Voluntários - Interativa escrita por BDP


Capítulo 20
Capítulo 20 - A Melhor Coisa que me Aconteceu


Notas iniciais do capítulo

Beeeeem, temos que conversar muito antes que você, pequeno gafanhoto, leia o capítulo.
Primeiramente, eu queria avisar que grande parte dos personagens está sem par (na verdade, só tem dois casais na fic agora), então eu queria saber se vocês fazem questão de um par romântico na fic. Seria muito mais fácil se a fic continuasse como está, mas, bem, posso tentar criar personagens para preencher as lacunas, ou abrir mais vagas (mas acredite, a segunda opção iria demorar).
Outra coisa: A maioria dos Voluntários aliados do governo não mandaram sinal de vida (na verdade, apenas um dele deixou review), mas, como eles não são personagens que aparecem toda a hora, resolvi deixá-los na fic. Afinal, a história poderia ficar sem sal sem eles...
Acho que foi só isso... Vamos para o capítulo?



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Lizzie avançava correndo pelos corredores. Se Ed estava certo – ele sempre estava – Annie e Sora estavam correndo muito perigo. Afinal, elas estavam sozinhas de cara com três Voluntários muito poderosos e, de acordo com Ed, Cassey e Eno estavam vindo à direção do último andar da cede, onde elas estavam.

A vontade de Lizzie era sair correndo para checar Finn. Seu coração começou a bater mais forte ao ouvir Ed dizendo, pelo microfone, que Finn tinha se machucado. Ela se forçou a continuar, dizendo a si mesma que o machucado foi superficial e David – o Voluntário que Finn achara – o ajudou a curar a ferida.

Praticamente todos os Voluntários seguiam a ordem de Ed, ou seja, iam direto para o último andar, o mais rápido possível.

Metamorfo e Sky foram os primeiros a chegar. Logo localizaram Annie e Sora e se agacharam ao lado das garotas, que estavam tentadas a invadir o local, sem reforço ou com reforço.

– Não podemos fazer isso! – sussurrou Sky, que era, surpreendentemente, a única presente que não tinha sido consumida completamente pela raiva e rancor que sentia dos outros Voluntários que trabalhavam para o governo.

