Resident Evil - The First Fear escrita por Goldfield


Capítulo 1
Prólogo e Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/4446/chapter/1

Resident Evil – The First Fear

Prólogo

Julho de 1998. Estranhos assassinatos com mutilações começam a ocorrer nas redondezas de Raccoon City e uma unidade do S.T.A.R.S. (Special Tatics And Rescue Service) é acionada para investigar o que está acontecendo. Uma primeira equipe parte para a floresta de Raccoon em busca de respostas, o Bravo Team, mas o contato com seus integrantes é perdido. É enviada então a elite do grupo, o Alpha Team, com a missão de encontrar os companheiros e descobrir o que está havendo na floresta.

Todos já conhecem essa história. Ela inicia uma das maiores tramas de terror e ficção científica já criada, uma saga envolvente que começou nos videogames, passou para os livros e hoje já brilha na tela dos cinemas. Mas a pergunta é esta: e se as coisas tivessem ocorrido de uma maneira diferente no início da trama?

Este é o propósito desta fanfic, que é uma espécie de nova versão “Director’s Cut” da história. Haverá muitas surpresas, e preparem-se também para um desfecho incrível. Como Einstein disse, “tudo é relativo”. Portanto, vamos ver como seria a primeira etapa da série Resident Evil se algumas coisas tivessem acontecido e outras não...

Capítulo 1

Surpresa na floresta.

O helicóptero do Alpha Team estava sobrevoando a floresta de Raccoon há quase uma hora, em busca dos companheiros misteriosamente desaparecidos do Bravo Team. Sobre as montanhas tudo era escuridão, enquanto as luzes da aeronave dos S.T.A.R.S. iluminavam uma vasta clareira entre as árvores. O Alpha Team, que havia sido enviado para a missão de resgate após ordens diretas de Brian Irons, chefe do R.P.D. (Raccoon Police Department), era composto pelo capitão Albert Wesker, um líder aparentemente capaz e que nunca tirava seus óculos escuros; Chris Redfield, recém-chegado da Força Aérea e ótimo atirador; Jill Valentine, bela jovem especialista em máquinas e infiltrações furtivas; Barry Burton, mais velho do grupo, pai de duas filhas e colecionador de armas; Joseph Frost, atirador de elite que viera da SWAT de Los Angeles; e Brad Vickers, piloto da equipe, conhecido como “coração de galinha” devido a sua conhecida falta de coragem.

Era a segunda vez que o helicóptero passava por aquela clareira, devido a uma ordem de Wesker, que fez Brad guiar a aeronave de volta para lá. O desanimado piloto balançava negativamente a cabeça enquanto constatava que não havia nada ali. Chris, com uma pistola Beretta em mãos, começou a fitar os companheiros: Joseph, após colocar munição sua espingarda calibre 12, amarrava um lenço na cabeça. Barry manuseava seu revólver Magnum, enquanto Wesker olhava impacientemente através de uma das janelas, procurando por algo que levasse até o Bravo Team. Ele fora nomeado capitão do S.T.A.R.S. em Raccoon há poucos meses, mas já demonstrava ser um líder experiente e preocupado com os companheiros de equipe. Havia apenas uma coisa estranha sobre Wesker: nada constava em sua ficha sobre seu passado. Todos na equipe tinham uma história de vida até chegarem aos S.T.A.R.S., mas a de Wesker era um verdadeiro mistério. Ninguém se preocupava com isso, exceto Chris. Este achava que o capitão havia sido algum agente do governo, NSA ou CIA talvez, por isso a névoa sobre seu passado.

E, subitamente, os olhos de Chris ganharam os de Jill. Esta, sempre bela, fitou brevemente Redfield e depois desviou o olhar. Ela era linda. Chris havia se interessado por ela desde o primeiro encontro no R.P.D., e desde então haviam se tornado grandes amigos. Ela, como sempre, usava sua boina azul da sorte, presente do pai, e também segurava uma Beretta. Talvez Chris a pedisse em namoro após aquela missão. Ele sentia que o que havia entre eles era mais que amizade, e talvez Jill pensasse o mesmo...

