Voluntários - Interativa escrita por BDP


Capítulo 6
Capítulo 6 - Menos Romance, Mais Ação


Notas iniciais do capítulo

Então eu voltei com um capítulo enorme, então, se você não gosta de um capítulo grande, me desculpa!
Esse capítulo vai ser dedicado a Enobaria Sumpter (amei a recomendação, obrigada), como eu disse no último, porque ela recomendou a fic! E, falando nisso, a Ana Horan Syeks também recomendou, então o próximo será dedicado a ela!
Melody Bulwer: http://25.media.tumblr.com/fa781a60274fea0b0fe19fdd8d286a10/tumblr_mx8kpifusb1sirlheo1_500.png
Edward Campbell: http://themortalinstrumentssource.files.wordpress.com/2011/06/actoralexand_john_shea_59467393.jpg



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Elizabeth, Lena e Charles estavam comendo besteira na cozinha. Lizie não parava de pensar nos outros, eles estava demorando demais e ela estava começando a se preocupar.

Enquanto elas comiam, Lena contava como foi seu treino para Lena, que rapidamente se animou.

– Lizie, eu também quero treinar! Vocês me ajudam? – Falava a pequena.

Elizabeth se limitou a assentir com a cabeça e Charles continuou a falar. Então Lizie, que já estava com os ouvidos apurados, escuta vozes. Ela sabia que eram os outros, então rapidamente largou seu lanche no prato e começou a correr.

Antes que ela chegasse à porta, a mesma se abriu, e ela abraçou, sem nem mesmo ver quem era, a primeira pessoa que entrou por ela.

– Se não for pedir muito, gostaria de ser recebido assim toda vez que eu chegasse – falou Finn, retribuindo o abraço.

Lizie sai do abraço e começa a ficar emburrada, ao invés de preocupada.

– Onde vocês estavam?! Por que demoraram tanto? – Ela perguntou, cruzando os braços.

– Se a senhorita permitir – começou Eno –, gostaríamos de contar enquanto comemos algo.

– Tudo bem, mas vão ter que me contar tudo!

E foi só então que ela percebeu a presença de Skyler e Alex.

– Eles são Alex Jones, 15 anos e Skyler Anne Blake, 10 anos – apresentou Sora. – O Alex é sonocinense, ele controla o som e a Sky é telecine.

– Assim como eu – falou Charles, aparecendo ao lado de Lizie. – Podemos treinar juntas mais tarde. Eu sou Charlotte, 17 anos.

– Eu me chamo Elizabeth, tenho 18 anos e aquela é Lena, ela tem 8 anos. Mas agora vamos sentar porque eu quero saber o motivo desta demora toda!

E foi o que eles fizeram. Micah explicou tudo o que eles fizeram e quando chegou à parte do Finn e da Eno todas as três olharam orgulhosas para eles.

– Agora que tal falarmos dos novos Voluntários? – Sugeriu Eno. – Alex só falou com a Sora o caminho inteiro – ela lançou um olhar malicioso – e Sky também não falou muita coisa.

Sora corou violentamente e Lizie conteve uma risada.

– Bem, eu me chamo Skyler Anne, como já disse, mas prefiro Sky, ou Anne. Eu tenho faixa preta de três artes marciais: Kung-Fu, Karatê e Jiu-Jitsu. Nasci em Paris, dois anos depois, me mudei para a Itália. Quando fiz cinco anos, fui para o Japão e foi lá que aprendi a lutar. E dois anos depois, quando eu fiz sete anos, me mudei para os Estados Unidos, onde estou até hoje, como podem ver. Meus pais foram encontrados mortos numa floresta e eu nem fui para o orfanato, fiquei viajando sozinha e tentando controlar meus poderes na mesma floresta onde meus pais morreram, certa vez, eu estava saindo de lá quando agentes me capturaram, escapei graças a minha tia Cassey, mas ela foi capturada. Então, o marido dela me adotou, ele não era Voluntário, mas me ajudou a controlar os meus poderes. Algumas semanas atrás, ele sumiu. Fiquei novamente vagando pelas ruas, até que o Alex me encontrou, e decidimos nos unir, seria mais fácil de fugir assim.

Quando Sky parou de falar, todos estavam boquiabertas, menos Alex que já sabia da história da garota, assim como ela já sabia da dele.