A discussão começava a tomar um nível de voz mais elevado, e os Voluntários que trabalhavam para o governo começaram a escutar o barulho vindo detrás da porta.

~~~

Enquanto isso, Mely e Jake continuavam avançando pelo laboratório. A garota tentava contralar sua própria respiração, procurando uma forma de esconder seu medo de Jake, de parecer forte. Mas não adiantava o que ela fizesse, ele sabia o quão assustava Mely estava. Por isso, ele chegou mais perto dela e entrelaçou seus dedos aos dela. Mely olhou para ele e sorriu, agradecida.

O laboratório era imenso. Grandes bancadas de mármore atravessavam o cômodo, paredes de vidro separando-as. Muitos jarros e vidros, assim como prateleiras, de madeira e metal.

Os dois Voltuntários continuaram a avançar pelo laboratório, procurando qualquer coisa minimamente útil. Ao atravessarem todo o cômodo deram de cara com uma porta dupla de metal, fria ao toque. Jake esticou a mão e a abriu, dando passagem a Mely primeiro.

A garota entrou no novo recinto, logo achando o interruptor e ligando a luz, ato que ela desejará nunca ter cometido. Ela imediatamente reconheceu o lugar. Era onde faziam testes em Voluntários. Paredes de vidros eram erguidas entra a sala onde os dois estavam e as outras, com diferentes ambientações para que os Voluntários pudessem ser testados e observados.

Mely deu passos para trás até bater numa estante, derrubando tudo que estava nela e fazendo um estrondo. Ela deu um pulo com um susto e se encolheu ainda mais contra a parede.

Jake correu até ela e segurou seus braços.

– O que houve, Mely? Nós não podemos fazer tanto barulho.

– Eu sei – ela respondeu, sussurrando. –É que... é aqui que eles fazem experimentos nos Voluntários.

Um brilho de compreensão passou pelos olhos de Jake. Ele agarrou a mão dela e a levou até sua boca, depositando um beijo na mesma.

– Nós vamos sair daqui, ok? Eu prometo.

Ele puxou Mely até a porta de metal por onde eles passaram, mas, antes que pudessem atravessá-la, a voz de Ed soa no ouvido de ambos.

– Mely, Jake, acho melhor não irem por aí. Acho que tem, pelo menos, uma dúzia de agentes indo para o laboratório.

Jake olha para Mely, que arregala os olhos em desespero. Ela estava a ponto de chorar. Foi um erro vir para o laboratório, eles deviam ter voltado na primeira oportunidade. Mas agora não tinha mais jeito.

– Mely, provavelmente tem outra porta em algum lugar por aqui. Nada vai acontecer com você...

Antes que ele pudesse terminar a frase, Mely já estava negando freneticamente com a cabeça. Ela segurou o braço dele com força e o puxou contra a parede.

– Não – a voz dela estava embriagada pelo choro, lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto – por favor, não!

Então ela chorou tanto, que chegou a soluçar. Jake não poderia deixá-la sozinha, tampouco obrigá-la a atravessar o laboratório de experimentos. Sem saber o que fazer, Jake a abraçou e deixou ela encharcar seu uniforme com lágrimas enquanto ele tentava escutar o que acontecia do outro lado da porta.

Por um tempo, Jake não escutou nada. Pensou até que fosse um alarme falso de Ed, mas logo começou a escutar passos. Jake deu um passo para trás, observando Mely. Ela não poderia lutar, aquele lugar tinha afetado muito com a garota.

– Mely, eu vou lá fora, vou acabar com eles e, então, sairemos daqui, tudo bem?

Mais uma vez, Mely negou com a cabeça.

– Ed falou que são uma dúzia de agentes! Você não pode ir lá fora sozinho...

– É nossa única chance, Mely...

As mãos de Jake deslizaram pelos braços de Mely, até encontrarem as mãos da mesma. Ele acariciou-as com seu dedão e, lentamente, se aproximou. Primeiro, ele colou sua testa à da garota. Depois, inclinou-se e os dois encostaram os lábios.

Esperando a reação da garota, Jake recuou. Mely largou a mão dele, mas apenas para puxá-lo pela camisa para mais um beijo. Dessa vez, eles não tiveram tanta pressa. Jake levou sua mão para a nuca de Mely e pediu passagem com a língua.

Foi um beijo lento e romântico, mas logo teve seu fim. Jake precisava ir.

– Eu volto logo – ele sussurrou, despedindo-se com um selinho.

Jake atravessou a porta e gritou, chamando atenção dos agentes. Eles logo levantaram suas armas e começaram a disparar. Jake mergulhou no chão e escondeu-se atrás de uma bancada.

Os vidros do laboratório, que dividiam as bancadas, explodiram em mil pedaços, devido as balas disparadas. O lugar já estava um caos.

Jake ergueu as mãos, criando água. Ele levantou de onde estava escondido, lançado a água como uma onda para os agentes, que foram levados pela mesma, obrigados a largar suas armas.

O que Jake não previra é que um dos agentes, enquanto ele estava abaixado, saiu de perto dos outros e se esgueirou para perto do Voluntário, de forma que, agora, ele estivesse atrás de Jake.

