Céu Selvagem escrita por Ariadene Caillot


Capítulo 7
Laços de Amizade


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, espero que gostem desse capítulo. É a partir desse que vai começar alguma intrigas da histórias XD

Vai aparecer uma palavra em italiano que significa Feiticeiro. ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/443872/chapter/7

Lorenzo estava a caminho de uma propriedade afastada da mansão principal. Basílio havia descoberto algo intrigante demais. Não acreditava o que lia naquele papel, nada fazia sentido. Basílio parou em frente a um antigo monastério.

–É aqui?

–Ele foi abandonado e agora nossa família o controla.

–O que exatamente fazem?

–Não sei mestre, mas algumas pessoas já se esconderam aqui.

Basílio abre a porta do carro para Lorenzo descer. Ao ficar em pé, observa o prédio. Uma construção riquíssima em detalhes e um jardim de tirar o fôlego. Na frente havia algumas pessoas de roupas escuras e expressões sérias. Basílio o acompanha até a entrada, o apresentaram aos responsáveis pelo local e Lorenzo foi levado até a sala do chefe. Um homem alto, cabelos negros e curtos, que usava um paletó bordo e fumava charuto. Lorenzo sentou diante dele e a fumaça o irritava.

–Então você é o Mestre espanhol Lorenzo. Nosso amado e falecido chefe falava muito sobre você.

–Éramos grandes amigos.

–Enfim, o que o traz aqui?

–Estou atrás de um garoto que se encontra aqui, ele atende pelo nome de Cielo.

–O senhor caladinho. Se quiser arrancar alguma coisa dele, vai ser difícil. Ele tem atitudes irritantes, como se fosse o senhor superior por aqui.

–Posso vê-lo?

–A esposa do falecido chefe quer o garoto longe de estranhos.

–Eu preciso!- Lorenzo suplicava.

–Hahaha, calma homem! Eu não obedeço a ordens de mulheres. E dane-se porque raios ela protege o garoto. - o homem estrala os dedos e vem um jovem de terno preto logo em seguida. – Leve este senhor para ver o Cielo!

Dias depois no Japão, casa do Tsuna.

–Ehhhhh!!! Não consigo fazer isso!!!

–Calma Tsuna-kun! – Ria Kyoko.

A jovem estava ajudando o namorado a realizar as lições de matemática. A mesinha no quarto do Tsuna estava uma verdadeira bagunça, com cadernos, canetas, sucos e lanches.

–Eu sou péssimo nisso, Kyoko-chan!- Tsuna chorava.

–Bobo!- ela beija o rosto dele.

–Sou um burro!

–Não é não! Você é especial. – a garota se aconchega no ombro dele. Tsuna acaricia as bochechas da jovem, lhe fazendo cocegas.

–Sabe, eu ainda acho que é um sonho estarmos juntos. - Tsuna a abraça e encosta sua cabeça na dela.

–Não é um sonho, estamos juntos de verdade.

Tsuna beija Kyoko carinhosamente. Aquela era uma sensação agradável e excitante, ainda que o casal estivesse trancado no quarto do garoto e sozinhos em casa. Ele avançava aos poucos para as pernas dela com suas mãos, pernas macias e lisinhas, a sensação era boa demais. Mas o jovem queria ir um pouco mais além hoje, sua mão foi subindo a perna dela até sentir um tecido leve e de rendas e juntamente com um local macio e quente.

A respiração de Kyoko mudou para um ritmo agitado e ela desabotoou a camisa de Tsuna, colocou suas mãos por baixo da camiseta dele e fazendo cocegas com sua unha no abdômen. Tsuna deitou Kyoko no chão, ficando por cima dela, colocando sua mão por baixo da sua camisa. Avançava com cautela para o peitoral e quando chegou Kyoko não o impediu. Era excitante massagear aquela parte tão quente e macia uma sensação que sempre esperou experimentar. A garota gemia de excitação fazendo Tsuna aumentar a força e a velocidade da massagem. Ela cochicha em seu ouvido com uma voz prazerosa.

–Eu te amo!

Mais tarde, Haru havia saído com Patrícia comprar materiais para uma nova fantasia bizarra dela, apenas para ocupar a cabeça. Desde o dia do encontro dos quatro casais, Patrícia havia se aproximado de Haru pela questão de estarem em situações parecidas, já que a loira estava se sentindo deslocada. Gokudera a obrigou a não tocar no assunto sobre Tsuna em hipótese alguma. Esse costume na verdade começou graças ao Yamamoto, sempre que ia sair juntos ele chamava Patrícia, para o azar de Gokudera.