Nisso, o olhar de Valentine ganhou novamente os olhos de Chris, e desta vez ela abriu um sorriso. Redfield respondeu com outro, e quando a jovem desviou o olhar e fitou uma das janelas, exclamou:

–         Olhe, Chris!

Chris levantou-se e se aproximou para ver. Havia um rastro de fumaça no centro da clareira, e parecia haver algo como um helicóptero lá embaixo.

Wesker e Barry também viram a fumaça através de outra janela. O capitão imediatamente disse a Brad:

–         Encontramos, Vickers! Vamos pousar!

O piloto resmungou algo e começou a direcionar a aeronave na direção da provável localização do Bravo Team.

Enquanto fitava a fumaça, Chris lembrou-se de tudo que havia ocorrido na cidade. Os assassinatos, as mutilações. Tudo aquilo era horripilante. Recentemente uma família inteira havia sido encontrada morta em sua casa, com traços de canibalismo nos corpos. O responsável por aquilo tinha que ser punido o quanto antes, ou mais inocentes poderiam pagar com a vida...

E o helicóptero pousou a poucos metros da origem da fumaça. O primeiro a sair foi Wesker, armado com uma pistola Desert Eagle. Depois foi Barry, com sua fiel Magnum, Jill, armada com a Beretta e ajeitando o cabelo, Chris, olhando apreensivo ao redor, e Joseph, engatilhando a calibre 12.

Os cinco foram caminhando na direção da fumaça, cruzando o mato alto, e a marcha tornou-se mais rápida logo que Wesker viu que era o helicóptero do Bravo Team. Tudo era névoa e incerteza. Rapidamente todos correram até a aeronave, que foi brevemente averiguada por Wesker e Barry. Não havia ninguém dentro.

–         Isso é estranho! – exclamou o capitão. – Quase todo o equipamento ainda está aí!

Medo e apreensão. Todos estavam preocupados com o Bravo Team. O que poderia ter acontecido?

Wesker virou-se, deu alguns passos em círculo e exclamou, impaciente, enquanto o vento batia em seu rosto:

–         Façam uma busca ao redor! Deve haver algum motivo para eles terem desaparecido assim!

Todos obedeceram, seguindo cada um por uma direção distinta no matagal. Chris ficou próximo a Jill, arriscando olhar para seu rosto, mas não era o momento certo para flertar. Aquilo era uma situação de tensão e os amigos do Bravo Team poderiam estar em perigo.

Olhando para outro lado, Chris viu Wesker e Barry conversando algo baixinho. Conforme o capitão falava, a face de Burton parecia ficar mais séria e abatida, e Wesker aparentava certo nervosismo. Talvez não houvesse esperança de encontrar os integrantes do Bravo Team vivos. Chris temeu encontrar seus amigos no mesmo estado dos cadáveres mutilados.

Enquanto isso, Joseph ia andando com cautela, olhando para os lados e para o denso matagal, até que uma de suas botas tocou algo diferente. O atirador de elite abaixou-se para averiguar, e conseguiu ver uma Beretta entre a vegetação.

–         Hei! – gritou ele. – Venham até aqui!

Os demais foram se aproximando, enquanto Joseph apanhava o achado. Porém, para seu espanto, a arma estava sendo presa fortemente por uma mão, e logo Frost viu que era um companheiro caído quem a segurava.

Seu estado era lastimável. Havia inúmeros ferimentos pelo corpo, pareciam mordidas de um animal selvagem. O rosto também estava deformado, sem um dos olhos. Joseph desesperou-se ao reconhecer o integrante do Bravo Team:

–         Eddie!

Aquele era Edward Dewey, piloto do Bravo Team. Morto.

Impressionado, Joseph levantou-se e recuou alguns passos na direção dos companheiros que vinham em sua direção, até que ouviu um gemido.

–         Quê? – estranhou.

