The Quarter Quell - Johanna Mason escrita por L M


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Oiiii pessoas!! Devem estar querendo me matar, não?! Pois é gente, para a minha defesa eu estava com provas para fazer e fiquei internada no hospital com infecção alimentar... É.. A coisa estava feia para mim, eu estava muito ruim. Bom, eu até que tentava escrever, mas quando eu me mexia o enjoo voltava. Mas agora estou ótima, sem provas e feliz da vida!!!! UHUUUU!!
Olhem, eu queria mesmo pedir desculpas nunca me ocorreu passar tanto tempo longe. Mas confesso que fiquei um pouco chateada com o mínimo de reviews, mas a vida é assim mesmo. Bom, boa leitura ;)



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Todos nós estávamos ao redor de Beetee, Katniss mexia em uma pedra enquanto estava ajoelhada mexendo com a mesma a enterrando no chão. Eu apenas estava encostada em uma árvore próxima, se aquilo pode se chamar assim, enquanto encarava ambos com a melhor cara de paisagem que eu conseguia:

–Quem sobrou além do Brutus e da Enobaria?-perguntou Katniss quebrando o silêncio, fazendo todos a encará-la:

–Talvez o Chaff, só os três.-falou Peeta:

–Eles estão em menor número, duvido que atacam de novo. Estamos a salvo aqui nessa praia!-falou Finnick.

Eu apenas reviro os olhos. Que se explodam todos eles! Que vão todos para o inferno, isso já está me deixando louca como da última vez... A tensão aflora em mim, é como se eu voltasse a ser aquela garotinha e não a mulher que eu sou hoje.

Maldito seja Snow!

–E o que fazemos?! Caçamos eles?-pergunto sem paciência e irritada.

Mas a resposta de todos é calada com um grito fino, agudo e desesperado e sem aviso prévio o nome de Katniss soar aos ventos:

–AH! Katniss! Katniss! AH! Socorro!-berrava a voz.

Muito bem colocado Snow, seu filho de uma @#$%... Gaios tagarelas, a pior espécie de bestantes que possa existir nesse inferno, porque al´me de você correr o maldito risco de vida você ainda pode ouvir os gritos de seus familiares e pensar que eles podem estar morrendo, sendo severamente torturados. Pelo menos aos que possuem ainda quem amar neste mundo, temeria mais a eles do que a qualquer um:

–Prim!-berra Katniss saindo correndo:

–Não! Katniss não!-berra Finnick indo atrás dela:

–Katniss!-grita Peeta:-Mas... Mas que inferno é isso?!

–Gaios tagarelas, eles imitam a voz de pessoas a sua volta. Antigamente levavam os tributos a verdadeira loucura... Boa tática, muito boa mesmo.-fala Beetee se levantando:

–Agora estão imitando a irmã mais amada de toda Panem, Prinrose Everdeen! E a idiota sai correndo, achando que a menina está aqui!-eu digo pegando o machado:

–Não a chame assim! Você também ficaria se...-fala Peeta mas parando:

–Se o que?! Continua continua... Eu sei o que vai dizer. É! Está certo, eu também ficaria igual a uma louca desesperada se eu ainda tivesse pessoas que se importam comigo ou que eu ainda ame!-eu digo colocando o machado nas costas:-Vamos logo, antes que aquela doida pense algo estúpido como se matar! O que será uma pena, já que eu estou louca para fazer isso!

No momento em que saímos correndo, escutamos um outro grito. Dessa vez mais desesperador ainda e parecendo ser provocado por dor... Mas de quem raios era esse grito?!

Até que um único nome fora soado:

–AH! Finnick! AH! Socorro, Finnick!-berrava a voz:

–Mas que maldição!-eu grito:-Vamos!

Saímos correndo seguindo o som dos gritos dos pássaros e agora do Finnick também. Eu o gritava, não queria que ele perdesse o controle também. Mas que droga! Era para eu estar com raiva dele:

–Mas onde diabos eles estão?-perguntou Beetee:

–Vamos! Não parem!-eu grito e saímos correndo, até pararmos e darmos de cara com um campo de força:-Mas que droga!

E então correndo até nós vinham Finnick e Katniss completamente desesperados com os vários pássaros rondando a cabeça deles.

Katniss bate no campo de força e começa a gritar desesperada, Peeta começa a tentar gritar ainda mais alto, para fazê-la ouvir de que estava tudo bem.

Conforme elas se abaixava e deixava as lágrimas rolarem por seu rosto, ele continuava a gritar para tentar confortá-la mesmo sendo inútil sendo que tinha aquele campo de força a nossa frente.

Meu coração se aperta ao ver Finnick também no mesmo estado e Beetee tentando fazê-lo ouvir a voz da razão. Eu via como Annie, aquela louca desgraçada, conseguia ter tanto o coração dele:

–Está tudo bem! Está tudo bem! São só bestantes, Katniss! Bestantes! Pelo amor de Deus, não é real, Katniss! Não é real! Não é real! Não é real!-berrava Peeta sem parar.

Katniss enterrou o rosto no chão e continuava a gritar desesperadamente. Até que os bestantes se foram e o campo de força desapareceu, deixando-nos entrar e tentar ao menos consolá-los:

–Está tudo bem, Katniss! Os bestantes já fora...-falou Peeta tocando levemente na menina que tremia sem parar. A mesma se levantou em um pulo e o olhou para Peeta com os olhos arregalados:

–Onde está a Prim?! Prim!-ela disse. Eu apenas revirei os olhos, esse garoto tinha muita paciência o invejo por isso:

–A Prim está bem! Tudo está bem!-fala Peeta a acariciando os cabelos com ternura.

