Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 7
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Esse aí é bacaninha!
Kisses



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Os lábios dele se aproximavam cada vez mais dos meus. E a esperta aqui, além de estar paralisada de choque com toda a estranheza da situação, não conseguia se mover, já que os meus pulsos estavam bem seguros pelas mãos dele e minhas costas bem presas contra uma parede. Era inegável que eu não tinha como escapar dessa. A doninha loira ia me beijar e logo espalhar para toda a escola que finalmente tinha pegado a “ruivinha”.

E eu seria descartada logo depois como todas as outras. Eu não sabia por que, mas isso me deixava aborrecida. Eu não sentia nada pelo Malfoy. Ou sentia?

Lembrei-me daquele dia que ele interrompeu um beijo que eu trocava com o meu ex, Angus McLaggen. Ele parecia, sei lá, tão furioso, como se estivesse com...ciúmes. E antes eu me irritei até o último fio de cabelo com aquilo, mas agora sentia me sentia meio estranha só de pensar no Malfoy com ciúmes de mim. Não exatamente irritada.

Meus pensamentos todos se embaralharam quando os lábios frios dele finalmente tocaram os meus. O toque dele era frio, mas trazia uma dormência agradável aos meus lábios. E é claro, logo veio o calor. Senti uma corrente elétrica percorrer todo o meu corpo, e os pelos dos meus braços se eriçavam cada vez mais, era como eu levasse choques o tempo todo, mas que não eram dolorosos, e sim extremamente prazerosos, que me queimavam até a alma.

Antes que eu tivesse um ataque cardíaco (meu coração batia tanto que acho que até o Malfoy sentia) ou o deixasse estender o beijo para algo além de um inocente selinho, uma vozinha salvadora se fez notada.

–Ro-rose?-Lily gaguejou de surpresa.

Aproveitei a momentânea surpresa do Malfoy e o empurrei com tudo. Ele cambaleou um pouco, o rosto meio surpreso, não sei se com a interrupção ou o fato de eu ter empurrado ele.

–Ãnh, oi, Lily. -meu rosto devia estar de uma cor idêntica a de uma pimenta.

A ruivinha à minha frente carregava uma expressão estupefata no rosto sardento. Os cabelos dela eram de um laranja vivo, e não tão puxados para o vermelho com os meus, e eram lisos, não ondulados. Os olhos verdes estavam arregalados e a boca estava meio aberta. Ela a abriu e fechou várias vezes, como estivesse tentando falar, mas não conseguisse de tanta surpresa.

–P-por q-que você estava beijando ele?

–Eu não estava beijando ele!-protestei.

O Malfoy se recompôs e olhou para Lily com uma expressão interrogativa e desapontada.

–Ah, oi, Lily.-ele lançou um meio sorriso para ela.

O Malfoy, diferentemente do que se espera dele, ou seja, odiar os Potter e Weasley, tem uma relação amigável com a maior parte dos meus primos. Alvo, obviamente, é seu melhor amigo, mas a doninha também se dá muito bem com meus primos James e Fred, já que participa de muitas de suas confusões, chegando mesmo a treinar Quadribol com os dois nas férias, mas só nas férias, já que o loiro é sonserino e meus primos não são burros o suficiente para mostrar suas táticas grifinórias a alguém do time das cobras.

Malfoy até que é amigo da Nicky, mas é um tipo de amizade meio tensa, graças ao que já rolou com eles no passado. Ele é cordial com Molly e Lucy, simpatiza com Victoire, sempre chama o meu irmão de “cunhadinho”, o que não deixa Hugo aborrecido, pelo contrário, ele ri da minha cara por isso. Hugo até que apóia o Malfoy, coisa que me deixa MUITO irritada mesmo. E, quanto à Lily, ele sempre a deixa vermelha quando fala de Hugo perto dela, a mesma coisa que eu faço, mas os dois se dão maravilhosamente bem, fora isso.