– Acho que temos uma pequena máquina mortífera aqui – comentou Eno, tentando amenizar o clima.

Sky riu, assim como Alex. Logo, todos riam.

– É verdade, você é incrível! – Falou Lena.

– Eu posso te ensinar alguns golpes.

– Feito!

Então as duas apertaram as mãos, como se estivessem fazendo um acordo super importante.

– Sua vez de falar – disse Charles, se referindo a Alex.

– Eu nasci em Canadá, Quebec. Até os oito anos minha vida era normal, mas nessa mesma idade eu vi meus pais serem assassinados por agentes do governo, então me mudei para Vancouver, para morar com minha tia. Eu continuava frequentando colégios e tudo mais, como um menino normal, mas eu não me encaixava em lugar algum e meus “colegas” me batiam e tal, eu ainda não sabia que era um Voluntário, só descobri quando eu fiz treze anos, minha tia me contou e me treinou, ela tinha uma sala de treinamentos onde nós treinávamos todo o dia. Até que ela morreu e comecei a vagar pelas ruas, eu encontrei Sky e ela parecia tão indefessa que tive que ajudá-la, mas depois descobri que ela não é tão indefesa assim.

Todos soltaram uma leve risada e começaram a conversar. Mas como tudo que é bom dura pouco, já estava tarde e todos tinham que dormir. Elizabeth subiu com Alex e Sky e mostrou seus quartos, um ao lado do outro.

Depois todos entraram em seus respectivos quartos e foram dormir. Mas Elizabeth não conseguia pegar no sono, fazia horas desde que ela começou a se revirar na maldita cama, tentando dormir, mas nada de conseguir.

O problema era que ela estava com os agentes na cabeça. Ela não pesquisava sobre eles desde o dia anterior da chegada de Charles e Lena e a Lizie tinha pouquíssimas informações. Mas ela não era uma nerd de computador, não sabia onde procurar sem que eles a descobrissem, mas depois de mais algumas horas tentando dormir, ela pegou um roupão e saiu do quarto.

Ela só ligou a luz mais próxima da escada, para descer sem cair, mas as outras ela deixou apagada, para não acordar os outros. Elizabeth foi descendo silenciosa para o escritório.

Quando ela chegou lá, ligou a luz e deixou a porta aberta. Ela se sentou na sua velha cadeira e fechou os olhos e, nesse momento, escutou uma voz falando:

– Não consegue dormir? – Perguntou Finn, encostado no batente da porta.

– Não. Você também não? – Respondeu Lizie, Finn negou com a cabeça e se aproximou, sentando na mesma.

– O que está fazendo?

– Tentando achar coisas sobre o governo. Mas é que... eu tenho medo de eles descobrirem que estou pesquisando sobre eles e me rastrearem. Não é só minha vida que está em jogo, não mais.

Elizabeth suspirou e Finn se levantou e esticou a mão, para Lizie pegar. Ela olhou para ele, arqueando as sobrancelhas.

– Ah, qual é, venha aqui – pediu Finn. – Não sou nenhum monstro.

Lizie conseguiu dar uma risada fraca e aceitou a mão do garoto, ele imediatamente a puxou para fora do escritório, apagando a luz do mesmo.

Finn puxou Elizabeth até a cozinha.

– Você precisa de um chocolate quente, essa noite está fria – ele falou, revirando as coisas da cozinha, em busca dos ingredientes.

– E você sabe fazer um? – Ela perguntou, estranhando.

– É claro que eu sei! – Falou, fingindo estar ofendido com a pergunta de Lizie.

– Pensava que você tinha serviçais para fazer essas coisas para você e sua irmã – implicou Elizabeth.

– HÁ HÁ, muito engraçada você – ele falou, mas acabou rindo no final. – Nós não somos tão metidos assim, sabe? É mais algo que usamos como armadura.

– Eu sei.

O chocolate quente ficou pronto, então Finn colocou em duas canecas, pegou um cobertor e puxou Elizabeth para o sofá.

Eles estavam sentados no mesmo sofá, apoiados nos braços do sofá e um de frente para outro, por cima deles, Finn jogou o cobertor.

– Prove o chocolate quente, senhorita Clark – disse Finn, fazendo Lizie rir.

