Uma vida NADA normal! escrita por Ceci Andrade, Ell, Vitor Hermano, Ísis Caroline


Capítulo 11
The breakfast club 2.0


Notas iniciais do capítulo

AEOO capitulo do Russo, ta postado e vamos tentar manter esse ritmo de a cada duas semanas um capitulo novo. Novidades ai na fic!!

Espero que curtam.



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Segunda semana de aula e...

– Te vejo no domingo Sr. Malkovich.. – Foi tudo que ele disse.

E me entregou o belo papel amarelo. Vir ao domingo pra escola significava apenas uma coisa: Detenção. Exatamente como ser preso, mas sem ninguém pra pagar sua fiança. Voltei para casa. Não pra minha casa claro. Eu estava de mudança, o bairro antigo era perigoso demais, cada dia uma surpresa e alguem novo habitando meu apartamento. Pelo menos eles alimentavam o cachorro. Mendigos também tem coração... Voltando a mudança, Dave e eu resolvemos morar juntos, mais cômodo pra todos.

– Querida, Cheguei!

Entrei e me deparei com Dave, sentado no sofá com o pijama de Star Wars e abraçado com o travesseiro com cara de choro. Não pude me conter. Ele olhou pra mim e me entregou um papel amarelo amassado em formato de bola.

– Ih, nem preciso ver, tenho um desses bem aqui. – Arqueei a sobrancelhas e joguei a mochila no canto das mochilas.

Nota do Dave: Ele nomeou assim pra parecer que é organizado.

Bem, pelo menos amanha não estarei sozinho.

Permanecemos ali por um bom tempo. Talvez, o resto do dia inteiro. Não sei ao certo, alice geralmente invade a casa atrás do Dave e/ou Thiago aparece pra reclamar do barulho que as meninas fazem. Nada disso aconteceu hoje o que tornou tudo mais esquisito.

–--

Domingo, dia oficial de dormir até tarde e ficar em casa de ressaca. Mas não, o infeliz havia nos colocado em detenção. Dave estava tão tenso quanto da primeira vez que fomos presos. Não eram nem 6:30 da manha e ele já estava pronto sentado no sofá e se balançando pra frente e pra trás. Apenas o ignorei e fui tomar meu banho, 1 hora depois eu estava embaixo olhando para Dave andando de um lado pro outro.

– DAVE! É só detenção, não vamos ser expostos publicamente, é apenas um sábado na escola. – Aquilo servia mais pra mim do que pra ele. Ou talvez pros dois.

Entramos no carro, ele estava calado. E permaneceu o caminho todo assim. Entramos na sala, e la estava o bonitão. Aqueles olhos azuis me irritavam. Ele olhava o relógio a cada 3 minutos, até que o sinal tocou. Porém antes que ele fechasse a porta, Helena, Alice, Sarah e Izzy entraram gritando.

– Em minha defesa, Alice trocou de roupa SEIS vezes. – Izzy estava com cara de enjoo.

– Eu não sei o que vestir pra uma aula no domingo! – Ela batia na saia, como se tentasse limpar algo que não estava suja. De fato não esperava nenhuma delas ali, mas aquilo parece que alegrou um pouco mais Dave. Ele não estava ali por um motivo muito justo... Ou talvez fosse... Dave e eu estávamos sentados no refeitório, conversando com duas ou mais lideres de torcida. Dave é do time de lacrosse. Calouro, porém capitão do time de lacrosse, e eu participava do jornal da escola e da organização do anuário escolar, á pesar de também calouro, conhecer e morar com o Dave me dava credibilidade a mais com as meninas.

Nota de Helena: RUSSO!

Não que eu precise disso, amo minha namorada fofa e ruiva.

Nota de Helena: Assim está melhor...

Voltando... Uns garotos começaram a perturbar com os calouros, eles estavam sentados em uma mesa e os jogadores de futebol americano começaram a arremessar coisas neles. Até que nós nos incomodamos e tomamos partido da situação. Na verdade, Dave fez isso. Só entrei com a parte de ser russo e ter a mão pesada. Alguns socos, dentes rolando, posso jurar que levei uma mordida de um deles. E ai, quando iam bater em Dave, dei uma cadeirada em um deles, apagando-o. Todos se afastaram e arrastaram o garoto dali. Desde então ele não olha mais para nós. Por sorte, Sr. Hummels estava assistindo tudo e nos levou gentilmente a sala do diretor...

