Céu e Inferno escrita por HR


Capítulo 28
Capítulo 27 - Uma visita inesperada




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Elena começa a gritar por Katherine, desesperada ao ver Damon engasgando-se com o sangue que tende a sair pela sua boca. Por um momento, se perde pensando se os efeitos colaterais seriam iguais para ela mesma. Mas ela não sentia nenhuma dor insuportável, mesmo assim seu corpo doía por inteiro e vez ou outra, uma queimação na garganta.

Katherine desce as escadas num vulto, virando o corpo de Damon para que ele consiga cuspir o sangue no chão – mesmo odiando a ideia de ter de limpar depois –, mas ele começa a delirar e as duas começam a ficar com medo. Damon grita e geme ao mesmo tempo, até que ele se agarra na camisa de Katherine – quase rasgando-a – e pede-lhe água. Katherine vai num vulto, e quando volta, Damon está paralisado e de olhos abertos, estirado no sofá, sob os gritos de Elena.

–Não, não! DAMON! – Katherine o chacoalha, mas ele não reage.

**

Stefan é o primeiro a jogar Sam contra uma lápide antiga do cemitério, fazendo com que ele machucasse as costas inteiras e a perna direita. Sam tenta se levantar, manco. Alaric o surpreende com um golpe no rosto e sente ser segurado por Dean. Ariel se posiciona na frente de Stefan para impedir que continuem, enquanto Bonnie corre até Sam, afastando-o dali.

–Vão com calma, ele pode estar blefando ou algo assim. – Dean comenta, tentando aliviar a tensão.

–Querem apostar comigo que quando chegarem em casa os dois estarão assistindo um lindo filme de comédia? – Ana lança um sorriso encorajador.

–Se Sam ama mesmo a sua vida, espero que esteja certa. – Stefan ajeita a camisa e vê duas chamadas não atendidas em seu celular de Katherine. Mesmo com um peso dentro de si, ligou para Katherine, que atendeu rapidamente e desesperada.

Stefan, onde você está? Meu Deus, eu preciso de você aqui! Você... Damon... Ele não acorda, Stefan! Eu tentei de tudo! Ele estava...

–O quê?! Não...

–O que houve?! – Alaric pergunta, agoniado.

Eu não sei o que fazer! – Elena grita ao fundo da ligação, e dá para ouvir sua voz trêmula – Stefan... Damon está morto.

**

Damon sente uma brisa suave passar pelas mechas de seus cabelos e isso faz com que desperte. Seus olhos, agora abertos, se deparam com algo extasiante e... Estranho. Está deitado num gramado absurdamente verde, à sombra de uma árvore frutífera, com um céu limpo e aquela brisa suave. Damon estava estranhamente se sentindo calmo e descansado. Procura por Elena ou Katherine ao seu redor, mas ninguém à vista. Depois de se levantar e caminhar por uma trilha de pedras brancas, se depara com um enorme portão de ferro. Receoso, vai até lá, pois não havia para onde ir. Se deparou com um homem vestido de branco e com asas. Sem conseguir segurar, começa a rir, fazendo com que o homem franze a testa.

–Do que rires?

–Cai entre nós cupido, você devia ter acertado a flecha em Elena antes, para eu aproveitá-la mais. Vê se da próxima vez não erra... – Damon sorri.

–Desculpe, mas eu não sou o cupido. O cupido no momento está em uma reunião importante com Afrodite.

–Reunião, sei... – Damon diz em tom de malícia.

–Meu nome é Gabriel – Diz o homem, ignorando o comentário anterior de Damon – E sou o guardião do portal dos Altos Céus. Você está na lista? Qual é o seu nome?

–É algum tipo de entrada VIP? Isso é tipo... Uma boate? Porque eu só queria achar Elena e Katherine, ou então...

–Salvatore? – Ele o interrompe.

–Você... Como... - Damon fica plantado com cara de bobo.

–Damon Salvatore, não é? Um ex-vampiro, psicopata, egoísta, garanhão, altruísta, hipócrita, arrogante,...

–Mas bom de cama.

–Desnecessário, Senhor Salvatore.

–Tudo bem, mas resumindo tudo... O que é isso?

–Ainda não percebeu? – Gabriel ri de um jeito musical – Você está no céu. Você morreu. Você voltou a ser humano.

–O quê?! No céu?! Eu deveria estar no inferno! Não?

–Seu nome está na lista. Qualquer dúvida, fale com o Divino.

–E onde Ele está?

–Em todo lugar.

–E como faço para falar com Ele?

–Faça uma oração e ele lhe atenderá.

–Isso é mentira.

–Te juro que não é. Agora entre, porque tem mais gente morrendo e querendo entrar no Céu.

–Isso foi cruel caro cupido. - Damon reflete sobre o comentário do mesmo.

O portão se abriu automaticamente e Damon entra, ainda absolto nos pensamentos de estar realmente no céu. Aquilo só podia ser um sonho. Vê então duas mulheres usando apenas vestes brancas até os joelhos passarem e lhe cumprimentarem. E Damon chega a conclusão de que o sonho poderia durar por bastante tempo.

**

Stefan chega na casa abrindo a porta num estrondo e correndo até o corpo de Damon no sofá, seguido de Alaric que chega ainda mais pasmo ao corpo. Os dois permanecem um tempo em silêncio, observando a feição de Damon serena. Katherine chega ao lado de Alaric e lhe acaricia as costas.

–Sinto muito... – Diz, ela mesma com um aperto no coração.

–Eu preciso de ar. – Ric diz rapidamente, saindo da casa e se curvando no jardim, socando o gramado e liberando suas lágrimas entupidas – Porra Damon...

Stefan por fim reage, chacoalhando Damon na tentativa de acordá-lo, tenta fazê-lo abrir os olhos, grita por seu nome, soca seu o peito, mas sem respostas de vida. Então, com os olhos marejados sente o corpo fraquejar, e com a ajuda de Katherine, se senta numa poltrona, trêmulo e pálido.

–Você parece Edward Cullen. – Katherine tenta reanimá-lo.

–Stefan? – Elena aparece na sala quase se arrastando.

–Elena? – Stefan se levanta rapidamente, correndo na sua direção e abraçando-a forte, sentindo seu ombro encharcar-se. – Como você está?

–Não estou totalmente renovada, mas estou bem. Stefan,... – Elena tenta falar algo, mas desaba em lágrimas de novo.

Dean chega somente agora com Ana, e os dois ficam chocados ao ver que Damon estava realmente morto e já pálido, sem pulsação. Ana abraça Dean com força e ele fica a imaginar se as pessoas reagiram da mesma forma com ele quando havia morrido. Lembrando disso, tende a pensar se Damon também fora para o inferno conhecer as diabetes safadas. Ele iria gostar. Dean percebe que está com um sorriso torto no rosto, mas logo tira quando volta a realidade. Damon está morto.


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