Céu Selvagem escrita por Ariadene Caillot


Capítulo 17
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Notas iniciais do capítulo

Olá genteee!!! Estou tão animada, pois estava muito ansiosa pelo dia que eu postaria esse capítulo. *_*
A uma parte deste capítulo, na qual eu havia feito um esboço a muito tempo atrás e não via a hora da história chegar até aqui para colocar. Sabe como é né, aquela velha história, se você tem uma ideia boa, anote ela correndo para não esquecer. ;)
Com os capítulos sobre o festival foi a mesma coisa, eu havia escrito ja a algum tempo. asuhuas
Espero que gostem e boa leitura gente ;)



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–Vamos para a Itália!?- afirmava Tsuna surpreso. Eles estavam reunidos na casa de Yamamoto.

–Sim, Tsuna. Vamos resgatar Cielo!- afirmava Reborn.

–Mas... O que direi a Kyoko-chan? Que estou indo resgatar o namorado verdadeiro dela!?

–Continue dizendo que são assuntos da máfia. Ela não precisa saber detalhes.

– E quando vamos partir? – indagou Yamamoto.

–Sexta feira! Sei que é pouco tempo, mas façam as malas de vocês. A Vongola dará um jeito nas faltas escolares.

–Quanto tempo ficaremos lá?

–Dou duas semanas no mínimo. Esses são os passaportes de Yamamoto, Tsuna, Lambo, Ryohei, e Patrícia fizeram um novo para você. – todos pegam os passaportes em cima da escrivaninha, Tsuna além do dele, pegou o de Lambo. - Gokudera o seu está em ordem?

–Sim. Não tenho tantos problemas para adentrar na Itália.

–Hibari-san e Mukuro não vão?-perguntava Tsuna.

–Hibari não quer sair de maneira alguma de Nanimori. Mukuro sumiu de novo. Poderíamos levar a Chrome-chan. Liguei para ela e disse que vai voltar do seu treinamento particular para nos ajudar.

–Só nós damos conta deles?-pergunta Tsuna novamente.

–Mas é claro Décimo! Teremos o resto da família Vongola conosco. – afirmava Gokudera.

–Levaremos a Shimon e os Cavallone de apoio.

–Para quê!?

–Não sabemos o que nos esperar Gokudera.

–Não se esqueçam do meu grupo. - afirmava Basílio.

–Hahaha, eu não entendi o que temos que fazer.

–Vamos resgatar Cielo, Yamamoto! Com certeza Céu Selvagem virá atrás de nós. Vamos ser obrigados a lutar.

–Ok! Então esse Cielo é o verdadeiro Tsuna-kun.- afirmava Patrícia pensativa.

–O que foi?- indagou Ryohei.

–Bem, como eu não sabia que ele estava vivo, isso muda a história. Alguém tem que ficar com ele, para manutenção da troca de energia. Como me fizeram acreditar que eu operava receptáculos, não havia necessidade de uma pessoa para realizar isso.

–É o seu irmão que está fazendo isso?

–Talvez! Nunca contei a vocês, mas...- ela toma fôlego.- Eu tenho uma irmã também.- todos se mostraram surpreendidos.- Estou temendo que a estejam usando para isso.

–Loirinha, você realmente escondeu muitas coisas!- afirmou Gokudera.

–Na verdade, nem do meu irmão eu poderia ter contado. Mas escapou!

–Quem são seus irmãos, garota? Quais são os seus nomes?- perguntava Basílio ansioso.

–Claudio e Marcella Rispondere!

–O QUÊ!? –Basílio a agarra os braços dela tão repentinamente, que a deixou assustada. – Claudio é o seu irmão!?

–Me largue! Está me machucando!!!

–Aquele filho da...- ele apertou mais os braços dela. Yamamoto tirou as mãos dele à força.

–Ficou maluco!?- gritou Yamamoto furioso.

–Claro! Acabo de descobrir a irmã do principal suspeito de estar coagindo com Adelina!!!

–Adelina!?- repetiu Tsuna assustado.

–A chefe da família. – completou Basílio.

–Foi ela que me desafiou... Que desafiou o verdadeiro décimo e toda essa situação teve inicio!

–Como? Ela esteve no Japão?

–Sim, Basílio! Ela desafiou o verdadeiro Tsuna e três guardiões dele. No final da história, ela empurrou Tsuna em um buraco do teto do prédio o deixando ferido e desacordado.

–Que foi quando eu o clonei!

–Patricia-chan, você não viu Adelina?-perguntou Ryohei.

