The Original Diaries O Mistério de Caroline Forbes escrita por Liliane de Paula


Capítulo 2
Katerina Petrova


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!
Voltei com mais um capítulo para vocês!!
Pois bem... Ainda estou decidindo os dias em que postarei novos capítulos, eu sou um tanto ocupada, mas não posso fazer uma história e deixar de postar novos capítulos, não é?
Farei tudo o que tiver ao meu alcance para não deixá-las (os) na mão, ok?
Bem... é só isso, e como sempre, desejo à todos vocês uma boa leitura!
Até as notas finais!
Bjos!



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De mal a pior, era como eu estava. A cada segundo eu estava mais dependente dos serviços de minha melhor amiga governanta, Katerina. Eu vivia me perguntando como ela não se cansava de cuidar de mim. Katerina era uma bela mulher, já estava na fase adulta, porém tinha apenas 19 anos, de pura beleza e charme, era do tipo de mulher inocente e meiga. Sua beleza era delicada e muito bem cuidada, o que mais chamava atenção nela era sua bela cabeleira volumosa, cacheada e de cor escura. Seus cabelos eram longos e davam um belo contraste em qualquer vestido que ela usava. Ela era linda, e no entanto preferia ser uma governanta que cuidava de uma garota doente.

Suspirei fundo e me levantei, saindo do meu quarto pela primeira vez naquela semana tediosa. O corredor largo e acinzentado se estendia até a escada, que dava para o andar de baixo da casa gigante, e foi pra lá mesmo que fui.

A única coisa que se podia ouvir no meio do silêncio mortal era o barulho dos meus saltos batendo contra o chão de madeira, desci as escadas, segurando no corrimão e fui até a sala, onde meu pai estava, como sempre, sentado na poltrona, degustando seu vinho caro.

– Onde está Katerina? – perguntei fitando o vitral da janela, esperando que o clima invernal tivesse passado.

– Está na cozinha, eu imagino. – assenti e caminhei até a mesma. – Caroline, filha, espere. – virei-me e arqueei a sobrancelha, esperando. – Como se sente?

– Bem, porque?

– Katerina me disse que estava piorando... Disse que quase não dormia e que estava ardendo em febre.

– Katerina é muito preocupada, não a culpe por isso. – sorri suavemente. Dei as costas e voltei a andar, desta vez, sem ser impedida. E ali estava ela, organizando os cálices em cima da mesa de mogno. – Olá, Katerina. – cumprimentei-a, chamando sua atenção. Ela se virou assustada e limpou os olhos. – Está chorando? – perguntei preocupada, aproximando-me dela.

– Não, foi apenas um cisco...

– Katerina, eu te conheço. O que houve?

– Tudo bem. – fungou fundo. – Hoje faz exatamente 4 anos que eu perdi meu bebê... Sinto falta dele.... ou dela. – sussurrou com a voz cortada.

– Oh... Eu... – engoli em seco. – Ouça, terá seu bebê novamente. – murmurei.

– Como pode saber?

– Eu tenho fé. – admiti. – Ei, eu não sei como é perder alguém... mas... Não irá sofrer por muito tempo, Katerina. – consolei, acariciando seus cabelos.

– Está com fome? – trocou de assunto, tentando recompor seu sorriso. Mas eu via o quão doloroso era pra ela esconder seu sofrimento.

– Estou bem, obrigada. Quer passear um pouco, espairecer a mente? – sugeri, tentando ser prestativa.

– Tenho que cuidar do almoço. – revirei os olhos e a puxei pra longe dali.

– Cuidamos disso depois. – sussurrei. - Ouça, Katerina, és minha melhor amiga, não te deixarei sozinha. Nunca. – prometi, ela sorriu e me deu um forte abraço, que foi retribuído por mim. Até mesmo seu abraço era mais reconfortante do que de minha mãe, que afinal, nunca me abraçara, a não ser que houvesse pessoas ao redor que estivessem olhando. Era isso, Katerina era mais importante pra mim do que minha própria “mãe”. E então ela desabou num choro mudo e cheio de soluços, no qual eu tinha que fazer alguma coisa para que ninguém visse um momento tão íntimo e triste. Peguei em sua cintura fina e a conduzi para meu quarto, fazendo-a se deitar na cama.

– Desculpe, pequena Caroline, isso não tem nada haver contigo... – choramingou, escondendo o angelical rosto.

– Shii... Desabafe.... Não guarde tanto rancor, só faz piorar as coisas.

– Como não guardar? Tiraram meu bebê de mim antes que eu tivesse a oportunidade de conhecê-lo, antes de dar carinho, antes mesmo de eu escolher um nome! Como puderam fazer isso comigo? – E agora? O que eu poderia dizer? Eu iria falar mal de seus pais? Não me parecia uma boa ideia. – Se ao menos eu soubesse se ele está vivo...!

– É claro que está! Quem faria mal à um bebê?

– Fizeram quando o tiraram de mim! – exclamou, limpando o rosto furiosamente.

– Sim, foi muita maldade, mas Deus deve ter cuidado dele, ele pode estar vivo, pode estar te procurando neste exato momento! Um dia, eu tenho certeza de que irá reencontrá-lo novamente! É apenas uma questão de tempo, para tudo tem sua hora. – consolei com a voz dolorosa. Vê-la assim era tão triste!

– Mas porque Deus está sendo tão impiedoso comigo? Porque?

– Bem, Katerina, receio que terá que descobrir isso por si mesma. Enquanto isso, estarei aqui, sempre ao seu lado, te ajudando em tudo o que precisar.

– Oh, Caroline... – choramingou emocionada.

– Eu vou te proteger. – prometi. Ela sorriu tristemente e voltou a chorar, voltou a arrancar toda a dor de seu peito, mas sabendo que tudo voltaria depois.

Mas eu fiz uma promessa: eu iria protegê-la.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?
Espero arduamente que sim! hehe'
Deixem comentários, assim saberei se estou indo bem!
Obrigada e até o próximo!
Bye!