Com Louis o Malfoy nem fala. Mas o Louis é quieto mesmo, e os dois são educados um com o outro. Com a Roxy o Malfoy se diverte bastante, já que eles, somados a Alice e Alvo, compartilham do mesmo esporte preferido, que seria IRRITAR ROSE WEASLEY. Pois é.

Mas o primo preferido dele é Teddy Lupin. Isso mesmo. Na verdade, o Teddy não é primo meu ou de ninguém da família, ele só é apadrinhado pelo tio Harry e morou com ele e os outros Potter durante a adolescência, mas se mudou há um tempinho para ir morar com a Victoire, já que os dois estão noivos. O Teddy é neto de Andrômeda Tonks, que é irmã da avó do Malfoy, o que faz dele e de Teddy primos distantes, de 6°grau, acho.

Ah, e a doninha júnior chama todos os meus primos pelo nome, o que prova que ele gosta bastante da minha família.

–Oi Scorpius. -Lily sorriu.

Também diferente do esperado, minha família simpatiza com o Malfoy.

Com o final da última Guerra Bruxa, na qual Voldemort foi derrotado, os Malfoy foram perdoados pelos seus crimes de comensais, menos o Lucius Malfoy, que foi enviado para Azkaban. Mas Narcisa e Draco Malfoy foram perdoados.

Draco se casou com uma puro-sangue chamada Astória Grengrass, que, surpreendentemente, não tem nada contra bruxos mestiços ou nascidos trouxas, e, pasmem! , é uma grande amiga da minha mãe, já que trabalham no ministério juntas, na seção de julgamentos.

Minha mãe já me contou que a história de Draco e Astória é linda. Parece que, com o final da guerra, o loiro e arrogante Malfoy, sofrendo visivelmente com a ausência do pai, foi aconselhado por sua mãe a se casar para aumentar a família Malfoy. Draco teria que se casar com alguém puro-sangue, e sua primeira alternativa era Daphne Grengrass, mas foi Astória que o encantou. E, ainda que Draco fosse frio, difícil e fechado, e Astória gentil, amorosa, ou seja, perfeitamente opostos um do outro, Astória conseguiu salvá-lo de sua angústia, amando-o com tanto ardor quando ele a ama. E o resultado da união dos dois é a doninha 2, ou Scorpius Hyperion Malfoy.

Meu pai odeia o Sr.Malfoy, por causa de tudo o que houve no passado, e também não vai com a cara do filho da “doninha quicante”. Ele fica possesso quando a doninha 2 passa um tempo na Toca, e fica mais bravo ainda quando os meus primos sempre me provocam e me chamam de Sra.Malfoy, ainda mais quando o Malfoy faz coro e me lança cantadas. Teve até uma vez que ele jogou uma panela na doninha quando ele me chamou de “minha ruiva” na frente dele, mas ele desviou a panela, que bateu na cara do tio Percy, o que culminou na 4°Guerra Bruxa, ou Guerra de Comida, que só teve seu fim nas mãos da admirável Hermione Granger Weasley, que não tem nada contra a doninha, é educada com o Sr.Malfoy e amiga da Sra.Malfoy.

Meus outros tios também não têm nada contra a doninha loira. Meu tio Harry só não gosta muito do pai dele mesmo, mas é legal com o Malfoy 2, já que ele é melhor amigo do seu filho do meio. Minha avó Molly até que gosta quando o Malfoy vai à Toca, e sempre se refere a ele como “um rapaz bonito, gentil e educado”, o que deixa o “Roniquinho” irritado. Minhas tias Gina, Audrey, Angelina e Fleur acham o dito cujo “um bonitão”, e sempre me dizem que eu devo “acabar com toda essa lengalenga logo e correr atrás do Scorpius, porque um cara como ele é difícil de achar hoje em dia, ainda mais um bonitão daquele jeito, que parece gostar de uma certa ruiva” e blábláblá. Um monte de bosta de hipogrifo que só as suas tias doidivanas podem dizer pra sobrinha mais linda e mais modesta delas.

