Mariá - como surge o amor escrita por Queen Mirina


Capítulo 7
Plano


Notas iniciais do capítulo

Mais um o hehe
Espero que gostem, afinal, vocês são o motivo disso aqui. ;3



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Terminei de comer o sanduíche com o suco sem que nenhuma das duas falasse uma só palavra. Ficamos nos olhando sem nada dizer. Não que eu não estivesse gostando, mas aquilo estava começando a ficar incômodo.

–"Então vocês vão começar a sair em casais agora?", questionou-me com uma expressão indecifrável.

–"Como!?", falei tentando entender. "Ah, na hora em que você chegou..." Sim, a Renne havia chegado bem depois da pergunta que a Lívia tinha feito sobre o Sandro. "Não, nada a ver isso. Acho muito brega até", brinquei para poder ver um sorriso naquele rosto.

–"É... também acho", sorriu de lado enquanto abaixava a cabeça. Parecia tímida, mas não comentei nada.

Mais um tempo se passou e eu me perguntava no que será que a ruiva estava a pensar. Será que estava com ciúmes? Bem, pode até ser, mas é bem difícil. O jeito é começar a agir antes que algo aconteça e eu me arrependa para sempre por não ter tentado. É verdade que quando estamos apaixonados qualquer mínimo olhar já é interpretado por nosso cérebro como uma possível condição, mas mesmo que minha mente estivesse me enganando, eu precisava saber. Seria a única forma de descansar e tirar essas coisas da cabeça.

–"Por que não vamos andando?", falei de supetão recebendo um olhar confuso da Ren. Provavelmente ela estaria achando que estava sentada ao lado de alguma maluca. "Sim, é isso mesmo que você ouviu guria. Não me olhe com essa cara de espanto", ri.

–"É só que... você sabe como é longe. Sei que minha mãe vai demorar, mas tu não precisa ficar esperando, se é isso que te incomoda" ela ainda estava séria, nem riu de minha brincadeira.

–"Não é isso, é que estou a fim de me exercitar. Isso de ficar sempre indo para todos os lugares de carro me deixa um pouco sedentária, além do mais o dia está lindo para se observar a natureza e se for com uma ótima companhia, melhor ainda". Nem acredito que falei isso! Senti meu rosto queimar.

Um sorriso lindo foi o que recebi. "Sim, gostei de seu argumento. Vou dar-lhe essa oportunidade de caminhar ao meu lado", lançou me a mão para ser beijada como uma perua faria, mas ficou bem cômico, na verdade.

–"Muito obrigada, madame", falei e beijei sua mão estendida. Rimos.

–"Então vou avisar para minha mãe que não precisa se preocupar em vir me buscar e que vou levar uma amiga para dormir lá em casa" Quê!!? Foi a pergunta que ficou estampada em meu rosto, mas aquela garota que deixava-me louca apenas riu e virou às costas enquanto se afastava um pouco para falar ao telefone. É claro que a essa hora eu já estava ficando louca, mas tinha que me manter aparentemente calma. É apenas uma amiga chamando a outra para dormir em sua casa, não tem nada de errado nisso. Calma, calma. Porém, quanto mais pensava, mas nervosa ficava, aí ela voltou.

–"Minha mãe deixou e disse que vai aproveitar essa "folga" (fez aspas com as mãos) para terminar uns ajustes nas papeladas do restaurante e mais tarde quer assistir um filme conosco. Ela ama filmes... e conhecer minhas amigas também. Vamos?"

–"Sim! Mas vamos passar lá em minha casa que é aqui pertinho para que eu possa pegar alguma coisa já que um certo alguém me obrigou a dormir fora de casa", ainda estava acostumando-me à ideia, mas não conseguiria dizer um não para aquela ruiva.

–"Deixe de ser dramática! Será ótimo! Uhuuu", levantou os braços como em uma comemoração.

Como o planejado, passamos em minha casa onde peguei algumas coisas como roupas, escova de dente, creme... coisas que eu sempre levava quando ia dormir na casa de alguém. A casa da Renne era um pouco longe, mas ainda era cedo e resolvemos andar um pouco devagar para conversarmos melhor e apreciar a cidade que é conhecida por ser uma das mais belas do país. Foi inevitável não falarmos sobre o Sandro, então eu apenas falei a verdade: que ficar com ele tinha sido um erro e que estava ignorando-o enquanto pensava em um jeito de acabar aquela história sem magoá-lo. Claro que a Ren me presenteou com um lindo sermão dizendo que o que estava fazendo era errado e já estava magoando o garoto de qualquer jeito.

Nesse caminho eu também descobri que ela já tinha namorado um garoto em sua antiga cidade e havia terminado pois o rapaz queria dar um passo além no relacionamento, mas ela não se sentia preparada. Na verdade, falou que não tinha certeza que ele era a pessoa certa, mas ele não entendeu e tentou forçá-la. A cada passo eu conhecia mais a ruiva de meus sonhos. Mesmo enquanto contava de seu relacionamento, a garota não parecia abalada, já tinha superado isso, era perceptível.

O clima estava tão agradável que resolvemos parar um pouco em uma praça para aproveitar, e descansar também já que andar a pé cansa muito. Não estávamos acostumadas com todo esse exercício.

Sentamos e inicialmente ficamos caladas. A praça estava praticamente vazia e em outras circunstâncias eu estaria com medo de que alguém mal intencionado aparecesse, mas ali eu estava feliz demais para pensar em qualquer outra coisa que não fosse aquele momento.

–"A Ana confessou-me que é a fim de ti", quebrou o silêncio falando isso de uma forma calma. Estávamos relaxadas.

–"Não é como se eu nunca tivesse imaginado isso".

–"Realmente... (risadinha) Não tinha quem não percebesse". Nesse momento eu pensei se comigo também era assim. Será que todos percebiam meu interesse pela Renne?

–"Acho que isso acontece quando gostamos de alguém"

–"Sim, verdade. Mas você nunca pensou em ficar com ela?"

–"Não. Seria errado, até porque estaria apenas enganando a Ana e gosto muito dela como amiga para fazer isso"

–"Entendo. Mas você realmente nunca pensou em ficar com uma menina?"

–"Já sim"


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Notas finais do capítulo

~tan tan tan tan~ Aguardem os próximos capítulos (sempre quis falar isso) :p



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