Familia Caixão escrita por Deuzalow


Capítulo 1
O velorio.


Notas iniciais do capítulo

Resolvi continuar a história da família caixão. História baseada no jogo TS2.Espero que gostem tirei tudo da minha cabeça esses fatos foram como eu imaginei...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/444779/chapter/1

Visão Cassandra:

Eu moro em Belavista desde que nasci e não me vejo em outra cidade, mas ultimamente esse não anda sendo o melhor lugar para se morar. Mistérios rondam a cidade principalmente a casa onde moro. Quase todo mundo me conhece como filha do grande rico e cientista Vladimir Caixão. Muitos o consideram como um louco, mas esse comentário nunca o afetou. Minha mãe morreu quando eu era pequena deixando meu para cuidar de dois filhos. Meu pai era um cara frio e calculista, muito metódico e organizado. Sempre atingia seus objetivos e adorava tocar piano na grande sala da mansão. Se tinha uma coisa que me deixava pensativa, era seu romance com Dina Caliente uma mulher bem mais nova que ele que mal aparecia em casa e pelo jeito me odeia porque antes de se encontrar com meu pai sempre perguntava se eu ia estar em casa. Dava a impressão de que ela nunca queria bater de frente comigo.

Meu irmão Alexandre tem medo do meu pai, às vezes chega a ser engraçado, porém eles deveriam ser cúmplices, mas isso não ocorre com frequência. Não fazem atividades de pai e filho é como se meu irmão fosse jogado ninguém se importasse com isso. Meu pai só ia se irritar se ele se metesse em uma briga, voltasse drogado para casa ou engravidasse uma qualquer. Ele ainda é muito pequeno para fazer essas coisas, mas meu pai sempre repete essa frase. “Filho cuidado com as pessoas na rua você pode voltar com um olho roxo....”

Aqui estou eu nesse dia de nublado de domingo que parece que vai cair um temporal. Estou no velório do meu pai que morreu afogado na piscina de casa, o que é estranho já que ele sabe nadar. Eu não gosto de levantar falsas suspeitas, mas acho que foi a vadia que namorava com ele tenho uma leve impressão de que ela está de olho na fortuna dele. Essa vagabunda teve filhos com o meu pai e o pior é que são gêmeos. Temos o Daniel e o Samuel. Ele mal sabe cuidar de si mesma. Aposto que ela queria criar um vinculo vitalício com o meu pai só para facilitar na hora de pegar a grana. Eu não tenho como provar nada do que estou falando e isso é o que me deixa mais furiosa. Estamos todos ao redor do caixão do meu pai meu irmão está se derrubando em lágrimas e eu não sei o que fazer para conforta-lo não sou muito boa nessas coisas. Também estou bastante abalada, porém estou me segurando para ajudar meu irmão. Agora éramos só eu e ele, bom eu tenho meu noivo desnaturado que na maioria das vezes me da um gelo básico. Tinha chamado ele para me acompanhar no velório, entretanto ele veio com a desculpa de que esse tipo de evento fazia mal para ele. Eu respeitei seu problema e não insisti, não queria outro problema em nossa relação. Eu estava de cabeça baixa fazendo uma oração pra meu pai, logo que termino olho na direção de Dina. Percebo um sorriso sarcástico e vitorioso em seu rosto. Ela não estava triste com falecimento de seu amante era óbvio, mas ela nem quis disfarçar. O homem que estava dirigindo o velório resolveu se pronunciar:

Homem: Estamos aqui reunidos no velório em nome de Vladimir Caixão. E gostaria de chamar sua preciosa filha Cassandra para dizer umas palavras.

No momento em que ouvi aquilo fiquei chocada já que tinha dito explicitamente que não queria me pronunciar em público. Visto que não tinha escolha fui para frente dos amigos e familiares e comecei a falar.

Cassandra: Boa tarde a todos. Vou tentar ser breve e objetiva. Esse homem era uma pessoa vitoriosa e guerreira sempre que um amigo ou parente precisa-se ele estava lá para ajudar. Eu nunca vou esquecer de seus sábios conselhos e de seu sorriso tímido porém contagiante.

Quando termino de pronunciar minhas palavras só ouço uma onda de aplausos o que me deixa bastante emocionada. Involuntariamente deixo uma lágrima escorrer pelo meu rosto, já não estava tão sóbria como de costume toda a emoção do momento tinha tomado conta do meu coração. Abracei com força meu irmão que retribuiu de forma calorosa e amigável.

Homem: Continuando com as homenagens. Vou chamar aqui na frente Dida Caliente sua Amante, Namorada ou como quiserem chama-la.

Dida: Bem, Cass Já disse praticamente tudo. Vladimir era um homem esplêndido e de eximias qualidades. Era forte, bonito e Rico. Ops ignorem a ultima palavra, porém ele fez muitas coisas em sua vida e estava na hora dele partir. Que ele descanse em paz.

Ao ouvir o depoimento da demônia fiquei com raiva à única pessoa que podia me chamar de Cass era meu noivo ele tinha me dado esse apelido carinhoso quando me deu o anel mais bonito da face da terra. Ela tinha falado coisas imprudentes para a ocasião. Algumas poucas pessoas aplaudiram o que ela havia dito, outras olharam incrédulas como se ela tivesse pena dele ou só estava lá para fazer pose. Eu sabia que tinha que encontrar forças para entrar novamente na mansão só não sabia como fazer isso. No fundo eu estava com raiva por meu noivo não ter me acompanhado no enterro do meu pai ele tinha que estar lá me dando força, mas não estava eu tentei entender isso, porém não consegui.

