veloz no peito, Douglas nunca tinha passado dos limites como tinha feito agora e não entendia porque agora ele estava se revelando dessa forma, mas uma coisa Paulina já tinha em mente teria de se manter atenta com Douglas...

– isso não é bom! Disse a si mesma enquanto respirava tentando acalmar-se.

Paulina passou o dia trancada em seu quarto, não queria ter de ver a cara de Douglas e desejou com todas suas forças estar ao lado de Carlos Daniel nesse momento, desejou esta na segurança de seus braços... Acabou adormecendo com esses pensamentos...

Paulina acordou de madrugada com um estrondo e em seguida ouvia-se apenas silencio e logo em seguida gritos e som de armas sendo disparadas...

– O rebeldes! Disse Paulina se colocando de pé rapidamente, o medo quase a dominando.

Paulina permanecia parada olhando a porta enquanto o medo enchia sua mente, não tinha coragem de sair dali e ir para o abrigo como teria de fazer, não sairia dali, não podia... O medo de ser pega por um rebelde era maior que qualquer coisa e quando a porta de seu quarto abriu sentiu o gelo subir por sua espinha e seu coração falhou algumas batidas e quando conseguiu em meio a lagrimas ver Douglas não por um instante se sentir aliviada.

– Douglas! Disse com um fio de voz indo em sua direção com passos vacilantes, mas antes que pudesse se aproximar dois homens altos e que Paulina nunca tinha visto em sua vida apareceu atrás de Douglas e pela forma deles a olhar não eram pessoas que estavam ali para ajudá-la.

– Permita apresentá-los! Disse Douglas dando passagem aos homens enquanto se aproximava de Paulina sorrindo.

– O que esta acontecendo aqui? Perguntou Paulina dando alguns passos para trás tentando manter uma distancia segura de Douglas e desses homens.

– Apenas que estamos tomando o castelo minha querida! Disse Douglas a olhando divertido.

– Tomando o Castelo... Repetiu Paulina o olhando confusa. – você... Disse Paulina o olhando com olhos arregalados. – você é um deles! Completou.

– Matou a charada minha cara! Disse rindo de seu espanto.

– Mas... Como? Perguntou Paulina sem conseguir acreditar que estava mesmo acontecendo isso.

– Alguns generais e suas tropas ao lado dos rebeldes favoreceram para que tomássemos o castelo... Tenho que admitir que jamais conseguiríamos sem eles! Disse Douglas enquanto olhava Paulina esperando por sua reação.

– Você não vai se sair bem dessa Douglas! Rebateu Paulina de forma desafiadora.

– e quem vai me impedir? Perguntou se aproximando de Paulina rapidamente e a segurando de forma bruta pelos braços. – você? Perguntou rindo.

Antes que Paulina pudesse responder alguma coisa Douglas a jogou com violência em cima da cama e seguiu com os dois homens que apenas observava todo o tempo ainda mais divertidos...

– Você ficara trancada aqui minha queria, mas assim que conseguimos o controle do castelo eu voltarei... Temos algumas coisinhas pendentes! Disse Douglas a olhando e lhe dando um piscadinha enquanto sair rindo batendo a porta e a trancado.

Assim que a porta se fechou Paulina correu para tentar abri-la mesmo sabendo que seria inútil gritou por ajuda... Mas com todos os gritos e barulhos La fora ninguém a ouviria...

O dia inteiro se ouvia gritos e muito barulho, Paulina gritou por ajuda por horas a fio, sem parar... Mas foi inútil e quando já estava escuro La fora finalmente à porta se abriu e Paulina tomou a maior distancia possível de quem quer que estivesse entrando ali.

– O que você quer? Perguntou Paulina na defensiva quando um homem alto entrou no quarto a olhando de forma ameaçadora.

– Que tal darmos um passeio? Perguntou em tom sarcástico enquanto se aproximava de Paulina a segurando pelo braço e a arrastando para fora de forma bruta.

Paulina lutou com todas suas forças, mas foi arrastada escada abaixo pelo homem que a levou para o andar de Baixo que estava irreconhecível com as coisas quebradas, corpos de soldados no chão muito sangue por toda parte e buraco de balas nas paredes, O coração de Paulina batia veloz enquanto olhava aquele cenário de guerra.

– Aqui esta! Disse o homem a empurrando para frente.

