Para Sempre - Faberry escrita por Aline


Capítulo 11
Capítulo 11 - Estou tentando.


Notas iniciais do capítulo

Demorou mas tá ai. Boa leitura ;)



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Rachel’s POV

Acordei antes de Quinn. Fiz o café e fui me sentar ao sofá para ler o jornal. Não demorou muito e ela acordou também. Pegou café e foi até o sofá.

– Bom dia. – disse Quinn,eu a olhei tomando um gole do meu café – Acho que estou pronta pra ver o meu ateliê. Você mostra pra mim?

Olhei sem acreditar. Larguei o jornal.

– Claro! – disse me levantando – Vamos!

Fomos andando em silêncio.

Chegamos e abri a porta para Quinn. Ela entrou e olhou tudo encantada.

– Esse é o primeiro ateliê que teve sozinha. – eu disse.

Ela continuava olhando tudo,andando pelo ateliê.

– É um espaço bacana,não é? – eu disse.

– Nossa! – ela continuava andando.

– Mas no começo você não tinha certeza se gostava. – eu disse – Mas não demorou muito pra se apegar ao lugar. Depois ficou até difícil te tirar daqui.

Quinn sorria.

– Você entrava aqui,ligava o som alto e se prendia em um projeto. – eu disse – Eu tinha que vim aqui e lembrar que era hora de ir embora.

Quinn olhava para uma escultura.

– O que é isso? – ela perguntou.

– Acho que nem você sabia. – eu disse – Por que não tenta descobrir?

Ela me encara e eu sorrio pra ela,logo ela volta a fitar a escultura.

– Tá legal... eu não sei usar essa ferramenta! – disse Quinn.

– É claro que sabe! Espera um pouco – eu disse indo ligar o som,fui a direção dela dando pulinhos – melhorou,não é? Tenta,pode ser divertido!

– Da pra você desligar o som,por favor? – disse Quinn.

– Eu juro que você ligava muito mais auto que isso. – eu disse – Eu nunca consegui entender como você conseguia se concentrar...

– EU TO COM UMA DOR DE CABEÇA TERRIVEL,DA PRA DESLIGAR O SOM? – Quinn gritou jogando a ferramenta de escultura na mesa.

Eu desliguei o som. Mas agora já basta.

– EU TO TENTANDO TE AJUDAR! – eu gritei – Mas eu não sou seu saco te pancada!

Quinn me encarava.

– A gente nunca falou assim uma com a outra! – eu disse – É difícil pra mim também,Quinn.

A encarei mais um pouco e sai.

Fui trabalhar e depois de algumas horas voltei pra casa.

– Quinn? – chamei por ela.

– Oi? – ela gritou. Fui em sua direção.

– Oi. – eu disse.

– Oi. – ela respondeu.

– Eu tava vindo pra cá e aproveitei pra passar naquela pequena padaria portuguesa que você adora e comprei um pouquinho de...

Escutei um barulho.

– Tem mais alguém aqui? – eu perguntei. Quinn assentiu.

– Rachel. – disse Russel.

– Oi. – eu disse.

– Minha irmã esta sobre carregada com os preparativos do casamento e a festa de noivado será em breve. – disse Quinn.

– E nós achamos que Quinn podia ir pra casa pra ajudar. – Russel disse finalizando com um sorriso forçado.

– É que parece a coisa certa a fazer. – disse Quinn – Sabe,ajudar a Frannie.

– Ta bom. – eu disse – Mas e quanto a sua vida aqui? O trabalho que ainda não terminou?

Quinn arrumava as malas.

– Falei com o pessoal e eles foram muito compreensivos com o acidente e o papai vai me emprestar o dinheiro pra eu devolver pra eles o que eles adiantaram,então eu não sei. – ela disse.

– Estou te esperando no carro,querida! – Russel disse saindo.

– Tá,obrigada Pai! – disse Quinn.

Eu estava tentando não explodir. Quinn notou.

– Desculpa,é só até depois do casamento. – ela disse.