–Não. Eu estava em um furgão com janelas tampadas, as gêmeas me retiraram de lá para clonar ele e me colocaram de volta no carro e me levaram para a minha nova casa, aqui no Japão.

–Isso explica o fato de que não tinha tantos machucados.- concluiu Ryohei.

–Sim, clonei apenas alguns arranhões, já que não havia muito tempo. Ia ser estranho se ele não tivesse alguns, após ter caído daquela altura.

–Patrícia, me conte mais do seu irmão.- indagava Basílio. Ela olha para Reborn apreensiva.

–Não precisa contar se não quiser Patricia-chan.

–Obrigada Reborn. Senhor Basílio, apesar de estar com muita raiva do Claudio, eu ainda o amo. Temo que façam algo contra ele.

–Mas você contou para a Vongola.

–Eu faço parte da Vongola!- frisou ela.- E o que me pareceu, você tem um rixa pessoal com o meu irmão.

–Garota, pelo que pude entender você um elemento do plano de Adelina para tomar o lugar do verdadeiro chefe! Diz que está no nosso lado, mas não conta o que sabe!?

–Como conheceu Claudio?

–Somos da mesma família mafiosa.

–Máfia!? Meu irmão é da máfia!? – Patrícia parecia arrasada.

–Ele é o leal servo de Adelina, nossa chefe corrupta! Entende a situação agora? Estamos temendo que Jack e Cielo não saiam vivos dessa história.

–Jack?- indagou Tsuna.

–É o primeiro filho do nosso falecido chefe.

–O garoto que vocês estão treinando!- completou Reborn.

–Claudio é o responsável pela segurança do garoto.

–No que o meu irmão foi se meter...- a loira começou a chorar. Yamamoto a consolou em seus braços. Reborn pede para o rapaz tirar ela da sala.

–Basílio, esta garota passou por muita coisa, de tempo para ela.

–Não temos tempo, Reborn.

–Está mais calma?- ambos estavam sentados em um degrau da escada que dava para o quintal. Ele pegou em uma das mãos dela.

–Sim...Obrigada Yamamoto-kun.

–Hahaha, pode ser loucura, mas, até agora tenho a impressão que você não olhou nos meus olhos.

–Não é loucura. Estou sem coragem de encara-lo depois que do eu fiz no festival. –Yamamoto a sente apertar sua mão.

–Ninguém está com raiva de você. Entendemos o seu lado.

–Sério?

–Lembra quando você perguntou se algum dia as pessoa perdoavam as outras? Para você, esse dia chegou!- ele sorriu.

Ela finalmente olhou para ele. Os olhos verdes dela estavam mais brilhantes, graças às lagrimas. Os contornos deles estavam vermelhos de chorar e parte de sua franja quase cobria um dos olhos. Yamamoto sorriu, beijou-lhe a testa e a puxou para os seus braços. Era um aconchegante abraço para a loirinha que fez seu coração se acalmar.

–Então Cielo se encontra nesta região da Itália.- Basílio apontava para um mapa que estava no chão.

–Hum... Vai ser um pouco difícil para entrarmos sem sermos vistos. - concluiu Reborn.

–Meu grupo consegue entrar sem problemas, mas precisamos de uma distração para retirar ele de lá.

–Poderíamos ataca-los ao extremo! E na confusão, tiramos o Cielo de lá.- opinava Ryohei.

–Péssima ideia, cabeça de grama! Deixaria evidente que estamos na Itália.

–Eles usam capuzes e máscaras nesse monastério!

–Perfeito! Já sabemos o que fazer!-Falava Gokudera.

–Tenho contatos que conseguem o que precisamos!

–Ótimo. E temos que descobrir se a irmã da Patrícia está lá também, para desfazer o a transferência de energia. - lembrava Reborn.

–E assim partimos para derrotar Adelina! Perfeito!- concluiu Basílio.

Reborn percebeu que Tsuna estava quieto neste meio tempo. Quando o observou, o garoto parecia pensativo e preocupado. O bebê logo lembrou sobre o que seria: Qual seria o destino dele após o resgate do verdadeiro décimo?

Mais tarde, Tsuna ligou para Kyoko, explicando que tinha um assunto sério para conversar. Marcaram de conversar em frente à casa dela.

–O que houve Tsuna? Você parece preocupado.

–Não vou mentir, eu estou mesmo.

–O que houve?

–Assuntos da Vongola. – Kyoko expressa sua frustação ao torcer os lábios. – Desculpe.

–Tudo bem. O que queria falar comigo?

–Eu vou ter que viajar! Ficarei no mínimo duas semanas fora do Japão.

Ela estava abismada. – Para onde!?

