Anjo Pecador escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 46
Sinais Positivos


Notas iniciais do capítulo

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Duas Semanas Depois...

POV Estevão

A medida que o tempo se passava Maria se recuperava aos poucos do Câncer.A cirurgia tinha sido um sucesso, porém ela tinha que ficar o mais calma e sossegada possível.Seu olhar mudava a cada dia que se passava.Seu sorriso voltava a ser a felicidade de todos.E agora estávamos todos mais unidos do que nunca.Além da preocupação de achar Demetrio aonde ele estiver, tínhamos a certeza de que Catharina estava viva.E o melhor!E que hoje Victoria provavelmente saberia se sua cirurgia teria resultado.Mesmo as coisas indo bem para todos nós,Otávio tinha feito a maior de suas loucuras.Ele tinha pedido o divórcio para Victória sem nenhuma motivo.

—Eu sei que não devo me preocupar mas, tenho medo da reação de Victória ao saber que Otávio quer se separar dela.—Maria fala tomando um pouco de café.—Ele não deveria ter feito isso.

—São muitas coisas acontecendo.—Falo sério.—Catharina sumiu, Maria Sófia sumiu e apareceu quase morta...Depois que Demetrio fez a vida dela um inferno e a pôs em seus pactos.—Falo com pena de Maria Sófia.—E Maria Victória...

—Ela e com quem eu mais me preocupo.—Maria fala me olhando diferente.—Mais eu sinto que ela esta bem...

—Maria, ela não pode estar bem.—Falo sincero.—Imagine se acontece com ela o que aconteceu com Maria Fernanda?

—Se pelo menos Maria Fernanda estivesse viva...—Fala um pouco pensativa.—Será que ela realmente se arrependeu do que fez?

—As pessoas podem mudar nos últimos minutos de vida, outras apenas tentam parecer arrependidas quando na verdade ainda tem a maldade na alma.—Falo e ela me olha angustiada.

—Maria Fernanda não se arrependeu.—Maria Sófia fala nós assustando.—Ela apenas queria ‘’aliviar’’ tudo o que fez.—Fala me deixando confuso.—Mesmo ela estando assim ela sempre vai fazer muitas maldades.

—Ela morreu.—Maria fala com raiva de Maria Sófia.—Essa histórias de anjos e apenas para se passar por uma boa pessoa?Isso é loucura...

—A loucura é infinita.—Maria Sófia fala me assustando.—O sorriso dela falava tanto isso.

—Você é que esta louca.—Falo bravo.

—Mais louco seria você, por debater comigo.—Maria Sófia fala irônica e eu fico mais bravo ainda.—Ou melhor, você é o louco.

—Sófia, você esta virando um ser desprezível.—Maria fala sem paciência.—Quase uma psicopata desprezível.

—Desculpe, querida, mais desprezível é você.—Maria Sófia rebate e eu fico sem paciência.—Por ter criado um monstro.

—Saia da minha casa.—Maria fala e ela da uma piscadela com irônica e sai da sala.Mais logo da meia volta e Maria suspira com raiva.

—Espero que ele venha te buscar quando você menos esperar.—Sófia fala enchendo a minha paciência.—Você vai mais cedo do imagina.

—Quem iria me buscar?—Maria pergunta aborrecida.

—Você descobrirá.—Fala saindo da sala e Maria me olha incrédula.

—Eu desisto de ficar mais um dia perto dela.—Maria fala brava e eu sorrio.—Estevão eu vou acabar matando ela...—Fala e fica pensativa.

—O que foi?—Pergunto preocupado.

—Eu falei isso para Victória quando ela estava aqui em casa com Maria Fernanda.—Fala nostálgica e eu seguro sua mão.—Faz tanto tempo...—Fala com vontade de chorar.

—E Maria Fernanda morreu sem saber da verdade.—Falo e ficamos em silêncio.Logo escutamos algo caindo.Um barulho enorme e logo subismos as escadas e vamos entrando em todos os quartos.

—Já fomos em todos.—Maria fala se referindo aos quartos.

—Tia!—Cristina chama por Maria.Corria e estava nervosa ao mesmo tempo.

—O que houve?—Pergunto com medo.

—O porão...—Cristina fala e Maria a olha confusa.—Ela esta lá...—Cristina fala rouca e logo eu e Maria vamos no porão.Quando chegamos vemos Catharina no chão desacordada.

POV Victória

Era o cúmulo Fernando José se atrasar para tirar essas malditas faixas.Então eu mesma por minha vontade decidi tira-las de uma vez.Eu sabia perfeitamente bem que essa cirurgia não tinha me trazido a luz dos meus olhos.Então não teria problemas eu tirar tudo sozinha e de uma vez por todas.Isso me lembrava o quanto me chamavam de teimosa.Talvez eu sempre tenha sido assim.

—Ai que coisa...—Falo desenrolando a última volta da faixa.Eu abria meus olhos com calma.Mesmo sabendo que não deixaria de estar cega.Logo pude assimilar tudo.Ergui minhas mãos e pude vê-las perfeitamente.Fechava e abria elas para ver se não estava tendo alguma alucinação.—Não pode ser...—Falo erguendo meu olhar para a janela.Era de manhã.E o sol estava mais brilhante do que nunca.

—Mãe eu estava pensa...—Fernando José entra no quarto e me olha surpreso.—Mãe...

—Sim.—Respondo antes que ele pergunte.—Estou vendo.—Falo alegre.—Vejo você perfeitamente, filho.—Falo e ele fico em choque.

—Eu não acredito que...—Começa a falar e para ainda em choque.—Que você esta...Que depois de tudo que passou...Depois que...

—Não fale mais nada.—Peço alegre.—Você me devolveu a luz dos meus olhos.—Falo chorando.—Agora posso ver Cristina...Que eu apenas me lembro como um bebê.—Falo me lembrando dela.—E você...

—Vai ver o João Paulo...—Fala chorando de alegria.—Mamãe vamos voltar a ser uma família.—Fala sorrindo.—O que vai fazer agora?

—Depois de te abraçar...—Falo sorrindo.—Eu quero ver todas as fotos de Maria Fernanda.—Falo e ele fica chateado.—Nunca tive oportunidade de vê-la...Apenas de sentir a sua presença.

—E ...—Ele fala um pouco chateado.—Nem a presença dela temos mais...

—Não importa. —Falo erguendo meus braços para abraça-lo.—Daremos um jeito em tudo isso.

—Mais eu vinha para lhe avisar uma coisa.—Fala um pouco mais sério.—Papai quer se divorciar da senhora.—Fala me deixando em choque.—Ele quer ir embora...

—Mas...—Falo ainda em choque.—Por quê?Como?—Pergunto sem parar.—Me desculpe pelo o que vou falar...—Falo com raiva e suspiro.—Mais seu pai é um covarde.

—O tempo para ele foi muito cruel...

—Não importa!—Exclamo brava.—Se ele quer ficar solitário ele vai ser solitário.

—O tempo está se abrindo para todos, mamãe.—Ele tenta me dar esperanças.—Volte para casa...

—Não.—Falo.—Seu pai virou um desalmado...O mínimo que poderia acontecer com ele agora seria o pior.


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