Depois da morte de Augustus Waters escrita por Malia Stilinski
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem, deixem seus comentário, com dicas, criticas ou só elogiando mesmo :3
- Acorda, Hazel. Você vai se atrasar. - disse minha mãe enquanto entrava no meu quarto.
- Mãe, eu não quero ir hoje no grupo de apoio.
- Hazel... - falou sentando na ponta da minha cama e fazendo carinho nos meus pés que estavam sob as cobertas. Eu sabia que ela ia começar a falar sobre a morte do Augustus, porque ela sempre ficava sem graça e falava desse jeito comigo. - Você tem que ir, você precisa seguir em frente.
Eu sei que precisava seguir em frente. Mas eu não queria. Principalmente sem o Augustus. Eu não queria voltar pra vida monótona de antes. Só que eu tinha que voltar, que outra opção me restava?
Ajeitei os tubos de oxigênio e me levantei da cama para me vestir. Coloquei qualquer coisa, eu nem me importava mais com a aparência. Desci para comer alguma coisa antes de ir e minha mãe me levou de carro até a igreja. Chegando lá, ela se ofereceu para ir comigo até o (literalmente) Coração de Jesus, mas eu disse que não precisava e que telefonaria pra ela quando tudo terminasse.
Desci do carro e vi Isaac na entrada da Igreja.
- Oi, Hazel.
- Oi, Isaac. Tudo bem?
- É, você sabe, né... - Sim, eu sabia. Ele também sentia falta do Gus.
- É... - respondi
- Me ajuda a subir até a sala? - ele perguntou
- Sim. - E enganchamos nossos braços. Eu gostava de subir até a sala do grupo de apoio com Isaac, assim nós íamos de elevador e eu não me cansava tanto subindo as escadas.
Subimos no elevador em silêncio. Até que perguntei para aliviar o clima de funeral:
- Cadê a sua mãe? - ela sempre o ajudava a subir até a sala
- Ela foi estacionar o carro, mas como a reunião já vai começar, achei melhor subir com você.
- Ah, tá. Sabe, eu até gosto de subir com você, assim eu não me canso nas escadas. O oxigênio, entende...- falei, o Isaac era um cara legal. E eu precisava de amigos, principalmente agora.
- Que aproveitadora! Então você não sobe comigo com o intuito de me ajudar, ou porque sou uma boa companhia! - ele brincou e eu comecei a rir.
Pelo menos conseguimos nos livrar daquele clima. Chegamos lá em cima e nos sentamos um do lado do outro e ouvimos a conversa habitual do Patrick. Isaac e eu nos comunicávamos através dos nossos suspiros como fazíamos antigamente, só que dessa vez com risos sufocados intercalando os suspiros.
A reunião do grupo de apoio passou incrivelmente rápido. Ajudei Isaac a descer e dentro do elevador conversávamos sobre Patrick.
- Porque ele sempre tem que falar as mesmas merdas? - perguntou.
- Ah, sei lá, mas ele é um cara legal.
- "Mas ele é um cara legal" - imitou. - Ele se curou de um câncer nas bolas! Podia fazer alguma coisa da vida, "viver a vida!". Mas não.
- Não é bem que um grupo de apoio. É mais tédio do que apoio.
- Grupo de tédio à crianças com câncer.- falou e nós começamos a rir.
Chegamos a entrada da igreja e a mãe de Isaac já estava ali. Me despedi dos dois e fui em direção ao carro da minha mãe parado ali na calçada.
- Hazel. - chamou ela.
- O que foi? - perguntei
- Porque não chama Isaac pra ir lá em casa? - sugeriu. Era uma ótima ideia, porque não?
Dei meia volta e caminhei o mais rápido que uma paciente com câncer carregando um carrinho de oxigênio consegue, e gritei.
- Isaac!
- Hazel? - ele se virou e gritou de volta: - O que foi?
- Você não quer ir lá em casa? - gritei
Ele conversou com a mãe dele, por alguns instantes.
- Tudo bem! - gritou de volta.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Não esqueçam de comentar o que acharam!!!