–Itália.

–Pela sua expressão Tsuna-kun...Eu não vou perder você não é?- ela começa a chorar.

–Voltarei vivo! Não se preocupe. A Vongola e nossos aliados são fortes.

–Você está indo para uma batalha?

–Não posso te falar, sinto muito! Quanto menos se envolver, melhor para a sua segurança.

–Quando irá partir?

–Sexta feira.

–Mas...mas... É muito perto.

–Eu sei. Mas é urgente. - ele a abraça.

–Promete voltar para mim?

Essa pergunta mexeu profundamente no coração dele. A abraçou ainda mais forte antes de responder.

–Prometo!

–Você vai ficar neste estado até quando?-indagava a mãe de Haru encostada na porta, para a filha que estava deitada de bruços na cama com as luzes apagadas.

–Como posso saber?- respondeu ela com a voz sufocada no travesseiro.

–Filha, fale com ele.

–Já te falei mil vezes!!! –ela senta na cama.- Ele não quer me ver! Se a situação fosse ao contrário, eu também agiria da mesma forma. Estou tentando deixar o tempo passar, ele se acalmar e daí vou tentar encontrar ele.

O celular da Haru começa a tocar e sua mãe sai do quarto. Era a Kyoko.

–O que houve? Parece preocupada.

–Eu estou. Tsuna me contou algo que me deixou agoniada.

“Ela ligou para desabafar!”- pensou Haru, que concluiu que ela não era a melhor pessoa no momento para isso, no estado emocional que se encontrava. – O que houve, Kyoko-chan?

–Tsuna-kun, Gokudera-kun, Yamamoto-kun, Lambo-chan e Onii-san, vão para a Itália! A viagem vai durar no mínimo duas semana!!!. Eles estão indo lutar!–o silêncio permaneceu–Haru-chan, você está aí?

Haru ficou estática. Hayato já estava distante emocionalmente dela e agora ia ser geográfico? Sentiu suas pernas amolecerem. Seus planos estavam indo por água a baixo.

–Kyoko-chan, co-co-como assim!? Indo lutar!? Tão longe!!! Mas... O Gokudera-kun... Como Haru vai falar com ele e pedir desculpas!? E se algo acontecer!?- a garota sentiu lágrimas rolarem pelas bochechas.

–Haru-chan, fale com eles antes. Vão partir na sexta-feira.

–Ele ainda não se acalmou, Haru tem certeza.

–Haru-chan, o enfrente. Vá atrás! Ele gosta muito de você e tenho certeza que quer vê-la! Pude ver isso hoje!!!

–Hoje? Como assim?

–Eu conversei com ele sobre você.

–O quê!? Mas, mas...

–Converse com ele amanhã!!! Ou eu não vou te perdoar!

–Você não pode me obrigar!

–Posso sim!!! Neste tipo de situação, eu posso!!!

–Kyoko-chan, quer por tudo a perder? Se eu falar com ele agora... Só vai deixa-lo com mais raiva.

–Amanhã você irá conversar com ele, por bem ou por mal.

–Ok, convenceu a Haru, Kyoko-chan.

No dia seguinte, eles se reuniram novamente na casa de Yamamoto, desta vez, a Shimon, Cavallone e Chrome iriam estar presentes. Gokudera estava diante a casa do amigo, junto ao décimo e Reborn, quando Shitoppi-chan viu Gokudera-kun, andou apressadamente e começou a brincar com ele.

–Gokudera-kun!!!-ele gruda no braço dele.- Como você está mais adulto. – ela cutuca a bochecha dele. Hayato sem falar nada, retira a mão dela.- Ehhhh!!! Está me desprezando!? Observando melhor, você não parece estar bem. Por acaso alguma mula voadora te perturbou?

–O quê!?

–Mulas voadoras não existem, mas, quando encontramos com elas temos que tomar cuidado. Elas nos iludem, e fazem você crer que elas voam.

–Ainda estou tentando processar o que você está querendo dizer, com essa história de mula voadora.

–Como você é burro para não entender uma lógica tão simples.

–Você me fala uma loucura dessas e me chama de burro!?

–Seres inferiores não entendem o meu pensamento.

–Não me chame de burro!

“Hum... Kyoko-chan me disse que eles iam se encontrar na casa de Yamamoto-kun hoje. Mas... quando chegar lá o que eu vou dizer!?”-pensava Haru caminhando até a casa do amigo. “Gokudera-kun!?”- ela avistou o garoto pela qual estava apaixonada.

