O Único Romance escrita por Bolinho


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Hello! Mais uma cap! Se tiver ficado ruim, ou com erros de português, culpem meu final de namoro e meia garrafa de vinho. Espero que gostem! Kisses :**



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Subi rapidamente às escadas,e eu estava tão ansiosa, que devo ter tropeçado umas dez vezes. Mas nem liguei. Eu estava com um sorriso estampado na cara, que nem uma garotinha, quando dá o primeiro beijo! Quando cheguei ao meu quarto e corri direto pro banheiro. Não pude evitar uma olhadinha no espelho antes. Comecei a rir. Eu estava horrível. Cabelo desgrenhado, lápis borrado, cara amassada, vestido sujo. Saí da frente do espelho, antes que a risada virasse lágrimas, de tão feia que eu estava. Retirei as roupas e entrei no chuveiro. Esfreguei bem o corpo pra tirar o cheiro de uísque. Saí do banho, fiz escova no cabelo, pra deixá-lo bem liso. E coloquei uma roupa bem simples. ( http://www.polyvore.com/cgi/set?id=106844582&.locale=pt-br ) Quando desci, percebi que ele também havia trocado de roupa, ele estava perfeito.

– Nossa... Você está... Linda... – ele falou, sorrindo. Corei por ele ter dito isso.

– Obrigada. Você também está perfeito. – eu falei. Com o coração mais do que acelerado. – Aonde nós vamos? – perguntei, muito ansiosa.

– Primeiro, nós vamos num parque de diversões, depois, vamos ao cinema, e por último vou fazer uma surpresa. – ele falou, com um sorriso de orelha a orelha.

– Você me deixou curiosa! – falei, rindo, tentando fingir estar brava, enquanto caminhávamos em direção a garagem.

– Gosto de deixar as pessoas curiosas. – Ethan falou, me fazendo rir. Entramos no Porsche vermelho de meu pai. Esse era o carro de sábado, e era sexta. Se ele descobrisse estaríamos ferrados.

– Meu pai sabe disso?

– Não.

– Você sabe dirigir?

– Sei.

– Você tem permissão pra dirigir?

– Não. – ele falou, saindo da mansão. Percebi que com ele eu ficaria encrencada frequentemente. Sorri. Isso não seria nenhuma novidade pra mim.

Enquanto ele dirigia em direção ao tal parque, conversávamos sobre coisas aleatórias.

– Qual sua banda preferida? – perguntei de repente, enquanto passávamos em frente a uma balada.

– Sinceramente, eu não sei. Eu ouço de tudo um pouco. Rock, pop, rap, hip hop.. – ele falou, colocando um óculos escuros, escondendo seus belos olhos azuis. Liguei o som e exatamente nesse momento tocava uma das minhas músicas preferidas: Roll up – Wiz Khalifa. Liguei o som no máximo, joguei os braços pra cima, e cantei animadamente junto com a música. Ethan olhou pra mim, e sorriu.

– O que foi? – perguntei, abaixando os braços.

– Você é tão...- ele falou, tentando achar a palavra certa. – Sincera. – ele disse finalmente.

– Como assim? – perguntei, um pouco confusa.

– Você não tem medo de expressar seus sentimentos, é sincera, e não se importa com que os outros falam sobre você. Eu admiro muito isso. – ele falou. Minhas bochechas esquentaram. Eu não imaginava que eu era assim. Mesmo assim, gostei de ouvir isso. Eu não sei bem o porque, mas, quando estou do lado dele, sinto um nervosismo tão grande que eu chego a tremer. Acho que eu gosto dele. Sim, eu gosto dele. Gosto MUITO dele.

Finalmente, depois de umas meia hora, chegamos ao tal parque de diversões. E era REALMENTE um parque de diversões. Ele era enorme. Com Roda gigante, Carrossel, Túnel do Medo, Teatros, carrinhos de pipoca, cheiro de cachorro quente, o som de risadas, gritos,algodão doce, era tudo incrível. E muito colorido. Estava tudo muito lotado, e ele levou alguns longos minutos para achar uma vaga. Quando finalmente achamos, saímos do carro e ele segurou minha mão. Com aquele simples toque, senti um calafrio, apesar de estar incrivelmente quente.

– E então, aonde você que ir primeiro? – Ethan perguntou, olhando pra mim.

– Eu não sei, não conheço esse lugar. – falei, realmente sem saber aonde ir primeiro.