Aproximo-me de Finnick o vendo com o olhar desolado, triste e distante. Fico em sua frente e mesmo contra o gosto de minha cabeça que gritava para eu sair dali o mais rápido possível, meu frágil coração, que agora posso dizer que voltei a possuir um, dizia para eu reconfortá-lo. Porque mesmo ele amando outra e não a mim, vê-lo daquela forma é como uma facada nele:

–Você está bem?-pergunto docemente acariciando sua face suja, porém ainda bela:

–É... Está... Está tudo bem!-falou Finnick acariciando minha mão com ainda mais carinho, mas sem olhar-me nos olhos:

–Eles não vão fazer nada com a Prim! Está tudo bem!-falou Peeta a abraçando:-Calma! Calma! Não vão tocar nela! Tá legal?! Eu estou aqui com você...

Ela ainda tremia, e vendo aquela cena, senti pena dela. Ela ainda não sabia o quanto a Capital era cruel e perder a irmã parecia insuportável para ela. Então comecei a tentar ajudar Peeta. Afinal, eu já senti na pele o que o crápula do Snow é capaz de fazer...:

–Seu noivo está certo!-eu digo e todos os olhares se voltam para mim. Até Beetee que antes estava somente encarando o chão:-O país inteiro ama a sua irmã! Se torturarem ela, ou fizerem qualquer coisa com ela...Pode esquecer os distritos. Vai ter rebelião na Capital!

Eu digo a encarando com um meio sorriso, ela agora parecia um pouco mais calma, mas ainda sim com um medo interno que eu conhecia muito bem.

Eu já possui esse medo quando era uma simples garotinha que enfrentou Snow em seus jogos. E ele acabou com tudo o que eu amava, agora que eu já não tenho mais ninguém, o que me impede de fazer outra vez:

–E aí o que você acha, Snow?! E se... E se a gente tacasse fogo no seu quintal, hein seu velho desgraçado?! Saiba que você não pode colocar todo o mundo aqui nesse inferno!-eu digo olhando para o céu e levantando o machado.

Todos olham para mim com o mesmo olhar que Terence e Cole olharam quando eu gritei para os céus amaldiçoando aquele velho:

–O que?! Não podem me machucar, não mais... Porque não sobrou ninguém que eu ame!-eu digo.

Katniss me olha com um semblante de pena. O que levemente me irritou, eu sei que a minha vida está uma verdadeira porcaria, mas eu não suporto que as pessoas tenham pena de mim:

–Eu vou pegar água!-eu digo saindo dali.

Vou caminhando pela vegetação alta e a cortado sem dó com meu machado. A única arma fiel que eu possuo e que pode ser um amigo também...

Lágrimas infelizes e quentes deslizam pelo meu rosto. Eu tento controlá-las e não deixá-las cair, mas não há jeito. Meu coração dói, meu corpo já não aguenta, minha mente está a um passo da loucura outra vez, mas ao contrário dela... Agora eu não tenho um motivo para sair viva.

O amor é a única coisa que te faz matar nos Jogos Vorazes pessoas inocentes para que você possa sobreviver, mas também é a única coisa que pode te matar cruelmente.

Tantas edições eu já vi adolescentes matando outras pessoas e ficando felizes com isso, com o eterno pensamento que poderão rever aqueles que amam mais uma vez e que aquela despedida não fora para sempre... Que ainda estarão juntos sãos e salvos em algum lugar desse mundo. Um lugar onde poderão sorrir e amar sem medo sem nada a atrapalhar...

Tantas edições eu vi pessoas chorando desesperadamente querendo sair dali, e com ainda mais prantos enquanto morrem lenta e dolorosamente. Seja com armas ou pelas garras cruéis de um bestantes. Chorando porque além da dor física, existe outra maior a de fazer aqueles que amam chorarem vendo o que você está passando ao imaginar a dor que você está sentindo. Tributos choram na hora da morte, não pela dor, não pelo medo e sim... Porque jamais poderão se tornar adultos ou construir famílias, jamais verão seus pais, pois a morte os leva.

Tantas edições eu já vi um casal se apaixonar em meio a carnificina, o que prova que todos nós amamos e temos um coração que não se desfaz porque somos escolhidos naquela maldita colheita. E eu vi o desespero quando aquele que se ama é morto e você fica sozinho. Nessa altura não era a sua família que importava, não era mais a sua vida vida que importava, era a de quem você se apaixonou perdidamente. Eu conheço a dor, eu sei como é...

E tantas vezes eu já vi, mesmo que bem escondido, um casal de tributos se matarem para poderem ficar juntos em um outro lugar, porque sabiam que ambos morreriam ou não queriam se separar...

Mas e quem ganha?! O que sobra dentro do seu coração... Absolutamente nada! O vazio das mortes,a tortura vivida, nem seus familiares são capazes de tirar de você.

Na realidade todo tributos deseja a morte quando é sorteado, bem lá no fundo todos desejam. Só vivem aqueles que amam mesmo suas famílias e que acham que serão capazes de suportar as noites os rostos de quem incendiou e que você matou...

Pego um pouco d'água e volto para a praia onde todos se encontram.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam!!! Bjssss