Douglas estava sentando na enorme cadeira de couro, onde Carlos Daniel costumava trabalhar na maior parte do tempo...

– Deixe-a ai e saia! Pediu Douglas enquanto se colocava se pé sem desviar o olhar de Paulina e se aproximava.

Paulina se encolheu diante de seu olhar... Douglas aproximou-se a rodeando enquanto a olhava com um sorriso de canto.

– em fim... A sós! Disse quase que com um sussurro enquanto se aproximava do ouvido de Paulina que se afastou rapidamente.

– Exijo que me deixe ir! Paulina disse tentando se manter firme e não demonstrar o quanto estava intimidade com tudo.

– você Exige? Perguntou Douglas erguendo uma sobrancelha em surpresa. – Acha que Pode exigir alguma coisa? Perguntou em tom divertido.

– Douglas... Eu... Dizia Paulina, mas foi interrompida com a brutalidade de Douglas ao segura-la pelos braços.

– Escute muito bem o que vou te dizer! Pediu entre dentes serrados. – Você não vai me exigir nada, você não vai me fazer de bobo! Disse a olhando de forma ameaçadora.

– V-você esta me machucando! Disse Paulina com a voz embargada enquanto seus olhos se enchiam de lagrimas.

– Se você cooperar você ficara bem! Disse a puxando para junto de si, colando seu corpo ao de Paulina que tremia enquanto inutilmente tentava se afastar. –não sabe o quanto desejei tê-la assim! Sussurrou Douglas em seu ouvido enquanto respirava seu perfume.

– Por favor, Douglas! Pediu Paulina com a voz tremula enquanto as lagrimas escorriam por seu rosto.

– Esta bem minha querida! Disse se afastando para olhá-la. – Esta bem... Vamos com calma com você, não quero assustá-la! Disse sorrindo enquanto secava as lagrimas de Paulina de forma delicada.

Paulina permaneceu calada evitando olhá-lo nos olhos, seu corpo tremia enquanto se coração batia veloz no peito e seu estomago revirava ao sentir as mãos de Douglas em sua volta, ao sentir seu cheiro...

– que tal começarmos com um beijo? Perguntou Douglas enquanto a olhava de forma intensa em seguida olhava seus lábios trêmulos e se aproximou capturando os lábios de Paulina de forma faminta...

Paulina tentava o empurrar de todas as formas possíveis... E só fazer com que parasse quando o mordeu...

– Sua... Dizia Douglas enquanto se afastava rapidamente e limpando o sangue que saia do machucado provocado pela mordida de Paulina. – Pensei em ser gentil em nossa primeira noite! Disse a olhando com raiva. – Pensei em fazê-la uma mulher... Da forma mais gentil do mundo!

Paulina permaneceu em completo silencio encolhida tentando de alguma forma se proteger...

– depois dessa noite nunca irá vera que posso ser o homem para você! Disse rindo divertido enquanto via o pavor estampado nos olhos de Paulina.

– Você nunca será o homem que Carlos Daniel é! Rebateu Paulina impetulante, mesmo o medo a dominando não podia se calar diante das palavras de Douglas.

– Veremos! Disse a olhando com a testa franzida.

Douglas permaneceu em um silencio mortal, e Paulina preferiu mil vezes que ele estivesse gritando com ela ao ficar em silencio a olhando daquela forma...

– Você já se entregou a ele não é? Perguntou depois de um tempo, a voz controlada demais... E ficou em silencio a olhando esperando pela confirmação para sua pergunta.

Paulina não precisou dizer nada...

– SUA... Dizia erguendo a mão pronto para dar uma bofetada em Paulina que se encolheu, Mas antes que cometesse essa besteira se deteu... – Creio... Disse enquanto se afastava. – que não é preciso que eu vá com calma, afinal, não é mais tão inocente quanto pensei... Hoje à noite você será minha e não importa se o mundo acabe a terei... E nada vai me impedir! Disse a olhando seriamente enquanto seguia rapidamente ate a porta.

– Leve-a de volta para o quarto e ponha dois guardas na porta, ninguém entra e ninguém sai! Disse Douglas ao homem que segurou Paulina pelo braço e já a conduzia para fora.

– Paulina? Chamou Douglas parado com um sorriso de canto. – Nos veremos mais tarde, espero que tenha a decência de se preparar para mim! Disse divertido enquanto fazia sinal para que o homem a levasse...