Anjo Pecador escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 44
Final Infeliz




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/445177/chapter/44

‘’Há tempos venho vendo que uma anjo pecador tem como companhia um justiceiro ou justiceira.Seja lá home ou mulher, mãe e filho, amigo ou amiga...Eu sempre vi eles andando juntos ate o fim de suas vidas.Eles brigam por amor e ódio, ele ficam cegos e as vezes são crianças.Eles são quem menos esperamos.E na maioria das vezes se separam por um motivo muito grande.Mais anjos não morrer, e justiceiros lutam para ter sua eternidade.Eles tem sede dela, não importa o quando doa e demore.Eles sempre vão estar juntos pela eternidade.Não desperdice sua vida com tolices.Ame sempre ao próximo.Somos anjos.E temos que aproveitar esse pequeno intervalo.’’

POV Otavio

Meu casamento estava indo por água a baixo.Os anos que me dediquei a Victoria estavam indo de ralo a baixo.Ela foi embora sem ao menos me dar um ‘’Até logo’’.Victoria não tinha mais sentimentos.Victoria era má.Agora eu via por quê Maria Fernanda as vezes era tão maquiavélica e misteriosa.Ela pegou essa parte de Victoria.E eu as vezes via isso em Maria também.Algo estava acabando.O tempo!O maldito tempo acabava e não tínhamos como nos salvar!

—Papai, ainda pensativo?—Cristina pergunta chateada.

—Queria saber o que sua mãe tanto faz na Alemanha.—Falo.—Mais ela disse que não queria ninguém perto dela.

—Ela esta mudando tudo.—Cristina fala sorrindo de canto.—Vamos ver se um dia ela volta para casa por vontade própria.—Fala e eu sorrio.

—Você a cada dia que passa esta ficando parecida com sua mãe.—Falo.

—E a mamãe e muito parecida com a Maria.—Fala sorrindo.—São irmãs.Isso não podem negar.

—Mesmo tendo a conclusão de que por um erro Maria Fernanda não era minha filha eu agora vejo que ela era.—Falo segurando na mão de Cristina.—Viu como João Paulo se parece comigo?

—Sim.—Fala e rimos.—Com o senhor e o tio Estevão.—Fala sorrindo mais.—Maria Victoria parece ser um anjo, pai, seus olhos são lindos.

—Eu as vezes penso que infelizmente eles vão crescer sem a mãe.—Falo pensativa.—Mais terão todos nós.

—Com certeza.—Fala.—Talvez não terão Maria...

—A doença de Maria só faz com que ela se aproxime da morte.—Falo chateado.

—Soube que Catharina sumiu?—Pergunta me dando um choque.—Vitor Hugo não sabe para onde ela foi...

—Não é possível.—Falo colocando minhas mãos em meu rosto.—Estamos perdendo tanta gente...

—Papai, não fica assim.—Ela me abraça como consolo.—Essa fase ruim vai passar.

—Sim.—Falo chorando.—Mais temo que tudo isso acabe quando todos nos tivermos morrido.—Falo e ela fica com vontade de chorar.—Me desculpe, filha, você ainda é uma criança para estar no meio de tudo isso.

—Estaremos juntos, papai.—Fala tentando me acalmar.

POV Ângelo

Era triste saber que um parente tão próximo de você morreu sem ao menos te conhecer.Mesmo sabendo que Maria Lua poderia ter feito tantas coisas más eu a aceitava do mesmo jeito.Mesmo Demetrio sendo nosso pai eu faria justiça pela sua morte.Ele não poderia ficar sem punição depois de acabar com todos nós.Ele não poderia simplesmente ficar livre com toda a felicidade do mundo enquanto todos nós sofríamos com tudo isso.

—Vamos ficar bem.—Alma fala tentando me consolar.

—Só vou estar bem quando colocar Demetrio detrás das grades.—Falo e ela me olha incrédula.

—Ele é seu pai.

—Não, Alma, Demetrio é um assassino sem escrúpulos.—Falo com raiva.—Ele não pode ficar livre.

