Lunatic Girl escrita por mitesm


Capítulo 15
Capítulo 15 - Pondo Um Plano Em Ação.


Notas iniciais do capítulo

Finalmente... NicksxFuinha...



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Já no primeiro dia do ano nós decidimos fazer o “encontro” com nossos irmãos para a realização do plano. Era domingo, o dia em que Nicole estava P da vida, porque no dia seguinte seria segunda. E ela nem trabalha por que esta de férias!

– VAMOS ALICE! - Ela gritou do quarto dela.

– Nicole, você pode ir antes? É que eu preciso comprar uma coisa. -Uma desculpa qualquer que não pareceu muito convincente. - Nós nos encontramos de frente para a bilheteria ta?

– Me chama para ir num parque de diversões e depois me manda ir sozinha? Ai, eu mereço! Adeus! - Ouvi o barulho de alguém descendo as escadas. Fui para a janela.

– Fernando?- Não o vi em seu quarto. Deve ta no banheiro.

– Alice?-Ele entrou no quarto. - Ela já foi?

– Sim, a coruja saiu da toca. - Ele coçou a cabeça. Piolho, piolho coça, coça, coça sim. ♫ (?)

– O Artur também já foi. Vamos?- Ele tentou se inclinar um pouco pra ver se eu já estava pronta.

– Sim, eu já estou pronta. E você?- Ele assentiu com a cabeça. - Intão bora cumpadi!(?)

– Pare de falar assim na minha presença. - Disse isso e saiu do quarto, provavelmente para me esperar na frente de casa. Nunca mais vou parar de falar assim.

Como pensei, ele estava me esperando. Não tinha nenhum táxi então o jeito foi ir de ônibus. No meio do caminho Fernando pediu para que eu mandasse uma mensagem de texto para minha irmã. Eu escrevi que não poderia ir e que era para ela se divertir mesmo assim. Fernando ligou para seu irmão e disse quase a mesma coisa, disse também que tinha me encontrado e que ficou sabendo que a Nicole estaria lá. Desligou o celular e olhou para mim.

– O Artur disse que a Nicole estava fazendo um escândalo lá. No final ele foi convidá-la para acompanhá-lo. - Eu sabia que ela não ia aceitar na boa.

– O plano esta saindo como o planejado. - Comentei.

– Lógico. Fui eu quem o bolou. - Aé? A humildade mandou um abraço Fernando.

– É esse o ponto? - Perguntei.

– É. Vem! - Me puxou pra fora do ônibus. Fomos andando até o parque. Nem sinal da Nicks e do Artur na frente da bilheteria. - Trouxe dinheiro?- Arregalei os olhos e abri a boca.

– AI MEU PAI! Fernando e agora? Não vou poder segui-los! - Ele então deu um sorrisinho de lado. A próxima vez que ele fizer isso eu vou desmaiar.

– Eu já esperava isso de você. - Ele disse indo para a bilheteria. Voltou com dois ingressos. - Vamos entrar. - Pegou na minha mão de novo. Isso já virou vício? - Me agradeça por pagar pra você.

– Òh! Que honra! Fernando, o gostosão, pagando pra mim. - Juntei as minhas mãos e olhei pra cima como quem esta realmente agradecida. - AH! Eu vou te pagar ta?

– Não precisa. Pelo menos você assume que eu sou gostoso. - Grudei no braço dele.

– Isso mesmo! Tem que pagar! Você é meu amigo, não é? Pois então! Arque com as consequências! - Comecei a esfregar a bochecha no braço dele. - Tem alguma chance da Carmem estar aqui?

_Nenhuma. Ela deve estar corrigindo provas atrasadas. - O larguei. - Mas há grandes chances da Verônica estar aqui, já que eu comentei que iria vir ao parque neste fim de semana. - Voltei a me grudar nele.

– Tenho que ensinar pra essas cocótas que EU sou AMIGA. - Fomos andando. - Como vamos achar eles?

– Fácil. Estalei um chip no cérebro do Artur. - Eu acreditei quando ouvi. Só depois fui pensar que aquilo não poderia ser verdade. Ou poderia? - É mentira. O celular dele tem um rastreador e o meu também. - Os pais do Fernando são preocupados não? Ele pegou um aparelho eletrônico e ligou-o. Apareceram dois pontinhos. Um azul e um laranja.

– Você é o laranja?- Tentei adivinhar.

– Não, o azul. - Murmurei um “Shit!”. - Ele esta perto da gente. Vamos nos esconder.