–Esperava tanto de você Gokudera-kun. – ela o abraça, mas o rapaz não retribui. Ele acabou ficando encabulado, ela falava com tom de voz excitante e suas virtudes roçavam no peitoral dele.

“Hahi!? Quem é aquela!? Por que ela está abraçando ele daquele jeito!?”

–Como você é tímido! Está envergonhado apenas por tê-lo abraçado?- ela belisca a bochecha dele. Logo sorri de forma maliciosa e perde propositalmente o equilíbrio, obrigando Gokudera a abraça-la.

“O que!?Não! Não! Não!” –pensava Haru vendo tudo aquilo. Quando Shitoppi-chan se aproximou dos lábios dele, a garota não quis ficar para ver o resto da história. Saiu chorando pelo caminho e repreendendo-se a si mesma.

Gokudera empurrou Shitoppi-chan, argumentando para ela o deixar em paz.

–Ainda acho que algo está diferente em você.

–Huf!

–Já sei!!! Você está gostando de alguém certo?

Gokudera apenas sorriu irônico para ela e saiu de perto. Shitoppi-chan continuou perguntando alto se ele havia sido rejeitado pela pessoa.

Hayato estava se auto repreendendo pode deixar suas fraquezas às claras. Ele deveria voltar ao normal, à situação que se encontravam não permitia este tipo de preocupações. Pensava o rapaz, se estava usando o fato como uma desculpa para se concentrar não se concentrar no assunto sobre a Haru.

Shitoppi-chan sentou ao lado dele na reunião, isso quando ela sentava, a garota ficava andado de um lado para o outro quase o tempo inteiro. A Shimon e a Vongola aproveitaram para contar as novidades antes do inicio da reunião.

–Tsuna-kun, você parece diferente. Andou crescendo?

–Hahaha Enma-kun, acho difícil!

–Parece muito preocupado. A situação que a se encontra Vongola é grave?

Patrícia que estava encostada na parede conseguiu escutar a conversar e começou a ficar nervosa.

–Yamamoto-kun...

–Sim?

Ela fez sinal para eles se afastarem e perguntou baixo. – Quem é aquele garoto de cabelo vermelho falando com o Tsuna?

– É o chefe da Shimon.

–Aquele cara!? Uau! Nem parece! Enfim, ele notou algo errado no Tsuna.

–Está com medo que ele descubra?

–Sim! Para mim, eu estou enviando energia suficiente para o clone, acho estranho ele perceber.

–Não é isso Patricia-chan. O décimo está nervoso. É isso que Enma está vendo nele.

–Espero que esteja certo Gokudera-kun. Não consigo enviar mais nenhuma energia extra para ele.

–Aquele...- falou Chrome repentinamente. – Quem é aquele que tem a mesma aparência do chefe?

–Chrome-chan. Você veio!

–Hum...sim...

–Patricia-chan, está é Chrome-chan, outro membro da Vongola.

–Prazer!

–Prazer...Você tem uma energia diferente...

–São os meus poderes. E aquele Tsuna que está sentado ali é um clone.

–Clone? Achei que era uma ilusão.

–Não. Sou uma mestra em clonagem de objetos e seres vivos.

–Mas onde está o chefe verdadeiro.

–Venha Chrome, irei lhe explicar tudo.- falava Reborn.

–Céu Selvagem? Eu nunca ouvi falar dessa família!- Afimou Adelheid.

–Não somos populares no mundo da máfia.- explicou Basilio.

–Qual é a força da família de vocês?

–Somos fortes, mas não se equiparamos a vocês.

–São nossos inimigos?

–Para a atual chefe, sim.

–Bem, acho que não será um problema então para nós. Que acha Enma?

–Se for para ajudar o meu amigo, sem problemas.

“Não é tão fácil assim.”- pensou Reborn.- Daremos o sinal quando ataca-los.

–Passem os planos de vocês. – ordenou Adelheid.

Depois da reunião, havia começado a chover e Gokudera acabou emprestando um guarda chuva de Yamamoto e praguejava pelo fato. Ele voltava caminhando pacientemente, pois a aquela chuva e o barulho que a mesma fazia no objeto, o deixava sereno para pensar sobre a vida.

A morena não saia dos seus pensamentos, seu coração começou a acelerar quando se lembrou dela repentinamente. Ele estava mentindo a si mesmo e se distraindo pelos dias que se arrastavam lentamente, mas, era uma tortura não ouvir a voz dela e o calor dos seus abraços. Ele achava que nunca esqueceria o perfume dela.