O tio George vive me perguntando quando é que eu vou casar com o Malfoy, o que faz a doninha 2 dizer “daqui uns dez anos, talvez”, eu começar a discutir com o loiro aguado ali mesmo e o tio George fazer apostas com a tia Angelina.

O Teddy vive rindo da minha cara e dizendo “vê se bota o Malfoy na família logo, afinal, ele já é da minha, e eu vou fazer parte da sua quando casar com a Vicky”. Já a Victoire só concorda com o futuro marido, e ainda ri da minha cara, óbvio. Minhas primas super gentis vivem me jogando em cima do “Scorpius Gato Malfoy”, e meus primos só riem feito hienas com problemas digestivos quando isso acontece. Meu irmãozinho lindo já deu a opinião dele, e ainda diz que quer que eu dê sobrinhos pra ele logo. Meio gay, eu sei, mas eu sou a única irmã dele, fazer o quê?

Minha mãe sempre me manda umas piscadelas quando o “filho da Astória” começa a me lançar cantadas e me deixar no limite, e aí eu acabo me estressando mais ainda quando meus primos riem de mim e sempre jogo o que tiver na minha mão na cara do Malfoy. A última vez que algo assim aconteceu o Malfoy ficou com a cara melada de torta de abóbora. O que, de acordo com minha opinião profissional, deixou o rosto dele muito melhor.

Só que não.

–Er, então... Vocês vão ou não vou me explicar logo o que estão fazendo fora da aula, não se beijando?-Lily riu.

Eu arregalei os olhos de susto. Primeiro dia de aula, e, por causa da droga da doninha, já tinha perdido a SEGUNDA AULA?

Catei correndo a minha mochila, que ainda estava jogada no lugar onde eu massacrei a Parkinson, que agora estava vazio, sem nem responder à Lily, e rumei em direção à aula de História da Magia, onde, Graças à Dumbledore, o Malfoy não estaria, já que essa aula era conjunta com a Lufa-Lufa.

Cheguei ofegante na porta da sala. Os olhos todos se voltaram para mim. Se bem que a maioria dos estudantes estava dormindo ao som da voz do Binns, então o meu atraso meio que deve ser a coisa mais interessante que já aconteceu naquela sala.

Meus olhos se encontraram com os de Alice e Roxy. A primeira me olhou com desconfiança, mas a segunda me encarou com um sorrisinho atrevido.

–Com licença, Prof.Binns?-me dirijo ao meu professor de História da Magia, que, por sinal, é um FANTASMA. É, nem a morte conseguiu acabar com o pior pesadelo dos estudantes.

O velho transparente e flutuante se virou para mim, os olhos miúdos mirando meu rosto com irritação por ter sido interrompido em sua “aula movimentada”.

–Ah, sim, Srta.Weasley, entre. Mas, por favor, que isso não se repita.

Assenti rapidamente com a cabeça e entrei na sala. Me sentei no lugar vago ao lado de Nicky, que tinha aula comigo agora por ser lufana. Geralmente, nas aulas que a Grifinória tinha com a Lufa-Lufa, eu sempre me sentava com minha prima Dominique, já que não passávamos tanto tempo juntas, e eu sentia tanta falta dela quanto ela sentia a minha.

Ela sorriu quando me sentei ao lado dela. Sorri de volta e me virei pra prestar atenção na aula do fantasma. Ninguém além de mim tinha paciência para agüentar o Binns, com sua voz lenta e arrastada, discursar sobre a Revolta dos Lechimens de 1842.

Senti Nicky me cutucando ao lado. Me virei pra ela com as sobrancelhas franzidas. Ela nunca ficava acordada na aula de História da Magia, só ás vezes, quando eu também não tinha paciência pra prestar atenção na aula e começava a papear com ela via pergaminho.

–Posso falar com você mais tarde, Rose?-ela sussurrou.

–Claro, tudo bem, Nicky. -respondi.

***

–Então, Nicky... O que você queria me falar?

–Bom, é sobre o James.

Franzi as sobrancelhas.

–O que tem ele?