– Que tal, na roda gigante? – ele falou, sorrindo. Droga. Eu tenho muito medo de altura. Mas eu não iria admitir isso pra ele. Era um medo idiota. Eu tinha que superar.

– Claro. – eu falei, tentando ser convincente. Ainda de mãos dadas, fomos para a fila de ingressos, que não tinha muita gente. Só uma criancinha junto com a mãe, três adolescentes, e dois casais.

– Depois que formos na roda gigante, você vai querer ir aonde? – ele falou, olhando pra mim.

– Que tal no fliperama? – falei, sorrindo. Amo fliperamas! Vou desde quando eu era criança.

– Com certeza! Mas já vou avisando que eu sou excelente em qualquer jogo!

– Eu duvido! Eu vou em lugares assim desde que eu era pequena, quero ver você ganhar de mim. – falei, me gabando das horas em que passei dentro de fliperamas.

– Então faremos assim, se eu ganhar, você vai ter que me beijar, se você ganhar, eu te dou um beijo. – ele falou, com um sorriso malicioso. Eu comecei a rir. Ele não conseguia ser malicioso sem ser engraçado. Mas era uma proposta tentadora...

– É realmente uma proposta tentadora. – falei, sorrindo. A fila andava devagar, e Ethan acariciava minha mão lentamente com o dedão. Ele não tinha idéia do que fazia comigo. Desejei que aquele momento nunca acabasse. Quando finalmente chegou a nossa vez uma mulher ruiva, com dentes tortos, mascando um chiclete, nos atendeu.

– O que deseja? – falou a mulher, com uma voz anasalada.

– Eu desejo que ela me beije, mas tenho a leve impressão de que você não vai poder me dar isso – falou Ethan. A mulher sorriu mostrando os dentes tortos e amarelos. Eu corei. – Eu quero dois ingressos pra roda gigante, seis fichas pro fliperama, e dois ingressos pro teatro. – Ethan terminou de falar.

– São vinte e três reais e noventa e cinco centavos. – a mulher ruiva disse, com aquela voz irritante.

– Eu pago! – eu falei, tirando dinheiro da bolsa. Entreguei pra moça e saímos da fila.

– Eu vou pagar tudo. – Ethan falou, sério.

– Tudo bem – falei, dando ombros. Ao menos eu tinha pagado algo. Não sou que nem aquelas garotas que acham que o homem deve pagar tudo, mas também não sou do tipo que a mulher que paga tudo.

Entramos na fila da roda gigante, e não estava muito grande. Apertei a mão de um pouco mais forte, mas ele pareceu não notar. Chegou a nossa vez e eu estava suando frio. Droga. Soltei a mão de Ethan para colocar o cinto, e enxuguei o suor no short. Depois que todos entraram, o homem apertou um botão e o brinquedo começou a subir lentamente, até que todas as pessoas do parque parecessem pequenas formigas, e ele parou. Quando eu ia suspirar de alívio, ele desceu a todo vapor. Todos do brinquedo gritavam, jogando os braços pra cima, eu também gritei. Mas de pavor. Ele rodava, subia, descia, e meu estômago começou a embrulhar. “Não posso vomitar, não posso vomitar,não posso vomitar”. Repetia pra mim mesma. Até que a porcaria do brinquedo finalmente parou. E eu desci correndo. Respirei fundo algumas vezes, até que meu batimento cardíaco voltasse ao normal.

– Nossa! Foi incrível! – disse Ethan, animado.

– É, foi maravilhoso. – eu falei, com um sorriso amarelo. – E agora, aonde nós vamos? – perguntei, louca pra sair de perto daquele brinquedo dos infernos.

– Que tal ao teatro? – Ethan falou, com um pequeno sorriso.

– Claro, adoro peças de teatro! – falei, mais animada. Um homem passou na nossa frente com algodões – doces coloridos.

– Quer um? – Ethan perguntou. Balancei a cabeça afirmativamente. – Ei! – disse Ethan para o homem. Ele parou. – Quanto custa?

– Um e cinquenta. Vai querer?

– Quero dois. Qual sabor você quer May? – Ethan perguntou.

– Quero de morango. – falei, amo morango. Enquanto Ethan pagava, olhei para a fila do teatro e vi pessoas gritando. E ouvi um som de tiro.

Steve estava lá. Caído. Com uma bala alojada no peito.


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Notas finais do capítulo

E aí?? Como ficou?? Coomeentemm please *-*