Perto já de sua casa, ele avistou o parquinho onde ele e Haru sempre se encontravam para sair. Ele sorria ao lembrar simplesmente do fato, quando ele possuía sua companhia sem os seus sentimentos atrapalharem tudo. Aquele parquinho foi o palco de muitos desabafos da morena, de brincadeiras e conversas da vida.

Gokudera voltou para a realidade, quando um vulto lhe chamou a atenção na parte dos balanços. Quando ia se aproximando, surpreendeu porque era uma garota com o uniforme da escola da Haru. Ao se aproximar mais, viu que era a própria Haru, sentada em um balanço, cabisbaixa e encharcada pela chuva.

Haru estava distraída e sua respiração revelava que havia chorado, sentiu as gotas pararem de gotejar e uma mão se estendeu a sua frente. Ao olhar para cima, viu que era Gokudera enfurecido e dispondo seu guarda chuva sobre ela. Haru sabia pelo olhar dele, que estava segurando muitas broncas por ela estar daquele estado. Ela quase lhe perguntou se era um sonho ele estar ali, diante dela, estendendo sua mão, enquanto permitia que a chuva brinca-se com aqueles lindos fios pratas e escorrer pela sua pele reluzente.

Optou por permanecer em silêncio e colocou sua mão sobre a dele, que a ajudou a levantar do balanço. Hayato fez sinal para ela segui-lo e caminharam por algumas ruas em silêncio. Haru reconhecia aquele caminho, estava indo para o apartamento do rapaz. Parece que demorou uma eternidade para chegarem e assim que ele abriu a porta o silêncio foi cortado.

–Mulher, eu vou lavar e secar suas roupas. Você não pode ir nesse estado para a casa.- ele a puxava para o seu quarto- Aqui está uma toalha!- coloca nas mãos dela uma toalha branca – E vou lhe emprestar alguma roupa minha, vejamos...Acho que essas servem para você.- era uma camiseta azul e calça de moletom preta.- Sabe aonde é o chuveiro não é? – Haru afirma com a cabeça e segue para o banheiro.

Hayato suspirou, tirou sua camisa e colocou uma seca sem abotoar mesmo. Pegou uma toalha e ficou parado diante a janela do quarto. Enquanto secava o cabelo, refletia sobre sua situação atual.

A garota que ela gostava estava a 5 metros dele. E não poderia mentir, o desejo de rouba-lhe seus beijos e de tê-la em seus braços era forte, mas não, ele tinha o seu orgulho e manter ia-se forte. Distraiu seus pensamentos, tentando entender o porquê dela estar no parque em plena chuva. O que aquela doida pretendia, pensava ele. O motivo seria ele? Pensou, mas logo tirou da sua mente. Não queria se iludir achando que fosse o assunto principal para a Haru. Mas não podia deixar de estar preocupado de o que a levou fazer aquilo.

Ele sorriu timidamente ao lembrar que um dos motivos de ter ficado ao lado dela, era para que ela não fizesse nenhuma loucura. Dito e feito! Foi apenas eles se afastarem, e ela o fez.

“Tempos bons.”- pensou ele.

O sorriso desapareceu quando sentiu uma pressão em seu abdômen. Quando olhou para baixo, viu braços frios e molhados, grudando a camisa branca na pele. Era a Haru que o havia abraçado pelas costas. Ela ainda estava molhada e seu corpo tremia de frio. O abraçava com tanta força, parecia que não queria deixa-lo fugir. Estava chorando baixinho e soluçando.

Gokudera tentou ser gentil tirando as mãos delas e virou-se para vela frente a frente.

–O que está havendo? – perguntava ele de maneira tão serena que até o rapaz ficou surpreso.

– Gokudera-kun...- falava ela soluçando – Você tem mesmo que ir para a Itália?

O rapaz a observou surpreso e olhou para os lados pensativo. Ela realmente estava naquele estado por que ele ia viajar por alguns dias?

–Hã... Sim, eu preciso.

–A Shitopi-chan vai junto?

–Sim, a Shimon ira nos ajudar.

Ela amarrou a cara e Gokudera quase riu. Por um acaso ela estava com ciúmes dele?

–É... Divirta-se. Vocês dois parecem íntimos.

–Não somos...

–Eu a vi te agarrando e indo em direção para te beijar!!!-ela se altera.

–Você não tem nada haver com a minha vida.

–Então ela te beijou mesmo!!!- ela voltou a chorar.

–Você está encharcada e tremendo de frio, vá tomar um banho...

–Não mude de assunto!!! Não se finja de insensível. Eu sei que está magoado comigo...mas... eu gosto de verdade de você!