Após comprarem tudo, elas comeram um lanche e se despediram, já que moravam em caminhos opostos. Haru estava feliz de ter feito uma nova amizade feminina. Sentia muita falta de Kyoko ao seu lado, das conversas, de posar uma na casa da outra, mas realmente não havia como voltarem. Agradecia por Gokudera e Yamamoto estarem com ela nesta situação, com certeza estaria muito abalada sem eles. Especialmente Hayato, que possuía muita paciência, principalmente em suas recaídas. Nunca imaginou ela ter o jovem explosivo como um amigo especial.

Aquele com certeza era um dia bom, pensou ela, que andava sorridente pelas ruas. Mas o destino sempre brincava com o seu coração e assim, levando seu sorriso embora. Pela segunda vez ela presenciava aquela cena.

Tsuna e Kyoko estavam encostados em uma árvore, abraçados e se beijando. Quando afastaram um pouco os rostos, o garoto observa a ruiva com tanta ternura que Haru sentiu-se esmagada. Ela apertou as sacolas e tentou segurar o choro. Rezou em que um milagre Gokudera aparecesse, ela precisava dele urgentemente.

Cerrou os dentes e desviou o olhar em busca de um caminho alternativo, assim que o encontrou, saiu correndo feito um tufão. Ela apenas corria sem rumo com a cena repetindo constantemente em sua mente. As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto e seu corpo tremia. Ela ouvia de longe as reclamações. Com certeza devia ter topado com várias pessoas no caminho, mas ela sequer conseguia perceber isso. Apenas parou ao ver o familiar parquinho próximo a sua casa.

Sentou no balanço e ali ficou horas e horas refletindo sobre tudo. Concluiu que não venceria a sua amiga, Tsuna a amava muito, aquele olhar comprovava tudo. Ela teria que superar de alguma forma, mas, aquele garoto baixinho, gentil e atrapalhado tinha seu charme, uma fofura que ela era apaixonada. Pensava se um dia encontraria um homem parecido com estas características.

Sentiu uma leve cutucada na testa e notou que havia uma sombra a mais no chão. Ao olhar para cima, viu aqueles belos olhos verdes a observando. Sem pensar, apenas o abraçou e começou a chorar intensamente. Ele sem jeito colocou uma de suas mãos no ombro da garota.

Hayato a leva para o seu apartamento que ficava no segundo andar. Haru sentou ao lado de uma mesinha baixa e o moço lhe trouxe um chá calmante. Ela achava incrível como Gokudera tornava-se uma pessoa paciente quando ela estava triste e estranhava que ele quase não falava muito nessas situações. Na verdade, ele fazia o esforço de segurar todas as reclamações e broncas consigo mesmo, para não piorar o estado da amiga.

– O que houve? – pergunta Hayato em um tom sério e baixo.

–Haru saiu apenas com a Patrícia-chan hoje, ela ajudou a Haru comprar algumas coisas.

Gokudera sente uma raiva interna começar, deduziu que Patrícia deveria ter aprontado alguma, mas continuou fingindo estar calmo.

–E foi legal! – Haru continuava a contar- Faz tempo que a Haru não saia com uma menina. Não que a Haru esteja reclamando de sair só com o Gokudera-kun e Yamamoto-kun. Mas, as meninas às vezes precisam de um tempo juntas.

–Entendo. – afirma ele após um gole de chá.

–Então Haru se despediu da Patricia-chan e no caminho...- Gokudera nota que Haru estremece, ela aperta o tecido da saia e lágrimas começam a rolar pelo seu rosto. – Os vi dois se beijando novamente!- e ela chora.

–Ei, ei, calma!- Gokudera se ajoelha ao lado da Haru desesperado.

–E...Gokudera-kun...não estava lá...dessa vez...- falava ela soluçando- Haru ficou tão perdida.- e ela o abraça novamente.

“Esses abraços estão ficando frequentes.” – pensa Gokudera.

Final da tarde, Gokudera e Haru estavam no terraço do apartamento do jovem. Observavam o pôr do sol e sentiam a leve brisa tranquila. Os olhos da garota ainda estavam um pouco inchados e doloridos, talvez sua mãe não percebe-se que havia chorado tanto. Sentia dor de cabeça que a deixava sonolenta.