– Eu só quero que tenha cuidado. – eu disse.

– Eu só vou ficar com minha família! – disse Quinn tentando não se alterar.

– Eu sei,mas...

– Mas o que? – ela interrompeu.

– Sei lá... – eu disse e fiquei um tempo em silêncio – Eu posso,pelo menos,te dar um abraço esquisito?

Quinn soltou um sorriso. AQUELE sorriso. E se aproximou me abraçando. Poxa,que saudade daquele abraço.

Ela separou o abraço e sorriu pra mim,pegando a mala e saindo.

*

Quinn’s POV

– E então,como se sente? – disse a doutora.

– Me sinto bem! – eu disse.

– É? Sem tontura,confusão,sonolência? – a doutora disse e eu neguei com a cabeça.

– Não! – eu disse.

– Ótimo! – ela disse animada – Eu estou muito contente,sua tomografia esta excelente!

– Que alivio! – disse minha mãe,que estava sentada na poltrona.

– E você já se lembrou de alguma coisa? – disse a doutora.

– Não. Ainda não. – eu disse – Isso não é normal,é?

– Olha,quando se trata do cérebro,nada é normal! – disse a doutora – Nenhuma lesão cerebral é igual.

– Quinn esta parecendo a mesma novamente! – minha mãe disse,me fazendo sorrir – É maravilhoso!

– Sra Fabray,eu posso falar só um instante com Quinn? – a doutora disse,minha mãe me olhou.

– Tudo bem,mãe,eu to bem. – eu disse.

– Hum,certo. – disse minha mãe se levantando da poltrona – Com licença. – ela disse abrindo a porta.

– Obrigado. – disse a doutora,e então ela começou a me encarar – Quinn,você quer recuperar a memória?

Demoro um pouco pra responder.

– Quero. – eu disse.

– Porque alguns pacientes temem que quando suas memórias voltarem vai voltar a memória do trauma. – ela disse – Mas raramente é o caso!

– Ah não,não é isso! – eu disse – Eu não tenho medo do acidente.

Ela me encarou por alguns segundos.

– Então do que tem medo? – ela disse.

Fiquei pensativa por um tempinho.

– Hum,eu acho que... ah,sei lá! – eu disse – Quer dizer,e se eu não gostar da vida que eu tinha? Ou se eu gostar demais? Eu...não sei.

– Só fiz uma matéria de psicologia então esse conselho pode ser horrível, – ela disse – mas acho que devia tentar preencher as lacunas. Ainda vai poder decidir se quer ter uma vida diferente,mas se você pelo menos não se abrir pra lembrar,imagine o que vai viver com medo do próprio passado.

Eu pensei em cada palavra e assenti.

*

Rachel’s POV

– Oi,cheguei – eu disse para Tina – Quem são esses caras? – eu me referi a uma boy band que estava gravando.

– Os que viriam semana passada,mas remarcaram pra hoje. – disse Tina.

– Beleza! – eu disse batendo uma palma e indo ao lado dela.

– Valeu Mike,o som ta demais,vamos dar o melhor! – disse Tina.

O garoto a encarou.

– Eu to dando o melhor! – ele disse.

– O baixo só tem uma nota. – Tina sussurrou pra mim.

– Só há uma nota. – eu disse.

– Tá legal,tomada dois! – disse Tina e o garoto assentiu.

Tina olhou pra mim.

– Olha,eu vou ter que sair um pouco. – eu disse.

Tina suspirou e voltou aos garotos.

– Ta muito bom,Mike! – ela disse – Vamos começar do inicio,ou do meio,sei lá!

O garoto assentiu.Tina olhou pra mim de novo.

– Quer saber,as pessoas vem aqui trabalhar com você! – ela disse – Quer dizer,eu to fazendo o possível,mas você tem que estar aqui!

– É,eu sei. Mas a Quinn tá lá com a família dela,é onde eu tenho que estar. – eu disse – Eu tenho que fazer minha mulher se apaixonar por mim de novo. – Tina e eu nos olhamos por um tempo e eu sai.