– ÔH! Claro, vamos nos esconder. Não ligue para o fato de eu ter um cabelo castanho armado que dá pra enxergar a distância e olhos violetas que parece que chama a atenção indesejada das pessoas. - Fernando então tirou seu boné e os óculos – sim, ele estava com um boné e óculos. – e os colocou em mim.

– Certo, agora vamos arranjar um lugar pra ficar espiando eles. - Fomos para trás de uma pilastra e esperamos que os dois passassem. Estavam conversando e… Rindo. OMG! ELES ESTÃO SE DANDO BEM! - Eles formam um casal fofo não é?

– Tanto faz. O importante é que fiquem juntos. - Eles já estavam um pouco longe então começamos a segui-los. Nicole às vezes ficava emburrada e não falava com ele. Mas isso logo passava. Eles foram num brinquedo que girava – sim, não sei o nome, um beijo – Nicole saiu de lá passando mal por isso eles se sentaram um pouco. Artur comprou um treco pra ela beber. Minha irmã é fraca.

– Obrigada. - Nós ouvíamos a conversa deles de trás de outra pilastra – quanta pilastra em um parque não? Só não reclamo por que esta sendo bem conveniente.

– Não foi nada… Nicole? - Ele parecia querer perguntar alguma coisa. Minha irmã estava olhando nos olhos dele. - Você nunca vai me perdoar?

– Pelo que? - Ela olhava para sua bebida agora.

– Por… Você sabe… Por aquilo que eu fiz com você. -Minha irmã esmagou a lata com a mão, o que fez Artur se assustar.

– Você iria me perdoar? Se tivesse sido eu quem tivesse feito aquilo com você? - Artur olhou para os próprios pés.

– Sim… Porque eu realmente te amo muito. - Minha irmã olhou pra ele chorando.

– Será que eu te amo Artur? - Sim, você o ama. - Eu realmente não sei! Eu gosto de você, que nem eu gostava naquela época. Mas eu realmente fico com uma puta vontade de te matar quando me lembro do que você fez! -Ela tentou esmagar mais a lata. Não conseguiu. - Droga! Machuquei a mão. - Com as costas das mãos ela limpou as suas lágrimas.

– CHEGA!- Artur gritou. Nicks olhou-o assustada. - Eu vou te contar uma coisa e quero que você preste bastante atenção! Foda-se se vai me odiar depois! -Artur descontrolado. Ta ai uma coisa que não se vê todo dia.

– Artur… - Ele a interrompeu.

– Quieta! Apenas escute!- Ele limpou a garganta. - Eu não aceitei a decisão dos nossos pais! Eu apenas disse que sim pra eles saírem do nosso pé! Pensei que poderíamos quem sabe namorando escondidos. Você não acredita em mim? Foda-se! Cansei de ser idiota e ficar guardando isso só pra mim! - Choquei agora (?). Ai então a minha irmã fez o que? Deu um tapa na cara dele. Isso mesmo, vocês não leram errado! UM TAPA NA CARA DELE. Uma idiota! Ele lá, todo fofinho se declarando pra ela e ela dá um tapa naquela cara linda dele? Num fala mais comigo! – revoltei-me!

– Artur, agora me escute você!- Ele estava com o rosto vermelho por causa do tapa. Ela segurou seu rosto com as duas mãos o fazendo olhá-la nos olhos. -Você é um tremendo imbecil! Como eu não iria acreditar em você? Devia ter me falado antes que eu fosse para o norte do continente! E mais…

– Eu estava preso! Meu pai me trancou no sótão! - Ela deu outro tapa nele. Olha só que violenta? Não deixa não Artur! Lei Maria da Penha pro’cê Nicole.

– Cale a boca! Ainda não terminei! Você sabe o quanto foi difícil para mim? Ter que dar motivos idiotas pras minhas colegas de quarto da faculdade porque eu não queria namorar. Ter que dizer não pra todos os caras que pediam pra ficar comigo. Você acha que foi fácil ficar longe da pessoa que eu amava por todo esse tempo? - Ela já estava chorando de novo. - Foi realmente difícil! Lá tinha cada cara lindo! - Ele olhou pra ela bravo. - Claro que você é mais gostoso. - Mente poluída. - E é por isso mesmo que eu fiquei preocupada. Sempre teve um monte de piranha que arrastava asa pra você. - Ela deu outro tapa nele. O que foi agora? -Isso é por você ter estado com outra.

– Como você sabe? – Artur procurando outra para afogar as mágoas?

– Eu te conheço melhor do que você pensa… E ae? Não vai pedir não?

– Ah sim, claro. - Ele limpou a garganta. - Quer casar comigo? - O rosto da minha irmã foi ficando vermelho.

– E-e-eu pensei que você ia me pedir em namoro. - Ela olhava pro lado, provavelmente estava com muita vergonha para encará-lo.

