– Edward! Quanto tempo. – Disse ele com uma voz, que mesmo não o conhecendo, dava pra perceber que não eram tão amigos.

– William. – Retrucou meu pai. Com raiva em sua voz. – O que você está fazendo aqui?

– Estava aqui só de passagem, mas senti esse cheirinho diferente e tive que ver de quem era. Nunca senti nada igual.

– Saia. – Disse Edward com uma voz nada amigável.

– Acalme-se, deixa primeiro eu descobrir de quem é esse cheiro. – Ele inspirou forte e logo em seguida olhou para mim, descobrindo de onde vinha o cheiro. – Hum, quem é essa? A do seu lado eu sei, Bella né,a sua esposinha recém-criada?! – Mas ninguém respondeu. – Já ouvi falar muito de vocês dois, mas dessa daí, nunca. Quem é? Ela é parecida com você... É a sua filha? Deixe-me vê-la.

– Saia... AGORA! – Disse meu pai já rosnando e pronto para o ataque.

– Eu saio. Mas apenas me deixe ver sua filha. – Meu pai rosnou. – Só isso que te peço, não estou a pedindo em casamento, apenas para vê-la.

Dei um passo à frente, mas meu pai me impediu. Coloquei minha mão em seu rosto e disse: “Tudo bem, qualquer coisa você me ajuda a destroçá-lo.”. Assim que transmiti essa mensagem eu e ele demos um sorrisinho. Fui até William.

– Hum... Você é diferente. O que você é¿

Hesitei, mas acabei respondendo:

– Sou uma híbrida. Metade humana, metade vampira.

Assim que conclui a sentença, ele ficou me analisando o que me causou esparmos de raiva pelo meu corpo. E logo depois deu um sorrisinho.

– Interessante,muito interessante.

– Agora vá, William! – Gritou meu pai, com toda certeza lendo meu pedido de socorro mental. Aquele cara me dá arrepios, não gostei dele nenhum pouco e nunca vou gostar.

– Já vou, meu caro Edward. – Disse para meu pai, sem tirar os olhos de mim. – Foi um prazer te conhecer. – Disse pegando minha mão e a beijando. Meu estômago embrulhou nesse momento. E então finalmente ele foi embora, passando pelo mesmo lugar por onde chegou.

Suspirei aliviada e logo ouvi passadas fortes contra o solo. Sorri ao constatar de quem se tratava. Seu cheiro amadeirado logo entrou em minhas narinas. E seu lobo avermelhado logo apareceu por entre as árvores. Ele olhou para os lados e viu que agora só havia nós, Will já havia ido.

– Vamos voltar para casa. – Sugeriu minha mãe. Meu pai concordou, eu olhei para Jake e depois para minha mãe.

– Jake pode ir?

– Claro. – Disse Bella.

– Corrida? – Perguntei para Jake, e ele acenou com a cabeça. – 1, 2, 3. – E saímos correndo. Ele em sua forma de lobo e eu com minha velocidade vampiresca. Chegamos a casa em dois minutos. Ao entramos na entrada, Jake, foi para trás de uma árvore e ali se transformou, saiu de lá apenas de bermuda. O que fez meu coração vacilar por um segundo.

Sério, o que tá acontecendo comigo. Já o vi assim mais de mil vezes.

Ele veio em minha direção, abraçou-me e me beijou.

– Desculpa não ter chegado a tempo. – Disse Jacob olhando para mim com uma cara de preocupação.

– Tudo bem, não aconteceu nada.

Logo chegaram meus pais. Adentramos a casa e Alice já foi falando.

– Will...

– Fadinha, hoje você se atrasou, já nos encontramos com ele. – Disse usando meu tom brincalhão, apesar de não estar muito bem humorada. Ela fez biquinho e Jake apertou suas bochechas.

– Ai cachorro! Isso machuca! E outra coisa... Quando te dei essa autorização de ficar apertando minha bochecha?

– Ai Fadinha! Assim me magoa. – Disse colocando a mão no coração. E gargalhei. – Que foi Nessie?

– É que está parecendo um viado. – E ele colocou a mão no peito novamente. Ri mais ainda, e ele riu também, assim como todos.

Paramos de rir, e o nervoso entrou em minha corrente sanguínea. Será que Will irá nos perseguir?

– Acalme-se Nssie. É provável que não. Bem, ele não tinha esses pensamentos na hora do nosso encontro.

Mas e se ele mudar de ideia?

– Não vai, bem, é o que eu espero – Disse meu pai num tom autoritário.

– Vocês podem explicar esse monólogo?- Disse Jake, já ficando nervoso do meu lado, provavelmente, por não saber o que nós estávamos falando.