Gokudera estava apoiando no para peito com o olhar longe. Haru tentava desvendar o que ele devia estar pensando tanto, mas sem sucesso, ele não demonstrava nada. Lembrou-se de repente do que Patrícia havia comentando tanto sobre os rapazes. A loira achava ambos os donos de uma beleza e porte físicos extremamente interessantes, comentou até que notava a inveja das outras meninas, quando os dois estavam junto com elas. Mas Haru não conseguia enxerga-los desta forma. Então decidiu naquele momento, pelo menos tentar e começou a observar o jovem discretamente.

Ela começou pelos olhos verdes, que sempre mais chamava sua atenção. O olhar sereno que Hayato estava os deixavam mais lindos. Brilhavam tão intensamente que combinava com toda a energia que o rapaz possuía. Sua pele era pálida e seu queixo era robusto, os cabelos pratas ajudavam a completar sua fisionomia. Haru teve vontade de toca-los por parecem tão macios e suaves.

Assim ela desceu e começou a observar o pescoço, ombros, braços e mãos. A camisa de manga curta que ele usava revelava um pouco dos músculos que tinha. Devido às lutas e treinamentos, Gokudera tinha músculos definidos e pareciam estar aumentando com o tempo. Começou a ficar curiosa para ver o peitoral, até que se lembrou de já tê-los visto anteriormente, mas naquela época ela não dava atenção para esse assunto.

“Porque a Haru não prestou atenção naquela época? Agora só quando formos para praia ou piscina para ver!” – pensava ela se lamentando. – Hahi! – ela fala alto mas Gokudera não percebe-“ No que Haru esta pensando!?”.

Em um parque qualquer, estavam Tsuna e Kyoko sentados à sombra de uma árvore um pouco escondida. Ela estava sentada no colo dele e trocavam beijos rápidos.

–O dia foi muito bom hoje!

–Com certeza foi! – Tsuna a beija novamente.

–É muito bom estar com você!-Kyoko o acaricia. Por um momento ela o olha pensativa e sua expressão muda.- Tsuna –kun, a algo que me preocupa a algum tempo.

–E o que seria?

–Você não sente falta de andar com seus amigos? Afinal, nosso grupo anda um pouco afastado.

–Eles entendem que estou com você. As coisas mudam quando namoramos.

–Eu sei. - Kyoko encosta a cabeça em Tsuna. Ele nota certa tristeza na face do seu amor e com sua intuição ele deduz o que a estava afetando.

–Você sente falta da Haru, não é?

Kyoko desencosta dele surpresa.

–Bem, um dia isso ia acontecer. Gostamos da mesma pessoa! Mas, eu torço por voltamos a ser amigas.

–Ela se afastou por minha causa. Andando com você ela ia me ver, você ia comentar sobre nós. Eu imagino que ia ser tenso para ela.

–Mas eu estou com inveja e ciúmes da Patrícia-chan. Yamamoto-kun me contou que elas iam sair juntas hoje. Iam fazer a mesma coisa que fazíamos antes.

–Mas você apresentou o dia do bolo para Patricia-chan.

–Eu sei, mas eu estava me sentindo solitária aquela época. - Tsuna começa a se sentir culpado pela situação e acaba demonstrando isso em sua face. Kyoko percebe e o abraça, falando para não sentir-se desta forma.

–Kyoko-chan, por que você não liga para a Haru-chan?

–E se ela...

–Com certeza deve estar sentindo falta de você também! Ligue agora!

Kyoko pega o celular em mãos e o observa o mesmo por algum tempo, estava com medo de ligar. Tsuna beija sua testa e sorri para encoraja-la. E assim ela disca o número.

–São apenas essas sacolas?- Pergunta Gokudera com três sacolas nas mãos já perto da porta de saída do apartamento.

–Sim, mas deixe-me, as levo.

–Quieta sua mulher estúpida! –Haru começa a rir.- O que foi?

–Haru está feliz por Gokudera-kun voltar ao normal. Haru acha estranho Gokudera-kun fala de forma calma.

–Huf!

O celular da garota toca e ela se surpreende ao ver quem era.

–É a Kyoko-chan! O que a Haru faz?

–Atende sua idiota!

–Mas, mas, mas...

Gokudera aperta a tecla de atender a chamada por ela.

–Oi? Haru-chan?

Haru se assusta ao escutar a voz de Kyoko-chan.

–Oi…Kyoko-chan.

–Hum… você está bem?

–Sim…e você?

–Também

Silêncio predomina na chamada.

–Haru-chan...

–Sim?