*

Era a festa de noivado de Frannie. Ainda não tinha visto Quinn,então fui até o Ryan.

– Oi,tudo bem? – eu disse e ele assentiu – Contagem regressiva,em! Tem só mais uma semana ‘solteiro’,como se sente?

– Na verdade,me sinto muito bem! – disse Ryan – Quer dizer,eu fico um pouco tonto quando eu penso muito a respeito,mas...

– O que? – disse Frannie que estava ali perto e ouviu.

– Não amor,é uma tontura muito boa! – disse Ryan – É como pânico. Ou vibração.

Eu me segurei muito para não rir.

– Bom,pânico e vibração são diferentes! – disse Frannie.

– É que vai ter umas 400 pessoas lá. – disse Ryan.

– Eu sei! – disse Frannie.

– Você tem uma leve dormência nos dedos? – eu perguntei a Ryan.

– Tenho. Isso é um mal sinal? – ele disse.

– Você ouve a radio rat? – eu perguntei e ele assentiu – Ele fala sobre tontura o tempo todo. Ele fala que quando os dedos dele formigam,ele sabe que ta criando algo genial,aí ele fica tão animado tocando sua música que quase desmaia. – Frannie sorriu – Ryan,parece que você esta a beira de genialidade.

– Legal! – ele disse batendo sua taça com a minha.

– Ryan,quero que conheça uma pessoa. – disse uma senhora,Ryan foi com ela e disse que já voltava.

– Então isso é verdade? – disse Frannie.

– Uhum. – eu disse saindo,Frannie deu uma leve risada.

Andei um pouco e vi Quinn chegando até mim. Ela estava linda,com um vestido tomara que caia amarelo.

– Oi,Rachel. – ela disse.

– É... – foi a única coisa que consegui dizer.

– O que foi? – ela disse um pouco assustada.

– O seu cabelo ta tão diferente! – eu disse e ela sorriu,mexendo nos cabelos – Você ta linda!

– Obrigada. – ela disse.

– Olha,eu andei pensando uma coisa. – eu disse – Qual é o seu livro preferido?

– Hum,não deve ser o mesmo que você lembra. – ela disse.

– Tudo bem,essa não é a questão. – eu disse.

– Tá. A casa na praia,de James Patterson. – ela disse.

– Não,sério? – eu disse,ela assentiu – Tá bom. Se foi bom,deve ter emprestado pra alguém,certo?

– É,pra Marley,eu acho. – Quinn disse.

– Ta legal,e você deve ter falado pra si mesma ‘’Poxa,eu queria ser a pessoa que não leu pra poder experimentar tudo isso de novo!’’ – eu disse.

– É,eu acho que sim. – ela disse.

– É assim que eu acho que deveríamos olhar pra isso. – eu disse,ela ficou pensativa.

– Hum,o que? – ela disse.

– Você não lembra como nos conhecemos,e nem como nos apaixonamos. – eu disse – De certa forma isso é horrível,mas foi a melhor época da minha vida. Eu achei que seria maravilhoso passar por isso de novo.

Quinn sorriu.

– Como ler seu livro preferido pela primeira vez. – ela disse.

– Exatamente. – eu disse.Ela soltou um sorriso maior ainda.

– Entendi. – ela disse.

– É por isso que eu queria te convidar pra sair. – eu disse.

– Ah,um encontro? – ela disse.

– Duas pessoas se encontrando pela primeira vez. – eu disse.

Quinn ainda estava sorrindo,olhou para algo ou alguém atrás de mim,não tenho ideia do que era.

– Bom,eu não sei,sabe,o casamento ta chegando. – ela disse – E eu tenho...

– Mas se a gente sair antes disso,você pode me levar como seu par. – eu disse e ela sorriu de novo – Eu não posso te prometer nada,mas vou falar bem de você.

– Ta bom. – ela disse – Um encontro. – não consegui esconder minha felicidade com a resposta dela.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido,desculpe qualquer erro. Até a próxima :*