The Original Diaries O Mistério de Caroline Forbes escrita por Liliane de Paula


Capítulo 1
Império Forbes


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem? Essa é minha primeira história aqui, então espero que gostem!Desejo uma boa leitura à todos vocês!A gente se vê lá em baixo!Beijinhos!



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O inverno intenso chegara, e com força, castigando as pessoas com sua fúria, e adoecendo os pobres de saúde que tremiam compulsivamente em suas modestas casas.

A neve furiosa caia do céu como gigantes blocos, não mais como pequenos e inofensivos flocos. Tudo estava cinza, até mesmo as estradas de terra, ou as ruas de pedra.

Inglaterra estava em dificuldades, assim como eu.

Meu corpo se convulsionava, meus dentes batiam um nos outros como forma de tentar produzir algum calor. Mas eu não tremia por causa do frio, eu tremia porque assim como o restante dos outros, os pobres de saúde, eu estava adoecendo. Meu reflexo na janela de vidro e cumaru era de dar desgosto até mesmo para o diabo. Eu realmente estava péssima. O gigante império a frente se estendia, forte e imponente, como sempre. Mas havia algo que não podíamos lidar: o frio. O inverno era a pior época que se podia existir, até mesmo eu, uma nobre, tinha dificuldades de me adaptar a um clima tão intenso. Papai dizia que no Norte as mães matavam seus bebês para que eles não tivessem que passar por fome e nem por frio. E isso não era uma das coisas mais agradáveis de se ouvir, principalmente como se fosse uma história de dormir, como meu pai contava para mim todas as noites.

O cobertor de pele não era o suficiente, não adiantava, porque quanto mais a febre aumentava, com mais frio eu ficava. Haviam semanas, e eu estava piorando consecutivamente, a cada pigarro as criadas corriam para meu quarto desesperadas, pensando que a qualquer momento eu iria morrer.

Mas no fundo, eu sabia que estavam certas. Meu tempo de vida estava se encurtando a cada segundo, eu estava morrendo, aos poucos, e não havia nada que pudessem fazer, nem mesmo o médico mais caro conseguiria me consertar.

Mas assim como eu sabia que iria morrer a qualquer hora, eu sabia que havia algo de errado comigo e que não era a febre, era uma outra coisa que eu não sabia decifrar. Nunca tive nada além de uma catapora, nem mesmo um resfriado, e agora, eu estava enferma, tossindo até quase sair meus pulmões pela boca, tudo isso fora a minha aparência, que era tão grotesca quanto as meretrizes cansadas da cidade. Algo realmente deprimente. Minhas olheiras amarronzadas gritavam sob minha pele alva e que perdera o brilho, deixando-me sem vida, quase um cadáver ainda em decomposição. Eu deveria estar mais triste por causa disso, minha beleza estava se esvaindo pelos poros.

Tudo dentro daquela gigante casa feita de pedras, na qual eu habitava, estava monótono, não que fosse novidade, mas hoje, particularmente estava igual a mim: sem vida. Diabos, porque tudo estava sem vida?!

Soltei um suspiro forte e passei a língua pelos meus lábios secos, afim de aliviar a sensação de desidratação.

A visão da janela era muito mais tentadora do que ficar na cama, fitando o teto escuro acinzentado, aqui, sentada numa cadeira surrada de balanço, eu podia enxergar a imensidão da floresta na lateral da casa, eu podia enxergar os muros gigantes que protegiam nosso lar, e o melhor, eu podia ver o sol, mas claro, que nesta época do ano, não havia sol. Talvez eu fosse diferente.

Sim, diferente. Sorri com o pensamento.

Outro suspiro saiu de mim, mas desta vez foi de cansaço. Fechei o diário e revirei os olhos ao ver a perfeita caligrafia encomendada: Caroline Forbes.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?Comentem! Obrigada!Até o próximo!