Ela tomou um gole e ficou maravilhada com o gosto.

– Isto aqui está muito bom! – Ela exclamou. – Você não devia ter me dado isso, a partir de agora vou te encher o saco para fazer mais para mim!

Então os dois começaram a beber sem pressa. Nenhum dos dois estava com sono, e parecia que estavam em outra dimensão, longe de todos os problemas existentes. Depois de um tempo, Lizie falou:

– Como você já sabe, Lena me contou o quanto você e sua irmão são próximos e preocupados um com o outro. E eu fiquei admirada quando me falaram o quão nervoso você estava, quando o agente tinha pegado ela.

– Nós somos humanos, Lizie – ele falou, suspirando. – Eu amo minha irmã, ela é a única coisa que me resta nessa porcaria de vida e vê-la ali, com uma faca no pescoço... foi a pior coisa que eu já vi em anos, sabe? Isso me fez acordar e perceber que, se não derrotarmos esse sistema, nunca poderemos ter uma vida normal, ao lado das pessoas que gostamos.

– Desculpa, te julguei mal sem te conhecer. Você é um grande irmão, Finn. Uma ótima pessoa. Obrigada por ficar comigo esta noite.

– Não foi nada, eu também precisava de companhia.

Finn colocou sua caneca na mesa de centro, se aproximou de Lizie e tirou sua caneca da mão da garota, colocando-a ao lado da dele. Então ele pegou uma mecha caída do cabelo de Lizie e a ajeitou atrás da orelha. Finn começou a se aproximar cada vez mais, até que estávamos a centímetros um do outro.

Então Elizabeth se levantou num pulo.

– Obrigada pelo chocolate, Finn, mas acho que é melhor irmos dormir agora – ela falou nervosa. – Estou indo para meu quarto, apaga as luzes para mim, por favor?

Sem sequer esperar a resposta dele, Lizie começou a subir as escadas e entrou no seu quarto, trancando a porta logo em seguida.

~~~

Lena e Sky conversavam animadamente sobre os desenhos de Lena, que falou que poderia ensiná-la a desenhar se ela a ajudasse a lutar, como o prometido.

Charles já tinha acordado e estava de mau humor, para variar. Ninguém além das três já tinha acordado, então seria ela que faria o café da manhã, para piorar a situação.

– Vocês duas podem ficar quietas um minuto? – Ela perguntou.

Sky e Lena a olharam como se ela fosse um bicho, mas depois cruzaram os braços, teimosas, e continuaram a falar.

– ELIZABETH! ALEX! – Charlotte gritou.

– Que gritaria é essa? – Perguntou Micah, entrando na cozinha.

– Elas não param de falar! E eu estou tentando fazer o café da manhã para todos, ou seja, estou fazendo muita coisa! Elas deveriam colaborar indo para o quarto!

– Calma, Charles.

Charlotte cruzou os braços e Micah foi falar com as garotas.

– Lena, que tal mostrar seus desenhos para Sky? – Ele perguntou.

Lena hesitou, ela era teimosa demais para sair dali, assim como Skyler, mas como Sky queria muito ver os desenhos, as duas acabaram se retirando.

Micah sorriu quando viu o olhar assassino de Charles e sua postura, ainda de braços cruzados.

– Está rindo de que? – Ela perguntou, ainda estressada.

– É que você me lembra uma pessoa.

– Que pessoa? – Ela insistiu, desconfiada.

– Ninguém que você conheça.

– Mik, se você não me contar agora, eu vou até seu quarto a noite e vou arrancar suas unhas com um alicate!

– Calma, mulher! – Ele gritou, assustado. – Tudo bem, tudo bem, eu falo! Você me lembra minha ex-namorada.

Então Charles lhe lançou um olhar tão mortífero que o assustou. Ela fechou a cara, e se virou para o outro lado, ignorando Micah.

Como ela fez no treinamento, Charles fechou os olhos, respirou fundo e pensou em Peter, mas Micah não estava ajudando muito.

– O que foi? Está com ciúmes, é?

Ela se virou para ele e falou:

– Não, eu não estou com ciúmes, Micah.

– Ah, Charles! Pare com isso, venha aqui.

Micah pegou os braços de Charles e foi beijá-la, mas ela esquivou. Charlotte se soltou e pegou as bochechas dele, as apertando até que o rosto dele ficasse parecido com um peixinho.

– Vá beijar sua ex-namorada!