– Pra quê perder tempo com namoro? Nós já nos amamos e queremos passar o resto das nossas vidas juntos… - Ela olhou para ele, ainda estava segurando seu rosto com as mãos. - Não vai responder?- Ela então… deu um… beijo nele. Pensou que ia ser um tapa não foi? Ta, o assunto é que minha irmã é super bipolar. Uma hora ta agredindo o rapaz, outra hora já esta se agarrando nele. Aiai, a juventude esta perdida, eu sou a prova (?). -Vou aceitar isso como um sim. – Artur disse recuperando o fôlego.

– Aceitei… Cadê meu anel?_ Olha só, um noivo gostoso desses e ela pensando no anel. Sacanagem Nicks!

– Desculpe, não comprei. Não estava nos meus planos pedir alguém em casamento hoje, sabe?- Ela pegou em sua mão e encostou a cabeça no ombro dele. - Pode deixar que eu te dou ele quando eu pedir sua mão para o Rodrigo. -Foi só ele falar isso que ela levantou bruscamente.

– Ta louco? É agora que eu não caso mesmo! Você sabe o que o Rodrigo pensa da gente né?- Nicole estava em sua frente com as mãos na cintura.

– Sim, eu também sei que uma mulher pode se casar com quem quiser a partir dos 18 anos… Pelo menos é o que consta na lei. - Que advogado dedicado esse meu CUNHADO – HÀ! (?) – não?

– Ok, eu vou te esperar ta? - Ela voltou para sua posição anterior, do lado de Artur.

– Sucesso! - Eu fiz sinal de joinha para Fernando… Que já estava a certa distância dali. - FERNANDINHO!!!! - Eu gritei enquanto tentava alcançá-lo. Ele virou para mim com um olhar assassino.

– Nunca. Mais. Me. Chame. Assim. -Falou pausadamente.

– Certo, certo. Mas você não esta feliz? Eles finalmente se acertaram! - Bati palminhas e ele deu aquele sorriso de canto. Vou desmaiar, vou desmaiar.

– Claro, quer comemorar? - Perguntou.

– Cumé?

– Eu não quero gastar dinheiro à toa. Vamos nos divertir, Alice. - Eu então comecei a andar do lado dele. - A onde quer ir primeiro?

– Em algum lugar que tenha água! Estou com calor, esse sol ta tostando minha cuca e eu quero me molhar um pouquinho. - Ele então apontou para o Splash, eu assenti com a cabeça. Fomos lá, pegamos fila e chegou à hora de entrarmos no barquinho.- Eu vou na frente.

– Não, eu.- Fernando puxou meu braço para que eu não entrasse no barco.

– EU!- Fiz o mesmo que ele. Ficamos assim até que eu me desequilibrei e cai na água, sim, levei o Fernando também.

– Era disso que você estava falando quando disse que queria se molhar um pouquinho?- Fernando parecia estar muito puto. Acho melhor manter uma distância saudável por enquanto.

– Vocês estão bem?- O tiozinho que cuidava do brinquedo perguntou.

– Sim. - Respondi me levantando, a água batia na minha coxa.

– Ótimo, sumam daqui! – O carinha mostrou a saída e nós fomos né? Quem sou eu pra contestar a decisão do moço.

– Tem água até dentro da minha calça. -Fernando comentou se sentando num banco, eu fiz o mesmo.

– Se eu fosse alguma das suas fangirls eu diria “Droga de água sortuda!”, mas eu não sou então: SE FUU! - Apontei pra ele e ri um pouco feito louca (?). O básico.(??)

– Ta rindo do que? Seu estado esta pior que o meu. - Pois é, resfriado na certa!

– Obrigada pelo boné, mas acho que não vou mais precisar. E eu gostei dos óculos! - Tirei o boné ensopado e coloquei em cima das pernas dele e continuei com os óculos.

– Ah sim… - Ele então jogou o boné num cesto de lixo que tinha por ali perto.

– Não tinha piolho não viu? - Disse com uma sobrancelha arqueada.

– Eu sei, mas eu não gosto daquele boné… E ele estava arruinado. - Acabei com o boné dele quando fui puxar um fiozinho que meio que descosturou a peça.

– Então ta… Vamos a onde agora? - Perguntei me levantando e o traste tirou os óculos da minha cara e colocou nele mesmo - EI!.

– Montanha russa! Estou molhado e quero adrenalina! E os óculos são meus. - Fomos então pegar mais um pouco de fila, delícia. Demorou uma hora mais ou menos para que pudéssemos andar no brinquedo. Já estávamos com a trava de segurança e o carrinho já tinha começado a andar, rumo a decida da morte (?).