–Haru-chan eu, eu... estou com saudades!–Haru percebe que a Kyoko estava com tom de choro e Haru começa a querer chorar novamente.

–Haru também!

–Podemos sair um dia?

–A Haru não sabe se consegue...

–Por favor!– Kyoko começa a chorar.- Eu prometo não tocar “naquele assunto”! Me sinto tão solitária sem você. Sinto falta dos nossos dias do bolo, de posar na sua casa, de sairmos. Eu não quero que tudo acabe. – Haru chora junto com a Kyoko.

–Sim, a Haru também!!!

–Você está em casa?

–Não.

–Então também não! Mas logo eu volto! Posso te ligar mais tarde?

–Claro!

–Então até depois Haru-chan! –Kyoko mistura risos felizes com choro.

–Até.- Haru desliga. Gokudera a observa encostado na parede, esboçando um sorriso. –Por que Gokudera-kunestá sorrindo?

–Pela mulher estúpida recuperar a amizade com sua melhor amiga.- falava ele em tom afetivo.

–Mesmo que Haru e Kyoko-chan voltem a amizade...- A garota enxuga as lágrimas- Haru quer continuar saindo com Gokudera-kun, Yamamoto-kun e Patricia-chan.

–Eu imaginei que teria que te aguentar por mais um tempo. – falava ele debochando.

–Gokudera-kun...- Haru se aproxima e pega as mãos do rapaz o deixando encabulado.- Saiba que você é um amigo muito especial para a Haru. Obrigado por sempre estar ao lado da Haru. Estaria perdida sem o Gokudera-kun.

Haru havia conseguido deixar Hayato muito envergonhado. Mal imaginava que ela o considerava desta forma. Apesar da vergonha ele se pegou sorrindo. Gokudera de certa forma não possuía muitas amizades profundas, tirando os outros guardiões da Vongola, na qual fazia o possível para proteger.

Haru largou das mãos do jovem e o lembrou de que ele a levaria para casa.

–Pelo jeito deu certo.

–Sim!!!-Kyoko o beija no rosto. – Muito obrigada.

–Eu fico feliz por vocês.

–Eu achava que ela ainda estava irritada comigo. Eu percebia que ela não gostava quando eu estava por perto.

–Deve ter passado com o tempo.

–Sim! Isso é maravilhoso!!! Agora vamos, preciso voltar para casa.

Na Itália, Jack treinava sozinho em uma sala interna da mansão. Usava os seus poderes combinados com sua lança, criando ataques potentes. Claudio estava sentado em uma cadeira assistindo tudo e gravando para o mestre analisar posteriormente.

–Claudio, quando ele volta?- perguntava Jack enquanto acertava as maquetes de aço.

–Logo meu jovem senhor.

–Mas... O que ele foi fazer?

–Nem eu mesmo sei.

–Eu preciso que ele me continue a treinar. Como vou derrotar o décimo?

–Meu jovem senhor, não sou o mestre, mas podemos lutar. – Claudio tira a máscara, o capuz e as luvas que estava usando. Ele pega do armário de armas duas adagas. - Podemos começar?- fala ele sorrindo.

–Sim.

Claudio assume a postura de luta e corre como tufão para Jack. Tenta perfura-lo com as adagas, mas o garoto é mais rápido e tira uma delas de suas mãos. Claudio em um rápido passo a recuperar do ar e o ataca novamente pela direita

–Uma abertura!

O Garoto sente gosto de sangue, Claudio havia conseguido abrir uma ferida em seus lábios.

–Já havia sentido o gosto de sangue antes, Jack?

–Não que eu saiba.- E parte para o ataque visando as pernas de Claudio. Assumiu que o ferindo ali, reduziria sua velocidade, o problema era acerta-lo. Por um tempo, ambos conseguiram bloquear os ataques, até Jack ver uma abertura quando Claudio foi saltar e conseguir realizar o ataque.

–Está apelando Jack? Muito bom!- Claudio tira sua jaqueta- Mas saiba Jack, eu fico mais louco ao ver sangue. – E sua velocidade de ataque aumenta, conseguindo tirar a lança das mãos do garoto.

–O que vai fazer agora Jack?- Claudio corre para mais um ataque e o Garoto se rola no chão para desviar. – Não vai conseguir fazer isso por muito tempo.- o rapaz novamente uma sucessiva onda de ataques e Jack consegue desviar de muitos mas sua roupa ficou cheio de rasgos. – Você não vai derrotar o décimo desse jeito. – a fala faz Claudio deixar uma abertura onde Jack aproveitar para socar seu tórax e consegue arrancar uma das adagas jogando esta longe.