Sem Jake perceber, o agente erguia sua arma, apontando para a cabeça do garoto. O agente estava prestes a atirar quando Mely, achando que a briga tinha acabado, entra no laboratório. Sem pensar direito, ela grita e se joga no agente.

Jake vira, assustado, e se depara com Mely em cima dos agentes, ambos brigando pela posse da arma. Antes que ele pudesse fazer qualquer coisa para ajudar, o som do disparo de uma bala atinge seus ouvidos. Durante a briga, o agente conseguiu apertar o gatilho e Mely fora atingida.

A única coisa que Jake conseguira fazer fora gritar. Ele caiu de joelhos, os cacos de vidro perfurando seu uniforme e cortando sua pele, mas nada disso importava. Mely fora atingida.

O agente empurrou o corpo da menina de lado, com o maior descaso possível, o que fez a mágoa e o ódio dele aumentar.

– DESGRAÇADO! – Ele gritou para o agente, se atirando em cima dele e começando a socá-lo.

Sangue escorria pelo rosto do agente, que já estava desacordado há tempos. Ele só parou ao escutar a fraca respiração de Mely.

Jake imediatamente largou o agente e correu até Mely. Ele se ajoelhou ao seu lado, colocando a cabeça da garota em suas coxas, procurando deixá-la o mais confortável possível.

– Você vai ficar bem – ele disse meio fanho, as lágrimas já começavam a escorrer pelo seu rosto.

– Não minta – ela sussurrou, com muito esforço.

Jake se direcionou a Ed, falando pelo microfone:

– Ed! O que eu faço? Mande alguém para ajduar, por favor! – Mas Ed não respondeu e o silêncio deixara Jake ainda mais desesperado. – ED! – Ele gritou.

– Jake – começou Ed, era possível ver que sua voz também estava fraca, triste – não há nada que possamos fazer. A bala está presa nela, poderíamos pedir para David tirá-la com seu poder, mas depois não conseguiríamos curá-la.

Sem ter o que fazer, Jake cedeu ao choro. Ele chorou como não fazia há muito tempo, praticamente desde que era uma criança.

– Eu quero que você saiba – ele começou, ainda chorando – que você foi a melhor coisa que já me aconteceu. Antes de você... eu tinha uma muralha em torno de mim, ninguém me conhecia de verdade... e eu não percebia como isso era solitário, e... – Jake não conseguiu terminar a frase, porque o choro tomara conta dele.

– Jake – chamou Mely, muito fraca, sua voz num sussurro –, eu quero que você me prometa... me prometa que não vai voltar a ser como antes. Não erga uma muralha ao seu redor novamente.

– Eu não consigo sem você, Mely – ele falou, fungando devido ao choro.

– Encontre alguém que goste de você tanto quanto eu, Jake. Alguém que não desista de você.

E, como se fosse sua deixa, Mely fechou os olhos. Seu peito parou, indicando que ela não respirava mais.

Jake gritou. Sentindo uma ardência dentro de seu corpo. Ele abraçou Mely contra seu corpo e chorou, e soluçou e gritou.

E foi então que o agente voltou a ficar consciente. O olhar de Jake largou Mely e desviou para a arma, a poucos metros dele. Com todo o cuidado do mundo, ele largou Mely no chão e levantou-se, esticando a mão para pegar a arma.

Antes mesmo que o agente pudesse se levantar, Jake já estava apontando a arma para ele.

– Por favor, garoto – falou o agente, tossindo sangue – nós dois sabemos que você não consegue.

Jake lembrou todas as histórias da Disney, “heróis não matam”, pensou em como seria tirar a vida de alguém. Até imaginou a família desse homem em algum lugar, esperando a sua volta para casa. Mas nada disso o impediu. Ele e a morte se conheciam fazia tempo. Jake tinha certeza que, se puxasse o gatilho, tudo iria mudar. Mas tudo já estava mudado. Jake sequer sabia se conseguiria voltar a viver sem Mely.

Por isso, ele fechou os olhos e apertou o gatilho.


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Notas finais do capítulo

Eu sei... eu sei... não foi o meu melhor capítulo. Mas eu tenho explicativas:
1- O capítulo está tão pequeno por causa dos pares românticos, preciso da resposta de vocês para continuar com a fic.
2- "Mas o capítulo só foi focado no Jake e na Mely!" Eu sei, mas vamos ter calma, ok? Bem, a criadora da Mely foi uma que não deu sinal de vida (além disso, antes de eu voltar com a fic, ela já estava sumida) e eu não posso simplesmente sumir com personagens, tem que ter um motivo para eles deixarem a fic. Eu sei, isso não explica o motivo do capítulo ser só focado neles... Bem, novamente, isso foi pela questão dos pares. Como já disse, preciso da resposta de vocês para conseguir andar com a fic, por isso, tive que escrever sobre algo que não interferisse os pares românticos... afinal, a morte da Mely era algo que eu já tinha planejado antes do meu sumiço...
Acho que é só isso.... Aguardo a resposta de vocês!
Beijooos!



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