– Calma. – Disse acariciando seu rosto e lhe passando a mensagem “Depois te falo” e ele assentiu com a cabeça.

Era bom ter esse meu dom. Já que eu podia ter uma conversa particular com as pessoas sem que ninguém ouvisse, nem mesmo meu pai. O que era uma coisa rara.

– O que houve gente? - Disse Rosalie entrando na sala com Emmet. Os outros já estavam lá.

– William apareceu lá na floresta enquanto estávamos caçando.

– O que ele estava fazendo aqui?

– Segundo ele, estava visitando a cidade. Na verdade, ele estava mesmo a caminho do Alasca.

– Hum... E o que esse cachorro tá fazendo aqui? Não tinha que estar no canil com seu dono hoje não? – Disse tia Rose é claro e sempre educada com o Jake,sempre...

– Não consegui ficar longe de você, loira oxigenada. – Ele disse mandando um beijinho, e ela batendo no ar,como se estivesse afastando o beijo lançado. Todos riram.

– Gente, vou subir. Preciso de um banho. – Lancei um beijo a todos e subi as escadas.

Entrei no meu quarto e fechei a porta, fui até meu closet e peguei um short jeans e uma camiseta preta, que estava meio justa no meu busto devido ao crescimento rápido. Segundo Alice, iríamos amanhã ao shopping para comprar roupas novas. Entrei no banheiro, tirei minhas roupas e entrei debaixo do chuveiro. E comecei a cantarolar. “Quem canta seus males espanta” pensei comigo e sorri. Comecei a cantar a primeira música que me veio à mente.

When I was younger
I saw my daddy cry
And curse at the wind
He broke his own heart
And I watched
As he tried to reassemble it

And my momma swore that
She would never let herself forget
And that was the day that I promised
I'd never sing of love
If it does not exist

But darling,
You are the only exception
You are the only exception
You are the only exception
You are the only exception

Maybe I know, somewhere
Deep in my soul
That love never lasts
And we've got to find other ways
To make it alone
Or keep a straight face

And I've always lived like this
Keeping a comfortable, distance
And up until now
I had sworn to myself that I'm content
With loneliness

Because none of it was ever worth the risk
You are the only exception
You are the only exception
You are the only exception
You are the only exception

I've got a tight grip on reality
But I can't
Let go of what's in front of me here
I know you're leaving
In the morning, when you wake up
Leave me with some kind of proof it`s not a dream

Ohh...

You are the only exception
You are the only exception
You are the only exception
You are the only exception
You are the only exception
You are the only exception
You are the only exception
You are the only exception

And I'm on my way to believing
Oh, And I'm on my way to believing

Acabei de tomar meu banho, me arrumei e saí do banheiro, dando de cara com o Jacob na minha cama, sentado, me olhando com o sorriso torto muito lindo. E meu coração palpitou.

Sério, isso tá ficando muito doido! O que será que está acontecendo comigo caramba?

– Até que você canta bem. – Disse ele encostando-se na cabeceira da cama.

– Obrigada. – Falei corando.

– O que você estava falando com seu pai?

– Ah, é que eu estava nervosa com o aparecimento desse tal de William, o jeito dele era muito estranho, muito sombrio, não gostei nada dele. – Disse me sentando na cama, próxima a ele.

– Nem precisa se preocupar, pois esse sanguessuga não vai fazer nada com você, pelo menos eu não deixar. – Disse ele me puxando para próximo dele, ficando abraçadinha com ele.

Foi estranho. Não pelo fato dele me puxar para perto dele, como sempre faz, mas por desta vez ele ter me puxado com mais força e ainda pela minha cintura. E quando isso aconteceu, meu corpo queimou, principalmente quando meu lado direito do corpo se encontrou com seu lado oposto. Posso estar ficando louca, mas tem alguma coisa diferente, nele e também em mim, porém não sei notificar.

Gaguejei ao tentar falar, depois de tanta coisa incomum e estranha.

– Vo..Vou tentar.

Ficamos em silêncio, e pela primeira vez isso foi estranho, constrangedor. Não ousei olhar para ele, tinha medo de olhar nos olhos dele e encontrar algo diferente. Simplesmente abaixei a cabeça. Até o momento em que ele começou a cantar Hakuna Matata. Olhei para a cara dele, e comecei a rir, e foi nesse momento em que a “vergonha” foi embora. Comecei a cantar também e ele olhou para a meu rosto. E juntos, caímos numa gargalhada, tão boa, tão relaxante que nem me lembrava mais das coisas que aconteceram a horas atrás com aquele tão de “Will”.

Foi quando percebi que ele me encarava, abaixei a cabeça novamente, com vergonha, senti seus dedos em meu queixo levantando-os, sem entender o que ele queria, o olhei e nessa hora ele me beijou. (...)