Céu e Inferno escrita por HR


Capítulo 27
Capítulo 26 - Bolinho Surpresa VS Fim dos Tempos




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Então Sam chega com sacolas em mãos e percebe a casa milagrosamente silenciosa. Mas, a maioria do pessoal está na sala, encarando a lareira e falando baixo, por sabe se lá o motivo. Ele então deixa as mercadorias no balcão e pega alguns bolinhos. Aproveitando o momento de distração de todos, coloca o líquido verde que Morte havia lhe dado, dentro de dois bolinhos. Sam suspira. Não queria fazer aquilo, mas era isso ou o fim do mundo.

Numa bandeja, leva os bolinhos até a turma, deixando os dois com o veneno na ponta. Ele começa oferecendo para Damon, para que ele pegue o primeiro da ponta.

–Estou sem fome. – Damon resmunga.

–Ah, qual é. Eu não acredito que você vai recusar, sendo que...

–Ah, cale a boca. – Damon resmunga e pega um dos bolinhos da ponta, olhando-o e procurando a vontade de comer. Sam sente um frio na barriga, imaginando se Damon adivinharia algo suspeito.

–Elena? – Sam pega o outro bolinho e lhe entrega.

–Esse é de que? Porque eu odeio côco...

–É tudo de chocolate, estão fresquinhos, acabei de comprar na padaria.

Elena o pega e morde. Alaric, Stefan e Ana também pegam e comem. Damon ainda está observando o bolinho. Sam percebe e sente suas mãos soarem.

–É a primeira vez que eu como um desse... – Damon morde a metade do bolinho. - Por que resolveu nos dar bolinhos?

–Passei na padaria e resolvi comprar, alegrar o dia de vocês... Estão precisando pelo que se percebe.

Sam leva a bandeja para a cozinha, quando Elena e Damon começam a pigarrear e tossir. Quase ao mesmo tempo. Elena começa a ficar sem ar e cai do sofá, ficando de quatro e tentando puxar ar em vão, enquanto Damon sente a garganta queimar, fazendo que ele mesmo aperte sua garganta com força pela agonia.

–Elena! Damon! – Sam diz teatralmente.

–Meu Deus, Elena! – Stefan voa até Elena, vendo-a ficar roxa.

–Que diabos é isso agora? – Alaric vai até Damon, tentando tirar as mãos do mesmo por estar se asfixiando.

Elena começa a sentir um formigamento no corpo e ao conseguir pegar um pouco de ar pela boca, vomita, sujando o braço de Stefan que a segurava e o tapete da sala. Depois disso, Elena desmaia. Damon ainda luta pra ficar consciente e seus olhos começam a se revirar numa tentativa de deixar os olhos abertos. Alaric chacoalha-o, mas ele acaba desmaiando também.

Todos se entreolham, em pânico.

–Que porra foi essa?! – Alaric leva as mãos à cabeça, observando Damon e Elena.

–Eu ia sugerir que fosse algo dos bolinhos, porque foi algo inacreditavelmente de repente. Mas, todos nós comemos... – Ana comenta.

–A não ser... – Stefan olha para Sam – Você disse que tinha uma surpresa para os dois. E somente os dois estão assim... O que você fez?!

–Não posso contar.

–Qual é, não é você que está coberto de vômito! Por quê eles estão assim?! – Stefan se altera, preocupado.

–Morte pediu para que eu injetasse um vírus fatal nos dois... Caso contrário, o fim do mundo aconteceria.

–Você fez o quê?! – Alaric fica boquiaberto, levantando-se para soca-lo inteiro.

–Calma, Alaric. – Stefan ajeita Elena no sofá e vai até os dois – Isso deve ter uma cura... Não é? – Stefan olha para Sam na esperança de que ele afirme.

–Não. – Sam engole a seco.

**

Perto da meia-noite, estavam todos no cemitério. Ariel, Dean, Ana, Bonnie, Stefan, Alaric, Sam e, os Cavalheiros estavam prestes a chegar. Damon e Elena estava ainda desmaiados nos sofás da sala, sob a supervisão de Katherine, para o caso de alguém se aproveitar da inconsciência dos dois.

Os carros antigos se aproximam e de lá, os Cavalheiros da Horsemen saem no mesmo momento, quase que em câmera lenta e então se aproximam do grupo, e cruzam os braços. Sam dá um passo a frente e os cumprimenta visualmente. Não queria dar a mão para Morte. De jeito nenhum.

–Está feito? – Morte lhe pergunta.

–Sim. Por isso não estão aqui. – Sam comenta com a voz engasgada.

–Sobre isso, precisamos conversar depois. – Stefan o encara.

Os Cavalheiros então formam um círculo, erguem seus anéis e os encostam, dizendo palavras em latim indecifráveis. Segundo Bonnie, eram palavras que revertiam situações, que no caso, seria o portal aberto. Um clarão tomou conta do cemitério depois da última frase e todos protegeram seus olhos por conta da visão ofuscada pela luz.

Um vento soprou violentamente, fazendo as folhas de outono voarem e dançarem pelo cemitério num ritmo frenético. O clarão se apagou em instantes e o vento parou. Quando olham em volta, os Cavalheiros não estão mais ali, nem seus carros. Estão sós no cemitério. Com o relógio marcando meia-noite.

–Então é isso? Acabou? – Sam pergunta incrédulo.

–Pra você não acabou. – Alaric trinca os dentes e estrala os dedos.

**

Damon acorda, puxando o ar violentamente para dentro dos pulmões. Se sente fraco demais até para mexer o maxilar. Sente sua testa ensopada de suor, assim como seu corpo está formigando em agonia. Por um esforço maior, consegue virar a cabeça e ver Elena deitada no outro sofá, tossindo com dificuldade, enquanto Katherine se afasta dela com um pano.

–Vou buscar outro. Não comece a tossir enquanto eu não volto, não quero ficar limpando o chão e o sofá. Nunca me imaginei cuidando de uma criança desse tamanho. – Katherine vai até o andar de cima lavar o pano no banheiro.

–Elena? – Damon sussurra.

–Damon? – Elena geme ao conseguir olhar para ele. – Estamos morrendo...

–Eu sei. – Damon tosse, sentindo uma fisgada no pulmão. – Acho que essa é a hora que nos perdoamos de tudo... Então... - Damon revira os olhos e dá um sorriso fraco.

–Não. – Elena o interrompe – Não gaste seu fôlego. Mas eu só quero que saiba que... Mesmo gostando do Stefan, estando com ele, eu não consigo e nunca consegui te tirar da minha cabeça... – Elena tosse repetidas vezes – Mesmo com tudo que você me fez.

–Me perdoa. – Damon murmura.

–Eu... Eu acho que te amo, Damon. – Elena franze a testa, lutando para entrar ar em seus pulmões.

–Não, Elena... Não me ame, por favor. Você sabe que eu faço tudo errado, eu sou um pervertido, um assassino, um idiota, um traidor... Você não me merece. – Damon sente sua perna ficar dormente de repente e isso o assusta. – Não...

–O que foi? – Elena franze a testa.

–Minhas pernas... – Damon murmura e logo sente uma queimação horrível do quadril pra baixo, fazendo-o gemer, assustando Elena. Damon tenta gritar, mas se engasga com sangue na garganta e fica em agonia tentando não se afogar por um longo tempo.


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Notas finais do capítulo

Damon... ;'(



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