– E assim viemos parar aqui... – Conclui. Olhando para a cara incrédula das meninas.

– Não. Acredito. Que. Eu. Perdi. ISSO!. – Sarah estava chateada, mas radiante. – EU SABIA QUE VOCÊ ERA UM LUTADOR-SHADOWHUNTER-DA MAFIA RUSSA. Você precisa me treinar. – Cheguei mais próximo de Sarah, sussurrando pra ela.

– Se eu começar seu treinamento, bem capaz de você explodir... Peço para que você não grite mais sobre essas coisas assim, se me descobrirem todos estarão mortos. – eu sussurrava no ouvido de sarah. – Amanha, me encontre no centro da cidade. Naquela igreja dentro do cemitério... Vou marcar você pela primeira vez.

– SÉRIO? – Ela gritou.

– Não né Sarah! Duh – dei um peteleco na testa dela. – eu apenas sei lutar.

– Afs. – foi tudo que ela disse.

– Hey, novidades. Os pais do Dave se mudaram, Diplomatas não passam muito tempo em um local. E Dave não quis ir com eles, então... ME MUDEI PRA CASA DELE! Quer dizer, pra nossa casa.

Nota de Izzy: Que gay!

Noya de Sarah: Eu shippo

Nota de Diego: E QUE GAY! Depois de Pavel, tenho uma leve queda por russos

Nota de Nick: Deixe meu irmão em paz... Sério.

Nesse meio tempo, Alice estava junto de Dave. Rindo com algo que ele falava, ou de nada. Ela ria com tudo que ele fazia, até respirar. Estranha. Os demais, voltaram a se concentrar nas suas folhas em branco. Levantei-me e começei a andar pela biblioteca. Como domingo é dia de limpeza, então todas as salas estão abertas, incluindo a da rádio da escola. Entrei na sala de musica, olhei por todos os cds e fitas que haviam ali. Um computador antigo, com um painel lotado de botoes. Apertei alguns e Voilá estava tocando musica na biblioteca, apenas na biblioteca. Olhei pra Helena através dos vidros, desde o verão passado temos nos aproximado mais. Não nos considero como namorados de fato, ainda não a pedi oficialmente. Mas me senti assim, na primeira vez que saimos juntos e ela pegou em minha mão. A unica coisa que pensei foi “Puta que pariu”.

A musica mudou, a fita que havia sido tocada na sexta dos anos 80, ainda estava ali, então ABBA começou a tocar. Alice levantou correndo e começou a dançar e a cantar junto com a musica.

– You are the dancing queeeeeeeeeeeeeeeen, young and sweeeeeeeeeet, only seventeeeeeeeeeeeeeeeeen.

Parecia que estava em uma festa. Ela gostava de ABBA, culpem Mamma mia! Sim, o filme. Todos entraram na onda, rindo e dançando com ela. Sentei-me em cima de um estante de livros, balançando ao som da musica e observando-os do alto. Depois de um tempo, Sr. Hummels entrou na biblioteca, nos flagrando. Eu continuava em cima da estante, mas os outros estavam agrupados no chão e em cadeiras.

– Sr. Nichollas, Acompanhe-me. Acho que está desvirtuando esses garotos... – Não tinha outra opção. Fui junto com ele. Andamos pelos longos e agora vazios corredores da escola, até um armário de vassouras onde ele me trancou.

– Não pode fazer isso! – eu disse

– Ah posso sim. – Foi tudo que ele disse e saiu da sala, trancando a porta.

Sentei-me em uns caixotes que estavam num canto, observando a porta esperando que ela se abrisse novamente e eu pudesse fugir dali. O armario de vassouras parecia um quarto do pânico. Sem janelas, apenas uma saida de ar. Saidas de ar... tenho boas experiencias de escapar por elas. Abri a tampa e mergulhei dentro dela. Mandei entre 12 e 18 mensagens pro Dave só pra ouvir de onde vinha o barulho do celular dele, e tentar me guiar dentro da tubulação de ar. Até que avistei minha saída. Dei uma risada e empurrei a tampa da saida de ar. Todos me olharam quase instantaneamente, assustados.

– Voltei Bitches!