– Fernando… - Eu chamei baixinho.

– O que?

– Eu acho que tenho medo de montanha russa…

– E VOCÊ SÓ AVISA AGORA? -Ele gritou quando já estávamos quase no topo para descermos.

– Fernando, foi bom te conhecer… Se bem que isso me causou um bando de complicações e tal, mas tu é legal, mano. - Ele então pegou na minha mão. Ele ta achando que minha mão é a mão da tia Joana? (?)

– Idiota! Não fale como se fosse morrer. Pode apertar minha mão quando estiver com medo. - Apertei com força. - AI!

– Você que mand… - Não pude terminar porque descemos a decida (?) da morte. Fernando gritava… De dor por eu estar apertando sua mão com muita força. - Saímos do brinquedo, eu tremendo e ele quase chorando. - Foi mal.

– Acho que vou precisar de um transplante de mão. - Ele resmungou enquanto andávamos em direção a outro brinquedo. Já era fim de tarde e o sol já estava quase se pondo.

– Você pode pedir para transplantarem a cabeça de uma galinha no lugar da sua mão. Ia ser muito legal. - Disse imaginando o Fernando com uma galinha no lugar da mão.

– Não, ia ser bizarro, que nem seus olhos. - Ignorei o que ele disse, no fundo ele me ama. - A onde quer ir agora?

– Eu fiquei sabendo que assim que escurece o parque acende todas as luzes. Dizem que é muito bonito. Vamos a um lugar alto! - Falei isso e ele me arrastou para a fila da roda gigante.

– Boa ideia! Daqui da pra ver todo o parque! - Demorou meia hora para entrarmos na nossa cabine, o sol já ia se pondo. - É lindo né Fernando?-Perguntei me referindo ao pôr do sol.

– É. - Eu já comentei que a cabine é pequeninha e nós estávamos bem perto? Não. Pois é, perigo on.

– É. - Eu, pela primeira vez na vida, estava sem assunto, então calei a boca. Com esse silencio todo eu conseguia ouvir os batimentos do meu coração. PORQUE MERDA ESTÁ TÃO ACELERADO? E porque estou nervosa? AHHH! Quero minha mãe.

– Alice…

– O QUE? - Sim, eu gritei, o que fez ele arquear uma sobrancelha. - Ah, não é nada. O que foi? - Ele começou a se aproximar de mim. Não tirou os olhos do meu rosto por um segundo só. Quando já estava quase me beijando…

– Tem um negócio na sua bochecha. - Fiquei com uma cara de “oi, sou um pato, prazer”.

– A-a onde? -Quis ter uma hemorragia interna por ter gaguejado (?).

– Aqui. - Ele disse tirando um negócio. - Pronto. - Ele estava tão perto. Tão perto. Tão perto que não aguentei. Uni nossos lábios num beijo intenso, ele não rejeitou, pelo contrário, colocou uma mão na minha nuca e a outra deixou repousada na minha cintura. Só Deus sabe quanto tempo ficamos nos beijando e só eu sei a vergonha que passei.

– Ei, vocês dois, podem parar de se agarrar ai? - O tiozinho perguntou, nossa cabine já tinha parado. Nos separamos na pressa, vermelhos, descabelados e envergonhados. Saímos de lá com a cabeça baixa.

– Fernando… - Tentei puxar assunto.

– Hn? - Ele podia usar mais palavras de vez em quando. Será que o estoque dele é limitado?

– Ér… Desculpa ai… Eu ter te beijado… - Ele me olhou com uma sobrancelha arqueada.

– Tecnicamente não foi só você que me beijou. - Pois é! A culpa é sua!

– Mas… Tipo, eu sou sua amiga não apaixonada por você. Então isso não deve mais acontecer certo? - Ele ficou um pouco em silêncio.

– Certo.

– Que alívio! Você vai continuar sendo o meu amigo bonitão por quem eu não estou apaixonada ta? - Não o deixei responder. - Vamos embora que a Nicole já deve estar em casa e você vai ter que me ajudar a bolar um desculpa… Ou vamos contar para eles?

– Eu tenho certeza que o Artur já sabe… E a Nicole não é idiota pra não ter notado. Não vamos falar nada. - Eu assenti com a cabeça.

Voltamos para casa, o ônibus lotado fez Fernando prometer a si mesmo que vai ter mais dinheiro para pegar um táxi e um cartão com o numero de um táxi e eu me fiz prometer a mim mesma que vou pegar carona com ele. Quando entrei em casa Nicole estava sentada no sofá.

– Ta fazendo o que ai? - Perguntei sentando ao seu lado.