~~~

Depois de todos tomarem o café da manhã, eles saíram em busca de mais Voluntários. Charles não quis mais conversa com Micah, por mais que ele tentasse. E Lizie estava fugindo de Finn, que ainda não sabia como contar o que quase havia acontecido para irmã, já que ela era muito ciumenta, mas eles sempre contavam tudo um para o outro, então, cedo ou tarde, ele teria que contar.

Quando eles chegaram ao centro, Elizabeth falou:

– Acho que vai ser mais fácil se nos separamos – Eno imediatamente grudou no irmão, como se dissesse “daqui vocês não me tiram”. – Eu e Eno temos que ficar separadas, porque somos as únicas que conseguimos apagar a memórias dos agentes. E é óbvio que o Finn não vai se separa da irmã. Alex, acho melhor você ir com eles, seu poder serve tanto para longe quanto para perto, mas o de Finn apenas para perto. Micah vai com eles para não causar intrigas com a Charles. E acho melhor a Sky ficar perto do Alex, vocês já devem estar acostumados com o poder do outro e tal. Então, no meu grupo, ficam: Sora, eu, Lena e Charles. O resto, com Eno.

Elizabeth e seu grupo andaram apenas meia hora quando passaram em frente a uma loja de música e viram uma garota tocando piano. Ela usava um vestido alegre estilo Lolita e sorria enquanto tocava.

Rapidamente todas reconheceram Melody Bulwer. Elas entraram na loja e mandaram Sora ir falar com ela, já que a garota também gostava de tocar piano.

Sora caminhou até onde Melody estava e falou:

– Você toca muito bem – ela se sentou ao lado de Melody. – Mas que tal se você trocasse o ré agudo pelo grave?

Então Sora tocou a mesma música, trocando apenas uma parte da música.

– Ficou muito legal. Sou Melody – disse a garota sorrindo.

– Eu sou Sora, e, bem... eu queria falar com você em particular – ela fez um gesto indicando as outras garotas e Melody compreendeu.

Geralmente Mely desconfiaria, mas ela sabia que aquelas garotas – principalmente Lena – não podiam ser do governo. Elas foram para o lado de fora da loja e só aí as outras repararam no quanto Melody era baixinha.

Depois de explicarem tudo, Charles disse:

– E aí, nanica, topa?

– Eu não sou baixinha! – Exclamou Mely. – Mas, sim, eu topo.

~~~

A equipe de Eno caminhava pelas ruas da cidade há uma hora. Eno andava na frente dessa vez, ela olhava para todos os lugares procurando algum Voluntário, mas até então eles não obtiveram sorte alguma. Ela olhou para trás para perguntar:

– Nós nunca vamos encontrar um... – então ela esbarrou em alguém, fazendo com que todos os livros da pessoa (e olha que eram muitos), caíssem no chão. – Ei! Olha para onde anda.

O menino não falou nada, apenas abaixou, pegou seus livros, e foi embora. Então Eno – que tinha visto o rosto do menino melhor do que os outros – percebeu que ele era um dos Voluntários que estava nas fichas de Lizie.

– Ei, menino! – Ela gritou, assustando os outros da sua equipe.

Mas o garoto não parou, ela começou a correr atrás dele e segurou seu ombro, o virando para ela. Então ela olhou no seu olho, lhe mostrando o que eles estavam fazendo.

– Vocês são...? – Ele perguntou.

– Sim. Queremos que você venha com a gente. Então, qual a sua resposta? – Disse Eno.

– Que sim, é claro! Sou Edward Campbell, 15 anos.

– Tudo bem, agora acho melhor voltarmos para o ponto de encontro – disse Eno. – E, bem... sabe, me desculpa por ter gritado com você. A culpa foi minha. E eu me chamo Enobaria, 16 anos.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Eu sei que ele ficou meio grande, sou culpada! Hmmmm, e esse clima entre o Finn e a Elizabeth? O que acharam disso? E.. viram? A Eno também é legal, ela se desculpou com o Ed e foi bem simpática... não acham?
Eu não vou postar antes do natal, então feliz natal para todos vocês!