Gokudera havia colocado metaforicamente uma máscara de orgulho, Haru apenas viu um rapaz sem emoções, frívolo diante dela, enquanto na verdade, o coração de Hayato estava acelerado, ele havia ficado surpreso, eufórico e feliz.

–O que foi? Não vai falar nada?

–Não acredito nas suas palavras!-ele jogou as palavras, se arrependendo logo em seguida.

–O que eu preciso fazer para acreditar em mim!? O que eu faço para demonstrar os meus sentimentos? Sabe, eu sempre tive medo de te perder. – ela encosta a cabeça no peito dele.- Gokudera-kun apesar de ser grosso, esconde um lado muito gentil. Obrigada, por deixar Haru ver esse lado.- ela afirmava enquanto soluçava.

–Não é o parece...- ele não conseguiu terminar a frase, quando ela o abraçou apertado. O tecido da camisa dela grudou na pele dele. A respiração da garota fazia cocegas e as mãos geladas fazia ele se arrepiar. Algumas gotas pingavam do cabelo dela e escorriam pela a pele do rapaz. Hayato apertou com mais força que pode os punhos, aquela situação estava propensa para outras coisas.

–Você está com alguém?- perguntou Haru um pouco ofegante. O perfume da pele dele estava deixando ela louca, desejava beijar e arranhar o seu peitoral.

–...Não...-respondeu ele quase sem ar.

–Que bom...Haru ainda tem chances de fazer você perdoa-la.- sem resposta.- Gokudera-kun?- ele estava em silencio, tentava se concentrar para não abraçar a garota. A respiração dele já estava acelerada. A jovem se aconchegou ainda mais nele.- Gokudera-kun é tão quentinho! – ela sorriu. – Isso me lembra quando você me consolou. Estava chovendo e ambos encharcados, não é irônico?- a última frase foi dita em tom de choro e lágrimas escorreram de Haru. Ela foi surpreendida pelo abraço de Gokudera, ele finalmente a havia correspondido.

–Você continua a mesma mulher estúpida...- dizia ele com sua cabeça encostada na dela e acariciando os seus cabelos.

–Haru não ia mudar tão rápido...- a garota fez ele rir.

–Você precisa se aquecer, está tremendo de frio! Vai acabar pegando um resfriado...

–Não quero...Você vai fugir de mim...

–Você é uma teimosa...- Gokudera colocou delicadamente uma de suas mãos no rosto dela o inclinando e assim finalmente a beijou. Seu coração estava disparado, ele finalmente havia realizado um dos seus desejos mais fortes. O beijo foi tímido, desajeitado e breve. Os lábios dela estavam quentes e úmidos.- Vou ser obrigado a te aquecer.- foi a vez de Haru puxa-lo e beija-lo.

Um beijo calmo transformou-se em algo mais feroz, como nas imaginações de Haru. Ela passava suas mãos nas costas dele o arranhando de leve, esse sempre foi um dos desejos ocultos dela desde que o viu apenas de toalha de banho. Para ele as mãos geladas eram excitantes. Suas mãos que estavam um pouco abaixo dos ombros dela, começaram a descer até o quadril, ergueu a camisa molhada dela e passava suas mãos diretamente na sua pele. Haru arrepiou-se inteira.

A garota retirou suas mãos das costas dele e puxou a camisa do rapaz, o obrigando a tira-la. Ele a agarrou com impulso e a encostou na parede. Ele estava ofegante, caloroso e ela pode ver o quanto a desejava no seu olhar. Beijava o pescoço dela, contornando a linhas que iam para o peitoral da jovem e abrindo os botões que o atrapalhavam. Ele escutava a respiração ofegante da garota aumentando a cada beijo.

Os beijos dele eram quentes e excitantes. Ela não se importou dele ter desabotoado todos os botões da sua camisa e das mãos fervorosas percorrerem o seu corpo. Haru não sentia mais frio, pelo contrário, estava calor e muito abafado. Com uma de suas mãos, levantou o rosto do rapaz e o beijou ardentemente. O puxou para perto da cama, empurrando-o para ficar sentado, assim tirou a camisa dela e sentou no colo dele.

Ele acariciava as pernas macias dela, era tão levinha e pequena. Haru acariciava o rosto de Hayato enquanto trocavam olhares apaixonados, passou seu dedo indicador nos lábios dela e a puxou para mais um beijo. Seus corpos estavam colados e roçavam entre si, aquilo estava deixando ambos loucos de prazer. As mãos dele das pernas delas subiram para as costas, apesar de meio desajeitado ele conseguiu abriu o fecho do sutiã dela e o tirou. Suas mãos deram de encontro com algo ainda mais macio na região peitoral, a forma como os acariciou fez Haru gemer.