– Esperando o Rodrigo… Alice o que você faria se eu voltasse/começa se a namorar o Artur? - É. Fernando pode ter se enganado quanto a Nicks saber dos nossos planos.

– Depende… O que você faria se eu te dissesse que eu e Fernando nos juntamos para juntar vocês? - Dei um sorriso amarelo. - Hipoteticamente.

– Bem que eu suspeitava. - Me olhava de canto. - E-ele me pediu em casamento. - Ela falou com o rosto já rubro por causa da vergonha.

– Quem te pediu em casamento? – O Rodrigo e minha mãe entraram na sala. Ele estava bravo, ela estava feliz.

– O Artur! - Nicole, já pronta para o barraco, se levantou.

– VOCÊ NÃO CASA! - O grito dele foi tão alto que Artur deve estar pensando duas vezes antes de vir aqui.

– CASO SIM! - Ela então saiu de casa. Eu, minha mãe e o Rodrigo fomos atrás. Ela tocou a campainha da casa do namorado.

– Oi Nicole. - Lucia que atendeu.

– Lucia, chama o Artur, por favor! - Nicole estava chorando. Deve ser difícil pra ela. Ainda bem que eu pretendo me casar com um papel reciclado e viver feliz para sempre (?).

_Ele não esta… Disse que foi comprar um anel. - Ela estava sorrindo tanto que quase fiquei cega.

_NICOLE!- o Rodrigo pegou em seu braço._ PRA DENTRO JÁ! - Ele me lembrou a Carmen agora._ PROIBIDA DE VER O ARTUR. -No momento que ele gritou isso Artur chegou em seu carro.

_Posso saber por que esta a proibindo de me ver?- Nicole livrou seu braço do Rodrigo e correu para o Artur.

_Não é óbvio? - Não._ Volte aqui Nicole!

_Eu volto ai quando oinferno congelar!- A essa altura já estavam todos fora de casa. Todos que eu digo são: eu, Fernando, o pai do Fernando, minha mãe e a dona Lucia.

_OLHA COMO FALA COMIGO! - Ai então o Rodrigo me pegou pelo braço que nem fez antes com a Nicole. Eu só não sei por que._EU NÃO CRIEI VOCÊS PARA QUE ELAS SE APAIXONASSEM PELOS FILHOS DO MEU INIMIGO!

_Que bom hein? Me larga! - Falei tentando me livrar dele, mas não consegui. FAIL.

_Alice, você é minha única esperança! Me diga que não esta apaixonada pelo Fernando! - Não sei por que, mas não consegui dizer aquilo. Hoje mais cedo eu disse isso! Como agora não sai?_ DIGA!

_AH NÃO! Agora você me irritou! - Puxei meu braço com tudo – doeu, mas ele largou._Rodrigo você ama a mamãe?

_Claro que sim, que pergunta idiota!

_Então você não conseguiria viver sem ela não é?

_De jeito nenhum! - Ele olhou para minha mãe e mandou um beijo. Tenso._ O que isso tem haver com o assunto?

_Simples! Você ama a mamãe do mesmo jeito que a Nicole ama o Artur e do mesmo jeito que o Artur ama a Nicole. Já não ta na hora de você parar com essa neurose de “Ai, ele é o meu inimigo, não tenha filhos com os filhos dele!”, não?

_Acho que sim… Credo! Se é assim podem se casar, eu nunca conseguiria viver sem a Sonia. - HÁ! Chupa esse então, mano. (?) Ele então entrou em casa junto com a minha mãe._ Alice! Não pense que eu esqueci que você não respondeu aquela pergunta! Se estiver apaixonada por aquele mini Nélson vai se ver comigo!- Ele gritou da janela.

_Sobrou pra mim. - Olhei para a Nicole que já estava quase chorando de emoção, – aliás, o que ela mais fez nesse capítulo foi chorar… e bater no Artur. – fiz sinal de joinha para ela.

_Alice eu te amo! - Fez um coraçãozinho com a mão. Justin -q. Olhou para o futuro marido e o beijou._ Ate que enfim, cadê meu anel?

_Ta aqui. - Ele se ajoelhou com a caixinha na mão e a abriu. Lá tinha um anel de ouro cravejado de diamantes. Combinava com a Nicole._ Nicole Carvalho, aceita ser minha esposa?

_Claro que sim, que pergunta idiota²! _ Ele colocou o anel no dedo dela e eles se beijaram de novo. Depois de toda uma melação e da dona Lucia chorar muito todos fomos dormir. Eu ainda me perguntava o porquê de não ter conseguido responder aquela pergunta.


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Notas finais do capítulo

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