Ela olhou para os lados, como se para ver se alguém prestava atenção na nossa conversa, mas como não havia ninguém, se voltou rapidamente para mim. Estávamos sentadas na margem do Rio Negro, nossos pés tocando levemente a água.

–Ele me convidou para ir a Hogsmeade com ele na nossa próxima visita. –ela suspirou.

–E?

–Eu recusei.

Olhei para os olhos azuis dela. Eram escuros e pareciam pesados de tristeza.

Por mais que tenha tentado, Nicky nunca deixou de gostar do James. Desde quando eram crianças ela tinha uma paixonite por ele, mas ele nunca gostou dela de outro modo a não ser fraterno. Mas as coisas meio que mudaram no fim do ano passado. James terminou com a namorada dele, Daphne Thomas, e, galinha como é, partiu pra outras. E, no lugar de toda a nossa grande família passar as férias na Toca, passamos no Chalé das Conchas, que é onde Nicky mora com minha tia Fleur, meu tio Gui, e meu primo Louis. A Victoire já se mudou para ir morar com o Teddy.

O Chalé das Conchas é de frente para o mar, então pudemos curtir bastante a água naquele verão quente. E, quando o Jay viu a Nicky de biquíni, a visão dele sobre a “priminha loirinha” mudou completamente, e ele ficou agindo meio estranho perto dela, comendo ela com os olhos e lançando umas cantadas indiretas bem diretas.

Mas, no lugar de isso animar a Nicky pelo fato de o James olhar pra ela de outro modo, isso a enraiveceu. O motivo? Ela disse que não queria ser só mais uma na lista gigantesca dele, não queria ter o coração partido pelo “bocó do Potter”.

E ela sempre desabafa isso comigo porque eu a entendo, sendo uma vitima diária das cantadas do Malfoy, e porque a família não sabe disso, só as primas, que sempre ficam falando pra ela pegar logo o James, do mesmo jeito que falam pra mim atacar o Malfoy logo. Pensando bem, eu entendo perfeitamente a situação da Nicky. E o James não se esforça muito pra não parecer o Malfoy, então toda hora lança cantadas e convites à Nicky, sem saber que ela se entristece cada vez mais com isso.

Só que esse próximo passeio em Hogsmeade vai ser importante mesmo, porque é no Dia dos Namorados. Então, se o James convidou a Nicky...

–Ele quer te pedir em namoro. -arregalo os olhos.

Ela suspira mais uma vez.

–Olha, se fosse só isso não seria tão ruim, mas o problema é que ele vivia pondo chifres na Thomas e ele é meu primo, se fizesse isso comigo Harry Potter teria um filho a menos e família se envolveria na pior briga de todas.

Isso é verdade. O tio Gui e a tia Fleur iam querer matar o James, mas o tio Harry e a tia Gina não iam deixar, e o resto da família teria que escolher um lado nessa história, já que ninguém machuca a “princesinha” do tio Gui.

–É verdade. - concordei - Mas e aí, como a cara dele ficou?

–Ele fez uma cara de tonto, mas deve ter sido só fingimento, já que ele convidou a Melody Thompson logo depois.

–Como é que você sabe?

–A Molly viu. –ela disse, pesarosa.

Vi que a Nicky fazia força pra não chorar. Ela gosta de verdade do James, mas não pra ter certeza se ele gosta dela, já que ele nunca deixou de ser galinha.

Era bom eu mudar de assunto antes que Dominique não agüentasse mais e começasse e chorar. E, quando ela chora, chora pra valer mesmo.

–O Malfoy me beijou. -eu soltei sem pensar.

Dominique engasgou com a própria saliva.

DROGA! Eu esqueci que ela era ex da doninha e graças a minha bocona ela ia chorar de vez.

–O QUÊ?-ela gritou tão alto que os estudantes que estavam perto fizeram cara feia pra ela.

–Calma Nicky, não é nada que você está pensando, foi um selinho, jamais que eu ia deixar ele dar um beijo de verdade em mim, fica tranquila, eu nunca ia...

–Rose.