Dave riu e balançou a cabeça negativamente. Olhei pro chão, proximo a tubulação de ar e notei que ele havia deixado o celular ali. Não precisei mandar nenhum texto de verdade pra ele, ele entendeu o que eu ia fazer afinal ja contei a ele da vez que eu...

Nota do Dave: Nick, melhor não.

Ok...

Puxei uma cadeira pra prender o trinco da porta, assim Sr. Hummels não iria entrar ali. E me sentei no chão me encostando na parede do outro lado da sala. Helena se juntou a mim, seguida por Izzy e Sarah. Alice e Dave vieram depois de um tempo. Ouvi eles sussurrando um pro outro algo, e pude jurar que ouvi Alice dizer pelo menos umas 3 vezes sua frase “Isso é errado!” e Dave argumentava com “ja estamos na merda mesmo...” e eles riam juntos.

– Então, Senhorita-exemplo o que fez de tão tenebroso para estar em detenção na segunda semana de aula? – perguntei me dirigindo a Alice.

– Bem... eu... invadi o sistema da escola, roubei todas as provas que serão aplicadas até o final do ano e estou vendendo elas... – Ela falou, olhando pras unhas com cara de superior

– Não Alice, sério... O que você fez? – Todos olharam pra ela com cara de “Aham, senta lá”

– Aff, eu cheguei atrasada todos os dias desde então.

– E pra não fazer diferente, chegou hoje também – completou izzy.

– Então devo presumir que as demais meninas estão aqui pelo mesmo motivo? – olho pra Helena.

– Não... Quer dizer, eu sim. Sarah não sei. Diego a deixa aqui antes de nós ja que ela gosta de madrugar na escola. – Diz Helena

– Em minha defesa, eu só gosto de ter opções de lugar pra escolher... Onde você senta define muito quem você é. – Sarah levanta-se e fala para todos.

Todos riem. Ela senta-se ajeitando o emaranhado de roupas cinzas que estava vestindo hoje. Dave parece estar mais a vontade. Ele tirou o sueter que estava vestindo, e ficou apenas com a regata.

– E você, Elizabeth. O que você aprontou dessa vez? – Todos olhares se dirigem a ela.

– Primeiro, não me chame assim. E segundo, por mais que vocês não acreditem... Eu só vim aqui porque não queria ficar só em casa... Mas, aproveitando que estou aqui vou nos livrar disso em alguns minutos.

– E eu só estou aqui, porque eu... Quebrei o laboratorio de ciencias quase inteiro... Eles me deram um 8,0... E se tem algo que eu sou realmente boa é Quimica. E eles não vão tirar minha média 10 de forma alguma... Aquela maldita... Parece um demônio.

De fato não acreditamos mas izzy sempre nos deixa confuso... então apenas continuamos ali sentados rindo e conversando sobre a ira de Sarah. Até que fez-se silencio. Olhamos um pra cara do outro. Era incrível como havíamos nos tornado amigos do dia pra noite em situações estranhas.

– Então amanhã volta tudo ao normal... Eu e Dave pra um lado e vocês pro outro... Interessante como a divisão social da escola nos deixa tão afastados. Calouros e veteranos não andarem juntos... Pegamos as mesmas matérias, mas sentar no refeitório juntos quebraria a paz.

– Não é isso... – Alice tentou argumentar – Não nos culpe.

– Não estou culpando, foram todos condicionados á isso. – eu complementei.

– Eu não me importaria... – Izzy disse.

– Não vamos falar mais nisso gente... – Alice mais uma vez tentou argumentar.

– Porque foge desse assunto? Não é como se necessitassemos disso pra sermos legais. Só acho que é algo completamente desnecessário. – eu me encostei na parede, cruzando os braços. – Mas tenho certeza que, mesmo não sendo culpa sua, ou de voces, voces seriam completamente condizentes com o “sistema”.

– Não fale assim de mim russo, não criei as regras. Só as sigo.

– Claro, me admiraria se um dia vc as quebrasse...

– Nick... você está sendo muito cabeça dura. – Dave tenta apaziguar a situação que estava ficando tensa. Mas ele sabia que eu estava certo. Eu não estava achando ruim nada que acontecia comigo, nem questionando a amizade de alice. Ela é a loira mais sensacional que alguem pode conhecer. Apenas... tudo que acontecia sobre a hierarquia escolar.