–É só eu treinar.

–Hehehe, sim Jack. E este foi um belo soco. Sabe o que eu percebo? Você luta bem com a lança, mas não parece muito a vontade com ela.

–Tentamos todas as armas e só consegui com a lança.

–Humm e luvas de boxe?

–O mestre falou que seria ruim, já que o décimo usa luvas.

–Bobagem. Tem umas aqui que eu uso para treinar. – Claudio remexe no armário de armas e acha as luvas de boxe. – São estas. – Larga nas mãos de Jack.

–Mas...

–Tente Jack! Não custa nada. Mas não se incomode se ficar um pouco grande para você.

O garoto tira as luvas pretas que estava usando e coloca as luvas de boxe e Claudio as regula para ele. Jack sentiu um estranho ar familiar ao usa-las.

–Vamos de novo.

E começam novamente a luta. Jack denominou rapidamente as luvas, seu corpo se mexia sozinho já que seus instintos o diziam o que fazer. Era como Claudio havia observado e com razão, ele sentia-se a vontade com as luvas.

O rapaz estava impressionado com a forma de o garoto lutar. Era uma pista a ser pesquisa sobre Jack e ele relataria isso logo para o seu mestre. Só algumas coisas chamaram a atenção de Claudio, Jack fazia algumas manobras que não tinham nada haver com boxe ou outra luta que ele conhecia. O fato só o estava deixando ainda mais curioso.

–Vamos acabar com isso Jack!- o rapaz lança as duas adagas em direção a garoto, que ao invés de desviar ou proteger-se com os braços, ele faz um ato estranho. Esticou um dos braços para frente e outra para trás, por instantes não ocorrendo nada, mas em seguida sai uma energia azul de suas mãos e afetam as adagas as fazendo desviarem.

O garoto olha para suas mãos, estava abismado.

–Incrível Jack! Vou falar com o mestre para você lutar com as luvas de boxe ao invés da lança.

O garoto pega a lança que estava jogada no chão e a observa.

–Acho que vou ficar com ela mesma Claudio!- afirma sorrindo. Tira as luvas e as coloca nas mãos do rapaz, recolocando as luvas pretas. – Vou para o meu quarto.

Claudio apenas o observa pasmo, sem entender nada.

–Olá Jack!- cumprimentava Adelina no corredor.

–Olá senhora!

–Estava assistindo seu treinamento. Seu poder é incrível!

–Desde quando sabe que tenho poderes?- dizia ele desconfiado. –“ Seria possível que o mestre me traiu?”.

–Desde que me casei com seu pai Jack!-falava ela estranhando a reação do garoto. Ela coloca uma mão em seu ombro e faz sinal para continuarem o caminho. - Ele sempre me contou muitas coisas de você! Sabe como se chama isso que você tem?

–Não.

–Força de Stregone. Não que queira dizer que você é um feiticeiro, mas seus descentes foram confundidos com eles. E assim recebeu este nome. Aposto que vai ser habilidoso como o seu pai.

–Eu sempre tive isso comigo então?

–Sim! E Jack, eu notei que Claudio o incentivou a lutar com luvas de boxe.

–Foi bom lutar com elas. Mas é estranho, me parecem familiares.

–Porque o seu tio, irmão de sua mãe, ensinou algumas coisas de boxe para você. Às vezes lutavam quando se encontravam.

–Sério!?

–Sim! Seu pai que me contou.

–Mas continuarei a usar a lança.

–Seu pai também lutava com ela.

–Sim, o mestre me contou.

–Mas, eu acho que você precisa de um banho e um bom descanso. - apontava para as roupas que pareciam trapos.

No Japão, Tsuna estava sentado no chão encostado em sua cama, olhando pasmo para uma de suas mãos.

“O sinal, ele ressoou!” – Ele começou a tremer de medo e assim segura a mão com força – “O que está acontecendo!?”

–Tsuna, você está fazendo suas lições?- entrava Reborn de repente no quarto pela janela. Ele percebe que o garoto estava em pânico. – O que houve Tsuna?

O sinal azul nunca lhe incomodou desde que acordou do hospital. Tinha que observar muito bem para vê-la e assim havia decidido nem comentar sobre assunto com os outros. No inicio achava que ela era o resultado de algum medicamento ou do próprio tombo, mas ela nunca sumiu. Com o tempo, já a havia esquecido.