Ela me olhava de um jeito esquisito, mas não parecia aborrecida nem triste nem nada. Ela parecia surpresa e um sorrisinho começava a se formar em seus lábios.

–Então o Scorpius finalmente te pegou de jeito. –ela sorria abertamente.

–Não pegou não! É que eu tava espancando a Parkinson porque ela me provocou, aí a doninha albina entrou no meio e me tirou de lá, só que ele tava me segurando com força e eu não consegui me soltar, aí ele encostou os lábios dele nos meus, acho que ele queria me beijar à força, só que daí a Lily apareceu e interrompeu e...

Parei na hora ao ver a cara da minha prima. Ela se segurava muito pra não rir, tanto que sua cara formava uma careta.

–A-a Li-lily i-interrompeu, é?-ela gaguejou, tentando não rir.

–É, ué!

Foi aí que ela não agüentou mais. Ela ria tanto que segurava a barriga, as gargalhadas altas chamando a atenção de todos que passavam por ali.

Ai, droga! As gargalhadas nada discretas dela e o fato dela parecer uma morsa com dor de barriga de tanto rir chamaram atenção de ninguém mais que Alvo, James, Lily, Roxy, Zabini, Alice, Fred e Malfoy, que estavam, estranhamente, andando em bando, como um bando de babuínos bobocas bufando em bando, ou sei lá como é o ditado da tia Minnie.

Eles chegaram até onde nós estávamos. Alvo, Fred e Zabini olhavam a cena curiosos, Lily, Roxy e Alice arqueavam as sobrancelhas, James parecia espantado ao ver Dominique quase rolando no chão e Malfoy também parecia espantado, mas uma sorriso brincava em seus lábios.

–Er, Nicky?-chamei.

Ela finalmente se recompôs e limpou as lágrimas dos olhos. Como eles estavam atrás dela, ela ainda não tinha notado o mico que estava passando.

–Fala, coisa ruiva.

Dei uma risadinha. Os outros se seguravam pra não rir.

–Nada não, Loirazeda, é só que eu acho que você devia olhar para trás.

–Por que eu deveria...

Ela virou rápido. Da última vez que eu vi um golden retriver se virar tão rápido foi quando o Malfoy desviou a cara de uma azaração minha.

Os olhos dela se arregalaram na hora. Todos estavam se divertindo com a surpresa dela, mas prendiam as risadas. Ainda bem, porque se o Fredinho Hiena começasse a rir agora ninguém mais ia conseguir segurar a risada.

Ela se virou pra mim, pasma. Mas eu lancei um olhar pra ela que ela conhecia muito bem, mas que nenhum dos outros conhecia. Era um olhar cúmplice, que ela logo devolveu. Nós é que iríamos curtir da cara deles agora.

–Nossa, Nicky!-comecei. -Que estranho, né? Eu conhecia vários babuínos mas agora eles finalmente começaram a andar juntos, em bando, por que será?

–Ah, Rose, deve ser porque eles são tão espertos que resolveram andar juntos pra não se perderem no castelo! Estranho eles não estarem amarrados uns aos outros por uma cordinha, né?

–É! Mas acho que eles estão juntos porque nem juntando todos os cérebros conseguem formar um normal!

–Ou talvez eles formaram um novo time de Quadribol e estão indo lá treinar. Se chamaria “OS BABUÍNOS”.

–Eu sempre soube que, no fundo, bem lá no fundo mesmo, os sonserinos caíam de amores pelos grifinórios e vice-versa, você não concorda?

Finalmente nos viramos para olhá-los. Eles estavam muito pasmos.

Então, depois de um segundo nos encarando estupefatos, soltaram seus gritos primais, mais conhecidos como risadas.

Fred ria daquele seu modo característico, e logo todo mundo começou a rir dele, as gargalhadas altas se sobrepondo a qualquer berro meu. Lily estava meio vermelha e Roxy roxa, Alvo se apoiando no Zabini para não rolar de rir, James piscava para Nicky, ao mesmo tempo em que soltava risadinhas afetadas, Alice tapava a boca com as mãos e Malfoy ria e ria de um jeito não ridículo.