Ela interrompeu o beijo por um breve momento, o olhou nos olhos e deu-lhe beijos curtos. O empurrou para deita-lo na cama e beija-lo. Sentiu as mãos dele acariciando o seu quadril e depois colocou uma delas por baixo da saia da jovem. Gokudera deu uma reviravolta, ficando por cima dela. O rapaz a observou e sorriu, beijou-lhe o umbigo e foi subindo até chegar ao pescoço.

–Você é linda...- ele cochichou no ouvido dela e a beijou em seguida.

Não se importavam com as consequências, com o tempo, com a chuva, apenas queriam viver a sua paixão.

Havia finalmente chegado sexta feira. Tsuna conferia sua mala pela nona vez, estava nervoso, pois primeiro nunca havia viajado de avião e segundo, ele temia pelo seu destino.

Desceu com a mala pelas escadas e ouviu a voz de Kyoko. Ela estava na cozinha conversando com Nana. A garota parecia consolar a mulher, que estava preocupada com o filho viajar fora do país. A desculpa dada a ela, que a escola havia conseguido um curso no exterior para os seus alunos e ele havia sido escolhido. Dino havia prometido que cuidaria do seu “irmão caçula”.

–Kyoko-chan! Bom dia!

–Tsuna-kun!!!- ela o abraçou.

–Está pronto Tsu-kun?

–Sim! Onde está o Lambo e o Reborn?

–Lá fora, esperando junto com o Dino-san.

Tsuna saiu e cumprimentou a todos. Dino o esperava com uma linda limusine preta com vidros escurecidos. Entraram no carro e seu “irmão” o contava sobre como a Itália era linda e que ele não ia se arrepender de conhecer o país. Aquilo não bastou para que Tsuna se acalma-se. Finalmente chegaram ao aeroporto e se depararam com uma cena inusitada: em uma das cafeterias, estavam sentados em uma das mesinhas, Gokudera e Haru tomando café da manhã.

Tsuna analisou a cena: eles estavam sentados em lados oposto da pequena mesa redonda e pareciam conversar sobre algo muito sério pelas suas expressões, mas escaparam alguns sorrisos e olhares questionadores. Outro ponto que não passou despercebido, as mãos deles estavam muito próximas, quase se tocando. Tsuna ficou surpreso em ter percebido tantos detalhes.

–Eu falei para a Haru-chan tentar conversar com ele. – Kyoko interrompeu o raciocino de Tsuna. Quando a olhou, a garota estava com um sorriso enorme, feliz por sua amiga.

–Acho melhor não interrompê-los.

–Concordo! Vamos!

–Então...Você promete voltar em segurança?- indagou Haru.

–Prometo!-respondeu Gokudera.

–E que vai me ligar se puder?

Ele riu. – Sim, sim!

Ela suspirou.

–Acho que ainda tem algo te incomodando. - Gokudera afirmou.

–Estou braba comigo mesma da forma que eu agi antes e agora você vai para a Itália e...

–Eu também queria ficar mais tempo com você. Mas pare de se repreender agora! Quando eu voltar, poderemos aproveitar!

–Não se sinta pressionado. Eu sei o que aconteceu ontem e tal, mas, mas...

Hayato entrelaça seus dedos nos dela e se inclinou para frente. Ela o observava curiosa e ansiosa.

–Haru, que ser minha namorada?

Ela sentiu suas bochechas pegarem fogo, mas um largo sorriso despontou.

–Sim! Sim!- aceitava ela extremamente feliz. Ela teve vontade de se jogar no colo dele e abraça-lo.

–Pronto! Agora se sinta livre para cobrar minha companhia. - ele sorriu. – Você com certeza estava apreensiva, pois não tínhamos conversado sobre isso ainda.

–Haru ficou com medo de cobrar por algo que não tínhamos no nosso relacionamento. Hum... Já que Gokudera-kun e Haru vão ficar tanto tempo afastados, o que acha de trocarmos alguma coisa que lembre o outro?

–Seria legal. – ele sorriu. – Mas eu estava pensando em outra coisa.

–No que?

–Venha comigo!- ele levantou e esticou sua mão para ela.

Um tempinho depois... Eles estavam em uma joalheria.

–Que lindos!!!- Haru segura dois medalhões pratas nas mãos, pareciam dois dragões tribais.

–E são iguais! Separados eles apenas são curvas adornadas. - ele os encaixa. - Mas juntos eles formam um coração. O que acha?

–Eu amei!

–Ótimo!- ele sorria. – Podemos gravar nossos nomes depois que eu voltar.