Mas enquanto lia um mangá ela ressoou. Tsuna sentiu uma força que parecia sugar sua energia aos poucos e seu brilho aumentava, até ser interrompida de forma inesperada. Tsuna não se sentia fraco, mas aquele fato o assustou.

–Então é isso! Você é um idiota, devia ter mostrado isso antes!- Reborn analisava a mão dele. - Eu acho que é algo relacionado a magia, mas nunca vi nada assim antes!

–Será que não é uma doença estranha? Lembra eu já tive algo louco por usar demais Shinu Ki no Honoo?

–Hum... Teremos que chamar o Shamal para ver isso.

Algum tempo depois, Reborn aparece com Shamal.

–Shamal, aí está seu paciente!

–Eu só consulto mulheres.

–Ehhh, como você conseguiu achar ele tão rápido?

–Ele estava por perto. Shamal, você é o único que pode nos dizer o que Tsuna tem.

–Aff, o que está acontecendo?

–Tsuna, estique sua mão.

Shamal analisa o sinal azul, ficando intrigado com o que via.

–Reborn é melhor você começar a procurar outro para o cargo de chefe Vongola.

–Ehhhhhhh!!!

–Garoto, sinto muito!

–O que!? Eu não quero morrer!!! Deve ter alguma cura!

–É verdade Shamal?

–Hehehe, não, estou apenas brincando!

–Não me mate de susto! O que eu tenho?

–Não sei dizer, mas não se preocupe, pois não é uma doença. Essa coisa parece ser um sinal de magia.

–Também achei. Como poderemos descobrir?- pergunta Reborn.

–Magia, magia...Talbot-Jiisan!!! Ele deve saber o que é isso com certeza!- afirma Tsuna.

–Talbot anda sumido desde a batalha entre Arcobalenos.-afirma Reborn.

Tsuna novamente demonstra pânico em sua face.

–Se acalme Tsuna, se ela ressoar novamente nos avise. Vou pedir para o Nono e o Iemitsu procurar Talbot.

–Ok!

Na Itália, o retorno de uma pessoa deixava Jack muito feliz.

–Mestre, você voltou!

–Olá Jack!

–Ele só perguntava de você o tempo todo.- afirmava Claudio.

–Onde você tinha ido Mestre?

–Vamos para a minha sala e eu o contarei tudo. Claudio poderia fazer um lanche?

–Claro Mestre.

Na sala de Lorenzo, ele estava em sua poltrona com as penas esticadas em um sofá para pés. Ao seu lado, um criado mudo cheio de guloseimas e chá. Jack estava sentado em um sofá, Basílio no outro canto e Claudio estava terminando de servir chá para todos.

–Então Jack, eu e Basílio estávamos em uma propriedade de sua família, pesquisando algumas coisas e conheci uma pessoa bem interessante?

–Uma mulher?-brinca Jack.

–Hahaha!!! Engraçadinho! Não, é um garoto e acho que vocês devem ter idades aproximadas. Quero que o conheça!

–Quando?

–Hoje mesmo, o lugar não é longe! Se arrume e partiremos daqui a meia hora.

–Ehhh!- falava Jack assustado.

Meia hora depois partiram em viagem. O lugar realmente não era longe, sendo apenas uma hora de viagem. A estrutura do monastério chamava a atenção de Jack, era simplesmente lindo. O garoto tinha vontade de tocar em todos aqueles detalhes, mas pareciam tão frágeis graças ao tempo, que se conteve.

–Jack, sei que está interessante desbravar o monastério, mas quero te apresentar o garoto.

–Desculpe mestre.

–Hahaha! Por aqui!

Lorenzo levou Jack para uma área grande com jardins, bancos e muitas árvores. Havia muitas pessoas carregando ou lendo livros, tocando instrumentos entre outros. Mas um em especial chamou sua atenção, era o jovem deitado confortavelmente em um banco lendo. Ele era o único a usar uma máscara branca. Vestia jaqueta com capuz bege, usava uma luva sem ponta dos dedos azul escuro, uma calça jeans de lavagens escura e tênis preto. O mestre levou Jack diretamente ao garoto, o jovem de capuz claro levanta em sinal de respeito.

–Jack, quero lhe apresentar Cielo ou também como é chamado, Sawada Tsunayoshi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem sobre o que acharam e o que esperam da história. ^^
E muito obrigada por ler ^^
E tenho uma curiosidade, como vcs enxergam ou imaginam os personagens da familia italiana que eu criei? XD