Santana POV

Não percebia o porquê, da minha loirinha não estar aqui. Será que demorei muito e ela fartou-se de esperar? Estava tão triste, tudo me começou a vir á cabeça. Ideia tão horríveis, que me poderiam levar á loucura. De cometer um erro e pagar com a minha vida Estava com tanto medo de perder a Britany. E se ela se arrependeu de ficar comigo? Nunca me aconteceu, mas e se foi isso?

Comecei a chorar imparável e inconsolavelmente. Como se o meu mundo tivesse acabado, no momento em que a minha casa estava deserta. Algo me parou o raciocínio. Olhei para o meu telemóvel e vi a luzinha a piscar, mas os meus olhos ardiam de tanto chorar e não consegui ver quem era. Apenas atendi

–Estou? – Ainda tinha esperanças que fosse a loirinha mas logo percebi que não valia a pena er pois ela não me ia ligar.

–Santana? – Esta voz

–Will? Ah és tu.

–Sou eu sim! Precisamos de falar.

–Chau Will. – Não queria falar com ninguém. Sentia-me um pedaço, fora deste mundo. Que mundo de doidos.

Voltei a ver a luz do meu telezinho a piscar. Maldito Will, nunca soube lidar com os meus “não´s”. Atendi agressivamente

–Estou! – Funguei o nariz

–Sant? Estás bem? – Não acredito que era a Britt, mas porque que ela estava agoira a ligar-me? Que tinha acontecido para ela mudar de ideias e ligar-me agora. Porque não mais cedo ou mais tarde? Que confusão que ia a minha cabeça!

–Sim. – Menti, queria agora ver quais eram as suas intenções. Ela não podia fazer isto comigo. Magoar-me ou dizer que me ama e fugir depois. Ela simplesmente não pode fazer isso. Ninguém faz isso a Santana Lopez. Mas o que era isto agora? Uma questão de orgulho?

–Tiveste a chorar Santana?

–Não.

–Mentirosa. – Como é que ela percebeu? Talvez da minha voz rouca só pode ser isso.

–Onde estás? Eu procurei-te e nada. Era isto que pretendias? Pôr-me miserável? Parece que conseguiste. – Dei um soluço.

–Não é isso. Eu simplesmente fiquei com medo e …

–E o que?

–Eu nunca estive apaixonada por uma rapariga. Sou novata neste tipo de coisas, sabes. Nem sei sequer o que os meus pais vão pensar.

–Nós, não estamos namorando. Não precisa de sair do armário. – Talvez tenha dito isto de uma forma agressiva porque ouvi o choro da Britt. Fiquei tão arrependida das minhas palavras. Fez-me lembrar daquele momento de desgraça quando consumi as drogas pela última vez. Mas eu não tinha consumido nada… Dizem que o AMOR É A PIOR DAS DROGAS, e concordo plenamente. – Desculpa Britt. Eu meia que estou descontrolada. Eu falei com a Dani e agora queria te ver e quando não te vi pensei o pior.

–Como correu a conversa? – Ela agora já tinha a voz menos chorosa

–Bem eu acho. Vamos continuar amigas. Mas quanto a nós? Podemos tentar? Ou está com demasiado medo para tentar?

–Sim eu estou apavorada. Cheia de medo. Mal consigo viver só a pensar nisso. Mas tenho que seguir com a minha vida para a frene e realmente preciso de ti, Sant. Eu disse a verdade quando disse que te amava. – Sorri, afinal ela sempre me disse a verdade, mas e agora?

–Eu … Eu TAMBÉM TE AMO. Quero te mostrar que não são só palavras, são também atos. Anda ter á minha casa. – Provoquei-lhe, adorava faze-lo.

–Ah … Por muito que o seu pedido seja tentador, eu tenho que ir para casa. Não tenho ficado muito com os meus pais e. Precisam de mim.

–Está me trocando por seus pais? Eu compreendo. – Sorri – Mas promete-me uma coisa!

–Diz!

–Que janta amanha comigo á noite, num restaurante algures pela cidade. Eu quero falar contigo, mais. Á cerca de nós. Como ficamos é que ainda estou um pouco confusa.

–Eu não sei Sant.

–Brit. Não me pode dizer que não. Ainda por cima depois do que me fez. Prometeu que ficava na minha casa a esperar-me, e quando chego você não está aqui.

–Está bem convenceste-me. Eu aceito jantar contigo. Mas é só um jantar.

–Não é só um jantar!

–Não?

–Não! É o nosso primeiro encontro. – Sorri

–Oh! Está bem. Fico á tua espera. Depois manda-me uma mensagem com os permenores, sim? É para ir de vestido?

–Se você quiser. Vai estar bonita de qualquer jeito.

–Guarde seus piropos para amanha.

–Talvez sim, talvez não. Vá. Até amanha. Sonhe comigo hoje. Beijos.

–Uh está bem vou tentar. Beijos.

Desliguei o telemóvel. Ainda bem que tivemos esta conversa, sentia-me muito mais feliz e libre. Viva ao AMOR.

POV OFF