—Tem razão.—Fala.—Ele esta fazendo muito mal a todos nós.—Fala pensativa.—Daremos um jeito.

POV Maria

Eu penteava meus cabelos de frente ao espelho e via que ele estava caindo com mais frequência.Então eu decidi corta-lo, mesmo sabendo que deveria raspar toda a minha cabeça.Mais ficaria horrível.Ficaria mais curto, um pouco estranho.E eu sabia como seria o olhar de cada um.Assim que guardo a tesoura eu percebo que a carta que Maria Fernanda escreveu apara mim ainda estava ali.Logo a abro sorrindo e me dou conta que havia algo escrito no verso da carta.Não era meu nome nem dela...Era simplesmente uma dica do que eu deveria fazer.

—Capital de Bulgária.È a sua ajuda.—Falo sem entender.—Capital da Bulgária?—Me pergunto sem entender.

—Tia?—Cristina entra no quarto enquanto eu segurava a carta em mãos.—Cortou o cabelo?—Pergunta e depois balança a cabeça como se fosse um pedido de desculpa.—Eu vim ver a senhora.

—Claro...Teve noticias de sua mãe?—Pergunto sorridente e ela fica desanimada.—Ela não quer saber de mim.

—Se ela soubesse que a senhora esta doente com certeza ela viria de volta.—Fala tentando me dar esperanças.Eu olho para carta e olho para Cristina.Cristina sempre foi inteligente.Mais pro mais que eu tentasse me lembrar a capital da Bulgária eu não lembrava.

—Cristina...—Falo e ela me olha.—Sabe me dizer qual a capital da Bulgária?

—Tia...—Fala rindo.—A capital da Bulgária é Sófia.—Fala e eu rapidamente me lembro de Maria Sófia.

—Cristina, eu vou sair.Tenho que ir atrás de Maria Sófia agora mesmo!—Falo e ela me olha assustada.

—Tia me deixa ir com a senhora?—Pergunta segurando a minha mão como uma criança.Logo percebo o que realmente fazia falta nela.Uma mãe.

—Claro.—Falo em choque e ela sorri.

POV Fernando Luiz

Meus filhos eram lindos. Maria Victoria tinha uma pele sensível e tão branca como uma porcelana. Seus cabelos loiros me faziam pensar como ela nasce com o cabelo dessa cor.Estrela nasceu loira então isso explicava.Eu me lembro que teve um época em que os cabelos de Maria Fernanda estavam clareando sem nenhum motivo químico.João Paulo tinha os cabelos negros, muito escuros iguais aos da minha mãe e da minha tia Victoria.João Paulo parecia com o meu pai, mesmo sendo tão fraquinho ele se parecia com ele.Meus filhos tinham que ficar um bom tempo no hospital até ganharem peso ideal.Já que nasceram prematuros, principalmente Maria Victoria.

—Eles realmente são lindos. —Meu pai fala sorrindo e eu fico admirado com a sua felicidade. —Já registrou?—Pergunta e eu fico serio.

—Não. —Falo pensativo.

—Quem vai colocar na maternidade?—Pergunta e eu o olho com medo. —Por que não podemos colocar Maria Fernanda, ela morreu.

—E...

—Por que não coloca sua mãe?—Pergunta sugestivo. —Ou Victoria?

—Não... Eu pensei em outra pessoa. —Falo um pouco medroso e nervoso. —Catharina... Mais ela sumiu. —Falo e ele me olha serio. —Não vou por ninguém.

—Mai ... —Tenta questionar.

—Meus filhos só tem uma mãe... —Falo com raiva. —E ela é Maria Fernanda.

—Fernando Luiz...

— Papai um dia meus filhos terão sua mãe. —Falo e me arrependo. —Um dia eles vão entender tudo e vão... Compreender o que houve com Maria Fernanda. —Registro é apenas um pedaço de papel.

—Você esta sendo arrogante consigo mesmo. —Fala e eu fico bravo.

—Nossas vidas não é um conto de fadas que tudo acaba bem. —Falo com vontade de chorar. —Nossa história não terá final feliz, pai.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!