ELIZABETH POV.

Já se passou uma semana desde o massacre do vilarejo onde morava, ainda sinto dor, muita. Mais agora já consigo disfarçar. A pedido do meu pai estou indo morar com minha tia, Josephine. Ela morava conosco até se casar, depois se mudou para o vilarejo vizinho, onde seu marido morava. Mas ele morreu há 3 anos, desde então ela vive sozinha. Essa semana eu não fazia nada além de chorar e pensar em como seria minha vida sem meus pais, e minha família. Não havia feito planos onde eles não estivessem incluídos. Mais eu tenho que seguir em frente. E é isso que eu vou fazer, tentar pelo menos. Estava caminhando até que avistei o vilarejo. Era adorável, haviam crianças brincando, homens trabalhando e as mulheres fazendo seus afazeres domésticos. Estava observando tudo até que percebi que não sabia aonde a minha tia morava. Então resolvi perguntar para um homem que estava junto de um rapaz com um machado na mão. Aparentava ter uns 40 anos, e o mais jovem uns 26. Me aproximei e rapidamente eles passaram a me fitar.

– Com licença, vocês saberiam me dizer aonde Josephine Pierce mora? – perguntei, timidamente.

– Josephine? Bom ela mora ali. – o mais velho me respondeu, indicando qual era sua casa. Sorri e murmurei um “obrigada”, mais quando ia em direção o senhor me chamou novamente. – se me permite, o que deseja com Josephine?

– Ela é minha tia. E agora tenho de vir morar com ela. – respondi um pouco entristecida lembrando do motivo de estar ali.

– Tudo bem, seja bem-vinda. – assenti em silêncio e fui em direção aonde minha tia morava.

Bati na porta, mais ninguém atendeu. Bati novamente, e ouvi ela gritar um “já vai”. Esperei alguns segundos e ela logo abriu a porta e me deu um abraço que retribui gentilmente. Ficamos conversando até a tarde, então resolvi ajudá-la com os afazeres afinal ficaria em sua casa. Sai de lá, e comecei a estender as roupas enquanto minha tia lavava. Ela disse para esperar alguns minutos que já voltava e iria conversar com uma amiga. Assenti e continuei a fazer meu trabalho até que senti uma presença atrás de mim. Rapidamente olhei pra trás um pouco assustada.

– Que susto ! – disse assim que vi que era o rapaz que estava ao lado do senhor que me deu informações. Ele riu.

– Desculpe, não era minha intenção assustá-la senhorita...

– Pierce, Elizabeth Pierce. – respondi o fitando, ele tinha os cabelos loiros escuros e os olhos num tom verde também escuro. Era bem bonito, mais parecia tão... solitário.

– Niklaus Mikaelson. Mais prefiro que me chame de Klaus – disse pegando minha mão e depositando um leve beijo nas costas.

– Tudo bem, Klaus. E então, sem querer ser indelicada nem nada o que quer? – respondi um tanto desconfiada de vir até aqui sem falar o motivo.

– Bom, sei que é nova por aqui. Resolvi dar-lhe ás boas vindas e também aproveitei para convidá-la para ir jantar conosco. Você e sua tia é claro, neste momento acho que minha mãe acabou de fazer o convite. – disse apontando para minha tia a sua amiga que agora sei que é a mãe de Klaus.

– Neste caso quem deve dar uma resposta é minha tia. – disse um tanto confusa com toda essa hospitalidade. Depois do que aconteceu com meus pais aprendi a não confiar em ninguém.

– Nik! Você viu o Kol? Aquele pirralho vai pagar por ter mexido em minhas coisas! – disse uma loira se aproximando, era loira e possuía um certo sotaque assim como Klaus, imaginei que fossem da mesma família, irmãos talvez. Até que pareceu notar minha presença e ficou um pouco envergonhada. – desculpe meus maus modos, mais meus irmão me tiram do sério. Sou Rebekah, irmã do Nik. – sorri, ela era até engraçada.

– Sou Elizabeth. – respondo com um meio sorriso.

– Tirando seu chilique na frente de nossa nova vizinha não vi nosso irmão a manhã toda, deve estar por aí passando o tempo, sabe como o nosso irmão é. – falou como se aquilo acontecesse sempre, eles me lembravam muito eu e Nathaniel, soltei um suspiro ao lembrar dele.

FLASHBACK

– NATHANIEL, VOLTE AQUI AGORA SEU CABEÇA DE VENTO! – disse correndo atrás dele que estava rindo. – QUANDO EU TE PEGAR VOCÊ IRÁ DESEJAR JAMAIS TER NASCIDO. – ele continuava a rir, e correr. Estava ficando sem fôlego.

– Nunca irá me pegar irmãzinha, sou mais velho e mais rápido que ti, sem contar que muito mais esperto e bonito! – falou em um tom convencido que me fez revirar os olhos. Parei de correr, já não aguentava mais. Assim que percebeu que tinha parado ele também parou.

– Poupe-me Nathaniel, você não passa de um tolo convencido. Se fosse tão esperto como diz arrumava algo de útil a fazer ao invés de bisbilhotar e aborrecer sua irmã mais nova.

Sorri com a lembrança, como sentia falta deles. Percebi que estava um pouco aérea e eles pareciam me fitar, sorri para eles. Apesar de tudo eles eram muito simpáticos e tive a leve impressão de que poderia confiar nos dois.

Conversamos mais um pouco, Rebekah era muito divertida e Niklaus era um pouco sério e fechado mais nada que algumas horas de conversa não melhorasse seu humor, percebi que ele poderia ser legal quando queria.

Ficamos de nos encontrar no jantar que sua mãe daria esta noite, segundo Niklaus ninguém diria não a Esther Mikaelson. Eles me ajudaram com a roupa que estava estendendo. Logo nos despedimos e eles entraram e eu fui para casa esperar minha tia.