Na verdade, a risada dele era tão bonita... Tipo, ele ria mostrando os dentes brancos e perfeitos e o som da risada parecia um concerto perto da risada da hiena, ops, Fred.

PERAÍ! EU TÔ AQUI, EUZINHA EM PESSOA, ACHANDO A RISADA DO MALFOY BONITA?

A verdade é que o crápula me deixou meio desconfortável após nosso quase beijo.

–Do que você estava rindo, Domi?-perguntou Lily, quando finalmente se recuperou.

–Ah, é que a ruiva contou uma piada super engraçada. –Nicky disse sorridente.

–O que você disse pra ela, minha ruiva?-Malfoy me olhava daquele jeito...

Ih, rapaz! Ferrou!

–N-nada i-importante - respondi.

Santa Morgana das Calçolas Roxas! Eu gaguejei! Isso é horrível e extremamente estranho o que se prova com a cara de todo mundo. Todo mundo estava surpreso. Até o Malfoy, embora ele estivesse quase pulando de felicidade, outra esquisitice.

–O que foi, gente?-me fiz de desentendida. -Até parece que nunca me viram!

–Você não brigou quando eu te chamei de “minha ruiva”-a doninha disse, o sorriso brilhante quase rasgando a cara.

–ÃN? Eu não briguei?-caramba, não é que era verdade?

–Não!-Nicky riu.

–É, cadê o bom e velho “EU NÃO SOU SUA RUIVA!”?- James fez uma imitação super ridícula da minha voz.

–Ou o “É WEASLEY PRA VOCÊ, MALFOY!”?-Fred também imitava super mal a minha voz.

–O fato de você não ter dito nada disso significa que você deve ter finalmente aceitado que você é a ruiva dele, né, Rose?-Alvo zoou.

–Alvito lindo do meu coração... -comecei. Todo mundo fez caretas. Aí vinha bomba!-POR QUE NO LUGAR DE ME ZOAR VOCÊ NÃO VAI CURTIR A SUA FUTURA ESPOSA, HEIN?

Roxy engasgou e Alvo mostrou a língua para mim.

–Caramba, quantos anos vocês tem?-Zabini falou. -Acho que até a Potter tem mais maturidade que vocês. Do que todos vocês, aliás.

–Concordo. –Alice riu. Zabini sorriu pra ela e ela corou um pouco. Aí tem coisa.

–EI!-Lily fez cara de ofendida.

–Calma que foi um elogio, Miss Drama. -eu ri.

Ela deu uma risadinha perversa. Ai, não!

–Rosinha linda, eu acho melhor você não me zoar demais, ou eu espalho umas por aí.

Engoli em seco. É claro que eu sabia do que ela tava falando. Do meu quase beijo com o Malfoy. Se meus primos soubessem disso o resto da família ficaria sabendo também, e meu pai provavelmente ia ter um infarto. Malfoy olhou para Lily divertido; ele também sabia do que se tratava. E parecia não ter muito medo de ser castrado por Rony Weasley.

–Espalhar o quê?-Roxy perguntou.

–Que a Rose... -Lily começou.

–OLHA QUEM TÁ ALI, NÃO É O HUGO?-gritei desesperada.

Como eu esperava, Lily se virou rapidamente, só pra começar a suspirar ao ver o meu irmão vindo para cá.

UFA! Essa foi por pouco. Eu tenho que falar com a Lily antes que ela abra a boca. Talvez eu ameace contar pro Hugo que ela gosta dele, não sei... Tô pensando ainda.

–Ei, vocês! Por que estão parados aí? Vão perder o jantar!-Hugo falou.

De fato, já começava a escurecer. Andamos de volta ao castelo, rindo de piadinhas do Fred e do James. Lancei um olhar para Dominique do tipo “Por favor, não diga nada do que eu disse que eu não digo nada do que você disse” e ela assentiu silenciosamente.


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Notas finais do capítulo

E aí? Esse não é engraçado?