Frost virou-se na direção do som e constatou que vinha de Edward. Ele estava vivo, apesar de toda aquela carnificina. O piloto do Bravo Team emitiu mais um gemido, agora mais longo, e começou a se levantar vagarosamente.

–         Meu Deus, é o Edward! – exclamou Barry, reconhecendo o rosto deformado.

–         Mas como ele pode estar vivo? – indagou Chris. – Olhem só para ele!

Já de pé, o mutilado Dewey começou a caminhar lentamente na direção de Joseph, o mais próximo dos cinco. Quando estava bem perto de Frost, Edward ergueu os braços como um sonâmbulo e mordeu um dos ombros do rapaz com violência, fazendo jorrar sangue.

–         Ah!

–         Ele está louco! – gritou Wesker. – Atirem nele!

A Beretta de Chris agiu. Três disparos e Edward tombou, enquanto Joseph segurava com uma das mãos o ombro ferido, que sangrava intensamente.

–         Meu Deus, parecia uma mordida de leão! – exclamou Frost.

–         Mas o que está acontecendo aqui afinal de contas? – perguntou Jill, confusa.

–         Não sei, mas temos que voltar para o helicóptero para cuidar do ferimento de Joseph, está sangrando muito! – disse Chris.

Os cinco começaram a voltar na direção do helicóptero do Bravo Team, quando um novo gemido ecoou pelo matagal. Todos olharam temerosos para trás, e viram Edward novamente de pé a poucos metros de distância.

–         Mas como? – gritou Barry.

Súbito, algo saltou de dentro do matagal e abocanhou o pescoço de Dewey. Parecia ser um lobo ou coisa assim, quando outro também surgiu e começou a mastigar o abdômen do piloto.

–         Que são essas coisas? – indaga Jill.

Surge então uma terceira criatura, que se aproxima dos S.T.A.R.S., possibilitando que estes a observem com maior nitidez. Era um cachorro, da raça dobermann, mas não tinha pele. Estava cego de um dos olhos. De seus músculos expostos escorria sangue, enquanto parava na frente dos integrantes do Alpha Team e rosnava, exibindo os afiados dentes.

–         Corram! – gritou Wesker.

O capitão, seguido por Barry, Jill e Chris, que seguia mais lentamente enquanto amparava Joseph com um dos braços ajudando-o a correr, começaram a fugir daquelas coisas clareira adentro. As armas agiam ferozes, enquanto os outros dois estranhos cães que devoravam Edward também se juntavam ao primeiro. De repente, o som de hélices girando invade a clareira, e um helicóptero sobrevoa os cinco S.T.A.R.S., desesperados. Era Brad, estava fugindo.

–         Não, não vá! – grita Chris.

–         Maldito covarde... – murmura Joseph, cuspindo sangue. – Se sair desta vou acabar com a raça dele!

A perseguição continuava. Barry conseguiu acertar um dos cães com sua Magnum, explodindo sua cabeça. Mas havia mais dois, que, apesar de atingidos pelos disparos, não desistiriam tão facilmente.

Até que, após mais alguns metros, Chris avista algo e, esperançoso, grita:

–         Venha, Jill! Vamos correr para aquela casa!

A fachada de uma grande casa foi surgindo na frente deles, na verdade era uma mansão. Wesker chegou primeiro e, rapidamente, abriu uma pesada porta de madeira, por sorte destrancada. Sem demora os demais também entraram, sendo que Chris o fez por último, trazendo o incapacitado Joseph.

Wesker fechou a porta com violência, deixando os estranhos cães para trás. A atenção de todos voltou-se, então, para o lugar onde estavam. Era um grandioso e bonito hall, com uma grande escada que levava ao andar superior. À esquerda dela havia uma porta-dupla de madeira e à direita, uma dupla azul e outra de madeira. Havia também portas no andar superior, mas seria preciso vencer os degraus para dizer exatamente quantas eram. Todos admiravam a grandeza do lugar, enquanto Joseph, sofrendo com o ferimento, sentava-se no chão.

–         Que lugar é este? – perguntou Barry por fim, olhando para a escada que levava ao segundo andar.

Continua... 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!