–Sim!!!- Haru concordava feliz e o abraçou.

–Haru, estamos em uma loja.- ele lhe deu um abraço tímido.

–Ops, desculpe!

–Desculpe o atraso. - falava Ryohei para Tsuna e Kyoko que estavam sentados em um banco. Junto a ele, estava Hana e Yamamoto.

–Sem problemas, onii-san.- acalmou Kyoko.

–Então Tsuna, extremamente animado para viajar?

–É, mais ou menos.

–Ele está nervoso.- completou a ruiva.

–Hahaha, eu também estou.- admitiu Yamamoto.

–Não precisam ter medo de aviões. É um dos transportes mais seguros do mundo. – explicava Hana.

–Hahaha, mesmo assim...

–Nosso Avião está pronto! Só falta os outros chegarem.- avisou Dino.

–Onde está a Shimon?-indagou Tsuna.

–Já partiram a meia hora atrás.- respondeu Reborn.

A pedidos de Patrícia, temerosa que descobrissem o segredo do clone, implorou a Reborn que os Shimon fossem em um avião separado.

–Décimo, desculpe acabei me atrasando!- dizia chateado. Ao lado dele estava a Haru. Os dois sentiram a pressão dos olhares surpresos de todos.

Ambos tentavam disfarçar, mas percebia-se que estavam extremamente de bom humor.

–Foi culpa da Haru!- revelou a garota.

–Estúpida! Não precisa me defender, eu assumo meus erros.

–Tudo bem! Tudo bem!- falava Tsuna sorridente. Estava feliz daqueles dois finalmente terem se acertado.

–Bakadera!!!- Lambo pula no rapaz.

–Sai coisa idiota!!! Me largue!!!

–Quero balaa!!!

–Huf!!!- ele entrega balas para ele. – Eu estou precavido.

–Que gracinha. – comenta nana.

–Eh...hum...oi...

–Hã? Chrome-chan!-Kyoko e Haru falam juntas.

–O-oi!

–Que saudades de você!!!- as duas abraçam a jovem. Ela ficou vermelha igual uma cereja.

–Onde você estava?

–Tre-treinado...

–Reborn, se estão todos aqui, precisamos ir. - avisava Dino.

–Se despeçam meninos!- ordenava Bianchi.

Essa foi à parte mais triste de todas. Muitas promessas de retorno foram realizadas naquele dia.

–Se cuide cabeçudo! E não aja por impulso! Volte inteiro. - falava Hana enquanto acariciava o rosto de Ryohei.

–Sim!!! Eu voltarei inteiro porque amo você ao extremo!!!-como de costume, ele praticamente gritou a fala. Hana, já estava acostumada, sorria feliz e roubou-lhe um beijo. Os outros riram da situação.

–Cumpra sua promessa, Tsuna-kun! Ou eu mesma irei até a Itália te buscar!

–Ehhhh!!! Eu voltarei!!!- Kyoko franziu a testa preocupada. - O que houve?

–Por que eu não sinto confiança em suas palavras? O seu olhar, a maneira de agir e o tom de voz. Parece até que você tem certeza que não irá voltar para mim.

“Ela percebeu! Droga!” – Estou apreensivo em viajar, em lutar lá fora e o nível de força do inimigo! Mas eu prometo que voltarei para você. – e a beijou. Ele sabia que não a tinha convencido.

Haru esticou o dedinho, Hayato riu, e entrelaçou o dele. – O que vamos prometer?-indagou o rapaz.

–Que vamos aproveitar nosso tempo juntos, depois que você voltar.

–Tudo?

–Sim! Tudo! Não perca o medalhão!

–Digo o mesmo! Promessa feita!

–Queria te abraçar, mas os outros vão perceber!

–Que se dane! – ele coloca a mão no queixo dela, o inclina e rouba-lhe um beijo longo. Ele a puxa para perto de se e a abraça apertado, acariciando os cabelos da jovem.

–Estou feliz de estar com você...- ela fala baixinho no ouvido dele.

–Eu também. - ele sorri feliz, beija-lhe a testa e assim se afasta dela.

Yamamoto estava surpreso ao ver aquela cena, Hayato, aquele jovem fechado e grosso, conseguia agir de forma tão doce e gentil. Yamamoto, além de feliz pelos amigos, a cena serviu para incentiva-lo a ficar com a pessoa que ele gostava... Patrícia.


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Notas finais do capítulo

Então, finalmente aconteceu algo que muitas me perguntavam quando ai acontecer. Era como vocês esperavam? Me contem, assim me ajudam a melhorar ainda mais a história ;)



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