Eu e meu irmão estávamos na porta da mansão Caixão. Meu coração estava apertado e meu irmão não parava de chorar. Ele friccionou os olhos para disfarçar o choro e entrou em casa de cabeça baixa. Eu estava com medo de entrar e não sabia qual seria a reação do meu irmão ao ver a casa vazia. Dei meu primeiro passo para entrar na casa, tudo estava como deixei antes de partir para o velório. Meu irmão correu para seu quarto, provavelmente para afogar as mágoas na cama. A casa estava vazia com um ar sombrio e tenebroso. Subi as escadas e fui direto para o quarto do meu pai. Era um quarto simples, porém aconchegante. Do lado da cama vejo uma cômoda onde em cima dela se encontrava uma foto minha com o meu pai de quando eu tinha a idade de Alexandre. Isso fez meu coração desabar e minha face se derrubar em lágrimas. Tudo naquele quarto ou em casa lembrava meu pai. O piano era o lugar favorito dele, quando passo perto dele me vem à mente quando ele me dava aulas e agente ficava horas sentados juntos conversando e dando risadas. A mesa de xadrez era outro lugar muito frequentado por ele. Ele adorava tomar um uísque e me desafiar em uma partida de xadrez.

Lembrança on:

Era um dia como outro qualquer, eu tinha 10 anos e estava chegando da escola com meu boletim nota dez. Estava mais confiante do nunca. Abro a porta de casa em um pulo e começo a gritar de alegria.

Cassandra: Pai, Pai o meu boletim chegou.

Estava ansiosa para mostrar as notas para meu pai. Geralmente ele não ligava, mas eu sabia que dessa vez ia ser diferente. Ele estava feliz com uma promoção no trabalho, ele tinha motivos para sorrir.

Vladimir: Deixa-me ver. Humm... Muito bem minha princesa, você só tirou nota dez isso pede um comemoração. Vamos jogar uma partida de xadrez e sair para jantar o que acha?

Ele me fez a pergunta e logo me encheu de beijos.

Cassandra: Claro papai.

Vladimir: Então vamos ver se você melhorou desde a última partida.

A felicidade tomava conta de mim naquele dia. Eu não podia me sentir melhor. Esse é um dos momentos inesquecíveis com o meu pai que será sempre recordado.

Lembrança off.

Depois dessa súbita lembrança resolvi ir até o quarto do meu irmão mais novo para ver o que ele estava fazendo. Quando chego lá me deparo com uma cena deprimente, ele estava encolhido na cama aos soluços e provavelmente tremendo de frio. Resolvo me sentar na ponta da cama. Ele percebendo minha presença decide se sentar na cama com as pernas cruzadas. Respiro fundo e resolvo encara-lo mais de perto. Seus olhos estavam inchados e parecia que um trator tinha passado em cima dele. Pela primeira vez no dia ele resolve falar.

Alexandre: Como você esta Cass? Posso te chamar assim né?

Me espantei com sua pergunta, mas no fundo estava feliz por ele se importar comigo.

Cassandra: Pode sim baixinho. Em seguida desarrumei o seu cabelo, ele solta um risada de leve, mas volta a lamentar.

Cassandra: Estou como você abalada, mas isso passa. Acredito que seja com as pessoas dizem por ai o tempo cura tudo não é?

Alexandre: Não sei Cass. Mas e você ficou o velório todo inquieta. O que aconteceu?

Cass: Sabe a Dida a namorada do papai. Então ela teve um comportamento muito estranho e suspeito no velório hoje não acha?

Alex: È verdade ela não ficou triste, parecia mais vitoriosa. Eu reparei que o Dom não apareceu o que houve com ele?

Cass: Ele disse que não se sente confortável com esse tipo de situação e me pediu para não ir.

Alex: Hum... Não sei não Cass. Você sabe que não apoio esse noivado e também não vou com a cara do Dom né. Acredito que ele estava ocupado com outra coisa. Que tipo de noivo não apoia sua mulher no momento que ela mais precisa? Ai tem coisa.

Eu já sabia que o Alex não ai com a cara do Dom, mas dessa vez ele tinha abusado. Estava insinuando que meu noivo estava mentindo para mim. Decidi acabar com essa conversa e ir deitar.

Cass: Bom Alex está na hora de criança ir dormir. E pare de se preocupar comigo, logo vamos ser outra família novamente.

Cobri-o com a coberta e lhe dei um beijo de boa noite. Fui para o meu quarto coloquei o pijama e fui me deitar. Demorei muito a pegar no sono, fiquei pensando no que Alex tinha tentado me avisar. Será mesmo verdade que Dom estava me enrolando? Não isso só podia ser coisa de criança e Alex não gostava do Dom podia estar me colocando contra me noivo. Eu sabia que os dias a seguir seriam muito exaustivos e tentei apagar esses pensamentos de minha mente e dormir de vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vlw galera, obrigado pela paciência. Já escrevi outra história se quiser podem conferir é só clicar no meu perfil. Seria muito bom se vocês comentarem, isso ajuda a ver o que precisa ser melhorado. Até o próximo capitulo.