– Desculpe. – dei meu braço a torcer – Mas, sabem que estou certo.

Sempre estou. É um defeito.

Novamente o silencio, Dave levanta e vai até a mesa. Começa a escrever na folha em branco. Nosso garoto não é apenas músculos. Encarei Alice, ela estava um pouco cabisbaixa, e brincava com uma prisilha de cabelo.

– Ei loira, estamos bem não é? – comecei a rasgar o meu papel e arremessar pequenos pedaços dele nela. Até ela sorrir.

– Você é da mafia russa. Ai de mim se falasse que não. – Ela ri e imita alguem cortando a garganta dela.

– Besta.

Ela se levanta e arrasta sarah para o banheiro. Por alguns segundos minha mente maliciosa trabalhou hard. Mas depois me lembrei do fator “A murta que geme foi ao banheiro sozinha e morreu porque flagrou Tom. Gina foi ao banheiro sozinha e abriu a camara secreta. Hermione foi ao banheiro sozinha e encontrou um trasgo, e por isso nenhuma menina deve ir sozinha ao banheiro mais”

– Capitão. – Dave falou enfim. Deitando o lapis na mesa e sorrindo satisfeito com o trabalho dele. – Está pronto. – Ele havia feito o texto em nome de todos nós. Alice sai do banheiro, com uma garota atrás dela. Parecia sarah, so que mais bonita. Sarah se vestia bem, tinha um corpo bonito. Mas não estava hoje. Até agora.

– Ainda temos uma hora aqui... – Helena falou cansada.

– Não mais. – Izzy desligou a tela do celular e foi até a porta. – Chamem-me de A SALVADORA.

Mais uma vez... Izzando. Ela tirou a cadeira da porta, e a abriu. Atrás dela, estavam Diego á frente, Sr. Hummels atrás com Thiago ao lado.

– Senhoras e senhores, estão livres. – Diego estava de braços abertos. Eu não fazia ideia como ele conseguia liberar a gente de tudo. Sr. Hummels sorriu, e veio até mim se desculpar pelo armário. Thiago caminhou até Sarah, passou o cabelo dela pra trás da orelha dela e sorriu

– Você não está linda demais pra vir a escola? – ele ri junto com ela e a beija. Atrás dele, Alice e Helena fazem em uníssono “OOOOOOOOOOWN”

– Explicando... – Diego fala, empurrando Sarah e Thiago e os separando – Esse boy lindo e maravilhoso, o qual vocês chamam de Sr. Hummels, é nada mais nada menos que Connor. Lembram daquela noite, na casa dos Russos, que alguém me ligou... Era ele, me dizendo que viria morar aqui e lecionar em uma das escolas daqui. Coincidentemente foi aqui, e ele me disse que não iria me ver hoje de manha pois estavam com 5 delinquentes de detenção. Logo, saquei que eram MEUS 5 delinquentes e vim liberta-los. Vão, sejam livres e libertem meu homem também.

Diego era imprevisível. Mas eu adorava como tudo acabava bem quando estamos com ele. Peguei na mão de Helena e andamos pra fora. Antes de sairmos por completo, voltei e entreguei o texto de Dave ao professor.

“Caro Sr. Hummels,

Talvez o fato de estarmos aqui num domingo de manhã, faz de nós um tipo de pessoa que você acredita que não somos. Talvez, isso nos torne aos seus olhos mais responsáveis por cumprimos com nossas obrigações sejam elas ruins ou boas. De fato, tudo que aconteceu nessa semana foi uma loucura. Mas, voltando a sua pergunta... O que pensamos que somos? Somos jovens, livres e desimpedidos. Loucos por adrenalina e viciados pelo amor. Ou em sua simples concepção, Um Atleta, uma descontrolada, um marginal, uma patricinha, um nerd e uma metida. Talvez sejamos, mas também somos mais. Nós somos infinito.

PS: E sobre o que esperamos ser... É muito cedo pra dizer isso, mas... Posso afirmar com certeza, de que esperamos ser amigos ao infinito e alem.”

E Seguimos pra casa.


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Notas finais do capítulo

Eai curtiram? Não? A, ta bom então :( asuhuashaushuashuas

Enfim é isso! Obrigado por lerem até o final.



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